terça-feira, 2 de dezembro de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Ele teve compaixão”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(✝︎)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Assim é Jesus
 
A compaixão é uma característica fundamental de. Ela vem de sua união com o Pai, pois o desígnio de salvação se explica pela compaixão que Deus teve com a humanidade no pecado que é sempre uma escolha livre do homem. Mas Deus, quis salvar porque teve misericórdia, teve compaixão. Por isso enviou o Filho para libertar do mal. Jesus assume a condição humana para ser em tudo igual ao homem, menos no pecado (Hb 4,15). Assim Jesus exerce a misericórdia sem limites para com todos: pecadores, doentes, presos pelo mal, o que chama de endemoniados. Ele, conhecendo a condição humana, sabe o quanto necessitamos de sua compaixão. O médico não precisa sentir a dor do doente para curá-lo. Jesus sente a dor do homem sofredor e tem compaixão. Significa que participa dessa dor. Ele vai até a morte e sepultura para que não haja nenhuma dúvida de que Jesus tenha estado em tudo do nosso lado. Isso é importante para que ninguém se escuse dizendo que Deus não conhece minha dor. Deus me esqueceu! Deus sumiu. Se parecer ser isso, é porque sabe que damos conta sozinhos ou tem muitos que podem nos socorrer. Não sentimos a presença de Deus como um sentimento humano. É mais, é Divino. 
Tende em vós os mesmos sentimentos
Aqui entra algo importante, pois seguir Jesus significa exercer sua compaixão. Quanto mais encarnarmos os sentimentos de Jesus (Fl 2,5), mais manifestaremos sua Pessoa e exerceremos sua missão. Não é possível uma fé cristã sem que sejamos imbuídos de sua compaixão. Quem não é capaz de ter compaixão, tem um mal maior. Desse mal só se cura com o remédio da dor. O sofrimento é uma escola. A compaixão não é uma dor que passa. É uma ferida no coração de onde jorra o sangue da misericórdia, o mesmo que correu do coração ferido de Jesus. Ter dó nunca resolveu o problema de ninguém. A compaixão tem que ser o elemento fundamental para a pastoral e para a estruturação de uma comunidade, de uma Igreja. Vemos que essa não tem sido a energia que move nossa vida de Igreja e vida espiritual. Por isso não crescemos na vida espiritual. Falta a alma das virtudes. Não sujamos as mãos pelos outros. Não nos comprometemos. Vemos nossas comunidades, paróquias, dioceses e outros que não vão em frente, pois o necessitado é o primeiro excluído. Uma espiritualidade que não nos compromete com os carentes e abandonados pode parecer boa. Examinemos nossas devoções, associações, movimentos. Tudo vazio. Muito espiritualismo e pouco Jesus compassivo. Mesmo a vida da Igreja e congregações estão perdendo a vida pela ausência da compaixão de Jesus.
Misericórdia para com todos 
Paulo nos ensina que Cristo é como o pacificador que destruiu a separação entre judeus e gentios (Povos pagãos) e os fez um só povo. Toda a herança de Israel foi calcificada no fechamento dos judeus que se consideravam o único povo de Deus. Paulo na epístola aos Efésios, diz que por sangue, Cristo aproximou os que estavam longe; o que era dividido fez uma unidade; aboliu a lei com seus mandamentos e decretos... quis assim, a partir do judeu e do pagão, criar em Si um só homem novo, estabelecendo a paz; quis reconciliá-los com Deus, ambos em um só corpo, por meio da cruz; assim destruiu em Si mesmo a inimizade; graças a Ele que uns e outros, em um só Espírito, temos acesso ao Pai (Ef 2,13); o sangue de Cristo e o Espírito realizam a unidade de pagãos e judeus. Tudo porque Deus teve compaixão de todos. Jeremias criticou os maus pastores. Jesus é o bom pastor.
Leituras: Jeremias 23,1-6;Salmo 22;
Efésios 2,13-18;Marcos 6,30-34. 
1. Jesus é a compaixão. 
2. Participamos da compaixão de Jesus. 
3. A compai
Ter dó não dói. 
Quando queremos explicar quem era Jesus, o que mais nos ajuda é dizer que Ele curava os doentes, ressuscitava os mortos, expulsava os demônios e alimentava o povo multiplicando a comida. Não falamos nada de que era Deus, que morreu e ressuscitou. Falamos, mas para garantir que, quem fazia isso só podia ser Deus. Há uma frase que diz: “Os discípulos, vendo essa humanidade de Jesus tão generosa, diziam: Só pode ser Deus. Paulo na carta a Tito escreve: “A graça de Deus se manifestou parda a salvação de todos” (Tt 2,11). A graça é a benignidade de Deus. Deus é bom e compassivo. Essa compaixão Jesus a trouxe como primeira recomendação do Pai a todos nós. Para ser igual a Jesus temos que aprender sua compaixão. Uma espiritualidade desacompanhada da compaixão que suja as mãos com os necessitados não constrói vida cristã. Vemos religiões que se dizem cristãs, movimentos, associações e piedosas pessoas que não têm a compaixão em seu modo de viver a fé. 
Homilia do 16º Domingo Comum (22.07.2018)

EVANGELHO DO DIA 02 DE DEZEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 10,21-24. 
Naquele tempo, Jesus exultou de alegria pela ação do Espírito Santo e disse: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e aos inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque isto foi do teu agrado. Tudo Me foi entregue por meu Pai; e ninguém sabe o que é o Filho senão o Pai, nem o que é o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar». Voltando-Se depois para os discípulos, disse-lhes: «Felizes os olhos que veem o que estais a ver, porque Eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que vós vedes e não viram e ouvir o que vós ouvis e não ouviram». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Carta a Diogneto (c. 200) 
Carta a Diogneto, caps 7-9 
No seu Filho, Deus concedeu-nos todas as coisas 
Deus enviou-nos Jesus, enviou-O com clemência e mansidão, como um rei que envia o seu filho. Deus O enviou, e O enviou como homem para os homens; enviou-O para nos salvar pela persuasão e não pela violência, pois em Deus não há violência. Enviou-O para chamar, e não para castigar; enviou-O para amar, e não para julgar. Nenhum homem viu nem conheceu a Deus, mas Ele próprio Se revelou a nós. Revelou-Se mediante a fé, unicamente pala qual é concedido ver a Deus. Deus, Senhor e Criador do Universo, que fez todas as coisas e as estabeleceu em ordem, não só Se mostrou amigo dos homens, mas também paciente. Ele sempre foi assim, continua a ser e sê-lo-á: clemente, bom, manso e verdadeiro. Somente Ele é bom. Tendo concebido grande e inefável projeto, apenas o comunicou ao Filho. Enquanto O mantinha no mistério e guardava a sua sábia vontade, parecia que não cuidava de nós, que não pensava em nós. Todavia, quando, por meio de seu Filho amado, revelou e manifestou o que tinha estabelecido desde o princípio, concedeu-nos em simultâneo todas as coisas: não só participar dos seus benefícios, mas ver e compreender coisas que nenhum de nós teria jamais esperado.

São Pimênio de Roma Mártir Festa: 2 de dezembro

Pimênio viveu entre os séculos III e IV. Era sacerdote e, na sua escola, contou com estudantes como Donato, futuro Bispo de Arezzo, e Crescêncio, futuro mártir. Ele também sofreu o martírio por enterrar os mártires. São Pimênio foi sepultado no cemitério de Ponciano, na Via Portuense, em Roma.
Século III/IV 
Martirógio Romano: Também em Roma, no cemitério de Pôncio na Via Portuense, São Pimênio, sacerdote e mártir. 
A lendária passio desse mártir está intimamente ligada a outras narrativas semelhantes: de fato, ele é lembrado na passio de São Donati, na de São Crescenzio e Santa Bibiana. Na lenda, a ligação com esse último santo é muito próxima, tanto que em alguns manuscritos. a mesma passio de Pimenio aparece indiferentemente intitulada como Passio san Pigmenti ou Passio santa Bibianae. O nome do mártir aparece transcrito nos martirológios, nas lápides, nos Itinerários Romanos de maneira muito diferente: "Pemeni, Pigmenius, Pimini, Pometti, Pymenius, Pymeon, Pumenius". Segundo a lenda, o santo era sacerdote com o título de Pastoris e em sua escola teve Juliano (que mais tarde se tornou imperador), Donato, que mais tarde se tornou bispo de Arezzo e mártir romano de Crescenzio. Junto com o padre Giovanni, nome que aparece com frequência nas lendas romanas, realizou uma ação caritativa ao enterrar os corpos dos mártires.

Beata Maria Ângela Astorch, Clarissa Capuchinha - 2 de dezembro

Nasceu no seio de boa família, sendo a mais nova de quatro irmãos. Seu pai, Cristóvão Cortey, era livreiro de profissão; sua mãe, Catarina Astorch, era herdeira universal de Pedro Miguel Astorch, com a condição de conservar o sobrenome na sua descendência. Ambos morreram num período de quatro anos, deixando Maria Ângela órfã, passando a ser cuidada por uma ama em Sarriá. Em 1599, como resultado de uma intoxicação, foi dada por morta. Sua irmã Isabel Astorch, que era monja em um mosteiro de capuchinhas recém-fundado em Barcelona, junto com a fundadora do mesmo, Ângela Serafina Prat, foram ao enterro. Em meio dos preparativos, Maria Ângela retornou à vida, e o milagre foi atribuído às orações de Ângela Serafina. A partir de então Maria Ângela passou a ter uma maturidade precoce e uma grande capacidade que faziam pensar em uma menina superdotada. Aprendeu a ler e a fazer trabalhos manuais, tinha grande amor pela leitura, especialmente por livros em latim. Em 16 de setembro de 1603, na idade de 11 anos, ingressou no Mosteiro de Santa Margarida de Barcelona, fundado por Madre Ângela Serafina Prat. Com essa idade ela já dominava os seis tomos do Breviário em latim. Não obstante sua maturidade precoce, Maria Ângela teve que esperar até 1608 para fazer o noviciado canônico. Foi um tempo de espera muito provado pela incompreensão e inveja da mestra, que chegou aos maus tratos, pois, devido sua maturidade e cultura, fora encarregada de dar alguma formação a suas companheiras.

Santa Aurélia de Alexandria Mártir, venerada em Montanaro

Festa: 2 de dezembro
Século III 
Santa Aurélia nasceu em Alexandria, no Egito, na década de 40 do século III, e foi martirizada sob Valeriano, junto com vários membros de sua família: seus quatro primos Adria, Pauline, Neon e Mary, sua mãe Martana e uma tia. A história não fala de seu pai e nem mesmo o nome dele é mencionado, talvez porque ele tenha se perdido ainda jovem, mas afinal os primeiros anos de sua própria vida são quase totalmente desconhecidos para nós e só sabemos que sua mãe foi sua única educadora de virtude e da religião cristã. No entanto, a notícia chegou a mãe e filha em Alexandria de que as primas Adria e Paulina, com seus filhos, haviam sofrido martírio em Roma e, imediatamente, as duas mulheres, tendo resolvido seus assuntos em Alexandria, partiram para a capital do Império, movidas pelo desejo de honrar aqueles gloriosos campeões da fé e estabelecer seu lar em seus túmulos. nas catacumbas de San Sebastiano. Entre os visitantes dessas catacumbas estava um jovem romano, ainda pagão, chamado Clódio Dionísio, de linhagem nobre, que contava cavaleiros e senadores entre seus parentes. Fascinado pela beleza e virtude de Aurelia, considerando-se feliz por tê-la como companheira em sua vida, ele a pediu em casamento.

Santa Branca de Castela, Rainha e Religiosa - Festa 2 de dezembro

Casamento de Branca e o Delfim
     Branca era filha de Afonso IX, Rei de Castela, e de Eleonora da Inglaterra. Nasceu em Palência no início de 1188. Com onze anos foi prometida como esposa a Luis, delfim da França, pelo tio João Sem Terra, que tinha intenção de se reconciliar com o Rei Felipe Augusto.
     O casamento dos jovens príncipes foi celebrado no dia 23 de maio de 1200 em Portmort, na Normandia.
     Branca encontrava-se profundamente aflita, pois já se haviam passado doze anos desde seu casamento e ainda não tinha filhos. São Domingos de Gusmão, que fora visitar a Rainha, aconselhou-a a rezar diariamente o Terço, pedindo a Deus a graça de tornar-se mãe. Seguindo fielmente o conselho, ela foi atendida e em 1213 deu à luz o seu primogênito, Filipe, que veio a falecer na infância.

Bibiana de Roma Virgem, Mártir e Santa século III

Na época em que Roma estava sob o poder o imperador Juliano, "o Apóstata", aconteceu um dos últimos surtos de perseguição fatal aos cristãos, entre 361 e 363. O tirano, que já tinha renegado seu batismo e abandonado a Santa Bibiana de Romareligião, passou a lutar pela extinção completa do cristianismo. Começou substituindo todos os cristãos que ocupavam empregos civis por pagãos, tentando colocar os primeiros no esquecimento. Mas não parou por aí. Os mais populares e os mais perseverantes eram humilhados, torturados e, por fim, mortos. No ano 363, a família de Bibiana foi executada na sua presença, porque não renunciou à fé cristã. Flaviano, seu pai, morreu com uma marca na testa que o identificava como escravo. Defrosa, sua mãe foi decapitada. Ela e a irmã Demétria, antes, foram levadas para a prisão. A primeira a morrer foi Demétria, que perseverou na fé após severos suplícios na presença da irmã. Por último, foi o martírio de Bibiana, para a qual, conforme a antiga tradição, o governador local usou outra tática. Foi levada a um bordel de luxo para abandonar a religião ou ser prostituída. Mas os homens não conseguiam aproveitar-se de sua beleza, pois a um simples toque eram tomados por um surto de loucura. Bibiana, então, foi transferida para um asilo de loucos e lá ocorreu o inverso, os doentes eram curados.

São Cromácio de Aquileia Bispo -Festa:2 de dezembro

Aquileia, Udine, 335/340 - 407/408
 
Cromácio foi bispo de Aquileia de 387/388 a 407/408, sucedendo Valeriano. Ele é autor de um Comentário sobre o Evangelho de Mateus, que provavelmente permaneceu inacabado, e de inúmeros sermões que são um testemunho muito importante da fé e vitalidade da antiga Igreja de Aquileia. Como expoente da ortodoxia, ele esteve entre os promotores da derrota ariana: participou como sacerdote do Concílio de 381. Ele foi o animador de um fervoroso cenáculo presbiteral do qual inúmeros homens de fé e cultura se inspiraram, incluindo São Jerônimo e Rufino. É o exemplo mais documentado e válido de vida cristã e compromisso pastoral que nos vem da antiga Aquileia. De seu zelo pastoral, sua caridade ardente e firmeza testemunhamos de São Jerônimo e São João Crisóstomo. Ele compartilhou até sua morte os eventos conturbados de seu povo devido às invasões bárbaras. Seu culto recebeu considerável impulso nas últimas décadas após a redescoberta e o tratamento extensivo de seus escritos, que permaneceram quase completamente desconhecidos por séculos. 
Emblema: Equipe pastoral 
Martirógio Romano: Em Aquileia, no Friuli, São Cromácio, bispo, que, como verdadeiro construtor da paz, remediou a condição dos claustros da Itália destruídos por Alarico e os sofrimentos do povo e, como sábio intérprete dos mistérios da Palavra divina, elevou mentes às realidades mais elevadas.

São Silverius, Papa e mártir

Festa:
2 de dezembro 
(*)Frosinone - (†)Palmarola, Ponza, 2 de dezembro de 537
(Papa de 01/06/536 a 11/11/537) 
Nativo de Frosinone, Silverius, eleito em 536, foi Papa por cerca de um ano e meio. Envolvido na guerra entre bizantinos e godos pela posse da península itálica, que durou 18 anos, ele lutou vigorosamente contra as heresias monofisitas. Por ordem da imperatriz Teodora, foi exilado para a ilha de Ponza, onde morreu. 
Etimologia: Silverio = habitante das florestas, homem da floresta, selvagem, do latim 
Martirógio Romano: Na ilha de Palmarola, na Ligúria, trânsito de São Silverius, papa e mártir, que, não querendo restabelecer Antimo, bispo herético de Constantinopla deposto por seu predecessor São Agapíto, foi privado de sua sé por ordem da imperatriz Teodora e enviado ao exílio, onde morreu após muitas tribulações. 
Originalmente de Frosinone, filho do papa s. Hormizdas ascendeu ao trono papal em junho de 536, mas não foi o sucessor imediato de seu pai, na verdade, após a morte de São Hormisdas ocorreu em 523, tendo como pontífices São João I, São Félix III, Bonifácio II, o antipapa Dioscoro, João II, São Agapeto I, todos governaram em média 2-3 anos cada.

João de Ruysbrœck Sacerdote, Religioso, Fundador 1293-1381

Cônego regular flamengo, cujas obras, 
desmascaram os falsos místicos, 
o que lhe valeu ser chamado
 “Ruysbroeck o Admirável”.
João de Ruysbroeck nasceu em 1293, em Ruysbroeck, nos arredores de Bruxelas. A sua família era honrada e muito abastada. Desde a sua mais terna infância gostava de isolar-se na natureza. Aos 11 anos, Beato João de Ruysbroeck, místicofoi confiado um tio, Mestre João Hinckaert, cónego de Santa Gúdula, que o despertou muito cedo às verdades do Evangelho, e o enviou para uma escola para estudar as letras, a filosofia e as ciências humanas e divinas. Em 1317, quando completava 24 anos foi ordenado sacerdote e exerceu o seu ministério durante 25 anos em Bruxelas, como capelão de Santa Gúdula, na companhia de Mestre Hinckaert e de Franco van Coudenberg, capelães da mesma igreja, e animados dos mesmos desejos de vida virtuosa. Foi durante a sua estadia em Bruxelas que ele redigiu as suas primeiras obras. Sacerdote secular, João decidiu de seguir Cristo humilde no caminho da humildade e de se conformar tanto quanto lhe era possível a este Modelo, indo mesmo ao ponto de ser considerado como desprezível e sem qualquer valor aos olhos de todos quantos ignoravam a sua vida santa, toda cheia da presença de Deus.

Beato Rafael Chylinski Franciscano Festa: 2 de dezembro

Religioso franciscano polaco de nobre origem. 
Exerceu o seu apostolado como pregador 
e confessor em Lagiewniki e Cracóvia.
(*)Poznan, Polônia, 1694
(✝︎)Lagiewniki, Polônia, 2 de dezembro de 1741
Martirológio Romano: Na localidade de Logiewniki, na Polônia, o Beato Rafael (Melchior) Chylinski, sacerdote da Ordem dos Frades Menores Conventuais, que visitou os doentes em Cracóvia durante a peste para ajudá-los piedosamente e prepará-los para uma morte honrosa e cristã.
Graças a um milagre atribuído à sua intercessão e aprovado em 22 de janeiro de 1991, ele foi beatificado pelo Papa João Paulo II em 9 de junho de 1991, em Varsóvia, durante sua jornada apostólica à Polônia. Melchiorre Chylinski nasceu em Wysoczko em 8 de janeiro de 1694, no distrito de Poznań, na Polônia, cresceu em um ambiente saudável e piedoso e, após concluir seus estudos nas escolas de sua cidade, abraçou a vida militar tornando-se oficial-porta-estandarte, mas isso não durou muito; obedecendo ao chamado de Deus que sentia dentro de si, aos 21 anos foi para Cracóvia e ingressou na Ordem dos Frades Menores Conventuais e, em 4 de abril de 1715, recebeu o hábito clérigo, mudando seu nome para Rafael.

ORAÇÕES - 02 DE DEZEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
2 – Terça-feira – Santos: Bibiana, Martana, Crisólogo
Evangelho (Lc 10,21-24) Ninguém conhece quem é o Filho, a não ser o Pai; e ninguém conhece quem é o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho o revelar.”
Por mim mesmo jamais poderia saber que o Pai nos amatanto,a ponto de enviarseu Filho para participar de nossa vida humana, em toda a sua fragilidade. Vivendo entre nós, Jesus, o Filho, fala-nos diretamente ao coração, conquista nosso amor, e revela-nos o amor do Pai, sua infinita misericórdia. Acolhe-nos nesse círculo de amor, que dá sentido a nossa vida, a nossas alegrias e lutas
Oração
Senhor Jesus, que felicidade a nossa. Sois o Filho de Deus, mas nos amais tanto a ponto de vir viver entre nós, participando de nosso jeito de ser. Transformai-nos,para podermos viver de vossa vida, pensar, amar e agir como nos mostrais. Ajudai-nos a ver a imensa bondade do Pai, e envia sobre nós vosso Espírito, que nos faça intuir mais a fundo tudo que nos ofereceis como vida e salvação. Amém.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - Uma opção coerente

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(✝︎)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Escolher o Evangelho
 
Continuando falar da prata da casa, vamos ver o caminho espiritual de Santo Afonso. É o fundador da Congregação Redentorista, teólogo da moral que contribuiu muito para o estudo dessa dimensão da vida cristã. Criou um método de reflexão que influi na Igreja até hoje através de seus seguidores. Foi dedicado à vida espiritual do povo através das missões e de seus escritos de espiritualidade. Por que foi tão longe assim? Porque fez um caminho coerente no seguimento de Cristo. Por isso ficou santo. Sem fazer um caminho para Cristo, não chegamos a santidade nenhuma. Era nobre de sangue, não tanto de dinheiro. Foi advogado e chegou aos 28 anos com grande fama, pois tinha em mãos um processo muito grande. Por conta da corrupção, ele perdeu (1723). Mas Jesus já o tinha conquistado, pois no ano anterior já se decidira deixar o mundo, fazendo-se religioso. Deixou os tribunais, e entrou para o seminário da diocese, sendo ordenado sacerdote em 1726, com 30 anos. Ele não perdeu a causa, ganhou Jesus Cristo. Deixou a injustiça do mundo para a justiça do Evangelho. Ao se fazer sacerdote, preocupou-se, sobretudo em servir como anunciador da Palavra e ministro de outro tribunal, o da confissão. Nesses anos que seguem sua ordenação se faz missionário na cidade. Sua vida vai ser sempre apoiada no conhecimento de Jesus Cristo, sobretudo na Eucaristia, e na Palavra. Lendo seus escritos, vemos que eles nascem da reflexão da Palavra de Deus. Esse é o primeiro passo de sua caminhada de santidade. Êxodo em direção ao Evangelho. 
Escolher os pobres 
Como sacerdote soube, como diz Papa Francisco, fazer uma Igreja em saída. Juntamente com alguns companheiros padres, começou a reunir o povo simples e pobre que vivia na cidade, para cantar, rezar e aprender a doutrina cristã. Assim foram formando grupos que eram dirigidos por eles mesmos, acompanhados dos padres. Esses grupos se multiplicaram. Os padres percorriam os grupos dando assistência. Ali Afonso conheceu a ignorância religiosa do povo humilde e pobre da cidade. E eram muitos. Aprendeu a falar a língua do povo e a sair ao seu encontro. Esses grupos tiveram grande desenvolvimento. É importante ver como Afonso dá esse passo em direção aos abandonados da cidade. Mesmo tendo tantos padres, era um povo sem assistência. Os pobres vão conquistando seu coração. Aprende a falar com eles e se deixa educar na sua linguagem. Por isso exigirá de seus padres uma linguagem simples, mas nobre. Assim exigirá de seus confrades na Congregação. É o segundo passo: Êxodo em direção aos pobres. 
Escolher morar com os pobres 
Cansado, tira férias e vai para as montanhas de Scala, perto de Amalfi (Itália). Ali descobre que há gente ainda mais abandonada do que os que estão na pobreza da cidade, Aqui o abandono é total. Não há socorro: nem espiritual, nem material. Como dizemos: o descanso se transformou em uma missão evangelizando os pobres pastores. Então chega ao ponto decisivo de sua vida: Decide-se ir para Scala para viver entre os currais e os casebres dos pastores. Funda sua Congregação para viver no meio do povo abandonado do campo. Ali aprendeu a linguagem do povo e pode ver como atendê-los melhor. Para isso prega missões, escreve e faz até musicas para a evangelização. Sem uma caminhada em direção aos abandonados não podemos dizer que encontramos Jesus Cristo para valer. Quem escolhe viver o Evangelho encontra seus destinatários: os mais abandonados. E há tantos ainda. É o êxodo que marca sua passagem para o mundo dos pobres.
ARTIGO PUBLICADO EM JULHO DE 2018

EVANGELHO DO DIA 01 DE DEZEMBRO

Evangelho segundo São Mateus 8,5-11. 
Naquele tempo, ao entrar Jesus em Cafarnaum, aproximou-se dele um centurião, que Lhe suplicou, dizendo: «Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico e sofre horrivelmente». Disse-lhe Jesus: «Eu irei curá-lo». Mas o centurião respondeu-Lhe: «Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa; mas diz uma só palavra e o meu servo ficará curado. Porque eu, que não passo dum subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens. Digo a um: "Vai!", e ele vai; a outro: "Vem!", e ele vem; e ao meu servo: "Faz isto!", e ele faz». Ao ouvi-lo, Jesus ficou admirado e disse àqueles que O seguiam: «Em verdade vos digo: não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé. Por isso vos digo: do Oriente e do Ocidente virão muitos sentar-se à mesa, com Abraão, Isaac e Jacob, no Reino dos Céus».
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Bernardo 
(1091-1153) 
Monge cisterciense, doutor da Igreja 
6.º sermão para o Advento 
A bondade do Senhor encheu a Terra 
Um dia, o Salvador virá restabelecer a força do nosso corpo, como diz o apóstolo Paulo: «Esperamos, como Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo miserável, para o tornar semelhante ao seu corpo glorioso» (Fil 3,20-21). O Deus Sabaot, o Senhor das potestades, o Rei da glória, virá do Céu para transformar o nosso corpo, tornando-o semelhante ao seu corpo glorioso. Que glória, que alegria quando o Criador do Universo, que Se escondeu sob uma aparência humilde quando veio redimir-nos, aparecer em toda a sua glória e majestade aos olhos de todos, para glorificar os nossos corpos miseráveis! Quem se lembrará da humildade da sua primeira vinda quando O virmos descer na luz, precedido pelos anjos, que tirarão os nossos corpos do pó ao som da trombeta, para os colocar diante de Cristo (cf 1Tess 4,16s)? Que a nossa alma se regozije, pois, e que o nosso corpo descanse na esperança, aguardando o nosso Salvador e Senhor Jesus Cristo, que o transformará para o tornar semelhante ao seu corpo glorioso. Escreve o profeta: «A minha alma tem sede de Ti; todo o meu ser anela por Ti, como terra árida» (Sl 62,2 Vulg); a sua alma ansiava intensamente a primeira vinda do Salvador que o redimiria, mas a sua carne ansiava ainda mais vivamente a última vinda, quando será glorificada. Nessa altura, todos os nossos desejos serão realizados, pois a Terra será preenchida com a majestade de Deus. Que a misericórdia de Deus nos conduza a essa glória, a essa felicidade, a essa paz que ultrapassa tudo o que se pode imaginar (cf Fl 4,7) e que Nosso Senhor Jesus Cristo não permita que se frustre a nossa espera ardente pelo Salvador.

Beata Maria Clara do Menino Jesus (Libania do Carmo Galvão Mexia de Moura Telles de Albuquerque) Fundadora

Festa: 1º de dezembro
(*)Amadora, Portugal, 15 de junho de 1843
(✝︎)Lisboa, Portugal, 1º de dezembro de 1899 
Libânia do Carmo Galvão Mexia de Moura Telles e Albuquerque nasceu em Amadora (Lisboa) em 15 de junho de 1843. Em 1869, ela assumiu o véu entre os Terciários Capuchinhos de Nossa Senhora da Conceição, residindo na Pensão de São Patrício em Lisboa, e adotou o nome de Irmã Maria Clara do Menino Jesus. Ela foi enviada para Calais, França, em 10 de fevereiro de 1870 para o noviciado, com a intenção de fundar posteriormente uma nova Congregação em Portugal. Ele abriu a primeira comunidade em Lisboa em 3 de maio de 1871. Cinco anos depois, em 27 de março de 1876, a Congregação dos Franciscanos Hospitalários da Imaculada Conceição foi aprovada pela Santa Sé. Madre Clara, como é mais conhecida, faleceu em Lisboa em 1º de dezembro de 1899, aos 56 anos. Ela foi beatificada por decreto do Papa Bento XVI em 21 de maio de 2011. Seus restos mortais atualmente repousam no Generalato dos Franciscanos Hospitalários, em Linda-a-Pastora, perto de Lisboa, Portugal. Terceira de sete filhos, ela nasceu em 15 de junho de 1843 no palácio da Quinta do Bosque, na atual cidade de Amadora, Portugal.

São Nahum, o Profeta Festa: 1º de dezembro

Naum, sétimo dos profetas Menores, nasceu em Elcos, Galileia, no século VII. É autor do 41° livro do Antigo Testamento, no qual narra a queda de Nínive, principal inimiga de Israel, como uma vitória de Deus sobre o mal. Como Nínive havia destruído Tebas, também foi destruída.
Elcos, Galileia, século VII a.C. 
Martirológio Romano: Comemoração de São Naum, profeta, que pregou que Deus governa o curso do tempo e julga os povos em retidão. 
O Livro de Naom, de mesmo nome, é o 41º do Antigo Testamento, segue o de Miqueias e precede o de Habacuque. A dureza com que Nahum se expressa, no entanto, é afetada pela mentalidade e pelo clima do Antigo Testamento; deste Profeta, considerado o sétimo dos profetas 'menores', praticamente nada se sabe sobre sua vida; ele viveu na segunda metade do século VII a.C., provavelmente no espaço de tempo desde a queda de Tebas (663 a.C.) até a queda de Nínive (612 a.C.) pelas mãos dos exércitos babilônico e persa; e nasceu segundo São Jerônimo, na aldeia desconhecida de Elcos, na Galileia. Com seu livro profético, ou melhor, livreto, composto por apenas três capítulos, ele nos oferece uma visão centrada no evento da destruição da capital assíria, Nínive, que caiu em 612 a.C. sob os ataques do rei dos medos Ciaxares e Nabopolassar, fundador da dinastia neo-babilônica.

Santa Florença de Poitiers, Eremita - 1 de dezembro

Florença nasceu na Frígia, de pais imersos nas trevas do paganismo, e que a tinha educado nos mesmos erros. Seus pais eram colonos romanos estabelecidos na Ásia Menor, ao longo da estrada que da Frigia conduzia a Selêucia. Florença é citada na “Vita Hilarii” do século VII, que narra a vida de Santo Hilário, primeiro Doutor da Igreja Latina. Em 359, Santo Hilário, exilado há quatro anos, e defendendo a fé nos locais entregues ao arianismo, foi para a Selêucia, cidade da Isauria onde a heresia tinha inspirado um concilio para o final de setembro (Sínodo dos Orientais de 359). Um domingo, passando por uma pequena cidade que, infelizmente, a história não diz o nome, ele entrou na igreja católica no momento em que as pessoas já estavam reunidas para a oração. De repente, no meio da multidão, uma menina corre e entra nas fileiras cerradas, ela clama que um grande servo de Deus está ali e, prostrada a seus pés, implora que pelo Sinal da Cruz ela ingresse no rebanho de Cristo, ela protesta que não vai se erguer senão após ter seu pedido atendido. Era Florença, que um movimento do Espírito Santo enviava para o grande doutor, cujo nome ilustre não era conhecido no Oriente, e Ele fazia conhecido misteriosamente.

Eloy de Noyon Bispo, Santo † 659


Bispo de Noyon (França). 
Morreu na Holanda. 
O seu corpo repousa na catedral da cidade francesa, 
que já não é diocese.
Bispo, escultor, modelista, marceneiro e ourives, Elói ou Elígio foi um artista e religioso completo. Nasceu na cidade de Chaptelat, perto de Limoges, em 588, na França. Seus pais, de origem franco-italiana, eram modestos camponeses cristãos com princípios rígidos de honestidade e lealdade, transmitidos com eficiência ao filho. Com sabedoria e muito sacrifício, fizeram questão que ele estudasse, pois sua única herança seria uma profissão. Assim foi que, na juventude, Elói ingressou na escola de ourives de Limoges, a mais conceituada da Europa da época e respeitada ainda hoje. Ao se formar mestre da profissão, já era afamado pela competência, integridade e honestidade. Tinha alma de monge e de artista, fugia dos gastos com jogos e diversões. tudo dispendia com os pobres. Levava uma vida austera e de oração meditativa, ganhando o apelido de "o Monge". Conta-se que sua fama chegou à Corte e aos ouvidos do rei Clotário II, em Paris. Ele decidiu contratar Elói para fazer um trono de ouro e lhe deu a quantidade do metal que julgava ser suficiente. Mas, com aquela quantidade, Elói fez dois tronos e entregou ambos ao rei. Admirado com a honestidade do artista, ele o convidou para ser guardião e administrador do tesouro real. Assim, foi residir na Corte, em Paris. Elói assumiu o cargo e também o de mestre dos ourives do rei. E assim se manteve mesmo depois da morte do soberano.

António Bonfadini Franciscano Menor, Beato 1400-1482

Franciscano italiano, encontrado intacto 
um ano após a sua morte.
António Bonfadini passou os últimos dias da sua vida na cidade de Cotignola (Itália), onde morreu e onde o seu corpo permaneceu incorrupto. Tinha nascido em Ferrara no já remoto ano de 1400. Obteve o grau de Doutor na sua cidade natal em 1439 e aos 37 anos entrou na Ordem Franciscano dos Irmãos Menores, no convento da estrita observância do Espírito Santo em Ferrara e aí se destacou pela sua fidelidade à regra e pela sua veemente pregação da Palavra de Deus. Ordenado sacerdote, sentiu-se atraído pelos sermões de São Bernardino de Sena que produziram nele um despertar maravilhoso de virtudes, não só em Frei António Bonfaddini, mas também nos outros franciscanos, seus irmãos da Ordem fundada por São Francisco de Assis. Passado algum tempo, começou a percorrer os caminhos da Itália como pregador da Palavra de Deus, sendo sempre escutado com grande atenção pelos auditores que acorriam numerosos para ouvirem o homem de Deus. Estava-se então no século XV, o século de ouro da pregação e da santidade da observância franciscana. Basta-nos aqui recordar quatro dessas colunas da pregação: São Tiago das Marcas, São João de Capistrano, São Bernardino de Sena e Alberto de Sarteano, menos conhecido talvez do que os três primeiros. É pois natural que beneficiando de um tal clima espiritual, António se sentisse atraído por eles. Por isso mesmo não é de admirar que o seu intenso e frutuoso apostolado semeado nos corações de tantos italianos durante alguns decénios, tenha dado frutos abundantes, conduzindo a Deus milhares de almas desejosas de renovação espiritual.

Edmundo Campion Santo: Mártir da fidelidade ao Papado 1540-1581

Ralph Sherwin e Alexandre Bryant, sacerdotes martirizados em Londres. 
Edmundo foi humanista anglicano e depois jesuíta;
 Alexandre foi recebido jesuíta já na prisão.
Homem inteligente, cordial e corajoso, com um futuro brilhante diante de si, renunciou a tudo para afervorar as almas que cambaleavam na Fé numa época de sangrentas perseguições. Os séculos XVI e XVII foram tempos difíceis para a Igreja na Inglaterra. A outrora cognominada Ilha dos Santos encontrava-se imersa em problemas de índole política que logo transcenderam para a esfera eclesiástica, com as mais graves repercussões. Em 1534, Henrique VIII autonomeou-se Chefe Supremo da Igreja na Inglaterra e declarou réu de morte a quem não reconhecer essa autoridade. Ao ano seguinte, foram decapitados dois dos mais proeminentes opositores ao Ato de Supremacia: São John Fisher e São Thomas More. Os mosteiros, conventos e confrarias foram dissolvidos. Uma implacável perseguição se desatou contra os que permaneciam fiéis ao Papa. Foi nessas circunstâncias históricas que nasceu em Londres, no dia 25 de Janeiro de 1540, Edmundo Campion.

Carlos de Foucauld Sacerdote, Missionnáro, Beato 1858-1916

Ex-oficial, convertido, retirou-se para o Saara,
 onde foi assassinado.
Fundador das Comunidades
dos Irmãos e das Irmãs de Jesus.
 Foi beatificado em 2005.
Charles de Foucauld nasceu em Strasburg, na França, em 15 de setembro 1858. Era descendente de família nobre, de tradição militar. Aos doze anos, morava com o avô, pois já era órfão. Aos dezesseis anos, Charles escolheu a carreira militar e, ao final dos estudos nas melhores escolas militares, era um subtenente do exército francês. Foi uma época repleta de entusiasmos, crises e desvios, que o levaram a abandonar a fé. Entregava-se, facilmente, a prazeres e amores libertinos, escandalizando a cidade. Porém sentia necessidade de preencher sua vida tão vazia e sem rumo. Em 1883, Charles deixou o exército e viajou para o Marrocos, na África. Ele conhecia a Argélia e tinha fascínio pelo país que conhecera como oficial francês. Disfarçou-se de um rabino pobre, vivendo entre as comunidades judaicas, organizando mapas e esboços dos lugares por onde passava. Esse trabalho lhe conferiu uma medalha de ouro oferecida pela Sociedade Francesa de Geografia. Desde a saída do exército começou a mudança de vida. Com grande apoio dos parentes e de seu conselheiro espiritual, retornou à fé cristã, que o arrebatou de vez. Em 1890, Charles decidiu viver apenas para servir a Deus. Ingressou como noviço num mosteiro trapista de Nossa Senhora das Neves, onde ficou por alguns anos. Mas a mesa farta e a disciplina pouco rígida, como ele próprio concluiu, não produzia monges "tão pobres quanto o Senhor Jesus".

Liduina Meneguzzi Religiosa salesiana, Beata 1901-1941

Salesiana italiana em Pádoue, activa também na Etiópia, chamada “anjo branco” ou ainda “chama ecuménica”, béatifiée en 2002.
«A mensagem que a Beata Liduina Meneguzzi traz hoje à Igreja e ao mundo, é uma mensagem de esperança e de amor: uma esperança que resgata o homem do seu egoísmo e das formas aberrantes de violência; um amor que se torna convite à solidariedade, à partilha e ao serviço, conforme o exemplo de Jesus que veio não para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de todos». (cfr. Decreto sobre a heroicidade das virtudes) 
Elisa Ângela Meneguzzi, (a futura irmã Liduina), nasce aos 12 de Setembro de 1901, em Santa Maria de Ábano, na província de Pádua. A sua é uma família de lavradores muito modestos, mas ricos de fé e de honestidade, valores que a pequena assimila muito cedo. Revela um vivo espírito de oração: participa todos os dias à santa Missa, não obstante tenha de percorrer a pé, dois quilómetros; frequenta a Catequese e, mais tarde, ela também se torna Catequista. À noite, antes de dormir, reza com a família e se sente feliz de falar de Deus aos irmãos. Aos catorze anos, a fim de ajudar economicamente os seus, inicia a trabalhar fora de casa, prestando serviço nas famílias abastadas e nos hotéis de Ábano, onde numerosos hóspedes procuram alívio nas águas termais. De caracter manso, sempre disponível, faz-se amar e estimar em toda a parte. Desejosa de consagrar toda a vida ao Senhor, aos 5 de Março de 1926, entra na Congregação das Irmãs de São Francisco de Sales — ou Salésias —, cuja Casa Mãe encontra-se em Pádua. Aqui Ela realiza o seu ideal de total oferta a Deus e continua a espalhar em volta de si, os tesouros do seu grande coração.

Maria Rosa Pellesi Religiosa, Beata 1917-1972

Última de nove filhos; pertence à Congregação das Franciscanas Missionnárias de Cristo em Rimini. 
Foi bratificada em 2007.
Depois de apenas 35 anos da sua morte, a Igreja reconhece a santidade da Ir. Maria Rosa, professa da Congregação das Irmãs Franciscanas Missionárias de Cristo e proclama-a Beata. Dos seus 55 anos de existência, 27 foram vividos na solidão e no sofrimento de um sanatório. Dentro desse claustro, não escolhido nem previsto, aconteceu-lhe de tudo: chorou e sorriu, venceu a monotonia com a escuta e o amor, transformou o ordinário em extraordinário, fez grandes as mínimas coisas. Lá o seu dom nutriu-se da dor, o seu sorriso alimentou-se da doença e a sua felicidade de lágrimas. Livre e grande, desde o início até ao fim, permaneceu-lhe o coração. E isto lhe foi suficiente para voar alto, para sonhar o sol, transfigurar os seus dias e inebriar-se de felicidade e, sem algum rumor, fazer-se santa. Bruna Pellesi, a futura Ir. Maria Rosa, nasceu a 11 de Novembro de 1917, em Prignano sulla Secchia (Itália). Desde o princípio, a vida doou-lhe beleza, elegância, bom humor, doçura, alegria e muita paz. Aos 17 anos, chegou também o amor. A sua existência parecia ter tomado o caminho da plena realização e da felicidade.

Anuarite Nengapeta (Maria Clementina) Religiosa, Mártire, Beata 1939-1964

Religiosa congolesa. 
Em 1957, decidiu ingressar na Congregação da Sagrada Família. e, durante os massacres durante a guerra de independência, foi morta pelo coronel que a transportava, por não aceitar as proposições deste.
Anuarite Nengapeta era a quarta das seis filhas de Amisi e Isude. A família de pagãos africanos da etnia Wadubu vivia na periferia de Wamba, no Congo. Ela nasceu no dia 29 de dezembro de 1939, como depois comprovou a Santa Sé. Ao ser batizada em 1943, acrescentaram-lhe o nome Afonsina. Na ocasião, também receberam esse sacramento sua mãe e quatro irmãs. A mais velha nunca acompanhou a doutrina cristã. Seu pai, ao contrário, até começou a preparar-se para a conversão. Mas depois desistiu, pois formou outra família, enquanto trabalhava como soldado do exército congolês. A nova situação familiar refletiu pouco na formação de Anuarite, que teve uma infância e adolescência consideradas normais. Era vivaz e caridosa, de personalidade marcante e temperamento amistoso e generoso. O nervosismo, porém, era o ponto fraco do seu caráter. Era muito sensível e instável, talvez por causa da separação de seus pais. Gostava de frequentar a igreja, ia à missa aos domingos, com a mãe e as irmãs.

ORAÇÕES - 01 DE DEZEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
1 – Segunda-feira – Santos: Naum, Elói, Cândida, Charles de Foucauld
Evangelho (Mt 8,5-11)O oficial disse: – Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado.”
Difícil dizer o que mais posso aprender com esse homem: humildade ou confiança? Minha oração deve ser com de quem se sabe pobre, mas confia na imensa misericórdia de Deus. Devo pedir como quem de fato precisa e não confia em si. Na vida cotidiana e nos momentos mais difíceis, sei que não posso confiar em mim mesmo. Quero, pois, entregar-me confiantemente à misericórdia.
Oração
Senhor meu Deus, reconheço mima pobreza frágil e tantas vezes orgulhosa. Perdoai-me, que só posso confiar em vossa misericórdia, grande bastante para cuidar de mim. Emtudo preciso de vós, até para vos pedir socorro. Não permitais que me esqueça de sempre e em tudo recorrer à vossa bondade. Cuidai de mim, não permitais que me separe de vós, pois sem vós não posso viver. Amém.