quarta-feira, 30 de abril de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Alegria do Amor”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
De amor para o amor
 
No dia 19 de março de 2016, Papa Francisco apresentou uma “Exortação Apostólica Pós-Sinodal” sobre o amor na família cujo nome é “Amoris Laetitia”, isto é, Alegria do Amor. Do amor pela família a Igreja se dedica à preservação e animação da vida familiar na qual se realiza o amor de Deus manifestado através do amor humano. Papa Francisco diz que “o caminho do Sínodo dos Bispos permitiu analisar a situação das famílias no mundo atual, alargar a nossa perspectiva e reavivar a nossa consciência sobre a importância do matrimônio”(AL 2). Nesse documento de nove capítulos com 325 parágrafos, procura tratar todas as dimensões do tema. Entra em temas polêmicos que provocam discussões. Para escrever o documento, além de seu ministério de Guia da Igreja, traz sua experiência de trabalho direto com o povo. Além disso, acolheu as resoluções dos dois sínodos sobre a família acontecidos recentemente. Buscou também ensinamentos de Conferências Episcopais do mundo, de personalidades, como Martin Luther King e até de um filme “A Festa de Babette”, que o Papa recorda para explicar o conceito de gratuidade. Alerta no nº 2, que alguns “têm um desejo desenfreado de mudar tudo sem suficiente reflexão” e “a atitude dos que pretendem resolver tudo através da aplicação de normas gerais ou deduzindo conclusões excessivas de reflexões teológicas”. Na introdução diz: “Além da necessidade de unidade de doutrina, é preciso ver que em cada país é possível buscar soluções mais inculturadas atentas às tradições e aos desafios locais” (AL 3).
O caminho de uma reflexão 
Um dos caminhos para a leitura do documento Alegria do amor é a celebração do Jubileu da Misericórdia. O ponto de partida para entender o matrimônio e vivê-lo é a misericórdia. Temos que ter por certo que misericórdia não se reduz a ter dó ou procurar resolver os problemas dos sofredores, mas é uma “proposta de vida para as famílias cristãs”. O Papa se dirige à família e não só a problemas de casais. Quer em primeiro lugar estimular a “apreciar os dons do matrimônio e da família e a manter um amor forte e cheio de valores como a generosidade, o compromisso, a fidelidade e a paciência”. Em segundo lugar “se propõe a encorajar todos a serem sinais de misericórdia e de proximidade para a vida familiar, onde esta não se realiza ou não se desenrole em paz e alegria” (AL 5). 
Passos do documento 
No parágrafo seis, Papa Francisco apresenta as divisões do documento. Ele inicia a reflexão pelas Sagradas Escrituras. Inspirando-se na Palavra de Deus, passa a considerar a situação atual das famílias para “manter os pés no chão”. Belo pensamento de Francisco que quer falar às pessoas vivas e situadas, não a uma família que não existe. A seguir busca alguns elementos essenciais da doutrina da Igreja. Seguem dois capítulos centrais dedicados ao amor. O matrimônio não é um sacramento que se conhece somente a partir do direito e das leis, mas do amor. Nos próximos três capítulos dedica-se aos aspectos pastorais do matrimônio que levem a construir famílias sólidas e fecundas segundo o plano de Deus e à educação dos filhos. Continuando faz um convite à misericórdia e ao discernimento pastoral perante situações que não correspondem ao que o Senhor nos propõe. Por fim traça breves linhas de espiritualidade familiar. No parágrafo sete dá orientações para fazer a leitura com proveito. É um documento amplo e que exige muita atenção. Espero que as breves reflexões que fazemos nos ajudem a ler o documento.
ARTIGO PUBLICADO EM JUNHO DE 2016
Evangelho segundo São João 3,16-21. 
Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita nele não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele». Quem acredita nele não é condenado, mas quem não acredita nele já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho Unigénito de Deus». E a causa da condenação é esta: a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque eram más as suas obras. Todo aquele que pratica más ações odeia a luz e não se aproxima dela, para que as suas obras não sejam denunciadas. Mas quem pratica a verdade aproxima-se da luz, para que as suas obras sejam manifestas, pois são feitas em Deus». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Liturgia latina
Hino de Santo Ambrósio para as laudes,
«Splendor paternæ gloriæ»
«A Luz veio ao mundo»
Esplendor da glória do Pai, 
Luz nascida da Luz, 
fonte viva de claridade, 
dia que ilumina o dia. 

Verdadeiro Sol resplandecente, 
desce sobre nós, 
brilha numa luz sem fim, 
fazendo luzir no nosso coração 
os raios do Espírito divino. 

Que nos seja dado cantar 
o Pai da eterna glória, 
o Pai todo-poderoso 
que apaga as nossas faltas. 

Que Ele dê força ao nosso agir, 
que Ele destrua o inimigo 
que nos dê na provação 
a graça para agir. 

Dirija a nossa inteligência, 
e guarde o nosso corpo, 
que a nossa fé seja ardente, 
simples e sem retorno. 

Seja Cristo nosso alimento, 
a fé a nossa bebida, 
que a sóbria embriaguez do Espírito 
seja o gozo deste dia. 

Que o dia decorra alegre 
na pureza da manhã, 
que ao meio dia brilhe a fé 
que vença as sombras da noite. 

Como o sol que brilha aos nossos olhos, 
venham até nós com a aurora 
o Filho nos braços do Pai 
e o Pai nos braços do Filho. 

São Lourenço de Novara Sacerdote e mártir Festa: 30 de abril

Os preciosos dípticos eburneanos em que são relatadas as listas dos bispos de Novara dos primeiros séculos, indicam o nome de Lorenzo em terceiro lugar, com a particularidade do da Catedral que, ao contrário da basílica de San Gaudenzio, não atribui o título de bispo à sua pessoa. Tal esclarecimento provavelmente deve estar relacionado com a tradição que, desde a época do bispo Pedro III, de 993 a 1032, fez de Lourenço um padre martirizado, junto com as crianças que ele estava catequizando na época de Juliano, o Apóstata, por alguns padres pagãos. Esta ideia foi definitivamente codificada na redação da "Passio Sancti Laurentii", terminando, no entanto, por esquecer completamente a fisionomia de Lorenzo como terceiro bispo de Novara. O Martirológio Romano comemora São Lourenço em 30 de abril como sacerdote e mártir, enquanto a Diocese de Novara o inclui em seu calendário litúrgico em 4 de maio como bispo não mártir. 
Martirológio Romano: Em Novara, São Lourenço, sacerdote e mártir, que havia construído uma fonte sagrada na qual batizava os pequeninos cuja educação ele havia cuidado; um dia, depois de ter trazido uma grande multidão de crianças a Deus pelo batismo, nas mãos de alguns ímpios, ele encontrou o martírio junto com as crianças que acabara de batizar.

Beato Bento de Urbino (Marco Passionei) Sacerdote capuchinho Festa: 30 de abril

(*)Urbino, 13 de setembro de 1560
(+)Fossombrone, Pesaro e Urbino, 30 de abril de 1625 
Marco Passionei, o sétimo de onze filhos da nobre família de Domenico Passionei e Maddalena Cibo. Depois de se formar em Direito Civil e Eclesiástico em Pádua, ele foi iniciado na vida da corte romana de Card. Pier Estávamos filmando Albani, o que foi nojento para ele. Não foi fácil obter permissão de seus parentes e dos próprios frades para se tornar capuchinho, uma vez que foi admitido no noviciado de S. Cristina em Fano, mas sua saúde frágil fez com que os frades o forçassem a deixar Fano depois de alguns meses para o convento de Fossombrone. Ordenado sacerdote, dedicou-se a pregar com entusiasmo, atraindo os fiéis pelo seu espírito de oração, pela hilaridade da sua alma e pela sua pobreza. Em 1600 foi enviado junto com o esquadrão missionário liderado por São Lourenço de Brindisi, para a Boêmia, onde viveu por três anos e teve que suportar muitos insultos de hereges. Partiu para pregar a Quaresma em Saccocorvaro, durante a viagem teve que parar em Urbania, depois de uma dúzia de sermões que teve que desistir, foi submetido a mais uma operação que o reduziu à morte. Ele morreu em 30 de abril de 1625 com a idade de 65 anos e 41 anos de vida religiosa. Ele foi beatificado pelo Papa Pio IX em 10 de fevereiro de 1867. Martirológio Romano: Em Fossombrone, na região de Marche, o Beato Bento de Urbino, sacerdote da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, que foi companheiro de São Lourenço de Brindisi na pregação entre os hussitas e luteranos.

São Pedro Levita, diácono

Pedro tornou-se Beneditino após ter encontrado o futuro Santo e Papa Gregório Magno, que o quis diácono na Sicília e na Campânia e, enfim, diácono em Roma. Esteve sempre ao lado do Papa, quando se retirou para o Mosteiro do Célio para de se dedicar aos seus escritos. Pedro Levita faleceu em 605.
https://www.vaticannews.va/pt/santo-do-dia.html
(†)30 de abril de 605 
Pedro tornou-se beneditino depois de conhecer o futuro Papa e São Gregório Magno; que queria que ele fosse um subdiácono na Sicília e na Campânia e depois um diácono em Roma. Era sempre Pedro quem estava ao seu lado quando ele se retirava para o Mosteiro Célio para escrever. Ele morreu em 605. 
Etimologia: Pietro = pedra, pedra quadrada, do latim
Martirológio Romano: Em Roma, o Beato Pedro Levita, que, como monge no Monte Célio, por mandato do Papa São Gregório Magno, administrou sabiamente o patrimônio da Igreja de Roma e, ordenado diácono, serviu fielmente ao pontífice. 
O Beato Pedro Levita (Diácono) nasceu em meados do século VI. De acordo com uma tradição profundamente enraizada e com base nos códices litúrgicos medievais conservados nos Arquivos Capitulares de Vercelli, pertencia à família Bulgaro, senhores feudais de Vittimulo, de cujo castelo se originou a atual cidade de Salussola (diocese de Biella).

São Quirino, mártir, na via Ápia

No século III, os mártires romanos Alexandre, Evêncio e Teódulo, presos por ordem de Tibério, foram confiados ao tribuno romano, Quirino. Este, porém, impressionado pelos seus milagres, se converteu e foi batizado com a sua filha, Balbina. Por isso, também sofreu o martírio, por causa da sua fé.
(+)Roma, século III ca. 
Ele era um tribuno romano a quem os mártires Alexandre, Eventius e Teódulo foram confiados, presos por ordem do imperador Trajano (53-117); converteu-se depois de ver os milagres que realizavam e foi batizado junto com sua filha Balbina, depois sofreu o martírio, sendo decapitado em 30 de março de um ano no início do século III; seu corpo foi enterrado no cemitério de Praetextatus na Via Ápia. Uma epígrafe funerária do século V encontrada no cemitério leva seu nome. As relíquias do santo tribuno mártir tinham uma história separada, assim como as de muitos mártires das catacumbas romanas, que foram enviados para mosteiros e igrejas famosas em toda a Europa. De acordo com um documento elaborado em Colônia em 1485, seu corpo foi doado em 1050 pelo Papa Leão IX a uma abadessa chamada Gepa, que os transferiu para Neuss, no Reno, na Alemanha. Ainda hoje as relíquias são veneradas na catedral de San Quirino (1206) nesta cidade. Seu culto teve seu maior auge em 1471, durante o cerco que Neuss sofreu; a partir desta cidade, o culto se espalhou por toda a Alemanha, especialmente em Colônia, Bélgica e Itália. (Avvenire) 
Martirológio Romano: Em Roma, no cemitério de Praetextatus, na Via Ápia, São Quirino, mártir, que, como tribuno, coroou seu testemunho de fé com o martírio.

Santa Sofia de Fermo, Virgem e mártir 30 de abril

SANTA SOFIA
Etimologia:
Sofia = sabedoria, sabedoria, do grego 
Martirológio Romano: Em Fermo in the Marche, Santa Sofia, virgem e mártir. 
Santas VISSIA e SOFIA, virgens e mártires de Fermo 
Uma coisa é certa, a Igreja através do seu texto oficial, o "Martirológio Romano", celebra as santas Vissia (a 12 de Abril) e Sofia (a 30 de Abril) virgens e mártires de Fermo no Piceno Itália. Dito isso, nada mais se sabe sobre suas vidas ou por que eles são celebrados juntos. De resto temos algumas notícias dispersas, o historiador Ughelli em seu "Italia Sacra" vol II, falando da diocese de Fermo (Ascoli Piceno), atesta que o corpo de Santa Vissia repousa na catedral e de fato na igreja metropolitana da cidade, existem vários relicários, entre os quais em uma distinta urna de ébano com ornamentos de metal dourado de estilo barroco, a cabeça de Santa Vissia mártir é preservada, estranhamente em outra urna também é preservada a cabeça de Santa Sofia mártir. Essa coincidência dos dois crânios sugere que eles foram martirizados ao mesmo tempo, se não juntos e provavelmente decapitados. De acordo com as tradições locais, Sofia e Víssia sofreram o martírio por volta de 250, sob o império de Décio (249-251) durante a sétima perseguição que ele convocou.

Beata Rosamunda, esposa e mãe – 30 de abril

Rosamunda de Blaru, esposa de João, senhor de Vernon, foi a mãe de Santo Adjutor a quem deu uma esmerada educação cristã. João de Vernon e Rosamunda tiveram vários filhos: Adjutor, Ricardo, Mateus, Anzeray e uma filha cujo nome não se conhece. João e Rosamunda eram conhecidos por sua grande piedade e caridade. Rosamunda particularmente foi mesmo honrada com o título de beata. Quando João de Vernon faleceu, em 1094, seus domínios passaram para seu filho mais velho, Adjutor, que fora educado por São Bernardo, Abade de Tiron, na observância estrita da religião Católica. Em 1095, Adjutor partiu para a Terra Santa com duzentos cavaleiros para participar na 1ª Cruzada, deixando seus domínios nas mãos de seu irmão Mateus. Acompanhava-o seu irmão Ricardo. Próximo de Antioquia, estes valentes defensores do Cristianismo foram cercados por mil e quinhentos infiéis ameaçadores. Adjutor invocou Santa Maria Madalena, por quem a cidade de Vernon já tinha grande devoção, e subitamente os infiéis foram vítimas de uma violenta tempestade e fizeram meia-volta. Muitos tombaram sob as flechas dos homens de Adjutor.

Beata Hildegarda, Rainha, esposa de Carlos Magno - 30 de abril

 

     Um historiador do século IX a classifica como “nobilissimam piissimamque reginam” (nobilíssima piíssima rainha). Descendente de Gofredo, Duque da Alemanha, e de alta nobreza sueca, Hildegarda era filha de Pabo, Conde de Thurgan (outros dizem de Hildebrando, Conde da Suécia).
     Era ainda uma adolescente quando Carlos Magno, Rei dos Francos, a tomou como esposa, em 771, logo após ter rompido o seu terceiro casamento com a filha de Desiderio, rei dos Longobardos, que não tinha a aprovação do Papa Estevão IV (768-772).
     Foi exemplar na vida cristã, seja em família como na corte; teve nove filhos dos quais três morreram em tenra idade. Foi fiel companheira de Carlos Magno a quem acompanhava sempre nas viagens, chegando a ir a Roma.     A Beata mantinha uma santa amizade com Santa Lioba (*). Esta Santa fez visitas de inspeção a todos os conventos que estavam sob seus cuidados, renunciou ao cargo de abadessa e foi residir em Schornsheim, a seis quilômetros de Mainz, numa propriedade dada a ela por Carlos Magno.
     Sua amiga, a Beata Hildegarda, insistentemente a convidou para a corte de Aachen; ela não pode deixar de ir, porém sua estadia foi breve. Ao despedir-se da rainha, disse: “Adeus, parte preciosa de minha alma! Cristo, nosso Criador e Redentor, queira dar-nos a graça de voltar a nos vermos, sem perigo de confundir os rostos, no claro dia do juízo final, porque nesta vida não voltaremos a nos ver”.

Beata Paulina von Mallinckrodt, Fundadora - 30 de abril

    Paulina von Mallinckrodt nasceu no dia 3 de junho de 1817 em Minden, Vestefália. Era a filha mais velha de Detmar von Mallinckrodt, de religião protestante e alto funcionário do governo da Prússia, e de sua esposa, a Baronesa Bernardine von Hartmann, de religião católica, nascida em Paderborn.
     Desde pequena absorvia com avidez a formação dada por sua mãe com amor. Dela herdou uma fé profunda, um grande amor a Deus e aos pobres, e uma férrea adesão à Igreja Católica e a seus pastores. Herança paterna: a firmeza de caráter, os sólidos princípios, o respeito aos demais e o cumprimento da palavra empenhada.
     Paulina passou parte de sua infância e de sua juventude em Aachen, para onde seu pai fora trasladado. Quando contava 17 anos sua mãe faleceu e ela tomou a direção da casa e da educação de seus irmãos menores, Jorge e Hermann, e da pequena Berta. Cumprida sua tarefa, encontrava tempo e meios para se colocar ao serviço de tantos pobres que sofriam as consequências causadas pelas mudanças sociais, econômicas e técnicas de seu século. Em Aachen, com suas amigas, cuidava dos doentes, das crianças e dos jovens.

PIO V Papa, Santo 1504-1572 Papa de 1565 a 1572

Pio V nasceu em 1504 em Bosco, Itália, de nobre família Ghislieri. No santo Baptismo deram ao filho o nome de Miguel. Menino ainda, deu Miguel indício de vocação sacerdotal, distinguindo-se sempre por uma piedade pouco vulgar. Seguindo a sua inclinação, entrou na Ordem de S. Domingos, na qual ocupou diversos cargos de Superior. Igualmente distinto em santidade como em ciência, foi Miguel nomeado inquisidor, cargo este que desempenhou com grande competência. Muitas cidades e regiões inteiras lhe devem terem ficado livres da peste de heresia. Reconhecendo-lhe o valor e os grandes méritos, o Papa Pio IV conferiu-lhe a dignidade de Bispo e Cardeal da Igreja Católica. O conclave, reunido por ocasião da morte de Pio IV, elevou-o ao pontificado. Como Papa, desenvolveu Pio V uma actividade admirável, para o bem da Igreja de Deus sobre a terra. Foi um pontificado dos mais abençoados. Exemplaríssimo na vida particular, ardente de zelo pela glória de Deus e a salvação das almas, possuía Pio V as qualidades necessárias de um grande reformador. É impossível resumir em poucas linhas o que este grande Papa fez, pela defesa da verdadeira fé, pela exterminação das heresias e pela reforma dos bons costumes na Igreja toda. Incansável mostrou-se em restabelecer a disciplina eclesiástica, em defender os direitos da Santa Sé, em remover escândalos, erros e heresias, em particular a causa dos oprimidos e necessitados.

José Benedito Cotolengo Sacerdote, Fundador, Santo 1786-1842

José Benedito Cotolengo nasceu em Brá, na província de Cuneo, no norte da Itália, no dia 3 de maio de 1786. Foi o mais velho dos doze filhos de uma família cristã muito piedosa. Ele tinha apenas cinco anos quando sua mãe o viu medindo os quartos da casa com uma vara, para saber quantos doentes pobres caberiam neles. Dizia que, quando crescesse, queria encher sua casa com esses necessitados, fazendo dela "seu hospital". O episódio foi um gesto profético. Na cidade de Brá, ainda se conserva tal casa. Com dezessete anos, ingressou no seminário e, aos vinte e cinco, se ordenou sacerdote na diocese de Turim. Seu ministério foi marcado por uma profunda compaixão pelos mais desprotegidos, esperando sempre a hora oportuna para concretizar os ideais de sua vocação. Em 1837, padre José Benedito foi chamado para ministrar os sacramentos a uma mulher grávida, vítima de doença fatal. Ela estava morrendo e, mesmo assim, os hospitais não a internaram, alegando que não havia leitos disponíveis para os pobres. Ele nada pôde fazer. Entretanto, depois de ela ter morrido e ele ter confortado os familiares, o padre se retirou para rezar. Ao terminar as orações, mandou tocar os sinos e avisou a todos os fiéis que era chegada a hora de "ajudar a Providência Divina".

Maria da Encarnação Guyart Viúva, fundadora, Beata (1599-1672)

Maria Guyart, religiosa, fundadora 
de comunidades religiosas no Canadá.
Filha de um mestre padeiro, Florêncio Guyart, e de Joana Michelet, Maria Guyart, nasceu em Tours, França, no dia 28 de Outubro de 1599. Dotada de grande memória, sobretudo para as coisas de Deus, ainda criança repetia, no final da Missa, a homilia escutada com toda a atenção. Aos sete anos, depois de uma experiência mística, manifestou o desejo de ser religiosa. Mas os pais casaram-na aos dezassete anos com Cláudio Martin, fabricante de sedas. Têm um filho e, aos vinte anos, enviuvou. Após pagar as dívidas do marido, que entrara em falência, fez-se bordadeira; e novamente sente o desejo de se consagrar totalmente a Deus. Vai para casa da irmã e trabalha numa empresa de transportes terrestres e marítimos, dirigida pelo cunhado. Rapidamente chega a chefe de administração, coisa bastante inusitada na época. Embora empenhadíssima nas suas várias actividades, Maria mantém sempre uma estreita visão de Deus em uma vida activa e contemplativa. Mas o antigo sonho continua vivo em sua alma e, no dia 21 de Janeiro de 1631, ingressou no convento das Ursulinas de Tours, depois de entregar o filho aos cuidados da irmã.

ORAÇÕES - 30 DE ABRIL

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Quarta-feira – Santos: Pio V, Lourenço de Novara, Sofia.
Evangelho (Jo 3,16-21)“De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele.”
A grande mensagem do cristianismo é essa: Deus ama-nos e quer a salvação e a felicidade de todos, pela participação na vida divina. Temos essa participação pelo poder do Filho de Deus encarnado, que nos une a si e nos faz seus irmãos. Isso constitui nossa felicidade, satisfaz todos os nossos anseios, muito acima de tudo quanto poderíamos esperar. Só um Deus pode amar-nos tanto assim.
Oração
Senhor, creio que só quereis o meu bem, e tudo que fizestes e dissestes tem por finalidade fazer-me plenamente feliz. Só me resta agradecer tanta bondade e tamanha misericórdia. Não permitais que, tendo sido tão favorecido, eu ainda vos abandone e vos seja ingrato. Só vós podeis conservar-me sempre em vossa amizade; guardai-me então, e dai-me ser sempre fiel ao vosso amor. Amém.

terça-feira, 29 de abril de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “A festa do povo”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Gente de Deus e do povo
No mês de junho e julho temos as festas populares que foram trazidas pelos colonizadores e assumidas com gosto pelas populações. São festas que honram três santos queridos do povo: Antônio, João Batista e Pedro. Estas festas são propícias para aumentar a vida da comunidade. Isso nos traz uma reflexão oportuna sobre a piedade popular, as devoções e ritos do povo. Há os que condenam por seu aspecto folclórico. Outros por um falso intelectualismo. Outros condenam por uma indevida interpretação da Palavra e por um biblismo fundamentalista. Junto a essas festas devemos colocar o modo de viver a fé no meio popular. Por que existe devoção popular? Com a dificuldade de entender a linguagem litúrgica e sem a devida formação, o povo procurou um modo mais compreensível de viver a fé, salientando a devoção aos santos, a Maria e aos mistérios de Jesus em sua dimensão humana. Surgiram muitas devoções e algumas foram infectadas de superstições. Esse modo de ser contribuiu para manter viva a fé do povo (Documento de Aparecida – 37.43). Papa Bento XVI chama a religiosidade popular de “rico tesouro da Igreja católica na América Latina” e convidou a promovê-la e protegê-la. E também “dar a catequese apropriada que acompanhe a fé já presente na religiosidade popular (DA 300). Não podemos desprezar a fé do povo pois ela também vem de Deus. O modo de expressar pode ser purificado, mas não anulado. Algumas coisas devem ser revistas, como por exemplo, uma promessa que é atrapalhada. A pessoa fica doente e não pode fazer o que prometeu. E daí?
O santo é gente como nós 
O culto aos santos se distingue do culto a Deus. A Deus adoramos. À Virgem Maria temos um culto de hiperdulia, isto é, grande veneração. Aos Anjos e Santos temos a veneração, reconhecendo suas virtudes e pedindo intercessão. Jesus é o único mediador, Maria e os santos são intercessores na mediação suplicante. Os santos são pessoas normais como nós que viveram em profundidade sua fé e foram reconhecidos em vida e operam milagres por sua intercessão. Por que não ir direto a Deus? Já na sociedade usamos mediadores e intercessores, pessoas que nos ajudam. Como todos nós, vivos e mortos estamos unidos ao Corpo de Cristo. Como um corpo tem todos os membros unidos e vivem uma única vida. S. Paulo explica a união de todos em Cristo a partir da imagem do corpo. Assim também acontece com Cristo diz S. Paulo. “Vós sois o corpo de Cristo e sois os seus membros, cada um por sua parte” (1Cor 12,12.27). Como os membros estão unidos e se ajudam, podemos receber ajuda uns dos outros, também na oração, pois rezamos uns pelos outros. Os santos nos ajudam e nós rezamos a eles unidos a Cristo. Os santos continuam gente como nós no estado de glorificação. Somos um corpo, uma família, uma Igreja. 
Com os anjos e santos 
Na festa do povo reconhecemos a presença de Deus que une seus filhos num único amor alimentados pela fé. Essa união se faz pelo amor que se vive. A Igreja de Deus foi sempre aberta. Participamos da glória dos santos e dos anjos quando estamos unidos pela fé em Cristo. A evangelização não é cortar o que existe, tirando a pessoa de sua cultura e da realidade. Convém anunciar o evangelho puro. Esse evangelho deve salientar Cristo Salvador de todo homem, misericordioso com os fracos e pobres. Ele reconhece os seus quando praticam o amor e o cuidado com os necessitados. Não tenho uma vida santa, se não cumpro o mandamento do amor. Preservar a piedade popular é aumentar a fé do povo.
ARTIGO PUBLICADO EM JUNHO DE 2016

EVANGELHO DO DIA 29 DE ABRIL

Evangelho segundo São Mateus 11,25-30. 
Naquele tempo, Jesus exclamou: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, Eu Te bendigo, porque assim foi do teu agrado. Tudo Me foi dado por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Gertrudes de Helfta 
(1256-1301) 
Monja beneditina 
Exercícios III, SC 127 
Eu venho a Ti 
Eu venho a Ti, Jesus amantíssimo, a quem amei, a quem procurei, a quem desejei. Por causa da tua doçura, da tua compaixão e da tua caridade, amando-Te com todo o meu coração, com toda a minha alma, com todas as minhas forças, respondo ao teu chamamento. Não me deixes confundida, mas age comigo segundo a tua mansidão e segundo a imensidão da tua misericórdia. A mim, que imploro o teu socorro, Senhor, a mim, que desejo ser fortalecida pelo mistério da tua bênção, concede-me o socorro da tua proteção e da tua orientação. Que haja em mim, Senhor, pelo dom do teu Espírito, uma prudente modéstia, uma sábia bondade, uma doçura grave, uma casta liberdade. Fervorosa na caridade, que eu nada ame fora de Ti; que a minha vida seja digna de ser louvada, mas que eu não deseje o louvor. Que Te glorifique na santidade do meu corpo e na pureza da minha alma; que por amor Te ame, que por amor Te sirva. Sê Tu a minha glória, sê Tu a minha alegria, as minhas delícias, o meu consolo nas dores, o meu conselho nas incertezas. Sê a minha defesa contra a injustiça, a minha paciência na tribulação, a minha abundância na pobreza, o meu alimento no jejum, o meu repouso no cansaço, o meu remédio na enfermidade. Que em Ti eu possua todas as coisas, pois desejo amar-Te acima de tudo.

Beata Itala Mela (Maria da Trindade) Beneditina Oblata Festa: 29 de abril (28 de abril)

(*)La Spezia, 28 de agosto de 1904
(+)29 de abril de 1957 
Uma mística dedicada a aprofundar a dimensão trinitária da vida cristã: assim se pode resumir o testemunho de Itala Mela, nascida em La Spezia em 28 de agosto de 1904. Papai e mamãe são professores elementares de princípios sólidos, mas longe da fé. Enquanto cursava o ensino médio, a morte de seu irmão de nove anos a deixa em desespero e negação total da fé. Mas apenas dois anos depois, após um misterioso choque interior, ele começou uma nova vida sob o lema: "Senhor, se você está aí, faça-se conhecido". É o ponto de partida de uma jornada mística com o mistério da Trindade em seu centro. Ele morreu em 29 de abril de 1957. Sua beatificação ocorreu em La Spezia em 10 de junho de 2017. «Senhor, se Tu Te fizeste conhecer»: esta é a oração que brota no seu coração no momento em que o seu ateísmo, orgulhosamente professado, começa a vacilar. O que a deixou à deriva foi sobretudo a morte de seu irmão mais novo Enrico, de apenas 9 anos, em 27 de fevereiro de 1920; ainda não tinha dezesseis anos, o fracasso em processar esse luto a levou a se convencer de que a existência de Deus é irreconciliável com a dor inocente e que só não pode haver nada após a morte. Depois de uma adolescência tenazmente ateia, ela retomou a fé durante os anos universitários, graças à ajuda de dois sacerdotes genoveses e também graças à Federação dos Estudantes Universitários Católicos Italianos, à qual entretanto tinha aderido.

29 de abril - Beata Hanna Helena Chrzanowska

Hanna Helena Chrzanowska foi uma polonesa professa dos Oblatos Beneditinos, que serviu como enfermeira durante a Segunda Guerra Mundial, quando o regime nazista visava os poloneses, cuidou dos feridos e doentes durante todo o conflito e procurou minimizar o sofrimento em sua própria paróquia. Chrzanowska foi premiada com dois prestigiosos prêmios poloneses por suas boas obras e morreu em 1973, depois de quase uma década de luta contra o câncer. Ela nasceu em 7 de outubro de 1902 em Varsóvia, filha de Ignacy Chrzanowski e Wanda Szlenkier. Sua família possuía uma indústria (lado materno) e terras (lado paterno) que mantinham uma longa tradição de obras de caridade; seus pais eram bem conhecidos por isso em sua Polônia natal. As circunstâncias religiosas de sua casa também eram únicas, uma vez que metade era católica romana e a outra metade era protestante. Hanna era parente do Prêmio Nobel Henryk Sienkiewicz (do lado de seu pai) que era mais conhecido por escrever o romance Quo Vadis . Seu avô materno, Karol, montou uma escola técnica para aspirantes a artesãos, enquanto sua esposa, Maria, montou um centro de saúde para crianças pobres em Varsóvia. Sua tia materna Zofia Szlenkier era conhecida por seus esforços filantrópicos e em 1913 fundou um hospital infantil chamado Maria e Karol. Desde a infância, ela sofria de deficiências respiratórias e do sistema imunológico e passava muito tempo em hospitais e sanatórios para se recuperar de tais doenças.

29 de abril - Santo Hugo de Cluny

Santo Hugo nasceu em 1024 na Borgonha francesa. Seu pai foi Dalmácio, conde de Semur, e sua mãe Adelaide. Dizem as crônicas que, estando ela para dar à luz, pediu a um sacerdote que celebrasse o Santo Sacrifício em sua intenção. No momento da elevação, o celebrante viu acima do cálice um menino de extrema beleza, o que foi para a mãe um presságio de que o filho que lhe estava por nascer seria um digno ministro do altar. O pai queria que Hugo seguisse as tradições da família, por isso, fez com que o menino fosse formado em todos os exercícios da juventude nobre daquele tempo, como domínio do cavalo, manejo de armas e prática de caçadas. Hugo, porém, sentia-se mais chamado a uma vida de piedade e de oração, de acordo com os desejos da mãe. Enfim ele obteve do pai o consentimento para fazer seus estudos junto a seu tio-avô, também chamado Hugo, Bispo de Auxerre. Foi ali que ele teve notícia da existência da Abadia de Cluny e de Santo Odilon, seu abade, bem como da vida piedosa e penitente que levavam os monges. Embora tivesse apenas 16 anos, procurou o abade santo e pediu para ingressar na abadia. Quando Hugo foi apresentado à comunidade, um dos monges, inspirado pelo Espírito Santo, exclamou: “Ó bendita Ordem de Cluny, que recebes hoje em teu seio um tão digno tesouro!”

CATARINA DE SENA Dominicana, Virgem, Doutora da Igreja, Santa (1347-138)

A – SUA VIDA 
1) - Nascimento e primeiros anos 
Catarina Benincasa nasceu na aldeia de Fontebranda (Sena-Itália), a 25 de Março de 1347. Era filha de Giácomo Benincasa e de Mona Lapa. Este casal teve 25 filhos, sendo a nossa Santa o 23 ou 24 (nasceram duas gémeas). Entre todos os seus irmãos, Catarina, foi a única dos filhos que sua mãe pôde amamentar com o leite materno. Seu pai, que exercia a procissão de tintureiro, embora não fosse rico, gozava dum modesto rendimento, era muito trabalhador e dedicado à família. Filha duma família cristã, principiou, desde tenra idade, a sentir grande tendência para a vida de piedade. Aos 5 anos, subia as escadas de joelhos, rezando a cada degrau, uma Ave-maria. Aos 6 anos, o Senhor quis mimoseá-la com a sua primeira manifestação sensí­vel: Cristo aparece-lhe sentado num trono, revestido com resplandecentes ornamentos pontificais, tendo a cabeça cingida com uma tiara papal, abençoando-a com a mão direita. Aos 7 anos, fez voto de virgindade, e aos 12, segundo o costume do país e da época, apesar de ser muito criança, seus pais pensaram em casá-la, mas recusou energicamente o matrimónio.

ORAÇÕES - 29 DE ABRIL

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – Terça-feira – Santa Catarina de Sena
Evangelho (Jo 3,7b-15)“Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, para que todos que nele crerem tenham a vida eterna.”
No deserto eram salvos da morte os que olhavam para a serpente de bronze (Nm 21,4). Assim, disse Jesus, terão a vida para sempre os que olharem paraele erguido na cruz. Os que olharem para ele, o Filho, que assumiu nossa vida aponto de viver e morrer nossa morte. Os que olharem para ele, reconhecendo que só nele há salvação, deixando-se gerar de novo pela participação em sua vida.
Oração
Senhor Jesus, creio que sois meu salvador. Eu vos vejo como criança, operário, pregador pelas estradas, cravado na cruz e morte. Creio que sois o Filho de Deus, ponho em vós minha esperança de salvação. Quero a vida nova e divina que me ofereceis, quero ser vivificado e guiado pelo Espírito. Vós me libertastes do pecado e da infelicidade. Ajudai-me para que nunca vos abandone. Amém.

segunda-feira, 28 de abril de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Seguimento de Cristo”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Seguir-Te-ei
 
Jesus era decidido, como escreve o evangelista Lucas: “Estava chegando o tempo de Jesus ser levado para o céu. Então tomou a firme decisão de partir para Jerusalém” (Lc 9,51). Era firme em suas decisões. E quer igualmente que seus seguidores sejam firmes na decisão. A primeira leitura narra a vocação de Eliseu. O profeta Elias lança o manto sobre ele para comunicar sua vocação como posse Divina. Eliseu imediatamente sacrificou sua junta de bois, assando-a com a madeira do arado. Decisão firme. No evangelho Jesus cobra também firmeza de decisão. Quais os que não servem para seguir Jesus? Tem um caminho claro que exige decisão e rompimentos. O primeiro grupo que não está apto a seguir Jesus é dos que não se dispõem ao desapego e sua liberdade. Mais sofridas que a vida foi sua paixão e morte. Outro tipo são os apegados às questões familiares. Jesus não está dizendo que se deve desprezar a família e seus negócios. Mas o Reino exige uma exclusividade. Mortos, aos quais Jesus se refere, não em sentido de desprezo, são os que têm compromissos que os envolvem e não permitem tempo para o Reino. Outro tipo são os apegos aos pais: “Deixa ir despedir-me de meus pais”. O afeto é bom e deve ser dosado com a disposição de servir ao Reino. A resposta de Jesus mostra seu conhecimento da vida do campo. Quem não presta atenção no sulco do arado, não faz um serviço bem feito e atrapalha o trabalho. Jesus não é exigente. O que quer é exclusividade para o Reino. Ou tudo ou nada. Foi essa sua maneira de viver. 
Espírito e carne 
Paulo insiste que Deus nos chamou para a liberdade. Não podemos nos amarrar com outro vínculo (Gl 5,1). O Apóstolo faz uma reflexão sobre a liberdade e a libertinagem. Temos liberdade para fazer todo o bem. Libertinagem não vem do bem, mas nos amarra como uma escravidão. Se for preciso força para sair de um vício, é sinal que nos escraviza. O amor não escraviza; o apego sim. E acrescenta que devemos proceder segundo o Espírito e não satisfazer os desejos da carne. Carne não é o dom de nossa natureza humana, mas o desvio. Carne significa aqui a oposição ao Espírito e também a prática externa da lei dos judeus que estava cheia de prescrições. Não se trata da Lei de Deus, mas das leis humanas que podem ser mudadas e não devem ser absolutizadas. Jesus era avesso a isso tipo de observância que chegava a anular a lei de Deus. S. Paulo luta contra os judeus por isso, inclusive enfrentou os outros apóstolos contra a lei da circuncisão que queriam impor aos pagãos. No concílio de Jerusalém vão definir: os pagãos convertidos não precisam seguir a lei dos judeus. Na Igreja está voltando a tentação de fazer leis para tudo. É o medo da liberdade. Paulo insiste que amor resume todas as leis (Gl 5,14). 
Vós me ensinais o caminho 
Os samaritanos recusaram Jesus. Os discípulos João e Tiago querem uma vingança vinda do alto. O caminho de Jesus, contudo, é sempre composto pela misericórdia e pelo acolhimento. Já é uma escola e um caminho na evangelização para os discípulos. As imposições que não correspondem ao Reino devem ser eliminadas. E há muitas. Jesus nos dá a liberdade de viver bem em qualquer circunstância. O salmo 15 nos faz rezar e nos dispor sempre mais ao Reino de Deus. Somente a partir de um relacionamento com Deus podemos nos definir pelo Reino. A formação do povo na Eucaristia leva a essa opção. 
Leituras: 1 Reis, 19,16b.19-21; 
Salmo 15; 
Gl 5,1.13-L18;Lucas 9,51-62 
 1.Jesus é decidido em seu caminho e cobra o mesmo dos escolhidos. Assim foi Eliseu. Jesus enumera os que não servem: os apegados aos afetos e não assumem. 
2. Paulo insiste que Deus chamou à liberdade. Entramos no jogo da carne e do Espírito. As leis humanas não podem predominar sobre a lei Divina que é o evangelho. 
3. O caminho de Jesus é a misericórdia e o acolhimento. Jesus nos dá a liberdade de viver bem em qualquer momento. O salmo 15 nos abre ao Reino.
Passarinho sem ninho O seguimento de Jesus é fácil, só precisa de firmeza na decisão. De todos que queriam segui-Lo, Ele cobra decisão. Não se pode enrolar. As diversas situações mostram critérios de discernimento no seguimento. Podemos fazer a pergunta: ‘Quem não serve para seguir Jesus?’ Primeiramente os que querem comodidade: “As raposas têm suas tocas e os pássaros têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça” (Lc 9,58). A vida de Jesus não era moleza. Outro tipo que não serve para Jesus: “’Deixa-me primeiro enterrar meu pai’. Jesus respondeu: ‘Deixa que os mortos enterrem seus mortos; mas tu, vai anunciar o Reino de Deus’” (Lc 9,59-60). Parece grosseira essa resposta. Quem são os mortos que vão enterrar? São os outros familiares. Seu pai tem quem cuida dele. Jesus não despreza a obrigação dos filhos. O excessivo apego à família prejudica o seguimento. É bom saber que os filhos consagrados a Deus têm muito mais amor aos familiares. Outro tipo perigoso: “Eu te seguirei, Senhor, mas deixa que eu vá primeiro despedir-me dos meus familiares”. E Jesus responde com uma frase muito forte que mostra sua experiência: “Quem põe a mão no arado e olha para trás, não é apto para o Reino de Deus (Lc 9,61-62). Não se trata de uma indelicadeza com a família, mas Jesus não quer que fiquemos envolvidos com tantas coisas secundárias. Por que a comparação com o arado? Quem segura o arado deve estar atento ao sulco, pois senão fica tudo torto. A decisão tem que estar centrada em Jesus. Buscar muitas coisas ao mesmo tempo não ajuda. Vimos no início do texto que os samaritanos não querem receber Jesus. João e Tiago já querem jogar fogo neles. Conversão se faz no coração e não com raios. Quem segue Jesus tem que ter sua paciência. A escolha dos candidatos não é fácil. Elias escolheu Eliseu que correspondeu. Paulo nos ensina que temos liberdade, mas para fazer o bem e não desperdiçar com os desejos da carne, mas usar com o Espírito. O fundamental é a opção como rezamos no salmo 15. Amar será sempre um bom caminho. 
Homilia do 13º Domingo Comum (26.06.2016)

EVANGELGO DO DIA 28 DE ABRIL

Evangelho segundo São João 3,1-8. 
Havia um fariseu chamado Nicodemos, que era um dos principais entre os judeus. Foi ter com Jesus de noite e disse-Lhe: «Rabi, nós sabemos que vens da parte de Deus como mestre, pois ninguém pode realizar os milagres que Tu fazes se Deus não está com ele». Jesus respondeu-lhe: «Em verdade, em verdade te digo: Quem não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus». Disse-Lhe Nicodemos: «Como pode um homem nascer, sendo já velho? Pode entrar segunda vez no seio materno e voltar a nascer?». Jesus respondeu: «Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus. O que nasceu da carne é carne e o que nasceu do Espírito é espírito. Não te admires por Eu te haver dito que todos devem nascer de novo. O vento sopra onde quer; ouves a sua voz, mas não sabes donde vem nem para onde vai. Assim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Agostinho(354-430) 
Bispo de Hipona (norte de África), 
doutor da Igreja 
Tratado 12 sobre São João, 2, 5, 8 
Renascer do Espírito 
Há uma só regeneração espiritual, tal como só há uma geração segundo a carne. E o que Nicodemos disse ao Senhor é verdade: um homem velho não pode voltar a entrar no ventre de sua mãe para nascer de novo; nem um homem velho nem uma criança. Mas, tal como para o nosso nascimento carnal, o ventre da nossa mãe só pode dar à luz uma vez, assim também para o nosso nascimento espiritual, o ventre da Igreja só pode dar a cada um de nós um batismo. Foi isso que o Senhor explicou a Nicodemos quando lhe disse: «Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus» (Jo 3,5). Quando perguntas: «Como pode um homem nascer, sendo já velho? Pode entrar segunda vez no seio materno e voltar a nascer?» (Jo 3,4), estás a perguntar pela regeneração carnal; mas é da água e do Espírito que temos de nascer para o Reino de Deus. Se quisermos nascer para a herança temporal de um pai humano, temos de nascer de uma mãe; mas, se quisermos nascer para a herança eterna de Deus Pai, temos de nascer do seio da Igreja. É através da sua mulher que um pai que vai morrer gera o filho que lhe vai suceder; e é da Igreja que Deus gera filhos destinados, não a suceder-Lhe, mas a habitar com Ele.

28 de abril - Beata Maria Felícia de Jesus Sacramentado - Chiquitunga

O dia 23 de junho de 2018, foi um grande dia para o Paraguai e para o Carmelo. No estádio do Club Porteño foi proclamada beata Maria Felícia de Jesus Sacramentado (Chiquitunga). A foi presidida pelo Cardeal Angelo Amato, Perfeito da Congregação para a causa dos Santos; que apresentou a Chiquitunga na sua homilia como uma “jovem culta e santa, entusiasta da sua fé e da sua vocação de consagrada”. Uma santa que “convida hoje as suas irmãs a sentirem-se orgulhosas da sua vocação e alegres na sua quotidiana entrega ao Senhor”. Uma santa que “nos convida a todos a viver a nossa existência cristã e inspira a juventude paraguaia a viver fiel ao amor de Deus”. Maria Felicia Guggiari Echeverría nasceu em Villarrica, em 12 de janeiro de 1925. Era fisicamente pequena, motivo pelo qual o seu pai apelidou-a, carinhosamente, de “Chiquitunga” (pequerrucha, em guarani). A sua mãe contou que, num dia de muito frio, Chiquitunga voltou da escola a tremer de frio porque tinha dado o seu agasalho a uma menina pobre. Uma das suas irmãs denunciou-a ao pai, porém ela respondeu: "Estás a ver, paizinho! Eu não sinto frio!" E repetia esfregando as mãozinhas nos seus braços nus e tiritantes.

Santa Valéria, São Vital e filhos, mártires de Ravena - 28 de abril

São Vital teve uma vasta representação na arte: a ele é dedicada a Basílica de São Vital em Ravena, com seus magníficos mosaicos, e a igreja de mesmo nome em Veneza, onde ele é apresentado vestido como um soldado a cavalo levantando uma bandeira, com espada, lança e maça, instrumento do martírio de sua esposa Valéria. Ainda é dedicada a ele a igreja de São Vital em Roma, com afrescos narrando seu martírio. As primeiras informações que temos de Vital e Valéria estão contidas em um livreto escrito por Filipe, chamado 'servus Christi’, que apresentava os mais antigos grupos de vida cristã em Milão, e que foi encontrado perto da cabeça dos corpos dos mártires Gervásio e Protásio, encontrados por Santo Ambrósio, em 396. O livreto, além de narrar o martírio dos dois irmãos, também descreve o de seus pais, Vital e Valéria, e do médico Ursicino, natural de Ligúria, mas talvez trabalhando em Ravena, os quais viveram e morreram no século III. Vital era um oficial que acompanhou o juiz Paulino de Milão para Ravena. Quando a perseguição contra os cristãos começou, acompanhou e encorajou Ursicino condenado à morte, o qual, durante o trajeto ao local da execução, tinha ficado perturbado pelo horror de encontrar-se diante de morte violenta. Ursicino foi decapitado e enterrado decentemente por Vital, dentro da cidade de Ravena.

Santa Gianna Beretta Molla, Mãe, Esposa, Médica – 28 de abril

     Gianna era ardorosa defensora da vida, sobretudo das crianças, nascituras ou já nascidas. Defendia corajosamente o direito de a criança nascer. Dizia: "O médico não se deve intrometer... O direito à vida da criança é igual ao direito à vida da mãe. O médico não pode decidir. É pecado matar no seio materno!"
      Gianna Beretta nasceu em Magenta (Milão, Itália) aos 4 de outubro de 1922, dia de São Francisco de Assis, filha de Alberto Beretta e Maria Michelli, ambos da Ordem Franciscana Secular; era a 12ª filha do casal Beretta.
     Desde muito pequena, Gianna acompanhava sua mãe à Missa diária e – no fervor da norma dada pelo Papa São Pio X para que as crianças pudessem receber o Senhor Jesus na Eucaristia – e devido ao cuidado em seus estudos religiosos por seus pais e sua irmã mais velha Amélia, Gianna foi autorizada a fazer sua 1ª. Comunhão aos 5 anos e meio. Em 4 de abril de 1948 ela recebeu sua 1ª. Comunhão na paróquia de Santa Grata em Bérgamo. Dois anos depois, ela foi confirmada na Catedral. A partir daí, Gianna ia à missa e recebia a Comunhão diariamente, qualquer que fosse o clima ou seus estudos.
     Aos 15 anos, depois de um retiro segundo o método de Santo Inácio de Loyola, tomou o propósito de “mil vezes morrer a cometer um pecado mortal”. Era muito devota da Virgem, tanto que, quando sua mãe morreu, disse a Maria: “Confio em Vós, doce Mãe, e tenho a certeza de que nunca me abandonará”. Costumava falar da Mãe de Deus em seus encontros com as meninas da Ação Católica e nas cartas ao seu noivo que logo se tornou seu marido.

Luís Maria Grignion de Montfort Sacerdote, Fundador, Santo (1673-1716)

Um dos missionários da devoção mariana mais conhecidos, incansável pregador da sagrada escravidão de amor a Maria Santíssima, 
apóstolo da Contra-Revolução 
 Segundo dos 18 filhos do advogado João Batista e de Joana Roberto de la Vizeule, Luís Grignion nasceu em 3 de janeiro de 1673, em Montfort-la-Cane (hoje Montfort-sur-Meu), na Bretanha. Por devoção a Nossa Senhora, no crisma acrescentou ao seu nome o de Maria. Luís herdou do pai um temperamento colérico e arrebatado, e dirá depois que "custava-lhe mais vencer sua veemência e a paixão da cólera que todas as demais juntas". Mas conseguiu-o tão bem, que um sacerdote seu companheiro, nos últimos anos de sua vida, atesta que: "Realizou esforços incríveis para vencer sua natural veemência; e o conseguiu, e adquiriu a encantadora virtude da doçura" [1], que atraía tanto as multidões. O pequeno Luís Grignion de Montfort sentia também muito pendor pela solidão, sendo comum retirar-se a um canto da casa para entregar-se à oração diante de uma imagem da Virgem, rezando principalmente o Rosário. Em 1684 os pais o enviaram a estudar humanidades como externo no Colégio Tomás Becket, dos jesuítas de Rennes. Ali passará ele oito anos, com muito bom aproveitamento. Todos os dias, antes de ir para o colégio, ele passava em alguma igreja para fazer uma visita ao Santíssimo Sacramento e a alguma imagem de Nossa Senhora. Muitas vezes, antes de voltar para casa, fazia o mesmo.

Maria Luísa Trichet Co-fundadora, Beata (1684-1759)

Maria Luísa Trichet (ou Maria Luísa de Jesus), com São Luís Maria Grignion de Montfort, é a co-fundadora da Congregação das religiosas chamadas “Filhas da Sabedoria”. Nasceu em Poitiers (França), no dia 7 de maio de 1684, tendo sido baptizada no mesmo dia. Filha de uma família de oito filhos, recebeu sólida educação cristã, tanto no seio da família, quanto na escola. Aos 17 anos, encontrou-se pela primeira vez com S. Luís Maria Grignion de Montfort, que acabara de ser nomeado como capelão do hospital de Poitiers. Sua fama de pregador e de confessor, já era notável entre a juventude daquela região. Espontaneamente, Maria Luísa ofereceu seus serviços ao hospital. Ela consagra uma boa parte de seu tempo, aos pobres e aos enfer-mos. Diante da sua dedicação, São Luís pron-tamente a pediu para que ali permanecesse. A este convite, Maria Luísa respondeu com sua entrega total. Mesmo não havendo posto vago para o cargo de governanta, aceitou ser admi-tida somente como simples colaboradora. “Você voltará louca como este sacerdote”, lhe havia dito a sua mãe. “Que ideia, quando se é bela, jovem e de boa família, vestir um hábito cinza (2 de Fevereiro de 1703) e passar seu tempo a cuidar de vagabundos, enfermos e empestados! Que loucura seguir este sacer-dote louco!” Durante dez anos, Maria Luísa desempenhou com a maior perfeição possível, seu humilde serviço de cuidar dos inválidos. Nesta época, São Luís havia deixado Poitiers e Maria Luísa permaneceu à frente dos serviços.

Pedro Chanel Sacerdote, Primeiro mártir da Oceânia, Santo (1803-1841)

Pedro nasceu no dia 12 de Julho de 1803, na pequena Cuet, França. Levado pelas mãos do zeloso pároco, iniciou os estudos no seminário local e, em 1824, foi para o de Bourg, onde três anos depois se ordenou sacerdote. Desde jovem, queria ser missionário evangelizador, mas primeiro teve de trabalhar como pároco de Amberieu e Gex, pois havia carência de padres em sua pátria. Juntou-se a outros padres que tinham a mesma vocação e trabalhavam sob uma nova congregação, a dos maristas, dos quais foi um dos primeiros membros, e logo conseguiu embarcar para a Oceânia, em 1827, na companhia de um irmão leigo, Nicézio. Foi um trabalho lento e paciente. Os costumes eram muito diferentes, a cultura tão antagónica à do Ocidente, que ele primeiro teve de entender o povo para depois pregar a palavra de Cristo. Porém, assim que iniciou a evangelização, muitos jovens passaram a procurá-lo. O trabalho foi se expandindo e, logo, grande parte da população havia se convertido. Ao perceber que vários membros de sua família haviam aderido ao cristianismo, Musumuso, o genro do cacique, matou Pedro Chanel a bordoadas de tacape. Era o dia 28 de Abril de 1841. Foi o fim da vida terrestre para o marista, entretanto a semente que plantara, Musumuso não poderia matar.

ORAÇÕES - 28 DE ABRIL

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
28 – Segunda-feira – Santos: Pedro Chanel, Valéria
Evangelho (Jo 3,1-8)Jesus respondeu: – Em verdade, em verdade, te digo: se alguém não nasce do alto, não pode ver o Reino de Deus.”
O texto grego pode significar “nascer do alto”ou nascer, ser gerado “de novo”. Ver, conhecer, participar do reino de Deusnão é apenas aceitar uma doutrina ou prática de vida. É uma transformação íntima, que atinge todo nosso ser, dá-nos vida nova e divina. Ou, como diz João, nascemos, re - nascemos do Espírito.Passamos a ser o que Deus previu para nós ao nos criarpara Cristo, seu Filho.
Oração
Senhor meu Deus, vós me dais um universo maravilhoso, a vida com tantas possibilidades, amar e ser amado, e tudo o mais. Bendito sejais por tanta bondade. Mais ainda vos bendigo porque, em Jesus, pela minha união com ele, posso participar de vossa vida divina, nascido de novo, nascido do alto pela força do Espírito. Guardai-me, meu Deus, segurai-me para nunca vos deixar. Amém.

domingo, 27 de abril de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “O Espírito Santo é para todos”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Recebei o Espírito Santo 
Celebramos a solenidade de Pentecostes como coroamento das celebrações pascais. É um belo momento para celebrar, conhecer melhor e viver melhor a ação do Espírito Santo que nos foi dado, para levar a efeito em nós e no mundo o fruto da Ressurreição. A força da Redenção não é uma riqueza a ser procurada com sofrimento, mas um dom que é dado em abundância e acolhido com alegria. No dia da Ressurreição, no início da noite, nova luz é acesa para os assustados apóstolos. Ainda na dor da morte e do medo dos discípulos, Jesus se põe no meio deles e faz a saudação da Paz total a todos. Mostra-lhes as mãos e o lado para dizer que o Ressuscitado é o mesmo que foi crucificado. E lhes dá o dom da missão: “Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio” (Jo 20,21). A missão de Jesus continua. Agora são os discípulos que irão anunciar as maravilhas da bondade de Deus e sua misericórdia que acolhe a todos no seu amor. Ao soprar sobre eles, faz novo o gesto de Deus que soprou sobre o primeiro homem, Adão, o hálito de vida (Gn ,2,7). Jesus sopra e abre ao homem a vida eterna e ele se torna homem espiritual. O novo povo de Deus reúne gente de todos os povos. Não mais uma nação, mas todos são povo de Deus. Todas as línguas são aptas para transmitir a mensagem do evangelho e as maravilhas de Deus. O Espírito dá força para anunciar com fervor a verdade do Senhor. A oração da Eucaristia da festa de Pentecostes reconhece que Deus santifica, com a festa de hoje, a Igreja em todos os povos e nações. E pede que realize agora no coração dos fiéis as maravilhas operadas no início da pregação do Evangelho (oração). Há grandes sinais de presença do Espírito e tantos acontecimentos que se sucedem. Ninguém pode se julgar dono do Espírito Santo e menos ainda, excluir que o Espírito sopre o que quer, onde quer e como quer (Jo 3,8). É necessário coragem e ousadia para acolher novos dons para o bem do mundo. 
Espírito Santo reina na comunidade 
Vivemos os últimos tempos que são os tempos do Espírito Santo. No início do mundo o Espírito de Deus pairava sobre as águas (Gn 1,2). No início da nova criação o Espírito de Deus penetra o coração dos fiéis. Todos formamos um só corpo e bebemos de um mesmo Espírito (1Cor 12,13). Não recebemos Espírito para proveito nosso, mas para usar os dons para o bem de todo o corpo. Há diversidade de dons, de ministérios e de atividades. Somos muitos membros, mas formamos um só corpo. “A cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem comum” (7). A pastoral das comunidades é um campo bem amplo para o uso dos dons e carismas do Espírito Santo. É certo que é necessário o discernimento da Igreja. Por outro lado há necessidade de os dons serem acolhidos, promovidos e desenvolvidos para o bem de todos. O primeiro discernimento é a dimensão da caridade que orienta os dons. 
Eucaristia no Espírito 
Nesses últimos tempos realizou-se uma volta ao Espírito, esquecido pelos fiéis. A Igreja sempre invocou o Espírito Santo sobre os fiéis, sobretudo na Eucaristia. Em cada missa Ele é invocado para que o pão e o vinho se tornem Corpo de Cristo. E reza com o mesmo tom: que o Espírito faça de nós Corpo de Cristo. Este é o maior dom e o maior compromisso. Os outros dons são serviços. O Espírito como dom é Vida. Há uma tentativa de reduzir o Espírito a um dom pessoal, como se Ele fosse uma graça como as outras. Ele é o doador de todos os dons. Ele é o Dom. A Eucaristia nos desvenda a ação do Espírito. 
Leituras: Atos 2,1-11; Salmo 103; 
1ª Coríntios 12,3b-7.12-13; João 20,19-23. 
1. A força da redenção é um dom a ser acolhido. Com o Espírito nos é dado o dom da missão. Ele nos dá força para anunciar. Há grandes sinais da presença do Espírito nos acontecimentos. 
2. Recebemos o Espírito como Dom que nos dá os dons para o proveito do povo de Deus. Ninguém é dono do Espírito. 
3. Em cada Eucaristia nos é dado o Espírito para formamos o Corpo de Cristo. Nela nos é desvendada a ação do Espírito Santo. 
Agora é a vez Dele. 
Celebrando a festa de Pentecostes professamos nossa fé na Terceira Pessoa da Santíssima Trindade: “Creio no Espírito Santo, Senhor que dá Vida e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado. Foi Ele que falou pelos profetas”. Professamos Três Pessoas em um só Deus. Há vários símbolos para explicar a ação do Espírito Santo: A pomba, o vento, o fogo, a água. O Espírito distribui os dons que são infinitos. Conhecemos os sete dons que são a síntese de todos os dons. Sempre há dons novos que são distribuídos com largueza. É a vez do Espírito. As Três Pessoas sempre agem juntas, mas são atribuídas funções particulares: O Pai é o Criador, o Filho é o Salvador, e o Espírito é o Santificador, isto é, coloca-nos em relacionamento com a santidade da Trindade e com as pessoas. Os dons que recebemos não são para o prazer espiritual pessoal, mas para serviço. Se não sirvo com esses dons, não são do Espírito. A ação do Espírito renova toda a terra. O mundo espera a ação do Espírito. Se fôssemos mais atentos a sua ação, o mundo seria melhor. O Espírito foi dado por Jesus no dia da Ressurreição para a remissão dos pecados. Não se trata de uma confissãozinha, mas da reconciliação do mundo com Deus e entre si. 
Homilia de Pentecostes (15.05.2016)

EVANGELHO DO DIA 27 DE ABRIL

Evangelho segundo São João 20,19-31. 
Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo; àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos». Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei». Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco». Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente». Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!». Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste, acreditaste; felizes os que acreditam sem terem visto». Muitos outros milagres fez Jesus na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e para que, acreditando, tenhais a vida em seu nome. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Cirilo de Jerusalém 
(313-350) 
Bispo de Jerusalém, doutor da Igreja 
Catequese batismal, n.º 17, 12 
«Jesus soprou sobre eles e disse-lhes: 
"Recebei o Espírito Santo"» 
Jesus presenteou os seus apóstolos com a companhia do Espírito Santo, como está escrito: «Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: "Recebei o Espírito Santo; àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos"» (Jo 20,22-23). Esta segunda insuflação - uma vez que os pecados voluntários tinham apagado a primeira - teve lugar para que se cumprisse a Escritura, segundo a qual Ele subiu e soprou sobre o teu rosto, libertando-nos das tribulações. Mas «subiu» de onde? Dos infernos; pois o evangelho diz-nos que foi depois da sua ressurreição que Ele soprou. Mas se Ele dá a graça nessa altura, dá-la-á ainda mais. É como se Jesus lhes dissesse: «Estou disposto a dar-vo-la desde já, mas o vosso copo ainda não está vazio; recebei toda a graça que podeis conter, mas esperai por mais: "Permanecei na cidade, até que sejais revestidos com a força do alto" (Lc 24,49). Tomai um pouco agora; depois tomareis tudo. Porque, muitas vezes, aquele que recebe possui apenas uma parte do dom; mas aquele que é "revestido" é envolvido por todos os lados pelo manto. Não tenhais medo das setas inflamadas do maligno, porque tereis convosco a força do Espírito Santo (cf Ef 6,16-18)».