segunda-feira, 14 de abril de 2025

Santas Berenice, Prosdócima e Domnina, mártires de Antioquia – 14 de abril

Martirológio Romano:
Em Antioquia, na Turquia moderna, santas e mártires Berenice e Prosdócima, virgens, e Domnina, sua mãe, que em tempos de perseguição, para escapar das intenções de alguns que estavam tentando minar a sua pureza, enquanto tentavam escapar em fuga, encontraram o martírio nas águas de um rio. 
Berenice, Prosdócima, virgens, e sua mãe Domnina, leigas e mártires de Antioquia, nasceram na Antioquia de Síria no século III e foram martirizadas na mesma cidade nos anos 303/305. A Santa Domnina que celebramos hoje (diminutivo carinhoso de Domina, Senhora) é a mesma que no Martirológio anterior era celebrada em 4 de outubro, junto com as suas filhas Berenice e Prosdócima. O escasso testemunho que temos de Domnina é uma notícia transmitida pela “História Eclesiástica” de Eusébio de Cesareia, que conta que para escapar das garras vergonhosas dos soldados, a mãe havia aconselhado suas belas e castas filhas a buscar refúgio no rio, com estas palavras: “Nos salvamos pela água (do batismo) e nas águas encontraremos a coroa de glória”. A forma especial do martírio torna facilmente identificável as três santas na menção a elas dedicada por Santo Eusébio de Cesaréia em sua obra “História Eclesiástica”, e nos panegíricos pronunciados no dia da sua festa por Eusébio de Emesa e São João Crisóstomo, autores que, entretanto, não dizem os seus nomes. Seus nomes aparecem no Breviário Siríaco em 20 de abril: «Prôsdòqas et Berenices...».

Santa Tomáide, mártir - 14 de abril

Martirológio Romano: Em Alexandria do Egito, Santa Tomáide, mártir. (476) 
Mártir por defender sua castidade Santa Tomáide é recordada nos sinassários bizantinos que lhe tecem um grande elogio, rico de detalhes, perfilando uma Santa Maria Goretti de outros tempos, um de tantos exemplos de jovens cristãs que preferiram a morte a perder a integridade de sua virgindade. Nascida em Alexandria, foi dada por esposa a um pescador, porém o sogro tomado de uma paixão impura tentou seduzi-la. A Santa se opôs com firmeza de ânimo e com toda sua força e então o cortejador, com um golpe de espada, cortou-a em dois, provocando sua morte. Era o ano 476. O velho, que ficou cego, confessou o delito e foi decapitado. A notícia do glorioso martírio de Tomáide se difundiu pelos arredores de Alexandria, e o abade Daniel mandou sepultar o corpo da Santa no cemitério dos monges. As relíquias foram transladadas para Constantinopla. O azeite das lamparinas que ardiam sobre seu túmulo era utilizado como remédio contra as tentações da carne. 

Santa Liduina (ou Ludovina) de Schiedam, Virgem - 14 de abril

Santa Liduína (Ludovina, Lydwina) de Schiedam, cuja vida foi escrita no começo do século XX por J. K. Huysmans, é uma vítima expiatória. Esse conhecido escritor francês, convertido no final do século XIX dos mais profundos antros da anti-Igreja – como ele próprio o narra em seu livro “Là-Bas” – descreveu a vida dessa santa, apoiando-se em biografias escritas pouco depois de sua morte, por três religiosos que a conheceram muito de perto e acompanharam a impressionante ascensão de sua vida espiritual.     Sem as mencionadas fontes – bastante fidedignas –, dado o teor tão extraordinário da existência de Santa Liduína, dificilmente se conceberia a série de catástrofes físicas, de intervenções sobrenaturais e preternaturais que semearam a vida dessa virgem holandesa. Pareceu-nos oportuno focalizar aqui alguns aspectos da vida dessa alma expiatória, infelizmente pouco conhecida até mesmo nos ambientes católicos.     É, pois, baseado duas fontes (*) que apresentaremos traços dessa vida extraordinária.     O período que decorreu entre o fim da Idade Média até o precipitar-se da Europa “nessa cloaca desenterrada do paganismo, que foi a Renascença” (Huysmans, op. cit., pág. 51), consistiu numa das eras mais conturbadas da História.     As consequências religiosas e políticas desse estado de coisas foram catastróficas. Três Pontífices, em determinado momento, eleitos cada qual por um grupo de Cardeais, lançavam-se reciprocamente excomunhões e anátemas, dilacerando a unidade do Corpo Místico de Cristo, sendo apoiados por reis e senhores, na medida em que serviam aos interesses de cada um.

Beata Isabel Calduch Rovira, Mártir da Guerra Civil - 14 de abril

Isabel (Josefina) nasceu em Alcalá de Chivert, diocese de Tortosa e província de Castellón de la Plana, em 9 de maio de 1882. Seus pais, Francisco Calduch Roures e Amparo Rovira Martí, tiveram cinco filhos, a última dos quais foi Isabel. Os que conviveram com ela dizem: “Durante sua infância viveu em um ambiente muito católico. Exercitou naquele tempo a caridade para com os necessitados. Com uma amiga, ela levava comida para uma anciã e a ajudava também no asseio pessoal e da casa”. Durante a juventude relacionou-se com um jovem da cidade, muito bom católico, mas rompeu o relacionamento para abraçar um estado de vida mais perfeito, sempre com o consentimento de seus pais. Entrou no mosteiro das Capuchinhas de Castellón de la Plana, vestindo o hábito em 1900. Seu irmão José conta: “Só a vocação foi o motivo que levou minha irmã a entrar na ordem religiosa”. Emitiu a profissão temporária em 28 de abril de 1901 e a perpétua em 30 de maio de 1904. As religiosas dizem: “Ela tinha um temperamento tranquilo e amável, sempre alegre. Era uma religiosa exemplar. Sempre contente. Muito observante da Regra e das Constituições. Muito modesta no olhar, prudente no falar e muito mortificada. Muito mortificada na alimentação; sempre muito estimada pela comunidade. Era uma alma de intensa vida interior, muito devota do Santíssimo, da Virgem e de São João Batista”. Desempenhou a função de Mestra de noviças por dois triênios, “fazendo isto com muito zelo para que fossem religiosas observantes; não fazia distinção entre as noviças”, disse dela a Irmã Micaela. Foi reeleita para outro triênio, que não chegou a completar devido à chegada da revolução.

ORAÇÕES - 14 DE ABRIL

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
14 – Segunda-feira – Santos: Lamberto, Donina, Próculo
Evangelho (Jo 12,1-11)“Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde morava Lázaro, que ele havia ressuscitado dos mortos. Ali ofereceram a Jesus um jantar...”
Era como se fosse uma despedida. Na casa dos três irmãos Jesus era bem acolhido e sentia-se bem. O Filho de Deus mantinha relacionamentos pessoais e diferenciados. O mesmo contato ele nos oferece e espera de nós. Um relacionamento não apenas formal, mas contato entre pessoas que se conhecem e se amam. Que se importam uma com a outra. Esse o contato que devo procurar.
Oração
Senhor, creio que me conheceis e me amais pessoalmente. Sou importante para vós, sempre me acompanhais com interesse, atenção e cuidado, tudo fazendo para meu bem. Eu é que nem sempre vos trato como amigo conhecido e apreciado. Ajudai-me a vos conhecer cada vez mais intimamente, e a vos amar com um amor forte e comprometido, que faça a diferença em minha vida. Amém.

domingo, 13 de abril de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - DOMINGO DE RAMOS

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
“Bendito o que vem em nome do Senhor” 
A liturgia deste domingo tem duas manifestações diferentes: a primeira é a alegria da procissão de Ramos e a segunda é a séria missa de Quaresma. Abrem-se para nós a comemoração dos dias em que o Senhor se entregou à morte. A densidade de ensinamentos destes dias é muito grande. Jerusalém estava cheia de gente que veio para a festa da Páscoa, festa da libertação da escravidão do Egito e festa de toda a salvação que Deus oferecera ao povo. Jesus vem à festa e faz o ingresso triunfal, como o rei prometido, como diz o Profeta Zacarias: “Exulta! Solta gritos de alegria Jerusalém, eis que o teu rei vem a ti, ele é justo e vitorioso, humilde montado sobre um jumento, sobre um jumentinho, filho da jumenta" (Za 9,9). Ele é o grande rei, descendente de Davi, o Messias esperado. E o povo entendeu. O povo o acolheu. Depois os chefes o recusarão e matarão. Esta é a primeira parte da celebração. Na segunda parte ouvimos a narrativa de Isaías sobre o servo sofredor. Ele sofre, mas não perde sua confiança em Deus e está pronto a aprender Dele através do sofrimento que passa. Continuando a conhecer Jesus, S.Paulo mostra-nos o caminho de nossa salvação que percorre Jesus: faz-se humilde, servo, toma a forma humana e em tudo se faz como um de nós. Faz-se obediente, como se diz em Isaías. Obediente quer dizer aquele que tem os ouvidos abertos para saber o que Deus quer e seguir seus caminhos. Pelo seu sofrimento é ouvido por Deus e glorificado. Mas Jesus já não está glorificado ao lado do Pai? Sim, mas agora é glorificada nossa humanidade assumida por Ele na condição de fragilidade para restaurá-la e glorificá-la com Ele. Nesta missa temos a leitura da Paixão de Jesus. Ler a Paixão significa aprender, recordar e viver melhor. Não podemos perder de vista a história e os acontecimentos de Nossa Redenção. Proclamar o acontecimento é fazê-lo vivo entre nós e fazer-nos participantes dos frutos deste mistério. É importante contar os fatos acontecidos. Vivemos num mundo que pode ser chamado de ateu, descrente. Os cristãos não ficam atrás. Fazemos um cristianismo a nossa imagem e com a mentalidade do mundo, avessa ao evangelho. A renovação anual da celebração pascal quer trazer à nossa memória o que Deus fez por nós em Cristo. É fundamental que isso se concretize, pois lembrando os fatos, nós podemos retomar a estrada. Sempre as escrituras nos dizem de lembrar as maravilhas que Deus fez. Assim nós nos voltamos para Ele e renovamos nosso coração. Somente uma sugestão: Vamos à procissão de ramos e levamos os ramos para casa. Este gesto simpático significa tomar um atitude de comprometimento com Cristo de ser de seu reino e ser dele.
Leituras: Mateus 21,1-11; Isaias, 50,4-7; 
Filipenses 2,6-11; Mateus 27,11-54)

EVANGELHO DO DIA 13 DE ABRIL

Evangelho segundo São Lucas 22,14-71.23,1-56. 
Quando chegou a hora, Jesus sentou-Se à mesa com os seus apóstolos e disse-lhes: «Tenho desejado ardentemente comer convosco esta Páscoa, antes de padecer; pois digo-vos que não tornarei a comê-la até que se realize plenamente no Reino de Deus». Então, tomando um cálice, deu graças e disse: «Tomai e reparti entre vós, pois digo-vos que não tornarei a beber do fruto da videira até que venha o Reino de Deus». Depois, tomou o pão e, dando graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: «Isto é o meu corpo, entregue por vós. Fazei isto em memória de Mim». No fim da ceia, fez o mesmo com o cálice, dizendo: «Este cálice é a nova aliança no meu sangue, derramado por vós. Entretanto, está comigo à mesa a mão daquele que Me vai entregar. O Filho do homem vai partir, como está determinado. Mas ai daquele por quem Ele vai ser entregue!». Começaram então a perguntar uns aos outros qual deles iria fazer semelhante coisa. Levantou-se também entre eles uma questão: qual deles se devia considerar o maior? Disse-lhes Jesus: «Os reis das nações exercem domínio sobre elas, e os que têm sobre elas autoridade são chamados benfeitores. Vós não deveis proceder desse modo. O maior entre vós, seja como o menor, e aquele que manda, seja como quem serve. Pois quem é o maior: o que está à mesa ou o que serve? Não é o que está à mesa? Ora, Eu estou no meio de vós como aquele que serve. Vós estivestes sempre comigo nas minhas provações. E Eu preparo para vós um reino, como meu Pai o preparou para Mim: comereis e bebereis à minha mesa, no meu reino, e sentar-vos-eis em tronos, a julgar as doze tribos de Israel. Simão, Simão, Satanás vos reclamou para vos agitar na joeira como trigo. Mas Eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça. E tu, uma vez convertido, fortalece os teus irmãos». Pedro respondeu-Lhe: «Senhor, eu estou pronto a ir contigo, até para a prisão e para a morte». Disse-lhe Jesus: «Eu te digo, Pedro: não cantará hoje o galo sem que tu, por três vezes, negues conhecer-Me». Depois acrescentou: «Quando vos enviei sem bolsa nem alforge nem sandálias, faltou-vos alguma coisa?». Eles responderam que não lhes faltara nada. Disse-lhes Jesus: «Mas agora, quem tiver uma bolsa, pegue nela, bem como no alforge; e quem não tiver espada, venda a capa e compre uma. Porque Eu vos digo que se deve cumprir em Mim o que está escrito: "Foi contado entre os malfeitores". Na verdade, o que Me diz respeito está a chegar ao fim». Eles disseram: «Senhor, estão aqui duas espadas». Mas Jesus respondeu: «Basta». Então saiu e foi, como de costume, para o monte das Oliveiras, e os discípulos acompanharam-no. Quando chegou ao local, disse-lhes: «Orai, para não entrardes em tentação». Depois afastou-Se deles cerca de um tiro de pedra e, pondo-Se de joelhos, começou a orar, dizendo: «Pai, se quiseres, afasta de Mim este cálice. Todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua». Então, apareceu-Lhe um anjo vindo do Céu, para O confortar. Entrando em angústia, orava mais instantemente e o suor tornou-se-Lhe como grossas gotas de sangue, que caíam na terra. Depois de ter orado, levantou-Se e foi ter com os discípulos, que encontrou a dormir, por causa da tristeza. Disse-lhes Jesus: «Porque estais a dormir? Levantai-vos e orai, para não entrardes em tentação». Ainda Ele estava a falar, quando apareceu uma multidão de gente. O chamado Judas, um dos Doze, vinha à sua frente e aproximou-se de Jesus, para O beijar. Disse-lhe Jesus: «Judas, é com um beijo que entregas o Filho do homem?». Ao verem o que ia suceder, os que estavam com Jesus perguntaram-Lhe: «Senhor, vamos feri-los à espada?». E um deles feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. Mas Jesus interveio, dizendo: «Basta! Deixai-os». E, tocando na orelha do homem, curou-o. Disse então Jesus aos que tinham vindo ao seu encontro, príncipes dos sacerdotes, oficiais do Templo e anciãos: «Vós saístes com espadas e varapaus, como se viésseis ao encontro dum salteador. Eu estava todos os dias convosco no Templo e não Me deitastes as mãos. Mas esta é a vossa hora e o poder das trevas». Apoderaram-se então de Jesus, levaram-no e introduziram-no em casa do sumo sacerdote. Pedro seguia-os de longe. Acenderam uma fogueira no meio do pátio, sentaram-se em volta dela, e Pedro foi sentar-se no meio deles. Ao vê-lo sentado ao lume, uma criada, fitando os olhos nele, disse: «Este homem também andava com Jesus». Mas Pedro negou: «Não O conheço, mulher». Pouco depois, disse outro, ao vê-lo: «Tu também és um deles». Mas Pedro disse: «Homem, não sou». Passada mais ou menos uma hora, afirmava outro com insistência: «Esse homem, com certeza, também andava com Jesus, pois até é galileu». Pedro respondeu: «Homem, não sei o que dizes». Nesse instante -- ainda ele falava --, um galo cantou. O Senhor voltou-Se e fitou os olhos em Pedro. Então, Pedro lembrou-se da palavra do Senhor, quando lhe disse: «Antes de o galo cantar, Me negarás três vezes». E, saindo para fora, chorou amargamente. Entretanto, os homens que guardavam Jesus troçavam dele e maltratavam-no. Cobrindo-Lhe o rosto, perguntavam-Lhe: «Adivinha, profeta: quem Te bateu?». E dirigiam-Lhe muitos outros insultos. Ao romper do dia, reuniu-se o conselho dos anciãos do povo, os príncipes dos sacerdotes e os escribas. Levaram-no ao seu tribunal e disseram-Lhe: «Diz-nos se Tu és o Messias». Jesus respondeu-lhes: «Se Eu vos disser, não acreditareis e, se fizer alguma pergunta, não respondereis. Mas o Filho do homem sentar-Se-á doravante à direita do poder de Deus». Disseram todos: «Tu és então o Filho de Deus?» Jesus respondeu-lhes: «Vós mesmos dizeis que Eu sou». Então exclamaram: «Que necessidade temos ainda de testemunhas? Nós próprios o ouvimos da sua boca». Levantaram-se todos e levaram Jesus a Pilatos. Começaram a acusá-lo, dizendo: «Encontrámos este homem a sublevar o nosso povo, a impedir que se pagasse o tributo a César e dizendo ser o Messias-Rei». Pilatos perguntou-Lhe: «Tu és o Rei dos Judeus?». Jesus respondeu-lhe: «Tu o dizes». Pilatos disse aos príncipes dos sacerdotes e à multidão: «Não encontro nada de culpável neste homem». Mas eles insistiam: «Amotina o povo, ensinando por toda a Judeia, desde a Galileia, onde começou, até aqui». Ao ouvir isto, Pilatos perguntou se o homem era galileu; e, ao saber que era da jurisdição de Herodes, enviou-O a Herodes, que também estava nesses dias em Jerusalém. Ao ver Jesus, Herodes ficou muito satisfeito. Havia bastante tempo que O queria ver, pelo que ouvia dizer dele, e esperava que fizesse algum milagre na sua presença. Fez-Lhe muitas perguntas, mas Ele nada respondeu. Os príncipes dos sacerdotes e os escribas que lá estavam acusavam-no com insistência. Herodes, com os seus oficiais, tratou-O com desprezo e, por troça, mandou-O cobrir com um manto magnífico e remeteu-O a Pilatos. Herodes e Pilatos, que eram inimigos, ficaram amigos nesse dia. Pilatos convocou os príncipes dos sacerdotes, os chefes e o povo, e disse-lhes: «Trouxestes este homem à minha presença como agitador do povo. Interroguei-O diante de vós e não encontrei nele nenhum dos crimes de que O acusais. Herodes também não, uma vez que no-lo mandou de novo. Como vedes, não praticou nada que mereça a morte. Vou, portanto, soltá-lo, depois de O mandar castigar». Pilatos tinha obrigação de lhes soltar um preso por ocasião da festa. E todos se puseram a gritar: «Mata Esse e solta-nos Barrabás». Barrabás tinha sido metido na cadeia por causa de uma insurreição desencadeada na cidade e por assassínio. De novo Pilatos lhes dirigiu a palavra, querendo libertar Jesus. Mas eles gritavam: «Crucifica-O! Crucifica-O!». Pilatos falou-lhes pela terceira vez: «Mas que mal fez este homem? Não encontrei nele nenhum motivo de morte. Por isso vou soltá-lo, depois de O mandar castigar». Mas eles continuavam a gritar, pedindo que fosse crucificado, e os seus clamores aumentavam de violência. Então, Pilatos decidiu fazer o que eles pediam: soltou aquele que fora metido na cadeia por insurreição e assassínio, como eles reclamavam, e entregou-lhes Jesus para o que eles queriam. Quando O conduziam, lançaram mão de um certo Simão de Cirene, que vinha do campo, e puseram-lhe a cruz às costas, para a levar atrás de Jesus. Seguia-O grande multidão de povo, e mulheres que batiam no peito e se lamentavam, chorando por Ele. Mas Jesus voltou-Se para elas e disse-lhes: «Filhas de Jerusalém, não choreis por Mim; chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos; pois dias virão em que se dirá: "Felizes as estéreis, os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram". Começarão a dizer aos montes: "Caí sobre nós"; e às colinas: "Cobri-nos". Porque, se tratam assim a madeira verde, que acontecerá à seca?». Levavam ainda dois malfeitores, para serem executados com Jesus. Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, crucificaram-no, a Ele e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda. Jesus dizia: «Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem». Depois, deitaram sortes, para repartirem entre si as vestes de Jesus. O povo permanecia ali a observar. Por sua vez, os chefes zombavam e diziam: «Salvou os outros: salve-Se a Si mesmo, se é o Messias de Deus, o Eleito». Também os soldados troçavam dele; aproximando-se para Lhe oferecerem vinagre, diziam: «Se és o rei dos Judeus, salva-Te a Ti mesmo». Por cima dele, havia um letreiro: «Este é o rei dos judeus». Entretanto, um dos malfeitores que tinham sido crucificados insultava-O, dizendo: «Não és Tu o Messias? Salva-Te a Ti mesmo e a nós também». Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: «Não temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício? Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o castigo das nossas más ações. Mas Ele nada praticou de condenável». E acrescentou: «Jesus, lembra-Te de mim quando vieres com a tua realeza». Jesus respondeu-lhe: «Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso». Era já quase meio-dia quando as trevas cobriram toda a Terra, até às três horas da tarde, porque o Sol se tinha eclipsado. O véu do Templo rasgou-se ao meio. E Jesus exclamou com voz forte: «Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito». Dito isto, expirou. Vendo o que sucedera, o centurião deu glória a Deus, dizendo: «Realmente, este homem era justo». E toda a multidão que tinha assistido àquele espetáculo, ao ver o que se passava, regressava batendo no peito. Todos os conhecidos de Jesus, bem como as mulheres que O acompanhavam desde a Galileia, mantinham-se à distância, observando estas coisas. Havia um homem chamado José, da cidade de Arimateia, que era pessoa reta e justa, e esperava o Reino de Deus. Era membro do Sinédrio, mas não tinha concordado com a decisão e o proceder dos outros. Foi ter com Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus. E, depois de o ter descido da cruz, envolveu-o num lençol e depositou-o num sepulcro escavado na rocha, onde ninguém ainda tinha sido sepultado. Era o dia da Preparação e começavam a aparecer as luzes do sábado. Entretanto, as mulheres que tinham vindo com Jesus da Galileia acompanharam José, e observaram o sepulcro e a maneira como fora depositado o corpo de Jesus. No regresso, prepararam aromas e perfumes. E, no sábado, guardaram o descanso, conforme o preceito. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Anselmo(1033-1109) 
Monge, bispo, doutor da Igreja 
«Meditação sobre a redenção do homem» 
Medita sobre o amor do teu Redentor! 
O nosso Cristo foi crucificado, redimiu-nos pela cruz. Foi esta, cristão, a força que te salvou, é esta a causa da tua liberdade, é este o preço da tua redenção. Tu eras cativo e foi assim que foste redimido. Eras escravo, e foi assim que foste libertado. Estavas exilado e foste repatriado; estavas perdido e foste renovado; estavas morto e foste ressuscitado. Deixa que o teu coração se alimente desta verdade, que a mastigue, a saboreie e a absorva quando a tua boca receber a carne e o sangue do teu Redentor. Faz dela o teu pão quotidiano, o teu alimento e o teu viático nesta vida, pois é pela redenção, e só graças a ela, que habitas em Cristo, e Cristo em ti, e que, na vida futura, a tua alegria será completa. Mas Tu, Senhor, que consentiste na morte para que eu pudesse viver, como posso alegrar-me com uma liberdade a que só tive acesso graças às tuas correntes? Como posso alegrar-me com uma salvação que devo aos teus sofrimentos? Que alegria posso encontrar numa vida que me vem através da morte? Devo alegrar-me com os teus tormentos e com a crueldade daqueles que Te fizeram sofrer, a pretexto de que, se eles não tivessem agido dessa maneira, Tu não terias sofrido, e que sem os teus sofrimentos eu não teria estes bens? Mas a ferocidade dos homens não fez nada que Tu não tivesses consentido livremente, e só sofreste porque, na tua bondade, quiseste sofrer. Assim, pois, criatura fraca, deixa a crueldade dos homens ao juízo de Deus e medita no que deves ao teu Salvador. Considera o teu estado interior e o que te foi dado; avalia o amor de que é digno o autor desta bênção. Olha para a tua indigência e para a bondade dele; e vê quantas ações de graças deves dar-Lhe e tudo o que deves ao seu amor.

Santa Margarida de Città di Castello

No dia 24 de abril p.p., o Papa Francisco autorizou o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Cardeal Marcello Semeraro, a promulgar os decretos relativos à até então Beata Margarida, que fez parte da Ordem Terceira dos Frades Pregadores (dominicanos). Por meio do procedimento conhecido como “canonização equipolente”, Margarida foi inserida no Catálogo dos Santos e, desta forma, o seu culto está agora formalmente estendido a toda a Igreja. A “canonização equipolente” foi instituída no século XVIII pelo Papa Bento XIV. Mediante este processo, o pontífice “vincula a Igreja como um todo para que observe a veneração de um Servo de Deus ainda não canonizado pela inserção de sua festividade no calendário litúrgico da Igreja universal, com Missa e Ofício Divino”.
"Meu pai e minha mãe me abandonarem, mas o Senhor me recebeu"

Beata Ida de Louvain, Monja cisterciense - 13 de abril

Sabemos de Ida de Louvain o que um autor anônimo conta em sua Vida, escrita pouco tempo depois de sua morte. Nascida por volta de 1212, Ida pertencia a uma família de ricos comerciantes. Seu pai era um comerciante de vinhos que vivia na operosa cidade de Louvain e que, preocupado unicamente em acumular riquezas e em usufruir dos bens terrenos, ficou muito contrariado quando a filha lhe disse que tinha a intenção de se fazer monja. O pai não consentiu, o que a fez sofrer muito. Desde muito jovem ela manifestou repulsa por aquela nova sociedade comercial cujo aparecimento nas cidades do Norte provocava uma pobreza muito grande de uma população reduzida à mendicância. Em profundo conflito com a família, Ida se dedicava a ajudar os pobres, ao mesmo tempo em que se infligia impressionantes penitências que visavam reparar os ultrajes feitos a Nosso Senhor Jesus Cristo. Ela finalmente conseguiu vencer a dureza de seu pai e ingressou na abadia cisterciense de Val-des-Roses, perto de Malines. Sua biografia, composta provavelmente no final do século XIII, baseada nos testemunhos de seu confessor, revela uma mulher em odor de santidade cujo renome ultrapassou o claustro de seu mosteiro. Dominicanos e franciscanos reconheceram os seus méritos e não se pode deixar de perceber a influência da espiritualidade franciscana nas evocações dessa mística: a exemplo de São Francisco de Assis, Ida tinha grande familiaridade com os animais; seu corpo marcado por cinco chagas evocava seu amor imenso por Jesus sofredor.

Santo Hermenegildo, mártir

Hermenegildo era filho do primeiro rei visigodo e ariano da Espanha, no século VI. Porém, casou-se com uma católica e se converteu. Preso em Tarragona, foi assassinado por ordem do seu pai, por rejeitar receber a comunhão por mão de um bispo Ariano. Santo Ermenegildo é Padroeiro da Espanha.
Origens 
Hermenegildo era filho de Leovigildo, poderoso rei dos visigodos. Leovigildo era impiedoso, dominador e conquistador. Famoso por exterminar seus inimigos e todos aqueles que se interpusessem em seu caminho. Acabava com a cultura e a fé das regiões que conquistava, impondo sua própria fé e cultura, como forma de dominação. Hermenegildo e seu irmão Recaredo foram educados nesse sistema. 
Arianismo 
Leovigildo e sua família eram adeptos do arianismo, uma doutrina considerada herege pela Igreja Católica. Segundo o arianismo, Jesus não é Deus, não é uma pessoa divina, mas apenas um ser humano, uma criatura iluminada. O arianismo nega o dogma da Santíssima Trindade, verdade que nos foi revelada pelo próprio Jesus Cristo nos Evangelhos. Por essas divergências, os adeptos do arianismo estavam em luta constante com os católicos. Enviado para dominar a Espanha Hermenegildo foi nomeado príncipe de Sevilha e seu irmão, príncipe de Toledo. Hermenegildo tinha apenas quinze anos quando foi para Sevilha e seu irmão era ainda mais novo. Por motivos políticos, Hermenegildo casou-se com uma princesa francesa chamada Ingonda. A princípio, este casamento reunia interesses meramente políticos. Porém, ele iria mudar radicalmente a vida do príncipe Hermenegildo. 

Santa Teresa de Jesus dos Andes, Carmelita Descalça - 13 de abril

Padroeira da Juventude da América Latina

     Nasceu em Santiago do Chile em 13 de julho de 1900. Na pia batismal foi chamada Joana Henriqueta Josefina dos Sagrados Corações Fernández Solar. Era conhecida familiarmente com o nome de Juanita.     Seus pais, Miguel Fernández e Lucia Solar, três irmãos e duas irmãs, avô materno, tios, tias e primos: no seio desta família passou sua infância. Nasceu numa família católica e aristocrática. "Jesus não quis que eu nascesse como Ele, pobre. E nasci no meio das riquezas, mimada por todos" – escreveu ela em seu diário.     Joana recebeu sua formação escolar no colégio das monjas francesas do Sagrado Coração. Sua curta e intensa história se desenvolveu entre a vida estudantil e a vida familiar. Aos catorze anos, inspirada por Deus, decidiu consagrar-se a Ele como religiosa, em concreto, como carmelita descalça. Seu desejo se realizou em 7 de maio de 1919, quando ingressou no pequeno mosteiro do Espírito Santo no povoado de Los Andes, a uns 90 k de Santiago.

Martinho I Papa, mártir, Santo (+ 653)

O papa Martinho I sabia que as consequências das atitudes que tomou contra o imperador Constante II, no século VII, não seriam nada boas. Nessa época, os detentores do poder achavam que podiam interferir na Igreja, como se sua doutrina devesse submissão ao Estado. Martinho defendeu os dogmas cristãos, por isso foi submetido a grandes humilhações e também a degradantes torturas. Martinho nasceu em Todi, na Toscana, e era padre em Roma quando morreu o papa Teodoro, em 649. Eleito para sucedê-lo, Martinho I passou a dirigir a Igreja com a mão forte da disciplina que o período exigia. Para deixar isso bem claro ao chefe do poder secular de então, assumiu mesmo antes de ter sua eleição referendada pelo imperador. Um ano antes, Constante II tinha publicado o documento "Tipo", que apoiava as teses hereges do cisma dos monotelistas, os quais negavam a condição humana de Cristo, o que se opõe às principais raízes do cristianismo. Para reafirmar essa posição, o papa convocou, ainda, um grande Concílio, um dos maiores da história da Igreja, na basílica de São João de Latrão, para o qual foram convidados todos os bispos do Ocidente. Ali foram condenadas, definitivamente, todas as teses monotelistas, o que provocou a ira mortal do imperador Constante II. Ele ordenou a seu representante em Ravena, Olímpio, que prendesse o papa Marinho I. Querendo agradar ao poderoso imperador, Olímpio resolveu ir além das ordens: planejou matar Martinho.

Ida de Borgonha Princesa, mãe, Santa (1040-1113)

Ida nasceu em 1040, descendente do grande conquistador francês Carlos Magno, filha de Godofredo, duque de Lorraine, e de Doda, também oriunda da nobreza católica reinante. Assim sendo, recebeu educação cristã, mas também teve de cumprir obrigações sociais da corte, e só por esse motivo não seguiu a vida inteiramente dedicada à Deus, vestindo o hábito de religiosa. Por vontade dos pais, teve de casar-se aos dezassete anos com Eustáquio II, conde de Bolonha, também católico praticante. Juntos, tiveram muitos filhos: Eustáquio III, herdeiro do condado de Bolonha; Godofredo de Bulhão, que conquistou e foi rei de Jerusalém; e Balduíno, que sucedeu o irmão no trono da Terra Santa. Tiveram também filhas, uma das quais tornou-se imperatriz ao casar-se com o imperador Henrique IV. Entretanto, além da formação nas actividades políticas e sociais, Ida e seu marido educaram todos os filhos dentro dos rigorosos preceitos cristãos. O que surtiu um bom efeito, pois, tornaram-se bons exemplos, promoveram dezenas de obras de caridade, à altura das posses que tinham, socorrendo doentes, pobres abandonados, estrangeiros, viúvas e órfãos. O grande passatempo de Ida era fazer, com as próprias mãos, as toalhas e enfeites dos altares e ornamentos sacros para os sacerdotes. Enquanto Eustáquio era vivo, o casal restaurou quase todas as igrejas de seus estados e domínios, inclusive o célebre santuário de Nossa Senhora de Bolonha.

Margarida de Métola Virgem, Mística, Santa (+ 1320)

Cega, corcunda, coxa e mística.
No castelo de Métola, em Città di Castello, em Itália, viviam em 1287 os Condes D. Parísio e D. Emília, esperando o nascimento do primeiro herdeiro. Certos de que seria um menino, forte e belo, continuador do nome e das glórias da família, mandaram preparar grandes festejos. Convidaram os fidalgos das cidades vizinhas, prepararam banquetes e esplendorosos espectáculos. Os trovadores, os actores e os músicos aguardavam o minuto em que o menino viesse à luz do dia para desatarem num coro de louvores e de música. Quando tão grandes esperanças se debruçavam sobre a criança que havia de nascer, veio ao mundo uma menina disforme, cega e coxa, aleijada e feia. A notícia foi mantida oculta e toda a festa se desfez repentinamente. Os pais, envergonhados, ocultaram a infeliz, chamada Margarida, a princípio no celeiro, depois no sótão e mais tarde numa cela pegada à capela que possuíam no bosque. Os horríveis defeitos do corpo eram compensados pelas qualidades de alma. Dotada de inteligência e memória invulgares, aprendeu Margarida de cor muitas orações que repetia nas horas de solidão, para seu conforto. Morreu nessa altura na cidade um frade franciscano, de nome Tiago.

Serafino Morazzone Sacerdote, Beato (17417-1822)

Sacerdote italiano, 
conhecido como o “Cura d’Ars” 
de Chiuso, na área de Lecco.
"Pai Serafino Morazzone" é beatificado quase dois séculos depois de sua morte. Outro "Cura d’Ars" diziam sobre ele; com a diferença de que este é muito italiano e menos conhecido do que o outro, mesmo que entre os dois haja uma extraordinária harmonia espiritual e humana. Começando com as origens muito humildes, porque Serafino vem de uma família pobre e numerosa. Seu pai tinha uma pequena loja de cereais e morava em um modesto alojamento em Milão, perto de Brera: Serafino nasceu ali, em 1º de Fevereiro de 1747. Como ele queria se tornar padre e como faltava dinheiro para fazê-lo estudar, os jesuítas o receberam gratuitamente no colégio de Brera. De maneira articulada passou pelos vários estágios em direcção ao sacerdócio de um menino humilde e muito fiel aos seus compromissos: aos 13 ele recebeu a batina, a 14 tonsura, aos 16 as primeiras duas ordens menores. Aos 18 anos, para pagar os estudos, torna-se acólito do Duomo: recebia dez liras por mês, de manhã, serve no altar e à tarde estuda teologia. Assim, durante oito anos, muito fiel e pontual, cortês e sorridente.

João Bernardo Rousseau (Irmão Scubilion) Religioso das Escolas Cristãs, Beato (1797-1867)

Foi membro do Instituto das Escolas Cristãs, fundado por São João Baptista de La Salle. 
Passou a maior parte da sua vida na ilha de Reunião, no oceano Índico, a ocupar-se da evangelização e formação dos escravos.
A preocupação pela dignidade humana, irmão Scubilion testemunhou em seus últimos anos de vida missionária. Ele nasceu em 21 de Março de 1797, na França metropolitana, na diocese de Sens-Auxerre, que quis enviar uma delegação aqui. Ele entrou na vida religiosa entre os Irmãos das Escolas Cristãs, tornou-se um voluntário para o apostolado em terras distantes, em seu desejo para uma doação mais radical de si mesmo. Em 1833 ele chegou na Ilha da Reunião para servir até a morte. O amor a Deus e ao próximo são inseparáveis nele. Ele brilhou aos olhos de todos, um poder de amor que tem sido capaz de revelar o Deus de amor. Era luz, como disse Cristo: "Vós sois a luz do mundo." Deixou-se iluminar por Jesus Cristo e iluminou o outro da luz de Jesus Cristo, com seu exemplo e, em particular, com a sua catequese entre os escravos. Como um bom educador, irmão Scubilion gostava de catequizar. Com o impulso, ele concebia aulas de catecismo saborosas. Seu amor para com os jovens e sua jovialidade o impeliu para trazê-la para aos alunos de Santa Maria, levando-os para explorar as alturas da "vala a Goats" ou nas cavernas dos "Três buracos"; ou tentando com eles a subida do Python Charpentier.

Rolando Rivi Seminarista, Mártir, Beato (1931-1945)

Seminarista italiano morto pelos 
partidários comunistas em ódio à fé.
A Igreja concedeu ao seminarista Rolando Rivi – morto aos 14 anos pelos “partiggiani”, grupo comunista italiano – a glória dos altares. A cerimónia de beatificação, celebrada dia 5 de Outubro de 2013, na cidade de Modena, Itália, foi presidida pelo Cardeal Ângelo Amato, prefeito da Congregação para causa dos santos. Rolando Rivi teve de enfrentar o ódio da ideologia marxista logo após o término da II Guerra Mundial. Devido à ocupação alemã do seminário em que estudava. Em 1944, Rivi e os demais seminaristas foram obrigados a abandoná-lo. Em casa, não só deu continuidade aos estudos, como também ao uso da batina, mesmo sendo recomendado pelos pais a não usá-la, por causa da hostilidade à religião que pairava naquela época. "Estou estudando para ser padre e a batina é o sinal que eu sou de Jesus", dizia o jovem. A Itália enfrentava uma forte onda de terrorismo. O governo fascista amedrontava o país ao mesmo tempo em que brigadas vermelhas tinham a intenção de substituir o autoritarismo de Mussolini pelo totalitarismo de Staline. No fogo cruzado, várias vidas foram ceifadas, dentre elas a de Rolando Rivi e mais 130 padres e seminaristas.

Domingo de Ramos A ENTRADA “SOLENE” DE JESUS EM JERUSALÉM FOI UM PRELÚDIO DE SUAS DORES E HUMILHAÇÕES

O sentido da Procissão de Ramos
 
O sentido da Procissão de Ramos é mostrar essa peregrinação sobre a terra que cada cristão realiza a caminho da vida eterna com Deus. Ela nos recorda que somos apenas peregrinos neste mundo tão passageiro, tão transitório, que se gasta tão rapidamente. E nos mostra que a nossa pátria não é neste mundo, mas sim na eternidade, que aqui nós vivemos apenas em um rápido exílio em demanda da casa do Pai. A Missa do Domingo de Ramos traz a narrativa de São Lucas sobre a Paixão de Nosso Senhor Jesus: Sua angústia mortal no Horto das Oliveiras, o Sangue vertido com o suor, o beijo traiçoeiro de Judas, a prisão, os maus-tratos causados pelas mãos do soldados na casa de Anãs, Caifás; Seu julgamento iníquo diante de Pilatos, depois, diante de Herodes, Sua condenação, o povo a vociferar “crucifica-o, crucifica-o”; as bofetadas, as humilhações, o caminho percorrido até o Calvário, a ajuda do Cirineu, o consolo das santas mulheres, o terrível madeiro da cruz, Seu diálogo com o bom ladrão, Sua morte e sepultura. 

ORAÇÕES - 13 DE ABRIL

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
13 – Domingo de Ramos
Evangelho (Lc 19,28-40)“Quando estava na descida do Monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos alegre começou a louvar a Deus pelas maravilhas que tinha visto.”
Se eram muitos os que rejeitavam Jesus, eram também muitos os que acreditavam e viam nele uma esperança para sua vida. E na festa de Jerusalém eles demonstraram alegremente sua fé. Organizaram para ele uma verdadeira festa, uma recepção triunfal, e disseram corajosamente para todos que o acolhiam como o Messias, o chefe enviado por Deus para a salvação do povo. Provavelmente a maioria era gente simples e pobre, que não consegue influenciar muito os acontecimentos. Poucos dias depois haveria muitos gritando e pedindo a morte de Jesus, exigindo de Pilatos que o mandasse crucificar como um malfeitor e falso profeta. Imagino que entre eles não estava nenhum dos que alegremente aplaudiram Jesus que entrava na cidade. Não podiam esquecer seu amor em tão pouco tempo. Talvez tenham é desaparecido, tristes e amedrontados.
Oração
Senhor, eu vos agradeço os momentos de entusiasmo e de alegria que me concedeis de vez em quando. Nessas horas tudo parece luminoso e fácil. Podem dizer que vida não é assim. Mas, o certo é que esse entusiasmo e essa alegria, mesmo breves, me ajudam a enfrentar e suportar os dias difíceis e as horas sombrias. Dai-me sempre alguns momentos assim. Mas ajudai-me a não depender tanto deles, e que aos poucos eu vá aprendendo a me apoiar mais em vossa graça e em vosso amor. Ensinai-me a orar mesmo quando não tenho gosto, a continuar fazendo o bem mesmo sem grandes perspectivas, a enfrentar dificuldades sem desanimar. Se me amparardes, Senhor, poderei enfrentar todos os perigos e obstáculos, conservando a alegria e o entusiasmo apesar de tudo. Amém.

sábado, 12 de abril de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “África de meus sonhos”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Vivendo um pouco mais
 
Em 1989, eu, Pe. Luiz Carlos, fui premiado com um convite para ir trabalhar na Angola como missionário para a formação dos seminaristas. A independência da Angola em 11.11.75 trouxe uma guerra civil que durou muitos anos, continuando os muitos anos de luta pela independência. O país vivia uma situação dolorosa. Houve muita destruição e morte. Houve um tempo de paz e depois recrudesceu a guerra. Com paz definitiva vieram os problemas da restauração. O país teve um crescimento rápido, mas se tornou um mar de corrupção. O partido do MPLA (Movimento pela Libertação de Angola) domina e o presidente está no poder desde 1979. A corrupção minou o crescimento do país. O povo está em uma situação difícil. A Igreja se desenvolve e toma força. A população é religiosa. Fiquei trê anos no Kwito (Estado do Bié). Como era tempo de guerra, não era possível sair da cidade. Apesar das dificuldades, foi um tempo muito bom e de profundo aprendizado. O africano é muito rico em qualidades e valores humanos e de muita resistência. Senti-me engrandecido. Há algo maravilhoso que toma a gente. Diz-se que há um mistério na África. É difícil dizer o que se aprendeu, mas sinto que essa riqueza é mais que um conhecimento. É um modo rico de se viver. Não somente as pessoas, mas o modo de viverem, a simplicidade, a resistência, a alegria e a força interior nos tomam. Mesmo a natureza contribui. A Igreja em seus padres, irmãs e leigos cristãos demonstram muita força. Há encantos que somente vendo e acolhendo que podem ser apreendidos. 
Uma missão que vale. 
Agora, em 2016, fui convidado para dar formação sobre espiritualidade redentorista aos padres, seminaristas e leigos. Por que estou tratando esse assunto? Muitos acompanharam essa minha primeira ida. A segunda não foi muito notificada. É um dever comunicar essas riquezas. Como é possível viajar pelo país, pude ver em poucos dias o que não vi em três anos. As paisagens, as aldeias, as matas, a beleza tocam profundamente. Sou muito agradecido por ter podido conhecer as comunidades redentoristas e ver seu esforço por construir algo novo e reconstruir o que foi destruído. Os confrades padres, irmão, seminaristas vivem tempos bonitos nas comunidades com o povo. Buscam a identidade redentorista para a evangelização do querido país africano. Estão animados com as Santas Missões. Há ainda muita carência. Mas vivem bem com o pouco que têm. A política está difícil.
Ser irmão sempre 
É preciso cultivar mais fraternidade para com os outros povos. Nós vivemos fechados em nosso mundinho. Lá não é Europa ou USA para grandes passeios, mas o que se vê e se sente ali, é vida. É preciso conhecer mais e se comprometer mais ainda, sobretudo na ousadia missionária. Quantos missionários ali entregaram sua vida! Há falta de muitas coisas. Temos que nos organizar para dar àqueles jovens sempre mais condições de poderem desenvolver suas grandes capacidades. São muito inteligentes. O país procura dar educação. Mesmo sem condições, crescem. A Igreja mantém instituições de ensino. O país sofre pelos mesmos problemas que sofremos, como a política e a corrupção. Nem tudo é tão bom. O país está parado. Abrir-se ao mundo africano e aos valores de seus filhos é enriquecer-se e muito.
ARTIGO PUBLICADO EM MAIO DE 2016

EVANGELHO DO DIA 12 DE ABRIL

Evangelho segundo São João 11,45-56. 
Naquele tempo, muitos judeus que tinham vindo visitar Maria, para lhe apresentarem condolências pela morte de Lázaro, ao verem o que Jesus fizera, ressuscitando-o dos mortos, acreditaram nele. Alguns deles, porém, foram ter com os fariseus e contaram-lhes o que Jesus tinha feito. Então, os príncipes dos sacerdotes e os fariseus reuniram conselho e disseram: «Que havemos de fazer, uma vez que este homem realiza tantos milagres? Se O deixamos continuar assim, todos acreditarão nele; e virão os romanos destruir-nos o nosso lugar santo e toda a nação». Então Caifás, que era sumo sacerdote naquele ano, disse-lhes: «Vós não sabeis nada. Não compreendeis que é melhor para nós morrer um só homem pelo povo do que perecer a nação inteira?». Não disse isto por si próprio; mas, porque era sumo sacerdote nesse ano, profetizou que Jesus havia de morrer pela nação; e não só pela nação, mas também para congregar na unidade todos os filhos de Deus, que andavam dispersos. A partir desse dia, decidiram matar Jesus. Por isso, Jesus já não andava abertamente entre os judeus, mas retirou-Se para uma região próxima do deserto, para uma cidade chamada Efraim, e aí permaneceu com os discípulos. Entretanto, estava próxima a Páscoa dos judeus e muitos subiram da província a Jerusalém, para se purificarem, antes da Páscoa. Procuravam então Jesus e perguntavam uns aos outros no Templo: «Que vos parece? Ele não virá à festa?». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Próspero de Aquitânia(460) 
Teólogo leigo 
 O apelo de todos os povos, 9 
«Jesus havia de morrer não só pela nação, 
mas também para congregar na unidade 
todos os filhos de Deus que andavam dispersos» 
«Nestes dias, que são os últimos, falou-nos por seu Filho, a quem fez herdeiro de todas as coisas» (Heb 1,2). 
Esta frase quer dizer que o Pai considerou que todos os homens fazem parte da herança de Cristo. Ela é conforme à profecia de David: «Pede-me e te darei as nações por herança e os confins da Terra para teu domínio» (Sl 2,8). O próprio Senhor declara: «E, quando Eu for elevado da Terra, atrairei todos a Mim» (Jo 12,32), parecendo prometer a conversão de todos. E, noutra passagem, encontramos uma profecia sobre a Igreja: «Sejam alteados todos os vales, e abatidos os montes e as colinas; endireitem-se os caminhos tortuosos e aplanem-se as veredas escarpadas» (Is 40,4): haverá alguém que pareça aqui esquecido, que não seja aqui designado como súbdito de Cristo? E que pensar quando lemos: «"Todo o mortal virá prostrar-se diante de Mim", diz o Senhor» (Is 66,23)? A expressão «povo de Deus» deve ser tomada em toda a sua plenitude. Se bem que a maioria dos homens recuse ou negligencie a graça do Salvador, é o conjunto que é designado pelas palavras «eleitos» e «predestinados». O apóstolo São Paulo também diz: «Quanto a nós, pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os gentios. Mas, para aqueles que são chamados, tanto judeus como gregos, Cristo é poder e sabedoria de Deus» (1Cor 1,23-24). Cristo será «poder» e «sabedoria» de Deus para os mesmos homens para os quais é «escândalo» e «loucura»? De facto, porque alguns são salvos graças à sua fé, enquanto outros são endurecidos na impiedade, o apóstolo juntou os fiéis e os infiéis sob o termo geral de «chamados», mostrando assim que aqueles a quem chama «gentios» se tornaram estranhos ao chamamento de Deus, apesar de terem ouvido o evangelho.

Bem-aventurado Angelo de Chivasso

Sacerdote da Primeira Ordem (1411-1495). Aprovou seu culto Bento XIV no dia 25 de abril de 1753. A pequena cidade de Chivasso foi o lugar de nascimento de Ângelo Carletti, cujos pais pertenciam à nobreza piemontesa. Estudou na Universidade de Bolonha, onde recebeu os graus de doutor em direito civil e direito canônico e, depois de voltar a seu Piemonte natal, foi feito senador. Enquanto sua mãe viveu, ele levou uma vida exemplar no mundo, empregando o tempo em seus deveres magisteriais, na oração e em visitar os doentes, mas depois que ela morreu, ele dividiu seus bens entre seu irmão mais velho e os pobres, e retirou-se para um convento de franciscanos da observância em Gênova. Os superiores do Beato Ângelo logo perceberam que tinham nele um recruta de qualidades excepcionais e de grande zelo missionário, e ele não tardou muito em ser admitido ao sacerdócio. Imediatamente empenhou-se em vigorosa campanha de evangelização.

São Saba, o Mártir Gótico Festa: 12 de abril

(+)Targoviste, Romênia, 12 de abril de 372 
São Saba, o godo, durante a perseguição desencadeada contra os cristãos pelo rei gótico Atanarico, em 12 de abril de 372, terceiro dia após a Páscoa, foi jogado no rio Buzau perto de Targoviste (Romênia) depois de muitas torturas por recusar a carne oferecida aos ídolos. 
Emblema: Palma 
Martirológio Romano: Na Capadócia, na atual Turquia, São Saba, o Godo, mártir, que, durante as perseguições desencadeadas contra os cristãos pelo rei dos godos Atanárico, três dias após a celebração da Páscoa, tendo se recusado a comer a carne sacrificada aos ídolos, após torturas cruéis foi jogado no rio. 
Em 370 d.C., na antiga Dácia, região correspondente à atual Romênia, o líder dos godos empreendeu uma feroz perseguição contra seus súditos que professavam a fé cristã. A Igreja grega venera cinquenta e um mártires góticos daquele período, entre os quais os mais famosos são São Nicetas (15 de setembro) e São Saba, comemorados hoje pelo Martyrologium Romanum. Quando se exigia dos cristãos que comessem carne oferecida aos ídolos, havia um acordo secreto com algumas autoridades de que essa carne seria substituída por outros alimentos, para que pudessem alegar ter cumprido o decreto real.

Beato Lourenço Mendes religioso, séc. XIII

Religioso dominicano, virtuoso e benemérito, que construiu, à custa de esmolas e sacrifícios, a ponte sobre o Tâmega em Cavez, no lugar onde passa a fronteira entre o Minho e Trás-os-Montes. Tal construção foi envolvida de prodígios que a todos atestavam a proteção divina para os trabalhos. Consta que nasceu em Chaves e faleceu a 27 de janeiro de 1280. Está sepultado na igreja de S. Domingos, em Guimarães, numa capela lateral do lado do Evangelho.
Lourenço Mendes (Vilar, Chaves, primeira metade do século XIII — Guimarães, 27 de janeiro de 1280) foi um frade e pregador dominicano da região de Guimarães. É venerado como Beato pela Igreja Católica, gozando de devoção popular no norte de Portugal, onde é chamado de São Lourenço, embora nunca tenha sido canonizado. Biografia De família nobre, dedicou-se à juventude ao lazer até que teve uma crise espiritual e foi para o convento de S. Domingos da Ordem dos Pregadores de Guimarães, onde foi prior Pedro González Telmo.

Santa Vissia de Fermo, Virgem e mártir - 12 de abril

Martirológio Romano: Em Fermo, nas Marcas, Santa Vissia, Virgem e Mártir. Uma coisa é certa, com seu texto oficial, o Martirológio Romano, a Igreja celebra no dia 12 de abril as santas virgens e mártires Vissia e Sofia de Fermo, no Piaceno, Itália. Dito isto, de certo não se sabe mais nada, nem de suas vidas nem porque são comemoradas juntas. De resto, temos algumas notícias esparsas: o historiador Ughelli em sua obra Itália Sagrada, no volume II, falando da Diocese de Fermo (Ascoli, Piceno), atesta que o corpo de Santa Vissia repousa na catedral, e na verdade na igreja metropolitana da cidade existem vários relicários, entre eles, em uma urna de ébano com enfeites de metal dourado de estilo barroco, é preservada a cabeça da santa mártir Vissia; estranhamente em outra urna está bem preservada a cabeça de Santa Sofia mártir. Esta coincidência de dois crânios sugere que elas foram martirizadas ao mesmo tempo, senão em conjunto, e provavelmente decapitadas. De acordo com as tradições locais, Sofia e Vissia foram martirizadas em torno de 250, sob o imperador Décio (249-251), durante a sétima perseguição que ele desencadeou. Na catedral há uma lápide que descreve que Santa Vissia enobrece a cidade natal com o seu martírio. Seus nomes fizeram parte de uma lista de santos venerados em Fermo, transmitida em 5 de agosto de 1581 por um padre local a um padre Oratoriano e amigo de Cesar Barônio, que como sabemos compilou o primeiro "Martirológio Romano", e inseriu as duas virgens e santas mártires juntas no mesmo dia 12 de abril. Segundo alguns documentos locais, Santa Sofia também era comemorada em 30 de abril A tudo isto é preciso acrescentar que alguns estudiosos mantêm reserva a Santa Sofia de Fermo, como a outras Sofias, como, por exemplo, a viúva Sabedoria (Sofia) mártir que é venerada no Ocidente no dia 30 de setembro, juntamente com as filhas Fé, Esperança, Caridade, e cujo culto se espalhou no Oriente com os nomes de Sofia, Pistis, Elpis, Ágape e são celebradas no culto grego em 1º de agosto. 
Fonte: www.santiebeati/it, Antonio Borrelli

Santa Teresa dos Andes

Juanita Fernández Solar nasceu a 13 de Julho de 1900 em Santiago do Chile. Educada na fé pelos seus pais desde a infância, teve uma precoce inclinação à oração e ao bem. Desde 1907 ingressou no colégio das religiosas do Sagrado Coração. A 11 de setembro de 1910 recebeu a primeira comunhão. Este foi um dia fundamental para ela. A partir desse dia viveu uma amizade com Jesus cada vez mais intensa. De família abastada, tratou com inusual afeto os empregados do lar e preocupou-se pela catequese e pelas necessidades materiais dos pobres que viviam nas suas terras. O seu pai demostrou pouca capacidade para administrar os seus bens e perdeu grande parte do seu património. No meio de dificuldades familiares (um dos irmãos afastou-se da fé, outro vivia uma vida boémia) ela velou por todos. Com 15 anos, declarou que Cristo a tinha cativado. Pouco depois, contra a sua vontade foi internada num colégio, até que decidiu ser fiel na sua vida de aluna como um modo de entregar-se à vontade de Deus. Aí começou o discernimento sobre a sua vocação.

Vítor de Braga mártir e santo + c 306

O martirológio romano convida-nos a comemorarmos hoje São Vítor de Braga, que nasceu em Paços perto de Braga. A vida deste santo foi escrita pelo arcebispo de Braga, Dom Rodrigo da Cunha, que afirma que um dia o santo encontrou-se com um grupo de idólatras que celebrava a “Ambaruelia” ou “Suilia”, a grande festa em honra à deusa Ceres. Consiste esta festa em dar várias voltas pelos campos e sacrificar em determinados lugares porcos em honra da deusa. São Vítor recusou-se a tomar parte na festa, o que não foi do agrado dos foliões. Tampouco se deixou enfeitar com coroas de flores, como era costume nessa festa e por isso mesmo foi denunciado ao governador Sérgio. Preso, confessou perante o tribunal que era cristão e que de maneira nenhuma poderia participar em tais festividades pagãs. O governador descontente, mandou-o prender imediatamente e, como Víctor – depois de algumas promessas – continuasse a recusar participar naquelas festividades, condenou-o à morte. Foi amarrado ao tronco de uma árvore e açoitado cruelmente. Depois o seu corpo foi queimado com lâminas ardentes até que as suas entranhas fossem vazadas. Sofreu o martírio por volta do ano 306.
Martirológio 04

Júlio I de Roma Papa, Santo (+ 352)

O Martirológio Romano enumera nove santos e oito santas com esse nome e quase todos são mártires do primeiro século do cristianismo. Mas, hoje, celebramos Júlio, o primeiro papa a tomar este nome, e que dirigiu a Igreja de 337 a 352. Júlio era de origem romana, filho de um certo cidadão chamado Rústico. Viveu no período em que a Igreja respirava a liberdade religiosa concedida pelo imperador Constantino, o Magno, em 313. Essa liberdade oferecia ao cristianismo melhores condições de vida e expansão da religião. Por outro lado, surgiram as primeiras heresias: donatismo, puritanismo na moral, e o arianismo, negando a divindade de Cristo. Com a morte de Constantino, os sucessores, infelizmente, favoreceram os partidários do arianismo. O papa Júlio I tomou a defesa e hospedou o patriarca de Alexandria, Atanásio, o grande doutor da Igreja, batalhador da fé no concílio de Nicéia e principal alvo do ódio dos arianos, que o tinham expulsado da sede patriarcal. O papa Júlio I convocou dois sínodos de bispos em que, com a condenação do semi-arianismo, Atanásio foi reabilitado, recebendo cartas do papa que se felicitava com a Igreja de Alexandria, baluarte da ortodoxia cristã.

Zeno de Verona Bispo, Santo (ca. 302-371)

Nascido no Norte da África, faleceu em Verona no dia 12 de Abril de 371. 
As festas adicionais em Verona são celebradas no dia 12 de maio – traslado de suas relíquias e 6 de Dezembro – sua consagração episcopal. 
Como em seus sermões Zeno descrevia como uma testemunha ocular o martírio de Santo Arcádio, provavelmente ele nasceu na Mauritânia perto de Argélia em torno de 302. Em 8 de Dezembro de 362 no reinado de Juliano, São Zeno foi consagrado Bispo de Verona, possivelmente pelo Arcebispo Aussenzius de Milão. Logo após a sua chegada em Verona, ele combateu ferozmente idolatria que havia se espalhado pela cidade e conseguiu até mesmo reduzi-la nas regiões vizinhas onde o paganismo estava muito mais entrincheirado. Ele se opôs ao Arianismo e defendeu a eterna geração do Verbo, em íntima união com o Espírito Santo o Filho e o Pai. Seu sucesso em parte se deve a sua notável capacidade como orador. Zeno atraia multidões em seus sermões, 93 dos quais ainda existem, a mais antiga colecção de homilias em Latim que ainda existem. De fato multidões eram tão massivas que Zeno foi obrigado a construir uma catedral maior. Cada Páscoa muitos corações eram convertidos e baptizados na nova fé. Ele pregava freqüentemente para um grupo de freiras que viviam em um Convento em Milão e ( muito antes de Santo Ambrósio) ele já encorajava as virgens que viviam em casa a se consagrarem.

José Moscati Médico e Santo de Nápoles (1880-1927)

“...médico director de clínica, pesquisador famoso no domínio científico, professor universitário de fisiologia humana e de química fisiológica, tomou suas múltiplas actividades com todo o engajamento que necessita a delicada profissão de leigo”
(São João Paulo II).
Quem é São José Moscati? 
Paulo VI, o Papa que o beatificou: "Quem é este que se nos propõe para que todos o imitemos e veneremos?" 
É um leigo que fez de sua vida uma missão vivida em plena autenticidade evangélica... É um professor universitário que deixou entre seus alunos uma marca de profunda admiração... É um homem de ciência célebre pela sua contribuição científica a nível internacional... Sua existência é simplesmente tudo isto...
João Paulo II, o Papa que o canonizou: "O homem que a partir de hoje nós invocaremos como um Santo da Igreja universal representa para nós a realização concreta do leigo cristão. José Moscati, Médico director de clínica, pesquisador famoso no domínio científico, professor universitário de fisiologia humana e de química fisiológica, tomou suas múltiplas actividades com todo o engajamento que necessita a delicada profissão de leigo. Sob este ponto de vista Moscati é um exemplo não somente a ser admirado mas a ser seguido, sobretudo pelos representantes sanitários. Ele representa um exemplo até para os que não partilham de sua fé." 

ORAÇÕES - 12 DE ABRIL

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
12 – Sábado – Santos: Júlio I, Sabas Godo, Ângelo de Chivasso
Evangelho (Jo 11,45-56)“Muitos judeus que viram o que Jesus fizera, creram nele. Alguns, porém, foram ter com os fariseus e contaram o que Jesus tinha feito.”
Não era possível negar que Lázaro tinha morrido e que, quatro dias depois, voltara á vida chamado por Jesus. Diante do milagre, muitos acreditaram no poder de Jesus. Outros, porém, não acreditaram nele e resolveram ver o que podiam fazer para o destruir. Acreditar ou não em Jesus será sempre uma decisão pessoal e livre. Ainda que, para acreditar nele, precisemos da graça de Deus.
Oração
Senhor meu Deus, agradeço o dom da fé, que me tornou possível acreditar em Jesus. Iluminai-me, para que eu o conheça cada vez mais intimamente; aumentai meu amor para que o ame e lhe dê o primeiro lugar em minha vida. Ajudai-me de modo que, com meu exemplo de vida, ajude outros a conhecê-lo como libertador e salvador. Fazei de mim discípulo e apóstolo de Jesus. Amém.

sexta-feira, 11 de abril de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “A força da oração”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Nunca vi tanta fé
 
O Evangelho não pode ser mudado nem trocado por nada. Paulo é duro com os gálatas que andaram misturando teorias com o Evangelho. Mesmo que venha um Anjo do Céu e pregue um Evangelho diferente do que vos pregamos, seja excomungado (Gl 1,8). Uma verdade que vem do Evangelho de Jesus, como lemos hoje é que Deus atente todos os que O procuram com fé. Toda oração é uma demonstração de fé. Só reza quem crê, mesmo que essa oração seja feita por alguém que não faz parte de nosso modo de viver. Salomão o disse com clareza quando inaugurou o templo de Jerusalém. Diz: “Se um estrangeiro que não pertence ao nosso povo, escutar falar de teu grande nome, e por isso vier rezar nesse templo, Senhor, escuta do céu e atende a todos os pedidos desse estrangeiro” (1Rs 8,1-45). Jesus afirma que Ele é o templo: “Destruí esse templo Eu o reedificarei em três dias” (Jo 2,19). Quando o oficial romano pediu, por intermédio dos anciãos judeus, que curasse seu empregado, teve fé na força da palavra de Jesus para a cura de seu empregado. Nem quis ir pessoalmente, nem sentiu necessidade de o Senhor ir pessoalmente. Bastava a Palavra. E Jesus o elogia dizendo “Nem em Israel encontrei tanta fé” (Jo 7,9). O fundamento da oração é a fé em Jesus. Não há outro modo mais justo na oração que viver esse Evangelho. É a fé, não o modo como fazemos a oração. Por isso é muito conveniente não impor modos e regras aos outros, mas estimular a fé. As palavras do pagão romano foram tão profundas que permanecem na liturgia quando nos é apresentada a Comunhão (Jo 7,6). Há um único modo de rezar: com fé. O modo como se reza depende de cada um. Deus é quem comanda a oração e não nós. Rezamos a oração da Igreja, para indicar os caminhos. 
O Pai atende todos 
Salomão faz um templo aberto a todos os povos. Não precisamos mais de templos exclusivos para a oração, pois Jesus ensinou a orar em espírito e verdade (Jo 4,24). Toda oração é conduzida pelo Espírito e realiza a verdade que é Jesus. Jesus é a verdade da oração, por isso Paulo diz que o Espírito ora em nós com palavras que não temos (Rm 8,26). O Espírito Santo fala com o Pai sobre Jesus que é a Verdade. Certo que a oração bem feita humanamente, mas só é oração se fazemos com fé, mesmo frágil. É o Espírito quem reza. Ele faz a relação entre o Pai e o Filho. Por mais frágil que seja nossa oração, ela ganha força nessa relação amorosa que há na Trindade Santa. Pelo Espírito nossa oração fala a língua de Deus. Sempre podemos aprimorar, pois não sabemos o que rezar (Ib). Mas ninguém pode dar-se o direito de negar a oração dos outros, mesmo que não sejam como as nossas. Essa oração se encontra também fora do âmbito de nossas comunidades, mas estão na Igreja. A evangelização procura purificar e colocar a Palavra no centro de nossas orações.
Um só Evangelho 
Sempre vemos pessoas mudando de religião como se troca de roupa. O que procuram? Há pessoas que criam religiões. Não duvidando de sua boa vontade de procurar o bem, temos que nos alertar para a firmeza das palavras de Paulo sobre as mudanças que fazemos na compreensão do Evangelho. Ele deve ser assumido na sua totalidade e não somente firmar-se em algum ponto e fazer dele a totalidade. Podemos apoiar nossos pensamentos em poucas frases, mas não esquecer que a Palavra é um todo e se explica somente nesse todo e não em teorias. A pregação deve procurar sempre fundamentar a fé.
Leituras: 1 Reis, 8,41-43; Salmo 116;
Gálatas 1,1-2.6-10;Lucas 7,1-10. 
1. Aprendemos hoje que Deus ouve a oração de todos, mesmo que não sejam dos nossos. Ouve todo aquele que o procura de coração sincero, como foi o caso do oficial romano. 
2. O Pai ouve a todos. Rezamos no Espírito e na Verdade que é Jesus. Toda oração é consistente, pois quem reza em nós é o Espírito. Ele nos põe na relação de Jesus com o Pai. 
3. Paulo insiste que há um só Evangelho que não pode ser mudado por outras teorias. 
Como se faz uma oração forte? 
Encerramos o Tempo Pascal com a festa de Pentecostes e iniciamos o tempo comum com a festa da Santíssima Trindade. Agora retomamos os domingos do Tempo Comum no qual lemos o Evangelho de Lucas. De vez em quando as pessoas pedem uma oração boa para resolver algum problema. Onde está a força da oração? Primeiramente temos consciência, como reza Salomão, que Deus ouve a todos. Não seleciona nem cristãos, católicos ou outros tantos. Ele diz, referindo-se à oração do pagão: “Se ele vier de uma terra distante, para rezar neste templo, Senhor, escuta então do céu e atende a todos os pedidos do estrangeiro” (1Rs 8,42-43). Em segundo lugar, como nos escreve Paulo, é preciso ser fiel ao evangelho de Jesus e não ficar pulando de galho em galho como fazem alguns que não têm firmeza na fé. Jesus no Evangelho dá a indicação que é preciso acreditar que Jesus ouve. O oficial romano que tinha um empregado doente, pediu aos anciãos judeus que intercedessem por ele a Jesus. Jesus disse que iria lá. Ele respondeu que não precisa vir, bastava sua palavra e meu servo ficaria curado (Lc 7,1-10). Sem essa fé, a oração será sempre frágil. 
9º Domingo do Tempo Comum (29.05.2016)