quinta-feira, 19 de setembro de 2024

REFLETINDO A PALAVRA - “O Senhor esteve comigo”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Declarar-se pelo Senhor
 
Terminado o Tempo Pascal voltamos ao Tempo Comum. Temos duas fases deste Tempo: Após o Natal até à Quaresma e depois da Páscoa até ao Advento. É o equilíbrio da celebração do Mistério de Cristo que tem momentos fortes e momentos menos festivos. Nesse tempo não se celebra um aspecto particular da vida de Cristo, mas nos introduz em todo seu mistério através da leitura do Evangelho. Nesse 12º domingo Jesus ensina que Ele próprio passou pela a perseguição do justo, fruto do pecado do mundo e tem confiança no Pai. Torna-se, por seu sofrimento, causa de Salvação abundante, muito maior que o mal provocado por Adão como escreve Paulo aos Romanos: “A transgressão de um só levou a multidão humana à morte, mas foi de modo bem superior que a graça de Deus, ou seja, o dom gratuito concedido através de um só homem, Jesus Cristo, se derramou em abundância sobre todos” (Rm 5,15). Devemos ter absoluta certeza que a graça de Deus em Cristo para a salvação de todos é maior, mais poderosa e mais eficiente que a força do mal. Não se trata de força ou de luta entre bem e mal, mas do dom da Graça benevolente de Cristo que é oferecida a todos. Quem acolhe Cristo e sua Palavra, é acolhido por Cristo que o garante junto do Pai. Quem conhece Cristo participa de sua missão de anúncio. Quem O conhece, proclama sobre os telhados. Declarar-se pelo Senhor não é uma opção a mais, mas a opção que penetra nossas escolhas, mesmo que elas nos custem a rejeição dos inimigos da cruz (Fl 3,18). É a opção fundamental. Sem ela a fé não se desenvolve. 
Onda de pecado 
O mistério do Mal nos cerca. Os mistérios não são ocultos ou inacessíveis, e sim, abertos a uma compreensão sempre maior como o mistério da Trindade Santa. Aprendemos para viver melhor e, vivendo melhor, aprendemos mais. Mesmo tendo a Graça em nós, temos a tentação. Estamos envolvidos desde o início da humanidade em uma onda de mal que chamamos pecado original. Original não porque esteja na origem, mas porque é origem de todos os males. Paulo diz: “O pecado entrou no mundo por um só homem” (Rm 5,12). Como aconteceu, não sabemos. Sabemos que penetra onde lhe abrimos a porta. Temos a tendência ao mal que domina e tem força quando lhe damos espaço. O mal é opção pessoal. Deus não disputa com o mal, com risco de perder. Não há um dualismo de bem e mal que lutam para dominar. Como o mal é uma escolha, rejeita Deus e o que é de Deus. Aqui entendemos essa permanente rejeição e perseguição a Cristo e aos seus seguidores. É fruto do maligno. A onda do pecado original cresce com os pecados pessoais. À medida que vencemos o mal optando pelo bem, as realidades se transformam e vivemos o Reino de Deus e sua justiça. 
Não tenhais medo. 
Temos a missão de anunciar o que ouvimos ao pé do ouvido. Isso pode custar caro, como nos narra o Profeta Jeremias. Os profetas são sempre perseguidos e até mortos. Uma coisa não podemos esquecer, como rezamos no salmo 68: “Por vossa causa é que sofri tantos insultos”. E o profeta diz: “Eu ouvi as injúrias de tantos homens e os vi espalhando medo ao meu redor” (Jr 20,10). Jesus alerta ao que ter medo: “Não tenhais medo dos que matam o corpo mas não podem matar a alma. Pelo contrário, temei aquele que pode destruir a alma e o corpo no Inferno” (Mt 10,28). O que nos conforta é que o Senhor não nos abandona. Jeremias diz: “O Senhor está ao meu lado, como forte guerreiro” (Jr 20,11). 
Leituras: Jeremias 20,10-13;Salmo 68; 
Romanos 5,12-15;Mateus 10,26-33 
1.Retomamos o Tempo Comum que nos introduz no Mistério de Cristo. Hoje refletimos a perseguição do justo e a confiança em Deus. O sofrimento é fruto do pecado original. Mas a Graça abundante da Redenção é maior. Temos confiança na Graça. Se acolhermos Cristo, Ele nos garantirá diante do Pai. A escolha penetra todas as nossas escolhas de vida. 
2.Desde a origem da humanidade o mal nos cerca. É o pecado original. Veio por um homem, Adão (linguagem da Escritura), mas a graça muito maior que o mal, veio por Jesus Cristo. O mal tem força porque lhe damos espaço. O mal cresce com nossos pecados pessoais. Vencendo o mal vivemos a justiça do Reino. 
3.Temos a missão de anunciar e isso vai nos custar perseguição. Jesus manda não ter medo dos que matam o corpo, mas dos que matam a alma. O Senhor não nos abandona. 
Fofoqueiro por profissão 
Fofoca é uma desgraça que destrói as pessoas. Mas a fofoca boa, que leva aos outros as boas notícias, constrói e sustenta as pessoas. Por isso que Jesus diz que o que a gente escutou Dele ao pé do ouvido deve ser dito na luz do dia e proclamado sobre os telhados. Os discípulos receberam isso como uma missão. Jesus vai contar ao Pai sobre aqueles que falam Dele. Aí é uma fofoca fica muito boa. Deus toma conta de nós com muito cuidado e carinho. Paulo ensina que se o pecado de Adão passou a todos e foi uma desgraça, a Graça derramada sobre nós foi abundante. Não devemos ter medo de nada. Mesmo que passemos dificuldades, como passou Jesus, podemos ter certeza que Ele está sempre ao nosso lado. Ser cristão não é fácil, pois passamos pelo que Jesus passou. Com Ele nós vencemos. 
Homilia do 12º Domingo Comum (22.06.2014)

EVANGELHO DO DIA 19 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 7,36-50. 
Naquele tempo, um fariseu convidou Jesus para comer com ele. Jesus entrou em casa do fariseu e tomou lugar à mesa. Então, uma mulher – uma pecadora que vivia na cidade –, ao saber que Ele estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro com perfume; pôs-se atrás de Jesus e, chorando muito, banhava-Lhe os pés com as lágrimas e enxugava-lhos com os cabelos, beijava-os e ungia-os com o perfume. Ao ver isto, o fariseu que tinha convidado Jesus pensou consigo: «Se este homem fosse profeta, saberia que a mulher que O toca é uma pecadora». Jesus tomou a palavra e disse-lhe: «Simão, tenho uma coisa a dizer-te». Ele respondeu: «Fala, Mestre». Jesus continuou: «Certo credor tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos denários e o outro cinquenta. Como não tinham com que pagar, perdoou a ambos. Qual deles ficará mais seu amigo?». Respondeu Simão: «Aquele – suponho eu – a quem mais perdoou». Disse-lhe Jesus: «Julgaste bem». E, voltando-Se para a mulher, disse a Simão: «Vês esta mulher? Entrei em tua casa e não Me deste água para os pés; mas ela banhou-Me os pés com as lágrimas e enxugou-os com os cabelos. Não Me deste o ósculo; mas ela, desde que entrei, não cessou de beijar-Me os pés. Não Me derramaste óleo na cabeça; mas ela ungiu-Me os pés com perfume. Por isso te digo: são-lhe perdoados os seus muitos pecados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama». Depois, disse à mulher: «Os teus pecados estão perdoados». Então, os convivas começaram a dizer entre si: «Quem é este homem que até perdoa os pecados?». Mas Jesus disse à mulher: «A tua fé te salvou. Vai em paz». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Faustina Kowalska 
Religiosa (1905-1938) 
Diário(Fátima, Marianos da Imaculada Conceição, 2003),
§§ 1630-1631 
Quero tanto corresponder ao teu amor! 
Meu Jesus, fortificai as potências da minha alma, para que o inimigo nada consiga. Sem Vós, sou a própria fraqueza; o que sou eu sem a vossa graça, a não ser o abismo da miséria? A miséria é a minha pertença. Ó chaga da misericórdia, coração de Jesus, ocultai-me em vossas profundezas como uma pequena gota do vosso sangue, e não me deixeis sair dele por toda a eternidade. Encerrai-me nas vossas profundidades e ensinai-me Vós mesmo a amar-Vos. Amor eterno, plasmai Vós próprio a minha alma, fazei que consiga corresponder ao vosso amor. Ó Amor vivo, tornai-me capaz de Vos amar eternamente; quero retribuir sempre o vosso amor. Ó Cristo, um só olhar vosso é-me mais querido do que mil mundos, do que todo o céu. Vós podeis, Senhor, fazer que a minha alma saiba compreender em toda a plenitude quem sois. Sei e creio que tudo podeis. Se a mim Vos dignastes conceder-Vos em tanta abundância, reconheço que podeis ser mais generoso ainda. Conduzi-me à intimidade convosco, tanto quanto a natureza humana possa ser elevada.

Constantina (filha de Constantino)

Nascimento
325 
Morte 354 Bitínia 
Veneração por Igreja Católica 
Principal templo Santa Costanza, Roma 
Portal dos Santos 
Constantina (325 — 354), mais tarde conhecida como Santa Constantina ou Santa Constança, foi a filha mais velha do imperador romano Constantino e de sua segunda esposa Fausta, filha do imperador Maximiano. Recebeu o título de Augusta por seu pai, e é venerada como uma santa, tendo desenvolvido uma lenda medieval em desacordo com o que é conhecido da personagem real. 
Biografia 
Em 335 Constantina casou-se com seu primo Hanibaliano, filho de Dalmácio, o Censor, quem Constantino tinha feito "Rei dos Reis e Senhor das Tribos Pônticas". Após a morte do imperador Constantino, grandes expurgos ocorreram na família imperial e seu marido foi executado em 337. Pela segunda vez, Constâncio II dá a mão de Constantina a um de seus primos, Galo. Galo foi feito um césar do Oriente e seu nome mudou para Constâncio Galo para promover sua legitimidade cerca de 349/350, que também presumivelmente foi o momento de seu casamento. Neste segundo casamento Constantina gerou Anastácia, cujo nome completo e destino são desconhecidos. Constantina e Constâncio Galo foram então enviados de Roma para Antioquia, na Síria, para governar aquela parte do Império Romano do Oriente. Ela não voltaria a Roma até sua morte. Em 354, quando Constância chamou por Galo, o césar enviou Constantina a seu irmão com objetivo de atenuar sua posição em consideração a Constâncio. Enquanto estava a caminho para encontrar Constâncio II, ela morreu em Cenos Galicanos (Caeni Gallicani) na Bitínia (Anatólia). A causa de sua morte foi uma súbita febre alta de causa desconhecida. Seu corpo foi enviado para Roma e enterrado perto da Via Nomentana em um mausoléu que seu pai, o imperador Constantino, tinha começado a construir para ela. Este mausoléu mais tarde se tornaria conhecido como Igreja de Santa Costanza, momento que Constantina era venerada como santa. Seu sarcófago de pórfiro está em exposição no Museu do Vaticano. 

São Januário, bispo de Benevento e mártir

«...Como este sangue, que se liquefaz em cada celebração, assim a fé do povo napolitano possa se abrasar, reavivar e se consolidar...» 
(Paulo VI, discurso aos peregrinos napolitanos, 1966). 
Natural de Nápoles ou talvez de Benevento, Januário nasceu na segunda metade do século III; aos trinta anos, já era Bispo da cidade samnita, onde era amado pelos fiéis e respeitado pelos pagãos, por suas obras de caridade para com os pobres, sem nenhuma distinção. Transcorria o primeiro período do império de Diocleciano, quando os cristãos tinham certa liberdade de culto e podiam até ocupar altos cargos civis. Mas, no ano 303, tudo mudou e os cristãos eram vistos como inimigos a serem eliminados. 
Mártir da fé 
O episódio, que levou Januário ao martírio, ocorreu no início do século IV, com a retomada das perseguições contra os cristãos. Há algum tempo, Januário era muito amigo de Sóssio, diácono da cidade de Miseno. Certo dia, enquanto lia o Evangelho na igreja, teve uma visão: apareceu uma chama sobre a sua cabeça. Reconhecendo nela o símbolo do seu futuro martírio, Januário deu graças ao Senhor e pediu para aquele fosse o seu destino. Assim, o Bispo convidou Sóssio a participar da visita pastoral, que se realizaria em Pozzuoli, para falar sobre a fé.

São Gennaro Bispo e mártir Festa: 19 de setembro

(*)Nápoles(
ou talvez  Benevento?) século III 
(+)Pozzuoli, 19 de setembro de 305 
Gennaro nasceu em Nápoles(ou talvez Benevento?), na segunda metade do século III, e foi eleito bispo de Benevento, onde desenvolveu o seu apostolado, amado pela comunidade cristã e respeitado também pelos pagãos. A história do seu martírio enquadra-se no contexto das perseguições de Diocleciano. Conhecia o diácono Sosso (ou Sossio) que liderava a comunidade cristã de Miseno e que foi preso pelo juiz Dragonio, procônsul da Campânia. Gennaro, ao saber da prisão de Sosso, quis ir junto com dois companheiros, Festo e Desidério, para lhe trazer conforto na prisão. Dragonius, informado de sua presença e interferência, também mandou prender os três, provocando os protestos de Próculo, diácono de Pozzuoli e de dois fiéis cristãos da mesma cidade, Eutiques e Acuzio. Esses três também foram presos e condenados junto com os demais a morrer no anfiteatro, que ainda hoje existe, para serem despedaçados por ursos. Mas durante os preparativos o procônsul Dragonio percebeu que o povo demonstrava simpatia pelos presos e por isso prevendo distúrbios durante os chamados jogos, mudou de decisão e no dia 19 de setembro de 305 mandou decapitar os presos. 
Patrono: Nápoles 
Etimologia: Gennaro = nascido no mês de janeiro, do latim
Emblema: Pessoal Pastoral, Palma 
Martirológio Romano: São Gennaro, bispo de Benevento e mártir, que em tempos de perseguição contra a fé, sofreu o martírio por Cristo em Pozzuoli, perto de Nápoles.

AFONSO DE OROZCO Presbítero da Ordem de Santo Agostinho, Santo (1500-1591)

Nasceu em Ortopesa, Toledo (Espanha). Era o ano de 1500 e seus pais, católicos fervorosos, puseram-lhe o nome de Afonso ou Alonso em honra de Santo Ildefonso, que tinha sido defensor da virgindade de Maria. Estudou em Talavera de la Reina e serviu como menino de coro na Catedral de Toledo. Teve a música como grande paixão ao longo da sua vida. Enviado a Salamanca para continuar os seus estudos, sentiu-se atraído pelo ambiente de santidade do convento dos Agostinianos, tendo entrado na Ordem, onde fez os primeiros votos em 1523, sendo prior do convento São Tomás de Vilanova. Depois de ordenado sacerdote, foi nomeado pregador da Ordem, ocupando ainda vários cargos como os de prior e definidor da Província de Castela, a que pertencia. Era duro consigo mesmo, mas cheio de compreensão para com os outros. Pretendeu ser missionário no México, mas o seu estado de saúde não lho permitiu, apesar de ter começado a viagem, em 1547. Quando era superior do convento de Valladolid, foi nomeado pregador real do imperador Carlos V, depois também de Filipe II, tendo, por esse motivo, transferido a sua residência de Valladolid para Madrid, pois a sede da corte também fora transferida para esta Cidade. Estava-se em 1560.

Emilia de Rodat Religiosa, Fundadora, Santa 1787-1852

Foi no castelo de Druelle, situado a 8 km de Rodez, capital de Rouergue, que, a 6 de setembro de 1787, nasceu Marie Guillemette Emilie de Rodat, a primogênita do casal Jean Louis Guillaume Amans de Rodat e Henriette de Pomairols. No dia seguinte ao seu nascimento, foi batizada na Igreja de Saint Martin de Lomouze, tendo por padrinhos seus avós: Guillaume de Rodat e Marie Marguerite de Pomairols. De uma família de santos, Emília teve bons exemplos de virtudes. Recebeu uma boa educação de seus pais, uma instrução suficiente e uma excelente formação moral e espiritual. Seu trisavô Sr. De Ramondy despojou-se de seus haveres em favor dos pobres num tempo de fome, decorrente da Revolução Francesa. Na Sra. De Selves, sua bisavó, residia o espírito de misericórdia. Sua avó paterna tinha grande espírito de fé. Havia ainda, na família dos Pomairols, uma jovem de nome Carlota, considerada como santa. Muito tempo após sua morte, encontraram-lhe o corpo perfeitamente conservado. Com a chegada ao lar de mais uma criança, que recebeu o nome de Eleonora, a avó de Emília pediu para levar a netinha, que contava apenas 18 meses de idade, para o castelo de Ginals, situado numa verdejante colina perto de Villefranche. Foi nesse ambiente de muita tranquilidade e paz que Emília passou os mais belos anos de sua vida, gozando da amável companhia dos avós, dos tios Stanislas-Victor e Ágata — ex-religiosa visitandina — e de sua bisavó madame De Selves. Além de Eleonora, modelo de virtude, Emília tinha mais três irmãos: Charlotte, Louis Guillaume e Armans Henri. Emília recebeu, aos 11 anos, sua primeira comunhão, clandestinamente, na capela de Ginals, sem nenhuma festa. Apenas puseram-lhe sobre a cabeça um véu branco. Seus avós aproveitaram a presença de um dominicano, Joseph Delbès, refugiado no castelo, para realizar a cerimônia, marcando uma etapa de sua vida interior. Era a época da grande Revolução Francesa, na qual os religiosos foram expulsos dos conventos; as igrejas foram profanadas; as relíquias, quebradas; e os túmulos, violados. Emília gostava de contemplar os encantos da natureza, de meditar à borda de um riacho.

Francisco Maria de Camporosso Religioso capuchinho, Santo 1804-1866

Francisco nasceu em Camporosso, pequena aldeia da Ligúria, na diocese de Albenga, a 27 de dezembro de 1804. Seus pais chamavam-se Anselmo Criese e Maria Antónia Gazzo. Sendo pastor de ovelhas ouviu, certo dia, o convite de um capuchinho e entrou no convento de Sestro Ponente, onde vestiu o hábito de irmão terceiro. Porém, não se sentia satisfeito. Uma voz interior não o deixou em paz até que teve a alegria de vestir o hábito capuchinho. Fez o noviciado no convento de São Bernardo de Gênova. Após a profissão, foi destinado ao Convento da Santíssima Conceição, em Gênova, onde permaneceu até morrer. Destinado ao serviço humilde de cozinheiro e enfermeiro, tornou-se notável por particular fidelidade ao seu dever e por ímpar generosidade. Os superiores destinaram-no, depois, ao ofício de esmoleiro que o levava a percorrer, todos os dias, as ruas da cidade que transformaria em lugar de incessante colóquio com Deus. Seu exemplo converteu-se rapidamente em motivo de admiração porque suas palavras simples e espontâneas tinham sempre o segredo de dar conforto a todos os sofrimentos. Realizou este trabalho durante 40 anos. Francisco Maria, entretanto, não esqueceu seu antigo trabalho de pastor porque, a partir desse momento, o rebanho por ele cuidado e conduzido era o dos mais miseráveis e abandonados da população de Gênova, e os pastos eram as ruas, as estradas e o porto da cidade velha.

APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA EM LA SALETTE (França - 1846)

HISTÓRIA DA APARIÇÃO
 
Um menino de nome Maximino Giraud, de onze anos, e Mélanie (Mélanie) Calvat, de quinze, estavam cuidando do gado. Mélanie estava acostumada e treinada nesse tipo de trabalho desde os nove anos, mas tudo era novo para Maximino. Seu pai lhe havia pedido que fosse fazer esse serviço como ato generoso, para cooperar com o amigo que estava com o pastor adoentado. 
Relata Mélanie: 
No dia 18 de setembro de 1846, véspera da Aparição da Santíssima Virgem, eu estava sozinha, como sempre, cuidando do gado do meu patrão; por volta de onze horas vi um menino que se aproximava. Por um momento tive medo, pois achava que todos deviam saber que eu evitava todo tipo de companhia. O menino se aproximou e me disse: "Ei menina, vou contigo, sou de Corps". A estas palavras minha malícia natural se mostrou e lhe disse: "Não quero ninguém perto de mim. Quero ficar sozinha". Mas ele, senguindo-me, disse: "Meu patrão me enviou aqui para que cuide do gado contigo. Venho de Corps". Afastei-me dele, agastada, dando-lhe a entender que não queria ninguém por perto. Quando estava a certa distância, sentei-me na grama. Normalmente, dessa forma conversava com as florzinhas ou ao Bom Deus. Depois de um momento, atrás de mim estava Maximino sentado e diretamente me disse:"Deixa-me ficar contigo, me comportarei muito bem".

Nossa Senhora de La Salette - 19 de setembro

     Dois pastorinhos - Maximino Giraud e Melania Calvat - tiveram uma visão da Virgem Maria numa montanha perto de La Salette, França, a 19 de setembro de 1846, por volta das três horas da tarde. Fazia muito sol. Maximin Giraud e Mélanie Calvat haviam recebido apenas uma muito limitada educação.
   A aparição consistiu em três fases diferentes. As crianças viram, numa luz resplandecente, uma bela dama em uma estranha vestimenta, falando alternadamente francês e patois. Ela estava sentada sobre uma pedra, e as crianças relataram que a "Belle Dame" estava riste e chorando, com seu rosto descansando em suas mãos. A Bela Senhora pôs-se de pé e disse: "Vinde, meus filhos, não tenhais medo, aqui estou para vos contar uma grande novidade!"
     As crianças foram até a Bela Senhora. Ela não parava de chorar. Segundo os relatos das crianças a Senhora era alta e toda de luz. Vestia-se como as mulheres da região: vestido longo, um grande avental, lenço cruzado e amarrado às costas, touca de componesa. Rosas coroavam sua cabeça, ladeavam o lenço e ornavam seu calçado. Em sua fronte a luz brilhava como um diadema. Sobre os ombros carregava uma pesada corrente. Uma corrente mais leve prendia sobre o peito um crucifixo resplandecente, com um martelo de um lado, e de outro uma torquês.

ORAÇÕES - 19 DE SETEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado. 
19 – Quinta-feira – Santos: Januário, Constância
Evangelho (Lc 7,36-50)Eu te declaro: os muitos pecados que cometeu estão perdoados porque mostrou muito amor. Aquele a quem pouco se perdoa pouco ama.”
A narrativa de Lucas deixa-me um pergunta: muito se perdoa a quem muito ama, ou muito amaaquele a quem muito foi perdoado? Ao que parece, porém, Jesus quis ensinar duas verdades. Se não amamos, não somos  perdoados;pelo amor somos levados a Deus; se muito amamos, tudo ele nos perdoa. E se muito somos perdoados, não há como não amar um Deus que, por amor, nos acolhe de braços abertos.
Oração
Senhor Jesus, terá sido imensa a alegria da mulher, a paz que procurava havia tanto tempo. Nada mais a perturbava, nem mesmo os olhares de desprezo. Preciso lembrar-me mais do muito, das tantas vezes que me perdoastes. Bendita seja vossa bondade, que sempre quer trazer-me de volta.Só vos posso ser grato amando-vos o mais que puder. Mas, só vos posso amar assim, se me deres o amor que vos devo. Amém.

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

EVANGELHO - 18 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 7,31-35. 
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «A quem hei de comparar os homens desta geração? Com quem se parecem? Assemelham-se a crianças que, sentadas na praça, se interpelam umas às outras, dizendo: "Tocámos flauta para vós, e não dançastes! Entoámos lamentações, e não chorastes!" Porque veio João Batista, que não comia nem bebia vinho, e vós dizeis: "Tem o demónio com ele". Veio o Filho do homem, que come e bebe, e vós dizeis: "É um glutão e um ébrio, amigo de publicanos e pecadores". Mas a Sabedoria é justificada por todos os seus filhos». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João Paulo II 
Papa(1920-2005) 
Encíclica «Dives in Misericordia» § 13 
(trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana) 
Na Igreja, Cristo chama-nos à conversão 
A Igreja vive vida autêntica quando professa e proclama a misericórdia, o mais admirável atributo do Criador e do Redentor, e quando aproxima os homens das fontes da misericórdia do Salvador, das quais é depositária e dispensadora. Neste contexto, assumem grande significado a meditação constante da Palavra de Deus, e sobretudo a participação consciente e refletida na Eucaristia e no sacramento da Penitência ou Reconciliação. A Eucaristia aproxima-nos sempre do amor que é mais forte do que a morte (cf Cant 8,6). Com efeito, «todas as vezes que comemos deste pão e bebemos deste cálice», não só anunciamos a morte do Redentor, mas proclamamos a sua ressurreição, «enquanto esperamos a sua vinda gloriosa» (Missal Romano; cf 1Cor 11,26). A própria liturgia eucarística, celebrada em memória daquele que, na sua missão messiânica, nos revelou o Pai por meio da Palavra e da cruz, atesta o inexaurível amor em virtude do qual Ele deseja sempre unir-Se e como que tornar-Se uma só coisa connosco, indo ao encontro de todos os corações humanos. O sacramento da Penitência ou Reconciliação aplana o caminho a cada um dos homens (cf Lc 3,3; Is 40,3), mesmo quando sobrecarregados por faltas graves. Neste sacramento, todos os homens podem experimentar de modo singular a misericórdia, isto é, o amor que é mais forte do que o pecado.

REFLETINDO A PALAVRA - “Festa de Corpus Christi”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Memorial do Senhor
 
A festa do Corpo de Cristo tem uma longa história. No final do século XIII em Liège, na Bélgica, havia um grande movimento eucarístico. S. Juliana teve a inspiração de fazer uma festa para o Santíssimo Sacramento. O Papa Urbano IV, quando era padre, era seu orientador. Ele instituiu a festa para toda a Igreja. Atualmente não podemos dizer que perdemos o fervor antigo, só porque não fazemos como antigamente. Atualmente estamos mais voltados para a Eucaristia como um todo no qual o Sacrifício e o Sacramento estão unidos. O Santíssimo Sacramento não é um santo a mais. Por outro lado perdeu-se muito do sentido da presença de Jesus na Eucaristia. Há muito a se recuperar. Se Ele está ali sob as espécies de pão e vinho, deve ser reconhecido e adorado. É o mesmo Cristo que recebemos na Eucaristia e trazemos em nós depois da comunhão. Somos sacrários vivos da Eucaristia. Estamos assim unidos à Páscoa de Jesus. Rezamos na oração da missa: “Neste admirável Sacramento nos deixastes um memorial de vossa Paixão”. Memorial não é somente uma lembrança, mas atuação da presença Daquele que nos salvou em seu Mistério Pascal. Lemos como Deus alimentou seu povo com o pão do Céu e fez tantas maravilhas para seu povo. Paulo nos ensina que o vinho é o Sangue de Cristo e o pão é seu Corpo. Por eles entramos em comunhão com Cristo e todos formamos um só corpo, pois participamos do único Pão. Este memorial não é só uma lembrança, mas é sinal da Salvação. Na celebração se anuncia a Morte e Ressurreição do Senhor para a vida do mundo. A fome do mundo mostra que ainda celebramos mal. 
Comer a carne 
O capítulo VIº do evangelho de São João narra de modo estupendo o ensinamento sobre a Eucaristia. Entre os grandes sinais que nos levam à fé está o Pão da Vida. Primeiro fez o milagre da multiplicação dos pães. É a explicação do que vai ensinar. O ponto de partida é crer “Naquele que Deus enviou”. A prova que Deus O enviou é o Pão do Céu. Moisés deu o maná. Jesus afirma: Eu sou o Pão do Céu (34). Quem crê, tem a vida eterna (40). Cremos em Jesus que é o Pão do Céu. Quem come deste Pão tem a vida eterna (51). O Pão é sua carne dada para a vida do mundo (51). Na Ceia Jesus toma o pão e diz: Isto é o meu corpo... Tomando o cálice de vinho diz: Isto é meu sangue (Mt 2626-29). João coloca sob o prisma da Páscoa. Os judeus se escandalizaram e se afastaram (66). Pedro professa a fé: “A quem iremos? Só Tu tens palavras de vida eterna e nós cremos que és o Santo de Deus” (68). Comer a carne de Cristo na Eucaristia é ato de fé que nos leva a buscar o Pão da Vida para recebê-Lo em nós e nos transformarmos Nele. Jesus escolheu o pão para simbolizar como se realiza esta transformação. O pão não é um símbolo vazio, mas o Corpo do Senhor. Assim ensina a fé cristã. O pão e o vinho consagrados são o Corpo e Sangue de Jesus. 
Sustento na caminhada 
Celebrando este Memorial, também na adoração deste mistério, recebemos os frutos da redenção. Jesus é adorado e recebido para entrarmos em comunhão com Ele. Quanto mais conheço Jesus mais o busco na comunhão. Por ela entro em comunhão também com os irmãos e me disponho a gerar comunhão com todos. Dizemos que somos sacrários vivos da Eucaristia, pois O levamos aos outros, e assumimos sua vida que veio para dar vida. Se não dermos vida, ainda não aprendemos a comungar. Celebrar a festa de Corpus Cristo é reconhecer sua presença na Eucaristia e mostrar exteriormente que cremos na presença em sua presença. Esta fé nos leva a reconhecer sua presença nos outros.
ARTIGO PUBLICADO EM JUNHO DE 2014

São Metódio do Olimpo, Bispo e mártir,

É sabido por São Jerônimo que ele era bispo. 
Conhecedor de filosofia, não teve medo de 
enfrentar um dos luminares da época, 
o famoso Orígenes. 
Hoje a Igreja comemora, entre outros santos, São Metódio do Olimpo, Bispo, sobre o qual não há muitos dados históricos disponíveis. Morreu mártir, provavelmente por volta do ano 311, sob a perseguição do imperador Diocleciano. Foi um escritor prolífico, mas até hoje apenas nos chegou na íntegra a sua obra “O Simpósio ou Sobre a Virgindade”, que aparentemente é a mais interessante das suas produções, e que imita o Simpósio de Platão no seu estilo, mas com um conteúdo muito mais profundo, já que é cristão. Apesar das deficiências que possa ter, “O Simpósio” de Metódio é a primeira tentativa de colocar a arte literária ao serviço da virgindade e da castidade. São Metódio também escreveu sobre o livre arbítrio, a ressurreição, sobre a luta da vida, da criação, etc. Sua teologia procura explicar a história sobrenatural do homem na terra.

Santa Riccarda Imperatriz Feriado: 18 de setembro

(*)Alsácia, França, por volta de 840
(+)Andlau, França, 18 de setembro de 894 
Como esposa de Carlos III, o Gordo, ela foi Rainha da Alemannia (876-887), depois Rainha da Itália (879-887), Imperatriz (881-887), Rainha dos Francos Orientais (882-887) e finalmente Rainha de os francos ocidentais, rainha da Aquitânia e rainha nominal da Provença (884-887). O Papa Leão IX a canonizou em 1049. 
Patrona: Andlau 
Etimologia: Riccarda = poderoso e rico, do provençal
Emblema: Coroa 
Martirológio Romano: Em Andlau, na Alsácia, no território da atual França, São Ricardo, que, rainha, renunciando ao reino deste mundo, serviu a Deus no mosteiro que ela mesma fundou. 
Filha do conde da Alsácia, casou-se com Carlos, o Gordo, filho de Luís, o Germânico, por volta de 862; como princesa tornou-se uma grande benfeitora de vários mosteiros na Alemanha, Suíça e Itália e por volta de 880 fundou a abadia de Andlau no Baixo Reno nas suas propriedades. Em 881 foi, juntamente com o marido, a Roma para ver o Papa João. VIII receber a coroa imperial e colocar a nova abadia sob proteção papal. O novo imperador do Sacro Império Romano assumiu o nome de Carlos III, o Gordo, sucedendo ao pai e aos dois irmãos e viu-se governando um território quase igual ao de Carlos Magno, infelizmente não com as mesmas capacidades de governo; ele não foi capaz de conter efetivamente as incursões dos normandos e foi combatido pelos senhores feudais, portanto, na Dieta de Tribur em 887, ele foi deposto, mudou-se para a Suábia, para Neidingen, no Danúbio, e morreu lá depois de alguns meses.

18 de setembro - Beato Carlos Eraña

"Irmão, servo de Deus: Pratique ... a delicadeza." 
Os mártires da Companhia de Maria, Carlos Eraña, Fidel Fuidío e Jesús Hita, por sua fé e dedicação à educação cristã de crianças e jovens, seguiram a Cristo à imolação de si mesmos. 
Como marianistas, eles aprenderam a amar a Virgem intensamente e ao longo de suas vidas eles aceitaram sua proteção especial. 
Com mansidão, eles foram em direção ao martírio, o ato supremo de sua rendição a Jesus e Maria e, como outros que os haviam precedido, eles morreram perdoaram, seguros de estarem seguindo os passos do próprio Cristo. 
Que as Comunidades eclesiais do País Basco e La Rioja, lugares de origem dos novos Beatos, e os de Ciudad Real, terra que foram regadas com o seu sangue, permaneçam firmes na fé de que viveram, ensinaram e assinaram com o seu martírio! 
Papa João Paulo II – Homilia de Beatificação – 
01 de outubro de 1995 

Beatos Daudi Okelo e Jildo Irwa

Os mártires Daudi Okelo e Jildo Irwa são dois jovens catequistas ugandenses que viveram no início do século XX. Eles pertenciam à tribo Acholi, subdivisão do grande grupo Lwo, cujos membros ainda vivem no norte de Uganda, com uma presença significativa no Sudão do Sul, Quênia, Tanzânia e Congo. Sua história e seu martírio ocorreram apenas três anos após a fundação pelos missionários combonianos da missão de Kitgum (1915).
Daudi Okelo
Nasceu por volta de 1902, em Ogom-Payira aldeia do nordeste de Uganda, seus pais eram os pagãos, Lodi e Amona. Começou a frequentar os ensinos na missão e recebeu o batismo em torno de 14 anos de idade. Batizado pelo padre Cesare Gambaretto em 01 de junho de 1916, recebeu sua Primeira Comunhão no mesmo dia e foi confirmado em 15 de outubro de 1916. Depois de sua formação, ele concordou em entrar no ministério de catequista.
No início de 1917, tendo morrido o catequista de Paimol,  Daudi apresentou-se ao  padre Gambaretto, superior da missão de Kitgum, e se ofereceu para substituí-lo. No entanto, no final de 1917, foi decidido, na reunião mensal dos catequistas, que o jovem Jildo Irwa seria seu auxiliar na catequese.
Os dois são então apresentados para padre Gambaretto, que os avisou sobre as dificuldades deste compromisso: a distância, cerca de 80 quilômetros de Kitgum e, especialmente, as brigas frequentes entre os habitantes locais, fomentada também por gangues e incursões de comerciantes de escravos e marfim, que esporadicamente apareciam na área. Naquele momento Daudi responderia: "Eu não temo a morte, afinal, Jesus morreu por nós. "

SANTA SOFIA

Sofia, em grego, significa sabedoria. Não obstante, sobre esta Santa, com este nome e que a Igreja recorda em 18 de setembro, sabe-se muito pouco. O Menológio da Liturgia grega – isto é, o volume que contém hinos e orações dedicadas a cada Santo em cada dia do ano - comemora Santa Sofia junto com Santa Irene, mártires em Chipre, sobre as quais faz alusão à sua decapitação. 
Em que século viveu? 
Várias tradições são confusas até sobre a época em que Sofia viveu: para algumas, a Santa faria parte dos primeiros cristãos; enquanto para outras, ela viveu na época bizantina. É certo, porém, que foi o Cardeal César Baronio, no século XVI, a incluir Sofia e Irene na sua obra Martyrologium Romanum, estabelecendo sua memória litúrgica em 18 de setembro. 
Outra Sofia 
Muitas vezes, a história de Sofia, mártir em Chipre, se entrelaça com aquela, bem mais legendária, de Sofia que foi martirizada em Roma, durante o império de Trajano (século I-II d.C.), e comemorada em 30 de setembro. De origem grega e venerada no Oriente, Sofia, esposa de Filandro, teria dado à luz três filhas: Vera, Nadezda e Liubov. Curiosamente, ao longo dos séculos, as três jovens foram associadas às três virtudes teologais de Fé, Esperança e Caridade, talvez, graças ao significado sábio do nome materno.

Panfílio de Cesaréia Sacerdote, Mártir, Santo + 308

Panfílio nasceu em Bêrut, na Fenícia (atualmente Beirute, Líbano). Após concluir brilhantes e profundos estudos nas escolas de Alexandria, foi ordenado padre da Igreja de Cesaréia. Ele foi um dos belos exemplos da aliança entre a filosofia e o dogma cristão. Ninguém melhor que ele soube unir o amor à Ciência a essas virtudes evangélicas que constituem a personalidade dos verdadeiros discípulos de Jesus Cristo. Nosso santo montou uma enorme biblioteca composta dos melhores autores, sobretudo religiosos. O alvo de seus estudos e pesquisas era somente a defesa da fé. Deve-se a este homem ilustre a correção da versão das Sagradas Escrituras dita Septuaginta. Foi de sua preciosa biblioteca que o historiador Eusébio, discípulo de Panfílio, tirou todos os documentos de que precisou para escrever a história dos primeiros séculos. A todos os seus trabalhos intelectuais, Panfílio adicionava exercícios de piedade e de penitência. Seu único bem eram seus livros. Ele havia distribuído aos pobres todo o seu rico patrimônio e vivia na solidão, repousando do peso de seus dias árduos em meio às orações da noite. O sábio piedoso estava preparado para os santos combates de Cristo. Preso como um dos principais Doutores cristãos no tempo das perseguições do imperador Maximino Daïa, Panfílio compareceu diante do governador.

João Macias Religioso dominicano, Santo 1585-1645

Filipe II de Espanha governava quase metade do mundo, no dia 2 de Março de 1585, quando nascia em Ribera del Fresno, perto de Badajoz – Espanha, João Macias, batizado na igreja do povo nesse mesmo dia do seu nascimento. Não tem ainda cinco anos quando perde o pai e pouco tempo depois a mãe, ficando órfão com uma irmã menor que ele. Serão os seus padrinhos de batismo que cuidarão dele e o ajudarão a crescer. A vida na Estremadura espanhola não era fácil e João não nasceu numa família abastada, pelo que desde muito jovem se viu entregue da responsabilidade de conduzir os rebanhos pelos campos e velar para que os animais voltassem seguros para casa. Era uma vida dura, mas ao mesmo tempo uma vida de solidão que lhe permitia o silêncio propício à contemplação de Deus na natureza. Já perto do final da vida confidenciará ao frei Gonçalo Garcia, seu confessor, que foi nesta idade, quando guardava os rebanhos do seu amo, que se encontrou com um menino da sua idade, que se dizia São João Evangelista. A aparição tinha como objetivo mostrar-lhe a proteção divina, mas também a revelação do que seria a sua vida e a missão a que Deus o chamava. Depois de crescer e se formar como homem a guardar os rebanhos na solidão do campo estremenho, com vinte anos de idade, João deixa a sua terra natal para partir à conquista de novas oportunidades. Durante catorze anos e até embarcar em Sevilha rumo ao novo mundo das Américas, João vagueia e trabalha pela Andaluzia, conhecendo em Jerez de la Frontera o convento de São Domingos e os padres que nele vivem.