sexta-feira, 15 de agosto de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Ela está no Céu”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Celebrando a Mãe de Deus
 
A fé das Igrejas cristãs, tanto Romana e mais ainda a Oriental Católica e Ortodoxa, celebra com grande veneração as festas de Nossa Senhora, nossa Mãe. Louvando Maria, estamos celebrando Jesus em sua Mãe e em seus Santos. Todo o culto se dirige a Deus Pai, por Jesus, no Espírito Santo. Mas todo o Corpo de Cristo celebra. Ele é a cabeça, o Sumo Sacerdote. Nós somos os membros e participamos de seu ministério sacerdotal de Cristo. Em Cristo celebramos as glórias que Deus concedeu a Maria por ser a mãe de seu Filho Unigênito que Se encarnou. Maria não pode ser vista sem Jesus. Jesus não pode ser visto sem Maria, Não podemos seguir Jesus sem Maria, pois foi dela que tomou seu corpo humano que era intimamente unido a sua Divindade. Negar Maria é negar todo o mistério da salvação no qual ela tem a missão de Mãe do Filho de Deus. Cortando a árvore, caem os frutos. Celebramos a Assunção de Maria. Nesse dado de fé professamos que, “Terminado seu curso de vida terrena, Maria foi elevada ao Céu em corpo e alma”. Alguns dizem que não está na Bíblia. Já antes do Novo Testamento ser escrito, temos dados da fé que foram transmitidos ao povo de Deus. A Santa Tradição está unida à Palavra de Deus, pois ali estão os ensinamentos apostólicos que nos foram transmitidos. A comunidade primitiva já transmite dados da fé pela tradição, como diz Paulo em dois lugares: “O que recebi eu vos transmiti” (1Cor 13,23 e 15,3), referido-se à Eucaristia, a Ceia e à Ressurreição. Paulo diz que recebeu do Senhor, quer dizer que a tradição, os ensinamentos a par com os Evangelhos que foram escritos muito depois. 
Viver como Maria 
Maria é o modelo completo de quem viveu o que Jesus ensinou. É a discípula perfeita, pois viveu em contínua intimidade com Jesus, tanto no seu seio como na sua vivência doméstica. O modo de Maria viver, diferente de todos na linha da geração, pois só ela é mãe, nós o vivemos na intimidade, pois é o mesmo Jesus que habita em nós em seu Ser glorificado e como Eucaristia. Maria, em seu canto, na visita a Isabel, mostra a preocupação com os pobres e sofredores, que é a mensagem central de Jesus que veio buscar o que estava perdido (Mt 18,11). Maria, vivendo totalmente o Evangelho, já tem sua ressurreição e glorificação junto a seu Filho. Por participar de sua carne humana como mãe já está no Paraíso como nós que também participamos de sua carne. A Ressurreição, não é só ajuntar ossos esparramados e até destruídos, mas a condição de união ao Filho de Deus que Se encarnou. Paulo ensina essa vitória sobre a morte que nos garante a vitória final. 
Buscar as coisas do alto 
Maria é a mulher do Apocalipse, gloriosa, como Igreja que reúne os apóstolos e todos os fiéis na vitória sobre o dragão – o mal - que quer destruir todo bem. A Igreja é símbolo de Maria, a mãe que vê seu Filho e seus filhos perseguidos. Ela estimula a buscar as coisas do alto onde já reina com Cristo. Reinar é ter a certeza de fazer todo o bem para que haja vida e vida em abundância. Buscar as coisas do alto é fortalecer os laços de fraternidade entre os irmãos. Ela é a irmã maior que cuida dos filhos de Deus. Por estar intimamente unida a Cristo, nosso culto, referindo-se a ela, está direcionado a Cristo no seu louvor ao Pai. A intercessão de Maria manifesta a bondade de Deus que quer todos com Ele na glória. A oração de Maria, nossa Corredentora, no Espírito Santo, nos aproxima do Pai. Celebrar a Assunção de Maria é contemplar nossa futura vitória. 
Leituras: Apocalipse 11,19ª; Salmo 44;
 1 Coríntios 15,20-27;Lucas 1,39-56 
1. Em Cristo celebramos as glórias que Deus concedeu a Maria por ser a mãe de seu Filho Unigênito que se encarnou.
2. Maria, vivendo totalmente o Evangelho, já tem sua ressurreição e glorificação junto a seu Filho. 
3. Reinar é ter a certeza de fazer todo o bem para que haja vida e vida em abundância. 
Mãe não esquece o filho 
É magnífica a figura de Maria nesta simbologia da Igreja perseguida e gloriosa. Maria ainda passa pelos sofrimentos de seu Filho no Corpo de Cristo que é a Igreja, que somos nós. A grandiosidade da Ressurreição de Jesus é dada a todos os que Nele crêem. Primeiro Ele, depois os que pertencem a Cristo. Dentre os que pertencem a Cristo está sua Mãe, à qual Ele pertence também por sua origem na carne. Levando ao Céu nossa humanidade na Ascensão, atraiu também a si sua Mãe, a primeira redimida e ressuscitada com o Filho ao qual está unida pela carne e depois pela fé. Maria se torna, em sua Assunção, modelo para a humanidade redimida que se abre a Deus e transforma o mundo. Ela é a expressão da misericórdia de Deus. Ela se torna ministra dessa misericórdia, pois Deus faz nela maravilhas. Ela se torna portadora do Espírito Santo para a santificação de João Batista e de todos os que crêem. 
Homilia da Solenidade da Assunção de Maria (20.08.2017)

EVANGELHO DO DIA 15 DE AGOSTO

Evangelho segundo São Lucas 1,39-56. 
Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em direção a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio. Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor». Maria disse então: «A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-poderoso fez em mim maravilhas, Santo é o seu nome. A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem. Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre». Maria ficou junto de Isabel cerca de três meses e depois regressou a sua casa. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Amadeu de Lausana 
(1108-1159) 
Monge cisterciense, bispo 
Homilia mariana VII, SC 72 
«Bendita és tu entre as mulheres» 
Quem poderá celebrar dignamente os louvores de sua santíssima assunção? Quem poderá dizer com que felicidade saiu do seu corpo, com que felicidade viu seu Filho, com que alegria avançou na direção do Senhor, rodeada por coros de anjos, transportada pelo zelo apressado dos apóstolos, contemplando o Rei na sua beleza, o seu Menino à sua espera na glória, livre de todas as dores como ela tinha sido isenta de toda a mancha? Ela abandonou a morada do seu corpo para morar eternamente com Cristo; passou para a visão de Deus, e a sua alma bem-aventurada, mais brilhante que o Sol, mais elevada que o céu, mais nobre que os anjos, avançou para o Senhor. A sua vida avançou para a fonte da vida, bebendo a vida eterna em fluxo incessante. Já antes de partir a Virgem Mãe tinha bebido nesta fonte inesgotável, para que, nessa passagem, não fosse tocada pelo mais leve gosto da morte. Foi por isso que, ao sair, viu a vida, mas não a morte: viu o seu Filho, mas sem sofrer a separação da carne. Lançando-se, pois, já liberta, para uma visão tão venturosa, e deparando com o rosto de Deus, que tanto desejara ver, encontrou os veneráveis habitantes do Céu prontos a servi-la e a conduzi-la.

Santo Arnulfo de Metz

Hoje a Igreja celebra a memória litúrgica 
do bispo e monge Santo Arnulfo, 
padroeiro dos cervejeiros. 
Responsável por educar um rei nos 
caminhos da justiça e da fé cristã. 
Nascido em Metz, na antiga província romana da Gália – atual França, no ano 582, Arnolfo pertencia a uma importante família nobre e cristã. Pode estudar e se casou com uma aristocrata chamada Doda. Tiveram dois filhos. A região da Gália, na época, era dominada pelos francos, um povo bárbaro, e dividia-se em diversos reinos que guerreavam entre si. Um desses reinos era a Austrásia, governada pelo rei Teoberto II, para quem Arnolfo trabalhava. Quando o monarca morreu, todos seus descendentes e familiares foram assassinados por ordem de Clotário II, rei franco que desejava incorporar o reino deles a seus domínios. Mesmo em meio a esse trágico cenário, Arnulfo permanecia um homem de fé inabalável, correto e justo. Clotário II, agora soberano de um extenso território, conhecendo a fama que Arnolfo como um cristão de boa conduta, fez dele seu conselheiro, confiando também ao santo a educação de seu filho, Dagoberto. Sob os cuidados de Arnolfo, o príncipe foi educado dentro dos costumes, da piedade e do amor cristão.

Santo Alípio de Tagaste, Bispo Dia da Festa: 15 de agosto

Etimologia:
Alípio = que tem asas nos pés, do latim
Martirológio Romano: Comemoração de Santo Alípio, bispo de Tagaste, na Numídia, na atual Argélia, que foi primeiro aluno de Santo Agostinho e depois seu companheiro de conversão, colega no ministério pastoral, companheiro fiel na luta contra a heresia e, finalmente, participante da glória celestial. 
As informações sobre a vida de Alípio estão quase inteiramente contidas nas obras de seu grande amigo, Santo Agostinho, com quem compartilhou os erros de sua juventude, sua conversão e os trabalhos do apostolado (cf. Confissões e Epístolas, em PL, XXXII c XXXIII). Alípio nasceu em Tagaste, filho de pais que estavam entre as principais figuras da cidade: "parentibus primatibus municipalibus" (Confess., Vl, 7, 11). De pequena estatura (De beata vita, 15), mas de espírito forte (Confess. IX, 6, 14) e de natureza virtuosa (Confess. Vl. 7, 11), ele formou uma amizade afetuosa e íntima com Santo Agostinho, a ponto de este o chamar repetidamente de "frater cordis mei" (Confess., IX, 4, 7). Poucos anos mais novo que seu amigo, que nasceu, como se sabe, em 354, frequentou o liceu em sua cidade natal e as escolas de retórica em Cartago; precedeu-o em Roma, onde foi estudar Direito, e o acompanhou até Milão.

15 de agosto - São Jacinto de Cracóvia

São Jacinto nasceu em 1183 na Polônia, entre as cidades de Breslau e Cracóvia (antiga Kramien). Seu nome de batismo é Jacko, que quer dizer João. Alguns biógrafos dizem que pertencia a piedosa família Odrovaz, da pequena nobreza local. Por volta do ano de 1218, ingressou na Ordem Dominicana em Roma, retornando à sua terra logo em seguida. Na Polônia fundou diversos conventos como os de Breslau, Sandomir e Dantzig, tendo criado no ano de 1228 a Província Dominicana Polaca, cuja influência dominicana alcançou a Rússia, os Balcãs, a Prússia e a Lituânia. Percorreu aproximadamente quatro mil léguas anunciando o Evangelho. Desde cedo, aprendeu a bondade e a caridade, despertando, assim, sua vocação religiosa. Antes de ingressar na Ordem dos Pregadores, ele era cônego na sua cidade natal. Em Roma que conheceu Domingos de Gusmão, fundador da Ordem dos Pregadores. Pediu seu ingresso e foi aceito na nova congregação. Depois de um breve noviciado concluído em Bolonha, em 1221, ele vestiu o hábito dominicano e tomou o nome de frei Jacinto. Na ocasião foi o próprio São Domingos quem o enviou de volta à sua pátria com um companheiro, frei Henrique da Morávia. Assim iniciou sua missão de grande pregador. O trabalho que ele teria de desenvolver na Polônia, fora claramente fixado pelo fundador. Jacinto fundou em Cracóvia um mosteiro da Ordem de São Domingos. Depois de pregar por toda esta diocese, mandou alguns dominicanos missionários para a Prússia, Suécia e Dinamarca, pois estes países pagãos careciam de evangelização.

Beato Isidoro Bakanja - Mártir do Escapulário

“Um homem de fé heroica, Isidoro Bakanja, jovem leigo do Congo. Como batizado, chamado a difundir a Boa Nova, foi capaz de compartilhar sua fé e testemunhar a Cristo com tal convicção que, a seus companheiros de equipe, apareceu como um daqueles fiéis leigos que são catequistas valentes. Sim, o Beato Isidoro, totalmente fiel às promessas de seu batismo, era realmente um catequista, trabalhou generosamente para "a Igreja na África e sua missão evangelizadora". 
Papa João Paulo II – Homilia de Beatificação – 
24 de abril de 1994 
Presume-se que o jovem congolês de nome Isidoro Bakanja, nasceu entre 1885 e 1890, em Bokendela, no seio de uma família da tribo Boangi. Na época, o seu país era domínio exclusivo do rei Leopoldo II, da Bélgica, fazia parte de seu patrimônio pessoal. Mais tarde, a propriedade foi transformada na colônia chamada Congo Belga, atual República Democrática do Congo. Os dados concretos revelam que, como todos os africanos de sua tribo, conheceu a pobreza logo cedo. Ainda na infância, precisava trabalhar para o sustento próprio, como pedreiro ou como lavrador no campo. Na adolescência, conheceu a religião cristã por meio dos dois religiosos trapistas que foram, em missão, converter essa tribo africana. Totalmente convertido e devoto de Maria, Isidoro foi batizado no dia 6 de maio de 1906.

Bem-aventuradas Isabel e Maria do Paraíso, Virgens Mercedárias

Dia da Festa: 15 de agosto
 
No mosteiro de Santa Maria ad Argamasilla, as duas freiras mercedárias, as Beatas Isabel e Maria do Paraíso, irmãs, amaram juntas a Cristo como seu Esposo. Tendo vivido em austeridade e penitência, adornadas com lírios e virtudes preciosas, elas partiram para suas núpcias celestiais. Seus corpos foram sepultados na igreja do mosteiro. https://www.santiebeati.it/dettaglio/94569

Beata Maria Sacrário de São Luís Gonzaga, Carmelita descalça, mártir - 15 de agosto

Elvira Moragas Cantarero nasceu em Lillo, Província de Toledo, Espanha, no dia 8 de janeiro de 1881. Seu pai era farmacêutico e quando Elvira tinha 5 anos a família transferiu-se para Madri. Elvira fez o curso de Farmácia na Faculdade de Madri, sendo uma das primeiras mulheres a alcançarem o título na Espanha. Após a morte do pai em 1909, Elvira assumiu a farmácia da família. Quando seu irmão Ricardo terminou seus estudos de Farmácia, seguindo os conselhos do seu diretor espiritual, o jesuíta Maria Rubio Peralta (mais tarde beatificado), Elvira decidiu abraçar a vida religiosa. Assim, em 1915, entrou no mosteiro das Carmelitas Descalças de Santa Ana e São José de Madri, quando adotou o nome de Maria Sacrário de São Luís Gonzaga. Na noite de Natal de 1916 fez a sua prima profissão; na Epifania de 1920 emitiu a profissão solene. No convento continuou a sua obra beneficente de farmacêutica com a ajuda do irmão, demonstrando ser uma mulher de “caráter forte e enérgico, capaz de levar até ao fim os mais altos ideais de santidade”, como foi testemunhado pela sua Mestra de noviças. Foi eleita priora para o triênio 1927-1930. No início de julho de 1936, Madre Maria Sacrário foi novamente eleita Priora da comunidade, e dias depois o Carmelo foi assaltado por uma multidão violenta que saqueou e destruiu muitas coisas. Madre Maria Sacrário não quis fugir de Madri com o irmão para poder assistir as Irmãs dispersas pela cidade, ficando hospedada em casa de pessoas amigas.

Beata Juliana Puricelli de Busto Arsizio, virgem eremita – 15 de agosto

Insigne pela força de ânimo invicta, a admirável paciência e a assídua contemplação das realidades celestes. 

      Entre os santos venerados pela Igreja milanesa encontramos as Beatas Catarina de Pallanza e Juliana de Busto, que deram origem à experiência monástica das eremitas da Ordem de Santo Ambrósio ad Nemus de Santa Maria do Monte, perto de Varese, chamadas comumente de Eremitas Ambrosianas.
     Já antes de 1400, há séculos existia um local de culto à Bem-aventurada Virgem Maria, um santuário associado à Santo Ambrósio: ali o Santo Bispo tinha derrotado o último grupo de arianos. Naquele local caro à história da Igreja milanesa, as duas mulheres viveram a sua consagração virginal ao Senhor.
     A primeira foi Catarina, nascida em Pallanza [1437-1478], da nobre família dos Morigi, que depois de uma longa busca da vontade de Deus, encontrou naquele local a resposta. Era em torno do ano 1450. Depois, em 1454, se uniu a ela Juliana Puricelli.
     Juliana nasceu em 1427 em Busto-Verguera, em uma família camponesa. Desde jovem ela sentiu muito fortemente o chamado para a vida religiosa, uma escolha à qual seu pai, uma pessoa que é descrita como muito grosseira e violenta, foi decisivamente oposto, porque ele a queria casada.

São Tarcísio Mártir Dia da Festa: 15 de agosto

(†)Roma, 15 de agosto de 257
 
Na Solenidade da Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria, a Igreja recorda Tarcísio (ou Tarsício). Ele foi martirizado ainda adolescente enquanto levava a Eucaristia aos cristãos na prisão. Descoberto, agarrou o Corpo de Jesus contra o peito, para evitar que caísse em mãos profanas, mas foi morto. O Martirológio Romano situa sua morte em 15 de agosto de 257 d.C. Seu corpo foi sepultado ao lado do Papa Estêvão na Via Ápia. Em 767, o Papa Paulo I teve seus restos mortais transladados para a Basílica de São Silvestre em Capite, juntamente com outros mártires. São Tarcísio recuperou a fama no século XIX, após a publicação do romance "Fabiola" pelo Cardeal Wiseman, que se interessou pela figura do corajoso jovem santo. Pinturas, estátuas e retábulos que o representam podem ser encontrados em muitas igrejas de Roma. (Avvenire) 
Patrono: Coroinhas, Menores Aspirantes, Jovens Italianos, Ação Católica 
Etimologia: Tarcísio = vindo de Tarso (uma cidade na Cilícia)
Emblema: Palma 
Martirológio Romano: Em Roma, no cemitério de Calisto, na Via Ápia, comemoração de São Tarcísio, mártir: para defender a santíssima Eucaristia de Cristo, que uma feroz multidão de pagãos tentou profanar, ele preferiu ser apedrejado até a morte a deixar as espécies sagradas para os cães.

Santo Estanislau Kostka noviço jesuíta, +1568

Pertencia a uma das mais nobres e ricas famílias da Polónia e estudava em Viena, em companhia de um irmão mais velho. Convidado a ingressar na Companhia de Jesus pela própria Santíssima Virgem, encontrou grandes dificuldades para responder ao chamamento. Seu pai, embora católico, opôs-se inabalavelmente à vocação religiosa de Estanislau. Em Viena, o provincial da Companhia dispôs-se a admiti-lo... desde que ele fosse autorizado pelo pai, pois era menor de idade. Conhecendo a obstinação paterna, Estanislau compreendeu que nunca obteria a sua autorização. Aconselhou-se então com o P. Francisco António, jesuíta português, que era confessor da imperatriz, e fez um voto heróico: o de peregrinar por todo o mundo, se necessário fosse, até encontrar uma casa da Companhia de Jesus que o quisesse aceitar sem a licença do pai. Fugiu ocultamente de Viena e caminhou a pé 700 km, despistando o irmão, que o perseguia, em busca de São Pedro Canísio, superior dos jesuítas da Alemanha. Este acolheu-o com bondade e encaminhou-o para Roma, com uma carta de recomendação a São Francisco de Borja. Mais 800 km Estanislau caminhou a pé até à Cidade Eterna, teve a alegria de ser aceite como noviço da Companhia, mas permaneceu nessa condição somente nove meses, pois morreu, como desejava, na festa da Assunção de Nossa Senhora do ano de 1567. Não chegou a completar os 17 anos. 

Santo Alfredo (ou Altfrido) Festa: 15 de agosto

Alfredo nasceu em uma rica família de Colônia, no século IX. Ao tornar-se monge beneditino e, depois sacerdote, foi eleito Bispo de Hildesheim, em 850. Como pastor, cuidou das almas e também mandou construir novas igrejas e conventos. Alfredo foi um homem de confiança de Ludovico, o Germânico.
https://www.vaticannews.va/pt/santo-do-dia.html (*)Colônia, início do século IX 
(+)15 de agosto de 874 
Etimologia: Alfredo = guiado por elfos, do anglo-saxão
Martirológio Romano: Em Hildesheim, na Saxônia, na Alemanha, Santo Altfrido, bispo, que construiu a catedral e incentivou a construção de mosteiros. 
No início do século IX, em Colônia, cidade do oeste da Alemanha, nasceu uma criança em uma família ilustre e rica, que no batismo que lhe foi conferido assim que veio ao mundo, recebeu o nome de Alfredo. Este nome pode ter um duplo significado: Segundo alguns, significa "aconselhado pelos elfos" (espíritos benéficos da mitologia germânica) e, portanto, "bom conselheiro"; segundo outros, significa "toda a paz" e, portanto, "a mais pacífica": ambos os significados ilustram sua missão futura. Educado por "Ovo", um pai bom, prudente e sábio, e por "Riket", uma mãe inteligente e piedosa, Alfredo, desde os primeiros anos, aprendeu a conhecer, amar e seguir Jesus na prática das mais belas virtudes cristãs.

Dormição de Maria

A Dormição de Maria, também chamada de Dormição da Teótoco (em grego: Κοίμησις Θεοτόκου - Koímēsis, frequentemente latinizado como Kimisis, e Uspénie em língua eslava eclesiástica, termos que se referem ao ato de dormir), é uma das grandes festas da Igreja Ortodoxa e das Igrejas Ortodoxas Orientais e Católicas Orientais que comemora a "dormição" ou morte da Teótoco (Maria, literalmente traduzido como "portadora de Deus"), e sua ressurreição corporal antes de ser elevada ao céu. Ela é celebrada em 15 de agosto (28 de agosto no calendário juliano ainda observado por algumas denominações) como a Festa da Dormição da Mãe de Deus. A Igreja Apostólica Arménia celebra a Dormição não numa data fixa, mas no domingo mais próximo de 15 de agosto. 

Assunção de Nossa Senhora - Mãe de Deus - 15 de agosto

DEUS LHE CONCEDEU COMO A VIRGEM ANTES DO PARTO; NO PARTO E DEPOIS DO PARTO, COMO A MÃE DE DEUS 
Hoje, solenemente, celebramos o fato ocorrido na vida de Maria de Nazaré, proclamado como dogma de fé, ou seja, uma verdade doutrinal, pois tem tudo a ver com o mistério da nossa salvação. Assim definiu pelo Papa Pio XII em 1950 através da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus: “A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial.” Antes, esta celebração, tanto para a Igreja do Oriente como para o Ocidente, chamava-se “Dormição”, porque foi sonho de amor. Até que se chegou ao de “Assunção de Nossa Senhora ao Céu”, isto significa que o Senhor reconheceu e recompensou com antecipada glorificação todos os méritos da Mãe, principalmente alcançados em meio às aceitações e oferecimentos das dores.

O que significa a Assunção de Nossa Senhora?

Ouvi um padre amigo dizer na homilia da Missa da Assunção de Nossa Senhora, que nos lembra que “há um lugar em Deus para nós; e em nós deve, então, haver um lugar para Deus”. Deus nos fez para Ele e Ele nos quer vivendo sempre com Ele na eternidade. E, por isso, disse São Paulo, “Se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus. Afeiçoai-vos às coisas lá de cima, e não às da Terra” (Col 3,1-2). A Virgem Imaculada foi elevada ao Céu de corpo e alma após sua morte, que a Igreja desde os primeiros séculos chama de “dormição”; Deus a ressuscitou e levou para o Céu. O Papa Pio XII, em 1 de novembro de 1950, por meio da Constituição Apostólica “Munificientissimus Deus” proclamou como dogma de fé, dizendo: “Finalmente, a Imaculada Virgem, preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste. E para que mais plenamente estivesse conforme a seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte, foi exaltada pelo Senhor como Rainha do universo.”

Nossa Senhora da Lapa

Nossa Senhora da Lapa é uma representação de ”Santíssima” Virgem Maria, bastante cultuada em Portugal e no Brasil. A sua imagem geralmente ostenta a Virgem Maria de pé, sobre as nuvens, com as mãos juntas em atitude de oração, com uma coroa e uma pomba (símbolo do Espírito Santo) sobre a cabeça. História A história da devoção a Nossa Senhora da Lapa é objecto de várias lendas populares locais. Segundo a mais difundida, iniciou-se em meados do ano de 982, quando o general mouro Almançor, em uma das suas campanhas militares na Península Ibérica, passou por um mosteiro nortenho onde teria martirizado parte das religiosas que ali se encontravam. As religiosas que teriam conseguido escapar do general teriam se abrigado em uma lapa (gruta), onde teriam guardado uma imagem de Nossa Senhora que levavam consigo. Ao longo dos séculos, por cerca de quinhentos anos, a imagem teria permanecido ali, até que, em 1498, uma jovem pastora chamada Joana, menina ainda e muda de nascença, ao pastorear as ovelhas pelos arredores da gruta, teria resolvido adentrar e teria encontrado a imagem, pequena e formosa. Porém a inocência da menina teria interpretado o achado como uma boneca e a teria colocado na cesta onde guardava seus pertences e seu lanche. Durante o pastoreio, a menina enfeitava a cesta como podia, procurando as mais lindas flores para orná-la.

ORAÇÕES - 15 DE AGOSTO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
15 – Sexta-feira – Santos: Alípio, Tarcísio, Arnulfo
Evangelho (Mt 19,3-12) Os discípulos disseram a Jesus: ─ Se a situação do homem com a mulher é assim, não vale a pena casar-se.”
Jesus ensinava que o amor entre marido e mulher é para sempre, criando entre eles uma união que vem de Deus e ninguém pode romper. Os discípulos espantaram-se com essa maneira de ver o amor, e disseram que o melhor era não se comprometerassim. Jesus não podia elogiá-los por isso. Deixa claro, porém, que só a partir dom da fé podemos acolher e acreditar nesse amor definitivo.
Oração
Senhor, eu vos bendigo porque plantais no coração de homens e mulheres o amor que os leva a uma aliança de vida por toda a vida. Por esse caminho podem chegar até vós, o amor em pessoa. Iluminai e aquecei o coração dos casais para que vivam alegre e intensamente o dom que lhes concedeis. Fortalecei e tornai fecundo seu amor para que tenham a felicidade que tanto procuram. Amém.

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “A chave e a espada”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Dois caminhos e uma meta
 
Os bons artistas não saem de cartaz. É o que vimos na comemoração de S. Pedro e S. Paulo. Esses dois homens, há 20 séculos, estão com o mesmo vigor. São mestres que estimulam a viver bem a vida cristã. Louvamos Deus pelo bem que fez neles e por meio deles. Louvamos porque corresponderam com força à graça de Deus. É um caminho a ser imitado. Que bom que podemos ler em sua mensagem de vida caminhos para a Igreja. Caminhos que se completam. Evangelizando mundos diferentes, com métodos diferentes, trabalham sobre o mesmo fundamento: Cristo. Vem-me à mente uma lição bonita: na história encontramos maior insistência na unidade dos métodos secundários que duraram séculos do que no fundamento que é Cristo. Paulo e Pedro trazem símbolos: Pedro a chave e Paulo a espada e o livro. As chaves sempre deram a idéia do poder. Este tem que ser visto não como um poder social, temporal e autoritário. Quem tem a chave, é o que manda, pensamos nós. E a ele se serve e cultua. Mas esse poder das chaves Jesus o entende por poder como serviço. O poder é muito procurado. O serviço, nem tanto. A força do poder está no poder de servir. Pedro, homem simples, ensinou a partir de sua experiência com Jesus. Paulo, homem culto, ensinou com sua reflexão e com seu amor a Jesus Cristo. Trabalhando em campos diferentes e com mentalidades diferentes, souberam passar o mesmo Evangelho e não a si mesmos. A espada de Paulo significa seu combate pelo Evangelho. Não tinha medo e enfrentava todo tipo de perigo e inimigo. 
Novos caminhos 
É impossível imaginar como foi historicamente o início da evangelização. Temos certa idéia romântica sobre esses primeiros tempos. O cristianismo, como dizia Jesus sobre o Reino, é como a semente que cresce silenciosamente e a gente não vê. Árvore de cerne cresce devagar. Para essa evangelização os dois apóstolos foram capazes de abrir novos caminhos. Mas a árvore só cresce se tem ramos novos. Não basta só ter cerne. O cristianismo, saído do judaísmo teve que abrir estradas entre os judeus. Foi muito difícil. Paulo foi perseguido pelos judeus e pelos judeus que eram cristãos e não admitiam os pagãos. Pedro, mesmo continuando a pregação aos judeus, teve que abrir caminhos para acolher os pagãos, o que era um absurdo diante do mundo judaico. Justamente aqui podemos aprender a força da espada. Coragem de abrir caminhos. Ficamos em volta de nossas igrejas, até vazias, e não abrimos caminhos novos. Os tempos são outros e exigem o poder de abrir e a espada para lutar para levar a fé a tantos lugares, sobretudo para nós mesmos. Esse é o ensinamento do Papa Francisco. 
Força de evangelização 
Sabemos que o Reino tem uma força própria e não depende só de nosso esforço e criatividade. Às vezes vemos mudanças na vida religiosa do povo que não têm explicação. É o Reino que se desenvolve. Assim a evangelização que, mesmo parecendo que esteja decaindo, sabemos que a fé se tornou mais opção pessoal que uma cultura. Como podemos entender que homens tão simples como os apóstolos, tiveram uma força de evangelização tão grande. Podemos dizer que outras religiões também crescem. Se crescerem na justiça do Reino, é evangelização. Se não é outra coisa. A torcida de um time cresce também. Mas não é especificamente o Reino. Não podemos deixar de fazer nossa parte como Pedro e Paulo fizeram. Creram em Jesus e partiram como do nada para anunciar Jesus e seu Reino. Não podemos deixar de fazer nossa parte. Deus quer nossa parte.
ARTIGO PUBLICADO EM JULHO DE 2017

EVANGELHO DO DIA 14 DE AGOSTO

Evangelho segundo São Mateus 18,21-35.19,1. 
Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou-Lhe: «Se meu irmão me ofender, quantas vezes deverei perdoar-lhe? Até sete vezes?». Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Na verdade, o Reino de Deus pode comparar-se a um rei que quis ajustar contas com os seus servos. Logo de começo, apresentaram-lhe um homem que devia dez mil talentos. Não tendo com que pagar, o senhor mandou que fosse vendido, com a mulher, os filhos e tudo quanto possuía, para assim pagar a dívida. Então, o servo prostrou-se a seus pés, dizendo: "Senhor, concede-me um prazo e tudo te pagarei". Cheio de compaixão, o senhor daquele servo deu-lhe a liberdade e perdoou-lhe a dívida. Ao sair, o servo encontrou um dos seus companheiros, que lhe devia cem denários. Segurando-o, começou a apertar-lhe o pescoço, dizendo: "Paga o que me deves". Então, o companheiro caiu a seus pés e suplicou-lhe, dizendo: "Concede-me um prazo e pagar-te-ei". Ele, porém, não consentiu e mandou-o prender, até que pagasse tudo quanto devia. Testemunhas desta cena, os seus companheiros ficaram muito tristes e foram contar ao senhor tudo o que havia sucedido. Então, o senhor mandou-o chamar e disse: "Servo mau, perdoei-te tudo o que me devias, porque mo pediste. Não devias, também tu, compadecer-te do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?". E o senhor, indignado, entregou-o aos verdugos, até que pagasse tudo o que lhe devia. Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão de todo o coração». Quando Jesus acabou de dizer estas palavras, partiu da Galileia e foi para o território da Judeia, além do Jordão.
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Agostinho 
(354-430) 
Bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja 
1.º sermão «Assim procederá convosco meu Pai celeste,
se cada um de vós não perdoar a seu irmão
 de todo o coração» 
Todo o homem é devedor de Deus e tem o seu irmão como seu devedor. Haverá alguém que não deva nada a Deus, senão Aquele em quem não se pode encontrar pecado? E quem é o homem que não tem um irmão como seu devedor, senão aquele a quem ninguém ofendeu? Parece-te possível que haja um único homem a quem não se possa contabilizar qualquer falta para com um irmão? Todo o homem é devedor de alguém e tem os seus devedores. Por isso, Deus, que é justo, deu-te uma regra para seguires com o teu devedor, e Ele próprio aplicará esta regra com o seu. Existem, com efeito, duas obras de misericórdia que nos podem libertar, e que o próprio Senhor formulou de forma breve no seu Evangelho: «Perdoai e sereis perdoados», «Dai e dar-se-vos-á» (Lc 6,37-38); a primeira tem que ver com o perdão, a segunda com a caridade. Tu desejas obter o perdão dos teus pecados e também tens pecados a perdoar a outros. O mesmo se passa com a caridade: o mendigo pede-te esmola e tu és o mendigo de Deus, porque todos somos, quando pedimos, mendigos de Deus, todos nos prostramos diante da porta do nosso Pai, da sua enorme riqueza, suplicando-Lhe, desejosos de receber dele alguma coisa; ora, essa coisa é o próprio Deus. Que te pede o mendigo? Pão. E tu, que pedes a Deus? Nada menos que o próprio Cristo, que disse: «Eu sou o pão vivo que desceu do Céu» (Jo 6,51). Quereis ser perdoados? «Perdoai e sereis perdoados». Quereis receber? «Dai e dar-se-vos-á».

São Marcelo de Apameia, bispo e mártir Festa: 14 de agosto

(†) Apameia, Síria, c. 390
 
São Marcelo, bispo de Apameia, na Síria, foi morto pelos pagãos, furiosos por ter promovido a demolição de vários templos, de acordo com o edito promulgado pelo imperador São Teodósio I, o Grande. 
Etimologia: Marcelo, diminutivo de Marcos = nascido em março, sagrado para Marte, do latim 
Martirológio Romano: Em Apameia, na Síria, São Marcelo, bispo e mártir, morto pela fúria dos pagãos por ter demolido um templo dedicado a Júpiter. 
O imperador São Teodósio I, o Grande, chamado por Graciano para governar o Império do Oriente, continuou seu projeto mesmo após sua morte: consistia em estabelecer um estado religiosamente unido e compacto, objetivo que ele tentou alcançar tentando impor a religião cristã em todo o território do império. Ele foi, portanto, o fundador de um verdadeiro estado cristão, na época de Santo Agostinho, o maior Padre da Igreja Latina, numa época em que o imperador desempenhou um papel decisivo nas controvérsias entre ortodoxos e hereges, tanto que ele mesmo foi finalmente o único a comutar as sentenças para aqueles que não professavam a doutrina correta. Em 380, Teodósio e Graciano publicaram um decreto segundo o qual todos os súditos do império deveriam professar a fé dos bispos de Roma e Alexandria e aqueles que não obedecessem deveriam ser considerados "loucos e doentes mentais" (Códice Teodosiano 16,2).