sexta-feira, 28 de março de 2025

EVANGELHO DO DIA 28 DE MARÇO

Evangelho segundo São Marcos 12,28b-34. 
Naquele tempo, aproximou-se de Jesus um escriba e perguntou-Lhe: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?». Jesus respondeu: «O primeiro é este: "Escuta, Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças". O segundo é este: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo". Não há nenhum mandamento maior que estes». Disse-Lhe o escriba: «Muito bem, Mestre! Tens razão quando dizes: Deus é único e não há outro além dele. Amá-lo com todo o coração, com toda a inteligência e com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, vale mais do que todos os holocaustos e sacrifícios». Ao ver que o escriba dera uma resposta inteligente, Jesus disse-lhe: «Não estás longe do reino de Deus». E ninguém mais se atrevia a interrogá-lo. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Agostinho(354-430) 
Bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja 
De Trinitate, VIII, 12; PL 42-958B-959A 
«Amarás o Senhor teu Deus. 
Amarás o teu próximo como a ti mesmo» 
Vejamos com que intensidade o apóstolo João recomenda o amor fraterno: «Quem ama o seu irmão permanece na luz e não há nele ocasião de pecado» (1Jo 2,10). O apóstolo considera claramente que a perfeição da justiça é o amor aos irmãos, pois aquele em quem não há ocasião de pecado é perfeito. Mas parece ignorar o amor de Deus, o que só pode ser explicado pelo facto de o amor a Deus estar incluído na caridade fraterna. Quem não está em Deus não está na luz, porque «Deus é luz e nele não há trevas» (1Jo 1,5). Não admira, pois, que aquele que não está na luz não veja a luz, ou seja, não veja a Deus, uma vez que está nas trevas; vê o seu irmão com uma visão humana, que não lhe permite ver a Deus. Em contrapartida, se amasse o seu irmão, que vê com olhos humanos, com amor espiritual, veria a Deus, que é o próprio amor, com a visão interior. Assim, pois, quem não ama o seu irmão, que vê, não pode amar a Deus, que não vê, porque Deus é amor, e esse amor falta àquele que não ama o seu irmão. A questão já não é saber que caridade devemos ao nosso irmão e que caridade devemos a Deus, pois devemos incomparavelmente mais a Deus do que a nós, e tanto aos nossos irmãos como a nós; ora, nós amamo-nos tanto mais quanto mais amamos a Deus. Assim, pois, amamos a Deus e ao próximo com o mesmo amor; mas amamos a Deus por Si mesmo, e amamo-nos a nós e ao próximo por Deus.

28 de março - São Józef Sebastian Pelczar

Józef Sebastian Pelczar nasceu em 17 de janeiro de 1842, na vila de Korcyzna em Podkarpackie, um dos quatro filhos de ricos fazendeiros. Seu pai, Wojciech, lidava principalmente com a fazenda. A mãe de Józef, Marianna, tinha uma alma de artista: gostava de música e poesia e era também era muito devota: quando seus filhos nasceram, ela confiou cada um deles à Bem-Aventurada Virgem Maria, peregrinando ao Santuário em Leżajsk. Józef Pelczar cresceu em um lar, onde o amor mútuo e o respeito eram valores fundamentais, assim como o trabalho duro e a oração. Józef estudou em uma escola paroquial e, em seguida, em uma escola de ensino médio. Ele amava aprender história e já então sonhava com uma carreira acadêmica. Apesar disso, na escola de ensino médio, ele tomou uma decisão: tornar-se um sacerdote. Após as provas do colégio, em 1860, ele ingressou no Seminário Przemyśl e foi ordenado em 1864, aos 22 anos de idade (ele recebeu uma dispensa papal, porque era um ano e meio mais jovem do que a idade mínima determinada por “regulamento” para a ordenação como sacerdote). Um mês depois da ordenação, ele mesmo fundou uma paróquia em Sambor. Apesar de ter trabalhado lá somente por um ano, ganhou a simpatia dos paroquianos, especialmente dos jovens, devido ao seu trabalho árduo e gentileza. Ele era dedicado e amável.

28 de março - Beato Jean-Baptiste Malo

Jean-Baptiste Malo nasceu em 2 de junho de 1899 em La Grigonnais, na França e cresceu em Vay, numa família de pequenos camponeses. Entrou no Seminário do Instituto de Missões Estrangeiras de Paris aos 29 anos; na época, era uma vocação adulta. Ordenado sacerdote em 1º de julho de 1934, foi enviado em uma missão a Lanlong, numa região montanhosa entre as províncias de Guizhou, Guangxi e Yunnan, na China. Apesar das dificuldades e sempre permanecendo alerta, o padre Malo visitou suas comunidades cristãs e fundou escolas: ele era frequentemente o primeiro sacerdote que os habitantes tinham visto por mais de vinte anos. Na primavera de 1951 chegaram as tropas comunistas: ele foi então preso e preso, depois de um julgamento sumário, expulso da China. Embora cansado e doente, em 27 de novembro de 1952 chegou ao seu novo campo de apostolado: a missão de Thakhek, no Laos. No Natal de 1953, as tropas de guerrilha avançavam cada vez mais na região. O exército francês então forçou os missionários a evacuar a área, refugiando-se em Pakse, no sul do país. Em seu retorno, em 15 de fevereiro de 1954, eles caíram em uma emboscada. Juntamente com o prefeito apostólico Monsenhor Jean Arnaud, dois outros confrades e um religioso, padre Malo enfrentou alguns interrogatórios. Mais tarde, o grupo foi conduzido a pé para um campo de reeducação perto de Vinh, no Vietnã, a cem quilômetros de distância.

28 de março - Santo Estêvão Harding

O terceiro fundador e abade de Cister, o inglês Estevão Harding, viveu uma trajetória de vida muito intensa e foi também ele quem acolheu na comunidade monástica, o futuro são Bernardo, o fundador da abadia de Claraval. Estêvão nasceu por volta do ano 1059 numa família de nobres. Ainda jovem entrou na abadia beneditina de Sherborne, onde fez sua profissão religiosa. Discorrer sobre sua vida é, também, falar sobre uma santa inquietação, a invasão dos normandos fez com que ele abandonasse a vida religiosa e partisse para a Escócia. Mais tarde foi para Paris, para se dedicar aos estudos e, em seguida, foi para Roma numa peregrinação penitencial, em busca do perdão em virtude de seu abandono da vida monástica. Ao voltar, ia recitando o saltério ao longo da estrada. Passando por uma abadia na Borgonha, Estêvão se sentiu atraído pela vida pobre e austera dessa comunidade e, ao final, decidiu aí viver. Mais tarde, seguindo o abade fundador, Roberto, com um pequeno grupo de monges, Estêvão se transferiu para a região de Cister, onde fundariam um novo mosteiro. Num primeiro momento Roberto foi o abade fundador, mas outros problemas fizeram com que ele tivesse que retornar para o antigo mosteiro. Em seu lugar assumir o monge Alberico, que conduziria a pequena comunidade por dez anos. Após sua morte, Estêvão foi eleito como seu sucessor. Ao assumir como novo abade, ele se dedicou a reformar os livros litúrgicos e à fixação do texto bíblico usados no mosteiro.

São Gontrão

Clotário I, rei de França, e de uma parte da Alemanha, com sua morte deixou quatro filhos que lançaram a sorte sobre o reino. Gontrão recebeu Orleans, a Borgonha e estabeleceu a capital em Châlon-sobre-o-Saône. Era uma época de revoluções e de assassínios políticos. Seus irmãos guerrearam entre si e acabaram mortos. Gontrão serviu de pai aos dois sobrinhos. No começo de seu reinado, sua conduta não foi exemplar: repudiou a primeira esposa – culpada de ter-lhe dado apenas um filho natimorto. A segunda esposa não teve melhor sorte. Nem a terceira, que caiu em desgraça quando os dois filhos morreram ainda pequenos. Pensou em casar-se novamente mas, convencido de que a morte dos filhos era por culpa dos seus pecados, mudou radicalmente de conduta. Um dia, quando se dirigia para fazer orações, às diversas igrejas de Orleans, o rei Gontrão rumou para a residência de São Gregório de Tours, que morava na igreja de Santo Avito. Gregório levantou-se cheio de alegria ao reconhecê-lo e, depois de lhe ter dado a benção, o convidou para jantar. O que ele fazia por Gregório de Tours, fazia-o por todos os cidadãos de Orleans. Aceitava o convite, comparecia ao jantar e encantava a todos com sua bondade. Chamavam-no geralmente o bom rei. O zelo de Gontrão sustinha e animava a todos de seu reino. Perdendo os dois filhos que deviam suceder-lhe, aplicou-se mais do que nunca a toda sorte de boas obras. Os exemplos de um rei tão bom santificaram a família. As duas princesas, suas filhas, Clodoberge e Clotilde, renunciaram às grandezas e aos prazeres do mundo, para se consagrarem a Deus, na sua virgindade. Gontrão distinguiu-se especialmente pala magnificência com que fundava e dotava as igrejas.

São Castor, mártir de Tarso

É comemorado pelo Martirológio Jeronimiano (o mais antigo catálogo dos mártires cristãos da Igreja Latina, século V) e pelo Martirológio Romano: segundo a tradição, teria sido martirizado em Tarso, na Cilícia (atual Turquia) com outro cristão, Dorotheus e Estêvão. 
São Castor de Tarso Mártir 
Festa: 28 de março 
Ele é comemorado pelo Martirológio Jeronímio (o mais antigo catálogo de mártires cristãos da Igreja latina, século V) e pelo Martirológio Romano: segundo a tradição, ele foi martirizado em Tarso, na Cilícia (atual Turquia) com outro cristão, Doroteu ou Estêvão. 
Martirológio Romano: Em Tarso, na Cilícia, na atual Turquia, São Cástor, mártir. 
Ele é comemorado pelo Martirológio Hierônimo e pelo Romano em 28 de março e 27 de abril. A reduplicação provavelmente se deve (Delehaye) a uma confusão, atribuível aos copistas, entre V Kal. Abril e V Kal. Nunca. No romano, Castor é mencionado em 28 de março com Doroteu e em 27 de abril com Estêvão. Essas adições são evidentemente devidas a uma leitura ou interpretação errônea das rubricas do Hieronymian, onde o nome de Castor é precedido em 28 de março pelo de Doroteu e seguido em 27 de abril pelo de Estêvão, sem, no entanto, aqueles santos (ambos lembrados como "de Nicomédia", onde apenas Doroteu é comemorado em 12 de março) ter algo a ver com Castor Finalmente, deve-se notar que um Castor é mencionado pelo Hieronymian em 16 de março como o líder de um grupo não homogêneo de mártires de Nicomédia. A identificação entre os dois homônimos é possível. 
Autor: Gian Domenico Gordini 
Fonte: Bibliotheca Sanctorum

Beata Renata Maria Feillatreau, Mártir da Rev. Francesa - 28 de março

Nome: 
Renée-Marie Feillatreau 
Nascimento: 8 de fevereiro de 1751, Angers, França
Morreu: 28 de março de 1794, Angers, França 
Dia da festa: 28 de março 
Martirológio: edição de 2004
Beatificação:19 de fevereiro de 1984, Roma, Papa João Paulo II
Renée-Marie Feillatreau nasceu em Angers, França, em 8 de fevereiro de 1751, e foi condenada nessa mesma cidade por revolucionários sob a falsa acusação de ser membro dos "bandidos" católicos, de ter encorajado o fanatismo de padres não legalistas, de ter roubado a República, de ter gritado "Viva o rei!" e de ter conspirado contra a soberania do povo francês. Ela, de fato, havia se juntado aos Vendéens quando eles chegaram a Angers e gritou com eles "Viva a religião! Viva o rei!"; ele também escondeu dos revolucionários as vestes e vasos sagrados usados para a missa e, assim, privou a República do que ela reivindicava. Sua verdadeira culpa foi a devoção à fé católica: ele declarou diante dos juízes que preferia morrer a renunciar a ela e que havia visitado e protegido padres fiéis à Igreja Católica Romana e participado de suas celebrações; acrescentou, além disso, que não queria nada com os padres que haviam aceitado a Constituição Civil do Clero. Ela foi guilhotinada em 28 de março de 1794 e beatificada em 1984. 
MATIROLÓGIO ROMANO. Em Angers, na França, a Beata Renée Maria Feillatreau, mártir, que, casada, durante a Revolução Francesa, morreu guilhotinada por sua fidelidade à Igreja Católica.

Xisto III Papa e Santo (390-440)

Combateu e conseguiu, 
com a ajuda de Agostinho, bispo de Hipona, 
acabar com a heresia pelagiana.
Xystus Collona (Sisto III ou Xisto III), 44º Papa da Igreja. Nasceu em Roma em 390, foi eleito papa em 31 de julho de 432, seu pontificado durou 8 anos (19/08/440), teve como antecessor o papa Celestino I e como sucessor o grande Leão Magno I. Morreu no dia 19 de agosto de 440. Xisto chegou a adotar uma posição neutra na con-trovérsia entre pelagianos e semipelagianos do sul da Gália, especialmente contra Cassiano, sendo adverti-do pelo papa Zózimo. Mas reconheceu o seu erro, com a ajuda de Agostinho, bispo de Hipona, que combatia arduamente aquela heresia, e que lhe escrevia regularmente. Ao se tornar papa em 432, Xisto III agindo com bastante austeridade e firmeza, nesta ocasião, Agos-tinho teve de lhe pedir moderação. Foi assim, que este papa conseguiu o fim definitivo da doutrina herege. Esta doutrina pelagiana negava o pecado ori-ginal e a corrupção da natureza humana. Também defendia a tese de que o homem, por si só, possuía a capacidade de não pecar, dispensando dessa manei-ra a graça de Deus. Ele também conduziu com sabedoria uma ação mais conciliadora em relação a Nestório, acabando com a controvérsia entre João de Antioquia e Cirilo, patriarca de Constantinopla, sobre a divindade de Maria.

Gisela da Hungria Esposa, Mãe, Rainha, Abadessa, Beata (ca. 985-1065)

Gisela nasceu por volta de 985, filha do duque bávaro, Henrique, o Briguento, e Gisela da Borgonha. Era a irmã mais nova de Henrique II; de Bruno, bispo de Augsburgo, e de Brígida, abadessa de Mittelmuenster. Gisela conviveu na Baviera, Alemanha, e Hungria, alcançando especial importância. Gisela queria usar o véu de consagração, quando, em 996, os emissários de Geisa da Hungria foram a Regensburgo e a pediram como esposa para Estevão, filho de Geisa (Santo Estevão da Hungria). O pai de Gisela recebeu com alegria os emissários. Gisela renunciou ao esposo e mudou-se para a corte principesca húngara para multiplicar o povo cristão. Mas, casaram-se no ano 1000 e, na festa da Assunção, Gisela foi coroada e ungida primeira rainha cristã dos húngaros e, com ela, seu marido. Estevão converteu-se ao cristianismo por influência da esposa. Por isso, a principal tarefa de estevão, em seu reinado, era a conversão de seus súbditos. Gisela ajudou na construção de várias igrejas e influenciou a história dos povos. Também viveu grandes sacrifícios. Deus levou seu primeiro filho, Américo, sucessor do trono real, que foi canonizado. Faleceu também uma filha. Em 15 de agosto de 1038, festa da Assunção de Maria, faleceu seu marido, Estêvão, que, com o filho, foi canonizado em 1083.

Joana Maria de Maillé Viúva, Beata 1331-1414

Viúva e penitente. 
Encontrou-se duas vezes com Carlos VI da França. 
Foi beatificada em 1871, pelo Papa Pio IX.
Relutante em casar aos 16 anos, viúva com um pouco mais de 30, expulsa de casa pelos parentes do marido, nos restantes 50 anos de sua vida foi obrigada a viver sem abrigo. Tantos percalços estão concentrados na vida da Beata Joana Maria de Maillé que nasceu rica e mimada no Castelo de La Roche, perto de Saint-Quentin, Touraine, em 14 de Abril de 1331. Seus pais eram o Barão de Maillé Hardoin e Joana, filha dos Duques de Montbazon. Sua família se destacava pela devoção. Ela cresceu sob a orientação espiritual de um franciscano, mostrando uma particular devoção a Maria. Dedicava-se a orações prolongadas e fez precocemente o voto de virgindade. Aos onze anos, no dia de Natal, pela primeira vez teve um êxtase: Maria Santíssima lhe apareceu segurando em seus braços o Menino Jesus. Uma doença que quase a levou à morte serviu para desprendê-la mais e mais da terra e torná-la mais próxima de Deus. Na idade de dezasseis anos, aparece no cenário de sua vida um parente da mãe que se tornou seu tutor, o que sugere que os pais morreram prematuramente. O tutor combina, de acordo com o costume da época, o casamento de Joana com o Barão Roberto II de Sillé, um bom jovem, não muito mais velho do que ela, seu companheiro de brincadeiras na infância. E isto apesar de estar ciente da inclinação de Joana para a vida religiosa e do seu voto de castidade.

ORAÇÕES - 28 DE MARÇO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
28 ─ Sexta-Feira ─Santos: Gontrão, Malco, Castor
Evangelho(Mc 12,28b-34) “Um escriba aproximou-se de Jesus e perguntou: ─ Qual é o primeiro de todos os mandamentos?”
O doutor da Lei apresentou a Jesus a questão tantas vezes debatida entre eles. Jesus respondeu lembrando a passagem (Dt 6,4-5) que as pessoas piedosas repetiam diariamente. Temos de amar a Deus em primeiro lugar: é o primeiro mandamento. Mas não podemos esquecer o segundo: temos de amar o próximo. Nesses dois mandamentos está a nossa vida, mais que nossa obrigação.
Oração
Senhor, amar-vos e amar o próximo não é carga nem obrigação imposta: nisso está nossa felicidade. Longe de vós, sem o amor que nos tendes, não existe alegria para nós. Longe dos irmãos, sem o amor que eles nos têm, separados deles não existe felicidade para nós. Tomai conta de meu coração para que vos ame acima de tudo, e guardai-me sempre no amor a meus irmãos. Amém.

quinta-feira, 27 de março de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “A Ressurreição move o Universo”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
O Universo, uma obra do Amor
 
A Ressurreição não é um mito. O Mito é importante. Não é uma historiazinha. É a leitura feita sobre o ser humano que retrata sua identidade. São muito conhecidos os estudos psicológicos que analisam o ser humano a partir dos mitos. Mas a Ressurreição não é um mito e se refere primeiramente a Jesus e só depois a nós. A ação de Deus ressuscitando Jesus se dirige a nós na condição de participantes. Ele morreu e ressuscitou para nos salvar, isto é, introduzir-nos no mistério de Deus, na vida íntima da Trindade. A graça da Ressurreição atinge todo o cosmo e nosso pequeno universo, pois tudo se dirige e se recapitula em Cristo (Ef 1,10) e tudo é restaurado Nêle (Rm 8,1). A natureza, como nos ensina Papa Francisco, “tem a ver com o projeto amoroso de Deus e cada criatura tem valor e significado... A criação só se pode conceber como um dom que vem das mãos abertas do Pai como uma realidade iluminada pelo amor que nos chama a uma comunhão universal” (LS 76). “Cada criatura é objeto da ternura do Pai que lhe atribui um lugar no mundo. Até a vida efêmera do ser mais insignificante é objeto de seu amor, e naqueles poucos segundos de existência” (Id 77). O mito do progresso ilimitado perdeu o significado da natureza. O amor de Deus é continuado pelo homem que recebeu a missão de amar esse mundo e conduzi-lo à sua plena realização. Destruir a natureza é destruir o ser humano. 
Restauração do mundo 
Ao ver o mundo com suas belezas por que pensar em restauração do universo?O que aconteceu? O homem se fez dono, rei da criação. Tudo isso na pior concepção de propriedade e realeza. Ninguém é dono do mundo como se sua existência fosse deu um dono absoluto. Ser dono, no conceito de Jesus é servir para que o universo seja sempre servidor também da humanidade. O rei se pôs como ditador opressor. O rei ou dirigente, como diz Jesus a Pilatos, tem o poder vindo de Deus: “Tu não terias esse poder se não lhe fosse dado pelo alto” (Jo 19,11). O governante está no lugar de Deus para cuidar do mundo e das pessoas. A frase do primeiro capítulo “Crescei e multiplicai-vos e enchei a terra e dominai-a” (Gn 1,28) quer dizer pisar com o pé. Este está ligado ao erro cometido pela humanidade de ter transformado a natureza em divindade dominadora. Era uma recuperação da natureza. Podemos entender que a natureza volte a sua missão de serviço. Tanto se põe a serviço que seu fim não é um término, mas uma continuação, tamanha é sua força de renovação. O serviço que a natureza presta é a promoção da vida como alimento, remédio, educação, habitação, encanto e descanso. S. Bernardo diz: “Tu encontrarás mais coisas nas florestas que nos livros”. A rainha de Sabá diz de Salomão conhecia do cedro do Líbano ao musgo do muro (1Rs 4,33). O que não faz uma sombra ao homem e animais? Por isso o caminho do progresso tem que ter esse caminho. 
Pelo mundo se vai a Deus 
Paulo ensina que a natureza espera sua libertação que acontecerá na libertação dos filhos de Deus. O filho de Deus vive na casa que o Pai lhe deu para sua caminhada para o Céu. Ela nos faz perceber a grandeza e o carinho do Criador. Quanta beleza! Quanto mais protege a natureza, mais protegerá os filhos de Deus. Papa Francisco diz: “A contemplação da criação permite-nos descobrir ensinamentos que Deus quer nos transmitir através de cada coisa. Como só conhecemos bem quando vemos o outro, do mesmo modo, só seremos completos contemplando-nos na criação, pois também nós somos criaturas.
ARTIGO PUBLICADO EM ABRIL DE 2016

EVANGELHO DO DIA 27 DE MARÇO

Evangelho segundo São Lucas 11,14-23. 
Naquele tempo, Jesus estava a expulsar um demónio que era mudo. Logo que o demónio saiu, o mudo falou e a multidão ficou admirada. Mas alguns dos presentes disseram: «É por Belzebu, príncipe dos demónios, que Ele expulsa os demónios». Outros, para O experimentarem, pediam-Lhe um sinal do Céu. Mas Jesus, que conhecia os seus pensamentos, disse: «Todo o reino dividido contra si mesmo acaba em ruínas e cairá casa sobre casa. Se Satanás está dividido contra si mesmo, como subsistirá o seu reino? Vós dizeis que é por Belzebu que Eu expulso os demónios. Ora, se Eu expulso os demónios por Belzebu, por quem os expulsam os vossos discípulos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes. Mas, se Eu expulso os demónios pelo dedo de Deus, então quer dizer que o Reino de Deus chegou até vós. Quando um homem forte e bem armado guarda o seu palácio, os seus bens estão em segurança. Mas, se aparece um mais forte do que ele e o vence, tira-lhe as armas em que confiava e distribui os seus despojos. Quem não está comigo, está contra Mim, e quem não junta comigo, dispersa. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Amadeu de Lausana 
(1108-1159) 
Monge cisterciense, bispo 
 4.ª Homilia mariana; SC 72 
O dedo de Deus 
«Que a tua mão venha em meu auxílio» (Sl 119,173)
Chamamos mão de Deus ao Filho unigénito, por quem Deus criou todas as coisas. Esta mão interveio quando tomou a nossa carne, não causando qualquer ferimento a sua mãe, mas também, segundo o testemunho do profeta, tomando sobre Si as nossas doenças e carregando as nossas dores (cf Is 53,4). Sim, verdadeiramente, essa mão plena de curas e remédios sarou todas as doenças, afastou tudo o que conduzia à morte; ressuscitou mortos; derrubou as portas do inferno; prendeu o forte e despojou-o das suas armas; abriu o Céu; derramou o Espírito de amor no coração dos seus. Essa mão liberta os prisioneiros e dá vista aos cegos; levanta os caídos; ama os justos e protege os estrangeiros; alberga o órfão e a viúva; arranca à tentação os que estão ameaçados de sucumbir a ela; restaura, pelo conforto que dá, os que sofrem; dá alegria aos aflitos; abriga à sua sombra os atormentados; escreve aos que querem meditar sobre a sua Lei; toca e abençoa o coração dos que rezam, firmando-os no amor através do seu contacto, fazendo-os progredir e perseverar nas suas obras; por fim, condu-los à pátria, reconduzindo-os ao Pai. Pois, se Se fez carne, foi para atrair o homem por um homem, unindo a sua à nossa carne, para, no seu amor, reconduzir a ovelha perdida a Deus Pai todo-poderoso e invisível. Uma vez que essa ovelha, por ter abandonado a Deus, tinha caído na carne, era necessário que o mistério da encarnação lhe dessa mão e a conduzisse, reerguendo-a e conduzindo-a ao Pai (cf. Lc 15,4s).

Santo Alberto Chmielowski religioso, fundador, +1916

Nasceu a 20 de Agosto de 1845, como primogénito de Alberto Chmielowki e de Josefa Borzylawska e foi batizado a 26 desse mês, com o nome de Adão Hilário Bernardo. A família era abastada, detentora de enormes quintas. Aos sete anos, perdeu o pai. A mãe mudou-se para Varsóvia, onde Adão prosseguiu os estudos, primeiro, na escola de cadetes, depois no instituto de agronomia, para melhor se dedicar à sua lavoura. Pelos 18 anos, participou na insurreição contra o domínio do Czar. Foi ferido, na batalha de Melchow e levado prisioneiro. No cárcere, foi-lhe amputada uma das pernas, operação que aguentou com heróica valentia. Volvido um ano, conseguiu fugir clandestinamente e matriculou-se em Paris, numa academia de pintura. Passou à Bélgica e caminhou para o Mónaco, regressando depois a Varsóvia onde completou a formatura em pintura e arquitectura. As suas telas tornaram-no muito popular e conhecido. Entretanto, começou a preocupar-se e a afligir-se com os necessitados e pobres. Em 1880, entrou na Companhia de Jesus cujo noviciado abandonou, atormentado por escrúpulos e achacado por séria enfermidade. Refeito da doença, hospedou-se em Cracóvia, fazendo-se pobre com os pobres, à semelhança de Cristo que de tudo se despojou para enriquecer os outros. Ia distribuindo os haveres ganhos com os trabalhos de pintor notável pelos mais carenciados que reunia nos albergues públicos, onde ele também dormia.

Santo Alexandre patriarca de Alexandria, +326

Santo Alexandre governou a Igreja em Alexandria. Alexandre, santo bispo, esteve zelando pelo rebanho de Cristo e, principalmente, cuidando do alimento doutrinal que começou a ser ameaçado pelo Arianismo. Ário era um sacerdote de Alexandria, que começou a espalhar uma mentira, afirmando que somente o Pai poderia ser chamado Deus, enquanto que Cristo é inferior ao Pai, distinto d'Ele por natureza. Seria portanto, uma criatura, excelente e superior às demais, mas não divina, nem eterna. O bispo Alexandre fez a Ário várias correções, mas este, irreversível, não deixou de envenenar os cristãos, mesmo depois de saber da condenação da sua doutrina. Santo Alexandre, um ano antes de sua morte, juntamente com o imperador Constantino e principalmente com o Papa da época, foram os responsáveis pela realização do Concílio Ecumênico em Nicéia, Ásia Menor, que definitivamente condenou a heresia e definiu: "Filho Unigénito do Pai... Consubstancial ao Pai".

27 de março - Beato Luís Eduardo Cestac

Considerado um “novo Cura d’Ars” e um extraordinário fundador de Obras, Luís Eduardo Cestac nasceu em Bayonne, no sul da França, em 6 de janeiro de 1801. Com a idade de três anos, sofrendo de uma incurável nevralgia e completo mutismo, a mãe o consagrou à Virgem de São Bernardo. Ao ser curado, nutriu por toda a vida uma grande devoção à Virgem Maria. Com 17 anos, entrou para o Pequeno Seminário de Aire; em 1825, foi ordenado sacerdote, em 1825, e se tornou professor de filosofia em Bayonne. Em 1831, Luís Eduardo Cestac se tornou vigário da Catedral de Notre-Dame de Bayonne. Naqueles anos, começou a fundação de obras de notável importância: A Associação das Filhas de Maria para as domésticas; a Obra da Perseverança para as jovens da alta Sociedade; os Círculos de Estudo para jovens; a obra dos Pequenos Órfãos de Maria, chamada Grão Paraíso. Em 1838, Cestac fundou a obra das Penitentes de Maria, na cidade de Anglet, para poderem trabalhar ao ar livre. Esta instituição, certamente a mais importante, recebeu o nome de “Nossa Senhora do Refúgio”.

27 de março - Beato Maria-Eugênio do Menino Jesus

Ontem, em Avignon, na França, foi proclamado beato o padre Maria Eugênio do Menino Jesus, da Ordem dos Carmelitas Descalços, fundador do Instituto Secular “Nossa Senhora da Vida”, homem de Deus, atento às necessidades espirituais e materiais do próximo. O seu exemplo e a sua intercessão apoiem o nosso caminho de fé. 
Papa Francisco – Ângelus – 20 de novembro de 2016 
Frei Maria-Eugênio, sacerdote professo da Ordem dos Carmelitas Descalços foi o Fundador do Instituto Secular Nossa Senhora da Vida. Henrique Grialou nasceu em 1894, em Aveyron, França. Depois da I Guerra Mundial, sentiu a poderosa proteção de Santa Teresinha do Menino Jesus, estudou no seminário, dando testemunho de uma profunda vida espiritual. A descoberta dos escritos de São João da Cruz revelou-lhe sua vocação ao Carmelo. Assim, entrou para esta Ordem em 1922, logo após a sua ordenação sacerdotal, onde recebeu o nome de Frei Maria-Eugênio do Menino Jesus. Imbuído pela graça de Deus e pelo espírito mariano do Carmelo, o Frei Maria-Eugênio serviu com devoção e dedicação a Igreja e a sua Ordem, desempenhando cargos de grande responsabilidade na França e em Roma. Dedicou-se plenamente à difusão do espírito e da doutrina do Carmelo, desejando que fossem vividos na vida cotidiana, numa harmoniosa união de ação e contemplação.

Santa Augusta de Serravalle, virgem e mártir – 27 de março

      A Vita, ou as "atas" de Santa Augusta, isto é, as informações sobre sua vida e martírio, foram escritas no final do século XVI por Minuccio de Minucci di Serravalle, protonotário apostólico e secretário do Papa Clemente VIII (1592-1605).  Estas "Atas" foram enviadas aos editores dos volumes "De probatis sanctorum historiis", um estudo hagiográfico feito no século XVI pelo acadêmico alemão Lourenço Surio (1522-1578) e foram incluídos no vol. VII da edição impressa em Colônia, Alemanha. O nome de Augusta está listado no catálogo de santos de Ferrarius, mas não aparece no Martirológio Romano.  As informações certamente são legendárias, como de fato ocorria com muitos mártires dos primórdios do cristianismo, pois quando muito depois de sua morte as suas relíquias eram encontradas, muitas vezes sua vida era imaginada.  De acordo com essas "Atas", Augusta era filha de Matruco, um líder pagão alamano que havia conquistado e subjugado os friuli, já cristianizados e que residiam em Serravalle (a atual aldeia antiga da cidade de Vittorio Veneto) e era um ávido inimigo da religião cristã. 

Beata Panaceia de' Muzzi, Virgem e mártir - 27 de março

Panaceia, conforme o dicionário, é “o remédio pretensamente eficaz para todos os males, físicos e morais”. Quem traz este nome estranho é uma jovenzinha que viveu na segunda metade do século 13, cuja existência histórica e cujo martírio são bem documentados a partir de registros antiquíssimos, e que ao longo dos séculos tem estimulado a imaginação de artistas e escritores, entre os quais certamente se destaca Silvio Pellico. Panaceia nasceu em Quarona (cidadezinha entre Borgosesia e Varallo), em 1368, e logo perdeu a mãe. O pai se casou novamente com uma certa Margarida, também ela viúva com uma filha, e para a pequena começaram os problemas. A madrasta e a meia-irmã se coligaram contra ela, reservando-lhe os trabalhos mais duros e humildes, zombando dela por sua piedade, contestando seus atos de caridade. As biografias de fato concordam em descrever Panaceia como uma jovem que reza muito, cuida dos doentes e socorre os pobres: uma autêntica cristã, portanto, que além disso suporta com paciência heroica os maus tratos com que é recebida todos os dias ao voltar para casa. Panaceia é vítima de um ciúme familiar ou de uma simples antipatia. Contra essa jovenzinha que vive com simplicidade, mas também com intensidade, a sua fé, se desencadeia uma verdadeira perseguição "doméstica" que atingiu o seu clímax em uma noite de primavera de 1383.

Santos Fileto e Lídia, esposos e macedônios, Teoprépio, Cronides e Amilóco, Mártires 27 de março

† Ilíria, século II 
Fileto, senador romano de origem ilíria, viveu na época das perseguições do imperador Adriano (século II dC). Homem de profundas virtudes cristãs, com a sua esposa Lídia viveu o sacramento do amor conjugal e transmitiu aos seus filhos macedónio e Teodorêndio a força da fé. Submetidos à tortura para induzi-los à apostasia, Fileto e Lídia resistiram até o martírio que enfrentaram com seus filhos. Sua serena aceitação do sofrimento converteu os dois soldados romanos que deveriam torná-los abjurados, o alto oficial Anfilochus e o comandante da prisão Cronides. O imperador foi forçado a afogar todos os seis em um tanque de óleo fervente. A "passio" destes santos é julgada pelos bolandistas no seu Comentário sobre o Martirológio Romano "certe fabulosa", isto é, certamente fabulosa. Fileto seria um nobre senador ilírio, Lídia sua esposa, macedônio e Teoprépio seus filhos. Presos simplesmente porque eram cristãos, o imperador Adriano os confiou ao alto oficial Anfilochio para submetê-los a torturas atrozes. Em frente à fortaleza com a qual toda a família sofreu várias torturas, Amilóco teve que desistir e até se converteu ao cristianismo. Da mesma forma, o oficial da guarda prisional, Chronides, seguiu seu exemplo. O imperador ficou muito irritado quando a notícia chegou aos seus ouvidos e fez com que todos os seis fossem submetidos a novas torturas na esperança de fazê-los desistir.