terça-feira, 14 de outubro de 2025

ORAÇÕES - 14 DE OUTUBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
14 – Terça-feira– Santos: Calisto I, Fortunata, Evaristo
Evangelho (Lc 11,37-41) “Dai esmola do que possuís e tudo ficará puro para vós.”
Não precisamos imaginar que Jesus disse tudo isso na mesma ocasião, quando almoçava com o fariseu. É fácil perceber que ele insiste na importância maior que se deve dar ao interior, à higiene do coração. E o que mais nos garante a pureza de coração é a caridade, o amor aos outros, a preocupação em ajudá-los em tudo que pudermos, também partilhando com ele nossos bens materiais.
Oração
Senhor, sei que é importante cuidar da higiene e da saúde corporal. Não permitais que me esqueça que ainda mais importante é cuidar da higiene interior, da pureza de coração. Dai-me clareza de julgamento para perceber todas as impurezas que ainda carrego, e vontade de as combater. Purificai-me de tudo que me separa de vós e de meus irmãos, para que assimpossa crescer no amor. Amém.

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Jesus em Missão”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(✝︎)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Evangelizar é uma glória
 
Paulo explica em sua primeira carta aos Coríntios, o que significa evangelizar. Por esse texto podemos compreender aquela parábola de Jesus sobre o servo que se chama de inútil: “Somo servos inúteis” (Lc 17,10) que já refletimos. Não somos funcionários. Trabalhar pelo anúncio do Evangelho é um privilégio que vem de uma imposição que damos a nós mesmos: “Pregar o Evangelho... é uma necessidade para mim...”. “Ai de mim se eu não pregar o Evangelho” em que consiste meu salário? Pregar o Evangelho, oferecendo-o de graça... tornei-me escravo de todos” (1Cor 9,16-18). Podemos dizer que pregar o evangelho é um privilégio. A atitude evangelizadora de Jesus é anunciar e curar todos os males, expulsando os muitos demônios que maltratam o povo com os males e as doenças. Eles identificavam todo o mal como uma possessão diabólica. Seus milagres tomavam forma de expulsão dos demônios, pois curava as pessoas. Aqui temos o exemplo da cura da sogra de Pedro (Mc 1,21-28). Não precisamos de demônios especiais para fazermos o mal. Esse mal nós o escolhemos. Por isso podemos chamar de possessão, pois só faz o mal quem opta pelo mal, isto é, pelo demônio. Essas são as verdadeiras possessões diabólicas. As outras que vemos por aí são problema de saúde que médico pode resolver. Mas os demônios que alimetamos em nós, esses, ninguém quer tirar. Assumir a atitude evangelizadora de Jesus é tirar o demônio do coração. 
Por-se a servir 
As ações de Deus em nós não são benefícios exclusivamente pessoais, mas nos colocam em atitude de missão. Vemos no milagre da cura da sogra de Pedro que o milagre não é somente um dom pessoal, mas um benefício à comunidade. Apenas curada, a senhora levanta-se e começa a servi-los. Por-se a serviço foi a verdadeira cura. Curou não somente uma febre para que ficasse sadia, mas para que, sadia se fizesse serva. O egoísmo dos beneficiados por curas e milagres não tem o milagre completo que é por-se a serviço do Reino. Deus faz a sua parte, mas nós podemos negar nosso compromisso. Jesus tem mais um elemento que O torna forte em sua missão: Seu diálogo com o Pai. Jesus rezava e muito. No texto de hoje vemos que se levantou de madrugada e foi rezar num lugar deserto. O que rezava Jesus? Vemos nos evangelhos que rezava as orações do povo, sabia dar graças, como vemos no retorno dos apóstolos de sua missão e rezou no horto. Os discípulos estavam distantes, sem ouvir o que dizia, pois dormiam, mas sabiam o que diria naquela situação. Sua vida de oração era o suporte da evangelização. Paulo mostra como evangelizar: “com os fracos eu me fiz fraco para ganhar os fracos... Por causa do Evangelho eu faço tudo, para ter parte nele” (1Cor 9,22-23). 
A vida é um sopro 
Jesus se mantinha na oração para se fortalecer, pois como Jó, sentia a fragilidade da vida. Para Jesus a vida também era uma luta como diz Jó: “Não é acaso uma luta a vida do homem sobre a terra?” (Jó 7,1). Como assumiu em tudo a condição humana, assumiu também essa fragilidade, mas também sabia que o Senhor “conforta os corações despedaçados, Ele enfaixa as feridas e as cura... o Senhor é o amparo dos humildes...” (Sl 146). A liturgia desse domingo nos anima a evangelizar, mesmo sendo frágeis. Cada um tem um dom e um sentido precioso na comunidade. 
Leituras: Jó 7,1-4.6-7;Salmo146;1 
Coríntios 9,16-19.22-23;Marcos 1,29-39. 
1. Evangelizar como Jesus é tirar os demônios do coração . 
2. O sinal da cura total de uma pessoa é sua capacidade de servir depois de curada. 
3. Jesus sentia a fragilidade por isso sabe confortar. 
Vai mexer com sogra. 
Pedro gostava de sua sogra, pois, no movimento de cura que realiza, eles falam a Jesus dela no sentido de pedir uma cura. Assim aconteceu. Não se pode dizer que Pedro negou Jesus porque curou a sogra dele. Aqui temos uma prova da bondade da senhora. Era uma mulher que sabia servir e ajudar os outros. Serve muito bem para exemplificar a missão de Jesus que fazia milagres e expulsava demônios. Ela foi curada da febre... o que teria? E logo começa a servi-los. Que maravilha! Mais que curada, ouviu a mensagem de Jesus sobre o evangelho do amor. Põe-se a servir. A evangelização está intimamente unida a uma atitude para com os outros. Não porque era Jesus. Serviu porque era seu costume. Jesus quer curar nossos corações e atitudes. 
Homilia do 5º Domingo Comum (04.02.2018)

EVANGELHO DO DIA 13 DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Lucas 11,29-32. 
Naquele tempo, aglomerava-se uma grande multidão à volta de Jesus e Ele começou a dizer: «Esta geração é uma geração perversa: pede um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal de Jonas. Assim como Jonas foi um sinal para os habitantes de Nínive, assim o será também o Filho do homem para esta geração. No juízo final, a rainha do sul levantar-se-á com os homens desta geração e há de condená-los, porque veio dos confins da Terra para ouvir a sabedoria de Salomão; e aqui está quem é maior do que Salomão. No juízo final, os homens de Nínive levantar-se-ão com esta geração e hão de condená-la, porque fizeram penitência ao ouvir a pregação de Jonas; e aqui está quem é maior do que Jonas». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Afraate (345) 
Monge e bispo de Nínive, perto de Mossul 
Exposições, n.º 3: acerca do jejum 
«Assim como Jonas foi um sinal 
para os habitantes de Nínive, 
assim o será também
 o Filho do homem para esta geração» 
Os filhos de Nínive fizeram jejum quando Jonas lhes pregou a conversão, como está escrito: «Os habitantes de Nínive acreditaram em Deus, proclamaram um jejum e revestiram-se de sacos, desde o maior ao mais pequeno. Logo que a notícia chegou ao rei de Nínive, ele ergueu-se do trono e tirou o manto, cobriu-se de saco e sentou-se sobre a cinza» (Jn 3,5-6). E também está escrito: «Quando Deus viu as suas obras e como se convertiam do seu mau caminho, desistiu do castigo com que os ameaçara e não o executou» (Jn 3,10). Não se diz: «Viu uma abstinência de pão e de água, com sacos e cinza», mas: «Viu as suas obras e como se convertiam do seu mau caminho». O jejum que os ninivitas fizeram, afastando-se do seu mau caminho e da avidez das suas mãos, foi um jejum puro, e por isso foi aceite por Deus. Quando se jejua, meu amigo, a melhor abstinência é a abstinência da malícia, que é melhor do que a abstinência de pão e água, melhor do que «curvar a cabeça como um junco, deitar-se sobre saco e cinza», como diz Isaías (58,5). Na verdade, quando o homem se abstém de pão, de água ou de qualquer outro alimento, quando se cobre de saco e de cinza e entra em aflições, torna-se amado, belo e reconhecido; mas o que mais agrada é que se humilhe a si mesmo, que quebre as cadeias da impiedade e desate os laços da hipocrisia. Então, a sua luz despontará como a aurora e a sua justiça o precederá; será como um jardim bem regado, como nascente cujas águas nunca faltam (cf Is 58,6-8).

São Venâncio de Tours, abade - Dia da Festa: 13 de outubro

Martirológio Romano:
Em Tours, na Gália de julho, agora na França, São Venâncio, abade, que, tendo se casado ainda jovem, foi à basílica de São Martinho e, impressionado com a vida dos monges, com o consentimento de seu esposa escolheu viver entre eles em Cristo.
https://www.santiebeati.it/dettaglio/74120
Venâncio Honório Clemente Fortunato: um nome grande, de uma grande figura da cristandade de todos os tempos. Era italiano, nasceu numa família pagã, em Treviso, no ano 530. Estudou em Ravena, importante pólo cultural da época, onde se formou em gramática e retórica e se converteu. Porém Venâncio sofria de uma doença crônica nos olhos e estava quase cego. Devoto extremado de são Martinho de Tours, rezou muito para a cura por sua intercessão. Que ocorreu depois de tocar os olhos com o óleo da lamparina que iluminava a capela dedicada ao santo. Decidiu peregrinar, louvando o milagre que Deus lhe concedera, e agradecer pela intercessão do santo junto ao seu túmulo, na Gália, hoje França. Dessa longa peregrinação não mais retornou. No extenso percurso, exercitou um de seus dons, o da poesia, talvez o melhor. Entre camponeses analfabetos e curiosos, através dela conquistava todos os cristãos, e convertia os pagãos.

São Geraldo de Aurillac

Geraldo nasceu em Aurillac, por volta do ano de 855. Como o filho mais velho deveria suceder ao pai, como Conde, assim teve uma educação comum à nobreza: aprendeu a ler o bastante para recitar o saltério, conduzir matilhas de cães à caça, atirar ao arco e lançar o falcão. Aprouve a Deus, que durante muito tempo Geraldo fosse bastante doentio não sendo possível dedicar-se aos exercícios da época, mas não tanto que o impedisse de estudar. Por isso seus pais resolveram que se consagrasse mais particularmente às letras para assim fazê-lo ingressar no clero. Ao atingir a adolescência, sua saúde melhorou; tornou-se tão ágil que saltava facilmente por cima de um cavalo. Destacava-se nos exercícios militares, mas continuava a amar o estudo; as Escrituras Sagradas eram-lhe tão familiares como a poucos clérigos. Tendo o pai falecido, foi obrigado, muito jovem ainda, a governar o domínio na qualidade de conde. Nem por isso se tornou mais orgulhoso, como frequentemente acontece. O dever levava-o a ocupar-se de negócios, mas sentia-se cada vez mais atraído pela meditação das coisas divinas. Meigo e pacífico, preferia sofrer o mal que lhe faziam a revidar. Porém, demonstraram-lhe que tanta indulgência prejudicava o povo, exposto às incursões e à pilhagem. Então, pôs-se a imaginar um meio de proteger os órfãos, as viúvas, e os habitantes do campo. O amor aos pobres fez dele um militar.

São Teófilo de Antioquia, Bispo Dia da Festa: 13 de outubro século II

No 169, Teófilo foi o sexto Bispo de Antioquia, depois do apóstolo Pedro e Teófilo. De origem pagã, converteu-se ao cristianismo observando seus costumes e lendo a Bíblia. Foi autor de muitas obras contra as heresias da época, em defesa da doutrina da fé e com comentários sobre as Escrituras.
https://www.vaticannews.va/pt/santo-do-dia.html
Emblema: Cajado pastoral 
Martirológio Romano: Comemoração de São Teófilo, bispo de Antioquia, homem de grande erudição, que ocupou o pontificado desta Igreja, o sexto depois do bem-aventurado Apóstolo Pedro, e escreveu uma obra contra Marcião para defender a verdadeira fé. 

Santa Parasceve, a Jovem, eremita - 13 de outubro

A “Vida de Santa Parasceve, a Jovem”, foi escrita pelo Metropolitana de Myra, Mateus, no século XVII, após a última transferência das relíquias para a Moldávia em 1641, seis séculos depois da morte da santa eremita. Parasceve nasceu em Epivate, um porto a um dia de caminhada de Constantinopla. Ela viveu e morreu provavelmente no século X. Pertencia a uma família nobre; ela e seu irmão Eutimio ficaram órfãs muito jovens e ambos decidiram abraçar a vida religiosa. Eutimio, por suas virtudes, foi feito bispo de Maditos. Parasceve, depois de um certo número de anos em um mosteiro, se retirou como eremita em uma área do deserto do Jordão, imitando a vida santa dos antigos monges eremitas do Egito e da Síria: longas orações, vigílias noturnas e jejum frequente. Ela só comia algo aos sábados e domingos e dormia sobre a terra nua Certa noite Parasceve teve uma visão de um anjo que a exortava a perseverar em sua vida de penitente, e recomendou-lhe voltar para sua cidade natal. Parasceve deixou então o eremitério e foi para Constantinopla, e como peregrina visitou os santuários, colocando-se sob a proteção da Virgem na igreja de Blachernae; em seguida, dirigiu-se a Epivate, onde continuou nas práticas de penitência, mortificação e oração, o que fez o resto de sua vida.

Santa Celidônia de Subiaco, Solitária - 13 de outubro

Martirológio Romano: Perto de Subiaco, no Lácio, Itália, Santa Quelidonia ou Celidônia, virgem, que, como diz a tradição, durante cinquenta e oito anos levou vida solitária e austera, dedicada unicamente a Deus († 1152).
     Chelidonia em grego (chelidôn) significa "andorinha". Esta santa de nome original, e que não são muitas as pessoas que o têm, gostava da solidão: passou quase 60 anos nos montes Simbruini que rodeiam a cidade de Abruzzo, Itália.
     Ela nasceu em Cicoli, em Abruzzo, por volta de 1077, numa família do povo. Seu primeiro nome era aparentemente Cleridona ("dom da sorte"); após a Renascença, a partir de um afresco da caverna sagrada de Subiaco, começaram a usar Quelidonia.
     Por volta de 1092, ansiosa para se dedicar a Deus, ela deixou a casa da família e se retirou como eremita em uma caverna de Simbruini, duas milhas a nordeste de Subiaco. O lugar era e é conhecido como Mora Ferogna.
     Este lugar era então um itinerário importante para atingir a santidade, devido em parte a São Bento e sua imensa obra religiosa. Foi ali que ele se retirou pela primeira vez para levar uma vida de penitência e oração. Fundou doze eremitérios. Hoje só restou o de Santa Escolástica, irmã de São Bento.
     Celidônia viveu ali por quase 60 anos sozinha diante de Deus, jejuando e rezando, heroicamente suportando a inclemência das estações, dormindo sobre a rocha nua, desafiando a selvageria de lobos, alimentada pelas ofertas dos fiéis, logo atraídos pela fama de suas virtudes e de seus milagres, e às vezes sustentada milagrosamente por Deus.

Eduardo da Inglaterra Rei, Santo (ca. 1000-1066)

Rei dos Anglo-Saxões, chamado o Piedoso. 
36 anos depois da sua morte,
 o seu corpo foi encontrado intacto.
Após conturbados anos de dominação dinamarquesa, 
o santo monarca devolveu à Inglaterra 
a paz e a prosperidade, 
segundo os ditames da Igreja Católica.
Nascido por volta do ano 1000, Santo Eduardo era filho do rei Etelredo II, que governou a Inglaterra dos anos 978 a 1016, e de sua segunda esposa, Ema, filha do Duque da Normandia. Em 1013, Sweyn, rei viking da Dinamarca, invadiu a Inglaterra e apoderou-se do trono, repetindo o feito de um antecessor seu. Etelredo fugiu então com sua família para a Normandia. Porém, com a morte de Sweyn no ano seguinte, voltou e reconquistou o poder. Por pouco tempo, pois faleceu em 1016. Subiu então ao trono Edmundo, meio-irmão de Eduardo, que continuou a luta contra os invasores. Mas foi assassinado, apoderando-se do trono o dinamarquês Canuto. Este pediu Ema em casamento, estipulando que os filhos deste matrimônio seriam seus herdeiros, em detrimento de Santo Eduardo e de seu irmão, que haviam ficado na Normandia. Canuto, cognominado “o Grande”, reinou na Inglaterra durante 19 anos. A figura desse grande conquistador não deixa de chamar a atenção: “intrigante, ambicioso e violento, Canuto no entanto expiou suas antigas crueldades por um cristianismo não sem valor.

Madalena Panattieri Dominicana, Beata (1443-15803)

Religiosa dominicana. 
O seu culto foi confirmado 
pelo Papa Leão XII.
Inicialmente as obras de Madalena foram apenas de misericórdia. Tinha especial predilecção pelas crianças nas quais via a inocência e o futuro do mundo. Mas o sucesso maior que ela obteve não tanto como pregadora quanto como mestra de espiritualidade. Ela catequizava em uma pequena capela e suas modestas conferências a princípio eram destinadas a um grupo de senhoras, as quais reconheciam nela uma óptima conselheira. Pouco a pouco, alguns homens se uniram às senhoras, e até mesmo sacerdotes se sentiram atraídos pelas palavras inspiradas desta terciária dominicana. Ela insistia sobretudo na reforma dos costumes, e tratava com frequência do problema da usura, vivo naquele tempo em que o comércio ia se expandindo. Por meio dela, Trino tornou-se um centro de pregações. O Prior Geral dos Dominicanos foi de Milão a Trino, e de todas as partes do Piemonte muitos pregadores iam a Trino para ouvi-la. Madalena entretanto não se vangloriava, ao contrário, dava provas de profunda humildade. A um homem que, incomodado com suas palavras, a golpeia com uma bofetada, Madalena, caindo de joelhos, disse: “Irmão, eis a outra face; te agradeço por amor de Cristo”. Ela foi profetisa de desventuras e nas suas pregações repetia o grito: “Ai de ti Itália! Vejo aproximar-se o flagelo”.

Beata Alexandrina Maria da Costa- Balasar

ALEXANDRINA MARIA DA COSTA nasceu em Balasar, Póvoa de Varzim, Arquidiocese de Braga, no dia 30 de Março de 1904, e foi batizada no dia 2 de Abril, Sábado Santo.Foi educada cristãmente pela mãe, junto com a irmã Deolinda.  Alexandrina viveu em casa até aos 7 anos. Depois foi para uma pensão dum marceneiro na Póvoa de Varzim a fim de frequentar a escola primária que não existia em Balasar. Fez a primeira comunhão na sua terra natal em 1911 e no ano seguinte recebeu o sacramento da Crisma pelo Bispo do Porto. Passados 18 meses, voltou a Balasar e foi morar com a mãe e a irmã na localidade do “Calvário”, onde irá permanecer até à morte.
No sábado santo de 1918, aos 14 anos para a sua pureza ameaçada e defender duas companheiras das maldosas intenções de dois homens que invadiram sua casa, ela saltou duma janela ao quintal, num altura de quatro metros. A ciência reconheceu mais tarde ter sido este ato heroico a origem, pelo menos em parte, do seu futuro sofrimento.

Última Aparição de Nossa Senhora de Fátima aos Pastorinhos, 13 de Outubro

Nossa Senhora de Fátima ou Nossa Senhora do Rosário de Fátima é a designação pela qual é conhecida, na religião católica romana, a Virgem Maria, mãe de Jesus Cristo, pelos católicos ou outras pessoas que acreditam em sua aparição durante meses seguidos para três crianças em Fátima, localidade portuguesa, em 1917. A aparição é associada também a Nossa Senhora do Rosário, ou a combinação dos dois nomes, dando origem à 
"Nossa Senhora do Rosário de Fátima", pois, segundo os relatos, "Nossa Senhora do Rosário" teria sido o nome pelo qual a Virgem Maria se haveria identificado, dado que a mensagem que trazia era um pedido de oração, nomeadamente, a oração do rosário.
 Três crianças, Lúcia de Jesus dos Santos (de 10 anos), Francisco Marto (de 9 anos) e Jacinta Marto (de 7 anos), afirmaram ter visto Nossa Senhora no dia 13 de Maio de 1917 quando apascentavam um pequeno rebanho na Cova da Iria, freguesia de Aljustrel, pertencente ao conselho de Ourém, Portugal.
Segundo relatos posteriores aos acontecimentos, por volta do meio dia, depois de rezarem o terço, as crianças teriam visto uma luz brilhante; julgando ser um relâmpago, decidiram ir-se embora, mas, logo abaixo, outro clarão teria iluminado o espaço. Nessa altura teriam visto em cima de uma pequena azinheira (onde agora se encontra a Capelinha das Aparições), uma "Senhora mais brilhante que o sol".
Segundo os testemunhos recolhidos na época, a senhora disse às três crianças que era necessário rezar muito e que aprendessem a ler. Convidou-as a voltarem ao mesmo sítio no dia 13 dos próximos cinco meses. As três crianças assistiram a outras aparições no mesmo local em 13 de Junho, 13 de Julho e 13 de Setembro. Em Agosto, a aparição ocorreu no dia 19, no sítio dos Valinhos, a uns 500 metros do lugar de Aljustrel, porque as crianças tinham sido levadas para Vila Nova de Ourém pelo administrador do Conselho no dia 13 de Agosto.

Há 99 anos o Sol bailou no céu e 100.000 pessoas presenciaram o maior milagre do século 20! - 13 de outubro de 1917

Você está a caminho do trabalho, como faz todos os dias. Imagine se num dia comum, de repente, você olhasse para o céu e… Sol começasse a se mexer!      No mínimo curioso, não é? Pois foi exatamente isso que aconteceu há 99 anos!    No dia 13 de outubro de 1917, 70.000 pessoas estavam na Cova da Iria, local onde os pastorinhos Lúcia, Francisco e Jacinta contemplavam a visita de Nossa Senhora desde maio daquele ano. Agora era o cenário onde milhares de pessoas poderiam ver com os próprios olhos o milagre que a Mãe de Deus já havia previsto para aquela data.     Nossa Senhora havia alertado os pastorinhos, três meses antes do milagre do sol, que ela faria  um milagre “para que todos vissem e acreditassem”.

ORAÇÕES - 13 DE OUTUBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
13 – Segunda-feira– Santos: Celidônia, Geraldo de Aurilac, Venâncio
Evangelho (Lc 11,29-32) No dia do julgamento, os ninivitas se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão.”
Penso que Jesus não estava a falar daqueles ali reunidos para o ouvir. Falava dos teimosos adversários que se recusavam a acolher sua mensagem. Fechavam o coração ao Pai que os convidava a uma vida nova, por má vontade rejeitavamo anúncio da salvação. Apegavam-se ao passado, levantavam pretextos, exigiam provas. Para aceitar o evangelho, preciso ter o oração disposto a ouvir.
Oração
Senhor Jesus, faz tempo que vivo entre vossosdiscípulos,tendo as melhores oportunidades para vos conhecer e seguirmais de perto.Não tenho aproveitado como poderia minha situação privilegiada. Perdoai-me; quero corresponder mais à vossa generosidade. E hoje peço também por aqueles que ainda não vos conhecem, ou ainda resistem ao vosso convite. Convertei todos nós. Amém.

domingo, 12 de outubro de 2025

EVANGELHO DO DIA 12 DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Lucas 17,11-19. 
Naquele tempo, indo Jesus a caminho de Jerusalém, passava entre a Samaria e a Galileia. Ao entrar numa povoação, vieram ao seu encontro dez leprosos. Conservando-se a distância, disseram em alta voz: «Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!». Ao vê-los, Jesus disse-lhes: «Ide mostrar-vos aos sacerdotes». E sucedeu que no caminho ficaram limpos da lepra. Um deles, ao ver-se curado, voltou atrás, glorificando a Deus em alta voz, e prostrou-se de rosto por terra aos pés de Jesus para Lhe agradecer. Era um samaritano. Jesus, tomando a palavra, disse: «Não foram dez os que ficaram curados? Onde estão os outros nove? Não se encontrou quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro?». E disse ao homem: «Levanta-te e segue o teu caminho; a tua fé te salvou». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Bruno de Segni 
(1045-1123) Bispo 
Comentário sobre o Evangelho de Lucas, 
2, 40; PL 165, 428 
Purificados da lepra do pecado
«No caminho ficaram limpos da lepra»: que os pecadores ouçam estas palavras e se esforcem por compreendê-las. Não custa ao Senhor perdoar os pecados. Com efeito, o pecador é muitas vezes perdoado antes de ir ter com o sacerdote; na realidade, fica curado no próprio momento em que se arrepende: quando se converte, passa da morte para a vida. Mas que ele se lembre de que conversão se trata e escute o que diz o Senhor: «Mas agora, diz o Senhor, convertei-vos a Mim de todo o vosso coração com jejuns, com lágrimas, com gemidos. Rasgai o vosso coração e não os vossos vestidos» (Jl 2,12-13) Qualquer conversão tem, pois, de ocorrer no coração. «Um deles, ao ver-se curado, voltou atrás, glorificando a Deus em alta voz»: este homem representa todos aqueles que foram purificados pelas águas do batismo ou curados pelo sacramento da penitência, e já não seguem o demónio, mas imitam a Cristo, caminham atrás dele glorificando-O e dando-Lhe graças, e não deixam o seu serviço. Jesus «disse ao homem: "Levanta-te e segue o teu caminho; a tua fé te salvou"». Grande é o poder da fé, pois «sem a fé é não é possível agradar a Deus» (Heb 11,6). «Abraão acreditou em Deus e isto foi-lhe atribuído como justiça» (Rm 4,3): é a fé que salva, a fé que justifica, a fé que cura o homem na sua alma e no seu corpo.

São Carlos Acutis Adolescente Festa: 12 de outubro

(*)Londres, Inglaterra, 3 de maio de 1991
(✝︎)Monza, Monza e Brianza, 12 de outubro de 2006 
Filho mais velho de Andrea Acutis e Antonia Salzano, Carlo nasceu em Londres, onde seus pais estavam para o trabalho de seu pai, em 3 de maio de 1991. Passou a infância em Milão, rodeado pelo carinho dos seus entes queridos e aprendendo imediatamente a amar o Senhor, tanto que foi admitido à Primeira Comunhão aos sete anos de idade. Frequentador assíduo da paróquia de Santa Maria Segreta em Milão, aluno das Irmãs Marcelinas no ensino fundamental e médio, depois dos padres jesuítas no ensino médio, empenhou-se em viver a amizade com Jesus e o amor filial à Virgem Maria, mas também estava atento aos problemas das pessoas ao seu redor, até mesmo usando as novas tecnologias como especialista, embora autodidata. Atingido por uma forma de leucemia fulminante, ele a experimentou como uma provação a ser oferecida ao Papa e à Igreja. Ele deixou este mundo em 12 de outubro de 2006, no hospital San Gerardo em Monza, aos quinze anos. Foi beatificado em 10 de outubro de 2020, na Basílica Superior de São Francisco de Assis, sob o pontificado do Papa Francisco. O mesmo Pontífice, em 23 de maio de 2024, autorizou a promulgação do decreto relativo ao segundo milagre que está sendo considerado para canonização. Durante o Consistório Ordinário Público de 13 de junho de 2025, o Papa Leão XIV decretou que a canonização fosse celebrada no domingo, 7 de setembro de 2025. Os restos mortais de Carlo repousam desde 6 de abril de 2019 em Assis, na igreja de Santa Maria Maggiore – Santuário da Espoliação, enquanto sua memória litúrgica ocorre em 12 de outubro, dia de seu nascimento no céu.

Santo Edisto Mártir Festa: 12 de outubro

Edisto, também conhecido como Orestes ou Aristo, mártir do século I, era é um escudeiro de Nero. Enquanto acompanhava o imperador, em Laurento, conheceu um presbítero local, que o converteu, e foi batizado por São Pedro. Segundo uma "passio" lendária, foi sepultado na Via Laurentina, em Roma.
Martirológio Romano: Em Roma, na Via Laurentina, Santo Edisto, mártir. 
Ele é comemorado no Martirológio Romano em 12 de outubro. sob a indicação topográfica: "Ravennae Via Lauretina". O elogio vem de Florus, que o transcreveu de alguns codds. do Hieronymian, que, no entanto, transmite a segunda redação deste Martirológio; nos mais antigos e mais testemunhados da primeira redação, lemos Romae. Na realidade, nem um mártir chamado E. era conhecido em Ravena, nem a Via Lauretina, uma corrupção óbvia de Laurentina, tinha algo a ver com Ravena; na verdade, leva a Laurento, uma antiga cidade no baixo Lácio, localizada entre Ostia e Lavinio (hoje Paterno-Torre di Paterno). Infelizmente, não há informações confiáveis sobre a personalidade deste santo. De acordo com a lendária passio, ele havia sido batizado pelo apóstolo Pedro e era o escudeiro de Nero. Enquanto estava com o imperador em Laurento, ele conheceu o presbítero Prisco, sua esposa, Termantia, sua filha Criste (Cristina) e a serva Vitória.

Santos Domnina (Donnina) de Anazarbo e Donnino Mártires Festa: 12 de outubro Século IV

Martirológio Romano:
Em Ainvarza, na Cilícia, na atual Turquia, Santa Domnina, mártir, que se diz ter sofrido muitas torturas sob o imperador Diocleciano e o governador Lícia e ter dado seu espírito a Deus na prisão. 
Não acreditamos que hoje em dia muitos cristãos sejam batizados com o nome de Donnino, um diminutivo do romano Dominus, ou seja, Senhor e mestre. Em italiano, portanto, Donnino significaria escudeiro e mestre. Mas se no cartório o nome de Donnino se tornou raro, ou mesmo desapareceu, esse não é o caso da toponímia. Gastone Imbrighi, em seu estudo muito interessante sobre os santos na toponímia italiana, registra nove cidades que levam o nome do santo de hoje: Cavaglia San Donnino, na província de Novara; San Donnino na província de Ancona, dois San Donnino na província de Reggio Emilia; um na província de Pesaro; um na província de Arezzo, um na província de Florença, um na província de Modena; um na província de Lucca. Mas a cidade mais importante que levava esse nome era, até algum tempo atrás, Borgo San Donnino, que não era, digamos, renomeado, mas sim desbatizado, para dar o antigo nome de Fidenza, o nome auspicioso de uma colônia romana, semelhante às de Florença, Piacenza e Potenza.

VILFRIDO DE YORK Monge, Bispo, Santo (c.634-709)

Bispo. Foi o obreiro incansável na união 
das igrejas na Inglaterra do seu tempo.
Vilfrido nasceu em Ripon (Northumbria), e desde criança foi educado no mosteiro de Lindisfarne, de acordo com os usos celtas; foi depois para outro mosteiro para adoptar a observância romana. Após uma breve estadia em Canterbury, foi para Lyon, onde o bispo, Delfim, lhe ofereceu sua sobrinha em casamento, mas ele recusou porque tinha tomado a decisão de se entregar a Deus. Fez uma peregrinação a Roma, onde viveu de 653 a 657 e onde o papa São Martinho I o abençoou. Ali estudou as Escrituras e o direito eclesiástico com São Bonifácio. Voltou para Lyon, onde recebeu a tonsura das mãos Defim. Após a morte deste, escapou ele mesmo à morte por um estrangeiro, e voltou à pátria. Quando voltava para Northumbria entrou em conflito com as igrejas de costumes celtas, promovidas por São Aidan e pelos monges de Lindisfarne, incluindo o Bispo de York, Colman. Com a ajuda do rei Alcfrid fundou a abadia de Ripon, onde introduziu o rito romano e a Regra de São Bento e se tornou o primeiro abade. Em 633, foi ordenado sacerdote. Em 664, foi ordenado bispo de Compiègne e teve um papel muito importante no Concílio de Whitby, onde o rito romano foi adoptado pela Inglaterra.

Serafim de Montegranaro Religioso Franciscano, Santo (1540-1604)

Religioso capuchinho italiano, 
canonizado 
pelo Papa Clemente XIII, em 1767.
Serafim nasceu em 1540, em Montegranaro, nas Marcas, Itália. Foram seus pais Jerónimo Rapagnano e Teodora Giovannuzzi. Eram de humilde condição e cristãos fervorosos. Dada a pobreza da sua família, trabalhou, durante algum tempo, como criado na casa de um lavrador, que lhe encomendou a guarda dos seus rebanhos. Como sucedeu com outros irmãos franciscanos seus contemporâneos, São Pascoal Bailão e São Félix de Cantalício, na solidão dos campos, sendo analfabeto, aprendeu a ler o grande livro da natureza e a levantar o espírito para Deus. Quando tinha 18 anos, bateu à porta do Convento dos Capuchinhos de Tolentino. Depois de algumas dificuldades, foi recebido na Ordem como religioso e fez o noviciado em Jesi. Percorreu quase todos os conventos das Marcas, porque, apesar da sua boa vontade e a maior diligência que punha no cumprimento de tudo o que lhe confiavam, não conseguia agradar nem aos superiores nem aos irmãos da fraternidade, que não lhe poupavam repreensões e castigos. Porém, mostrava sempre uma extraordinária bondade, pobreza, humildade, pureza e mortificação.

NOSSA SENHORA DE APARECIDA Padroeira do Brasil

1. Conhecendo a nossa cultura
No ano de 2000 o povo brasileiro celebrou um grande acontecimento histórico: os seus primeiros 500 anos de existência. Este fato marcou a entrada do Brasil no novo milênio e levou muitos a fazerem a seguinte pergunta: hoje, passados estes cinco séculos, qual é a nossa identidade cultural? Quais são as nossas raízes? O que é "ser brasileiro"? Que coisa me faz "ser brasileiro" ? Quantas vezes não escutamos falar que o Brasil é o "País do Futebol"; o "País do samba e da alegria"; "O País do Carnaval"; ou que o brasileiro é o "rei do jeitinho", ou até mesmo que "Deus é brasileiro"? Isso é o que a gente mais ou menos escuta falar por aí, não é mesmo? Mas, por de trás destas frases tão populares, esconde-se um problema fundamental para nós brasileiros: conhecer, valorizar e transmitir a nossa mais autêntica identidade cultural. E como podemos fazer isso? O primeiro passo é, justamente, conhecê-la. De uma maneira bem generalizada, poderíamos dizer que somos brasileiros porque compartimos uma mesma geografia eu por que nascemos em uma mesma "nação" que é reconhecida internacionalmente com o nome de "Brasil" e que possui o seu espaço político e econômico próprio; uma autonomia própria. Ao mesmo tempo, aprofundando um pouco mais no assunto, percebemos que nem tudo é pura uniformidade, mas que convivemos também com uma enorme diversidade.

REFLETINDO A PALAVRA - “A Mulher, um grande sinal”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
SACERDOTE REDENTORISTA
NA PAZ DO SENHOR
Neste dia 12 de outubro, temos a alegria de comemorar a grande vitória do povo de Deus: uma de nossa raça tornou-se não somente a grande Mulher, humanidade ressuscitada e glorificada junto de Deus, mas também a afabilidade de uma mulher, mãe, enegrecida na cor, presença amorosa no meio do povo como Mãe Aparecida, Perpétuo Socorro do povo brasileiro. É belo ver as multidões passarem diante da imagenzinha de pouco mais de 30 centímetros de altura, mas de milhões de quilômetros de afeto e acolhimento ao povo que a ama. Claro que não nos fixamos na imagem, mas na beleza que seu símbolo representa. A liturgia de hoje une a Palavra de Deus a uma realidade do povo a caminho, em romaria. 
A imagem da Senhora Aparecida é a Imaculada Conceição, a mulher do Apocalipse, como diz a primeira leitura (Apocalipse 12), vestida de sol, coroada de estrelas e tendo a lua a seus pés. Está grávida e grita de dores para dar à luz. O dragão quer comer-lhe o filho. O dragão é o demônio que quer destruir os filhos da Igreja. Arma-lhes tremenda perseguição como fez no tempo de João. Maria coroada de estrelas, tendo o sol como vestido e a lua como suporte, simboliza, além da superação da idolatria, a união de todo o universo que entra na glorificação da Mulher e de seu Filho. 
Esta Mulher é a rainha intercessora pelo povo de Deus. Como Ester, pede a Deus que salve seu povo. Deus se encantou dela, como diz o Salmo. A intercessão misericordiosa de Maria é relatada nas Bodas de Caná, onde, não só está presente, mas está solícita para com as necessidades de todos. Maria não quer ver os noivos em má situação. Não quer ver seus filhos sofrerem pela falta do vinho, e conquista-lhes o vinho novo do Reino. Estes filhos foram conquistados pelo sangue de Cristo e dados a ela ao pé da Cruz. Maria não só intercede, mas está presente onde os filhos se encontram, como em nosso santuário, novo lugar da festa de Caná, onde Jesus está presente e ouve sua súplica. 
A oração da missa, de rara beleza, eleva a Deus o seguinte pedido: “O povo brasileiro, fiel a sua vocação e vivendo na paz e na justiça, chegue à pátria definitiva”. Qual é a vocação do povo brasileiro? Como vive na justiça e na paz? É uma oração de programa de governo. A mente religiosa do povo não se fixa num progresso sem fé, mas num progresso que conduz à pátria celeste iniciando aqui e agora. 
Esta celebração faz-nos contemplar a pequena imagem negra e ver nela o caminho para nosso povo. Ela era branca e colorida. Mas misturou-se com o barro do rio Paraíba e assumiu a cor morena de nosso povo. Mesmo sofrido nosso povo é feliz. Se contemplarmos a imagem, vemos flores nos cabelos, que são longos como dos índios. Seu vestido e manto são bem trabalhados. Está de mãos postas em oração. Assim nosso povo: tem consciência que a dureza da vida não lhe tira o direito de viver e estar belo diante de Deus, misturando-se nas diversas comunicações de vida, sobretudo na oração com Deus e os irmãos. 
(Leituras: Ester 5,1-2.7,2-3; 
Apocalipse 12,1.5.13.15-16; 
João 2,1-11) 
Homilia para a festa de N.S.Aparecida.
EM OUTUBRO DE 2002

REFLETINDO A PALAVRA - “Sorriso de Mãe”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
SACERDOTE REDENTORISTA
NA PAZ DO SENHOR
Beleza que salva 
Celebramos a festa de N. S. Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil. Para essa festa nós acolhemos todos os sentimentos do povo de Deus, que tanto a ama. Isso podemos constatar pelos 8 milhões de peregrinos e 30 milhões de visitantes do site do Santuário. Além dessa palavra que é o coração do povo, a Palavra de Deus quer nos orientar na compreensão e na vivência da festa, a partir da celebração litúrgica. A imagem santa é um símbolo muito bonito: É uma imagem sorridente, que mostra uma beleza interior muito grande. Por que sorri? Porque ama seu povo. É a expressão da misericórdia de Deus. Maria é uma janela por onde Deus sorri a seu povo, com terna misericórdia. Ao lermos o livro de Ester podemos sentir o que significa Maria para o povo cristão. Ester se propõe a arriscar a própria vida para salvar seu povo. A rainha não podia, sob pena de morte, comparecer diante do rei sem ser chamada. Ester vai ao rei e o conquista com sua beleza e graça de mulher. Arrisca-se por seu povo e pede: “Se ganhei as tuas boas graças, ó rei, e ser for de teu agrado, concede-me a vida – eis o meu pedido – e salva o meu povo – eis o meu desejo” (Est 5,3). A beleza da rainha garantiu-lhe a vida e salvou o povo sentenciado à morte. Maria conquistou o coração de Deus pela sua humilde beleza, “pois Deus olhou a humildade de sua serva”; Canta o salmo 44: “Majestosa a princesa real vem chegando, vestida de ricos brocados de ouro”. Por sua graça conquistou a salvação do povo: “Ela dará à luz um filho e tu O chamarás com o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mt 1,21). “Ele será chamado Filho do Altíssimo” por obra do Espírito Santo. 
Sorriso que anima 
O coração da liturgia é o evangelho que narra o milagre da transformação da água em vinho nas bodas de Caná (Jo 2,1-11). O texto tem ricos significados do novo Reino e da nova vida. O vinho novo inaugura a hora de Jesus em que ele manifesta seu poder para a fé. A presença de Maria é anotada com uma finalidade muito grande: a importância de sua presença no mistério da Redenção. Não sem razão Maria estava em Caná. A razão dessa presença feminina e materna de Maria é continuar sendo a expressão carinhosa de Deus que se preocupa com detalhes do cotidiano. Maria disse aos serventes, com um sorriso: “Fazei tudo o que ele vos disser”. Mostra bem o quanto Filho e Mãe se entendiam. Maria anima-nos a buscar no Filho o vinho novo, para que a festa do amor não termine. O amor que temos por Deus e pelas pessoas é o resultado da Redenção, adiantada por Maria. 
Coração da unidade 
A imagem de N. S. Aparecida é um ícone da nação brasileira. Traz em si as marcas das três raças que compõem nosso povo. Ela é negra de cor, traços brancos e cabelos de índio. Um povo a ser protegido. Maria estimula a nação a proteger seu filho pois há um dragão de maldade, injustiça e violência que o quer devorar. Na miscigenação das três raças, com características tão marcantes de persistência em viver, disposição de participar e de alegria festiva ao acolher. O texto da oração convida a realizar nossa vocação de paz e de justiça. Que esse símbolo da unidade nacional seja sempre uma bandeira a desbravar os sertões da maldade e a implantar uma pátria para todos os brasileiros. Maria sorri a seu povo e lhe dá esperança. Essa festa celebra o coração espiritual do povo brasileiro que tanto ama a Deus, ama Nossa Senhora e quer amar os irmãos de todas as raças e cores. Ela é um ícone do povo brasileiro.
Leituras:Ester 5,1b-2; 7,2b-3; Salmo 44; 
Apocalipse 12,1.5.13ª.15-16; João 2,1-11. 
1. Celebrando a festa de N. S. Aparecida, celebramos o coração de todo o povo de Deus que a venera e celebra. A imagem é sorridente. A liturgia reassume esse símbolo e indica que Maria é uma janela pela qual Deus sorri a seu povo. É o que lemos no livro de Ester que com sua beleza salva a si e a seu povo. Maria é a bela que atrai o coração de Deus que dá a salvação ao povo, pois seu Filho é o Salvador. 
2. Nas bodas de Caná Maria está presente. Não sem razão está ali. Ela, com sua presença feminina e materna, continua sendo a expressão carinhosa de Deus que se preocupa com o cotidiano da vida de seus filhos. Maria anima-nos a buscar no Filho o vinho novo, para que a festa do amor não termine. 
3. A Imagem de N. S. Aparecida é o ícone da nação brasileira. Traz em si as marcas das três raças que compõem o povo: negro, branco e índio. A leitura do Apocalipse mostra a mulher perseguida pelo dragão que quer lhe devorar o filho. Assim, Maria é modelo da nação que deve proteger seus filhos do dragão da maldade, da injustiça e da violência. O texto da oração nos dá a bandeira a desbravar o sertão da maldade e implantar uma pátria de paz para todos os brasileiros.
Mãe com “S” 
A Mãe Aparecida, Nossa Senhora, tem uma imagem interessante: é sorridente. Normalmente as imagens são sérias. Sorridentes são poucas. Esculpir um sorriso não é tão fácil. O artista que esculpiu a estátua de N. S. Aparecida tinha uma alma linda, pois conseguiu expressá-la na imagem pescada no rio, aquela que hoje está no altar. As leituras da liturgia da festa traduzem esse sentimento de doce ternura, terna misericórdia e compaixão. Ester tem compaixão de seu povo e assume o risco de vida para libertá-lo. Maria, nas bodas de Caná, está docemente preocupada com a situação dos noivos e com ternura pede a Jesus que resolva a situação. Ela continua sempre amorosamente sorridente ao romeiro que a visita em seu santuário. Precisamos de seu sorriso para ser mais ternos com as pessoas. Amar Nossa Senhora é ser um pouco do que ela é. Homilia da festa de N. S. Aparecida 
EM 12 DE OUTUBRO DE 2007 

NOSSA SENHORA DO PILAR

O título mais antigo de Nossa Senhora
 
O título de Nossa Senhora do Pilar é o mais antigo de Nossa Senhora, mesmo não sendo muito conhecido no Brasil. A basílica do Pilar, que fica em Zaragoza, uma cidade da Espanha, é um santuário privilegiado. Nossa Senhora do Pilar na tradição cristã Segundo a tradição cristã, o título de Nossa Senhora do Pilar tem origem há mais de 1900 anos. Ela diz que dia após dia aumentava a quantidade de cristãos que eram atraídos pelos milagres e pela pregação dos apóstolos. Porém, em perseguição contra a Santa Igreja, muitos cristãos eram presos, torturados e mortos pelos judeus. Com isso, os apóstolos, indignados, iniciaram a anunciar o evangelho para todos, conforme ordenou Nosso Senhor Jesus Cristo. 
A missão dada a São Tiago
São Tiago o responsável pela pregação do Santo Evangelho na Espanha. Porém, antes de sua partida, ele implorou a bênção de Maria Santíssima, como era de costume entre os apóstolos. Enquanto abençoava São Tiago, Maria disse: ”Vai, meu filho, cumpre a ordem de teu Mestre, e por Ele te rogo que, naquela cidade da Espanha em que maior número de almas converteres a fé, edifiques uma igreja em minha memória, conforme o que eu te manifestar”.

ORAÇÕES - 12 DE OUTUBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
12 – Domingo – Nossa Senhora da Conceição Aparecida
Evangelho (Jo 2,1-11)Sua mãe disse aos que estavam servindo: – Fazei o que ele vos disser.”
Joao não está apenas contando um pequenoepisódio da vida de Jesus. Ao falar de Maria em Caná ejunto a cruz (Jo18,26) ele quer fazer-nos compreender a presençaativa de Maria na comunidade dos discípulos de Jesus. Ele foi convidado para a festa, e também sua mãe estava lá. Ela esteve presente em toda a vida de Jesus, continuaentre seus discípulos, ainda agora. Na falta do vinho, intercedeu pelos noivos, e continua intercedendo, unindo sua oração à oração da igreja. Aos que serviam à mesa disse que fizessem o que Jesus mandasse; e hoje ainda continua a nos dizer o mesmo, principalmente quando temos responsabilidade por outros.Diante do sinal dado por Jesus, seus discípulos creram nele; Maria continua a nos ajudara conhecer seu filho mais de perto.
Oração
Senhor Jesus, meu Deus e meu Senhor, hoje alegro-me convosco por vossa mãe Maria. De certo modo quisestes repartir conosco seu carinho materno. Equisestes que ela fosse muito próxima de nós, tanto que são tantos os nomes que lhe damos, lembrando tanto sinais de sua presença entre nós. Ela caminha conosco nas alegrias e tristezas, ensinando-nos a ter mais alegria e esperanças. Agradeço-vos por a terdes feito a mais perfeita dentre nós, a mais humana e a mais amável. Ajudai-nos a imitar seu exemplo, e ouvir seu convite para vos seguir em tudo.Ela foi tão importante para vós na casa de Nazaré; que nós estejamos atentos a sua presença em nossaigreja, a comunidade, a família d vossos discípulos. Amém.

sábado, 11 de outubro de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “O mal não é tudo”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(✝︎)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Não existe só o mal
 
Temos refletido sobre a maravilha que é o Reino de Deus. Ele cresce misteriosamente, está aberto a todos e tem uma energia irreversível. Na linguagem de Paulo, conduz todas as coisas a Cristo: “Deus deu-nos a conhecer o mistério de sua vontade... a de em Cristo recapitular todas as coisas, as que estão nos céus e as que estão na terra” (Ef 1,9-10). O crescimento do Universo é inexorável e culmina em Cristo. O Reino de Deus age no mundo. O mundo não é domínio do Mal. No evangelho de Marcos vemos como o mal reconhece Jesus que cala sua boca. Vemos tantas coisas más no mundo. Coisas inacreditáveis que saem do coração que opta pelo mal. Mas existe também o bem, o bom, o justo, o amável e o feliz. Por mais que haja trevas, uma réstia de luz é maior. Temos a tendência de ver somente o lado negativo e triste das coisas. Não sabemos apreciar o que há de bom e de bonito. O que os noticiários apresentam? As desgraças estão em alta. Não se apresentam as coisas boas e bonitas porque as pessoas querem desgraças. O mal é notícia. O bem é maior. É uma doença que temos de ver só o negativo. Uma terapia para um mundo melhor é salientar o bem e promovê-lo. As coisas boas não são notícia. Paulo ensina: “Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12,21). Temos o hábito de só ver os erros, os pecados, os males e não nos fixamos no que é bom e dá bons frutos. Nossos males e maldades não podem ser o critério do mundo. 
O mal não é o fim 
Quando estamos doentes ou passamos alguma dificuldade, enfrentamos problemas, sempre estamos pensando que é o fim, que não vamos aguentar, e só falamos daquilo. Quando nós (de certa idade) conversamos, sempre doença e remédios são temas comuns. Claro que precisamos de vida. Mas... As pessoas têm solução. As situações não são o fim. O mal não pode ser a filosofia de nossa vida. “Se teu olho estiver são, todo seu corpo será iluminado” (Mt 6,22). Não somos capazes de ver o lado bom e a força de viver, sabendo que podemos vencer os males pessoais e do mundo. “Não maldiga o mal, acenda uma luz”. Esses provérbios são sínteses de uma vida bem vivida. Percebemos também em nós a tendência à maledicência onde vemos os defeitos dos outros e nos esquecemos que eles estão em nós, por isso os encontramos nas outras pessoas. O mal não é o fim. Todas as pessoas e situações podem ter seu bom encaminhamento. O que não tem solução, já está solucionado e tem que ser assumido. A serenidade diante dos acontecimentos pode ser muito boa para nossa saúde mental e espiritual. 
Tirar o bem do que é mau 
Há um provérbio que resume essa verdade: “Se Deus te dá um limão, faça dele uma limonada”. É um princípio filosófico: “Do bem só se tira o bem, do mal se pode tirar o mal e o bem”. É um convite a uma maior serenidade nas vivências difíceis e complicadas e que temos como mal. É preciso o conhecimento de si mesmo para não projetar sobre os outros as nossas doenças espirituais. É muito triste quando vemos os outros somente pelo lado mau. Todos têm coisas boas e podem contribuir. O mundo passa por situações difíceis que podemos solucionar. Deus deu à humanidade um Reino que pode restabelecer todas suas dificuldades e doenças. Jesus nos dá o mandamento do amor que pode facilitar os relacionamentos e nossa posição clara no mundo. Estamos para servir e dar a vida, sobretudo aos mais abandonados da sociedade. Vendo o mundo por seu lado bom, podemos viver melhor e dar mais vida ao mundo e ao homem.
ARTIGO PUBLICADO EM JANEIRO DE 2018

EVANGELHO DO DIA 11 DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Lucas 11,27-28. 
Naquele tempo, enquanto Jesus falava à multidão, uma mulher levantou a voz no meio da multidão e disse: «Feliz aquela que Te trouxe no seu ventre e Te amamentou ao seu peito». Mas Jesus respondeu: «Mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Beda o Venerável 
(673-735)
Monge beneditino, doutor da Igreja 
Homilia sobre S. Lucas, liv. IV, 49 
«Mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus 
e a põem em prática» 
«Feliz Aquela que Te trouxe no seu ventre 
e Te amamentou ao seu peito». 
Grande é a devoção e grande a fé que se exprimem nestas palavras da mulher do Evangelho. Enquanto os escribas e os fariseus põem o Senhor à prova e blasfemam, esta mulher reconhece diante de todos a sua encarnação com tal lealdade, confessa-a com tal certeza, que desmonta a calúnia dos seus contemporâneos e a falsa lei dos heréticos dos tempos futuros. Ofendendo as obras do Espírito Santo, os contemporâneos de Jesus negavam que Ele fosse verdadeiramente Filho de Deus, consubstancial ao Pai. Mais tarde, houve homens que negaram também que, pela ação do Espírito Santo, Maria sempre virgem tenha fornecido a substância da sua carne ao Filho de Deus que havia de nascer com um corpo verdadeiramente humano: negaram que Ele fosse verdadeiramente Filho do homem, da mesma natureza que sua Mãe. Mas o apóstolo Paulo desmente essa opinião quando diz de Jesus que Ele é «nascido de uma mulher, nascido sob o domínio da Lei» (Gal 4,4). Porque, concebido no seio da Virgem, Ele não foi buscar a sua carne ao nada, nem a outra parte qualquer, mas ao corpo de sua Mãe. De outro modo, não seria exato chamar-Lhe verdadeiramente Filho do homem. Feliz Mãe, na verdade, esta que, nas palavras do poeta, «deu à luz o Rei que rege o Céu e a Terra por todos os séculos, Ela que viveu as alegrias da maternidade e detém as honras da virgindade. Antes dela, não se viu outra assim, e nunca mais se verá depois dela» (Sedúlio). E contudo, o Senhor acrescenta: «Mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática», confirmando de forma magnífica o testemunho desta mulher. Pois não somente declara bem-aventurada aquela a quem foi dado conceber corporalmente o Verbo de Deus, como igualmente bem-aventurados todos aqueles que se apliquem a conceber espiritualmente o mesmo Verbo pela escuta da fé, e a alimentá-lo no seu coração e no coração dos outros, tendo-O presente pela prática do bem.

São Filipe Diácono Dia da Festa: 11 de outubro

Entre os "sete homens de boa reputação", escolhidos como diáconos, Felipe foi o primeiro missionário da história. Ao deixar Jerusalém, anunciou o Evangelho na Samaria; depois, o Espírito Santo o levou para Gaza. Acabou seus dias como chefe da comunidade de Cesareia, que hospedou o apóstolo Paulo. 
Palestina, primeiro século d.C. 
Segundo os Atos dos Apóstolos, ele é um dos sete "homens de boa reputação" escolhidos como diáconos. O primeiro, Estêvão, é o protomártir; Filipe é o primeiro missionário na história cristã. Em sua jornada missionária, ele é forçado pela perseguição que eclodiu após a morte de Estêvão, que forçou os cristãos judeus helenizados a fugir de Jerusalém. Ele, então, viaja para Samaria, que se torna a primeira parada para a proclamação do Evangelho fora da Judeia. Os cristãos de Samaria permanecem em comunhão com os fiéis da capital. Pedro e João visitam os novos crentes e invocam o Espírito Santo sobre eles com a imposição de mãos. A missão, no entanto, não conhece limites. Após proclamar o Evangelho em Samaria, Filipe recebe a ordem do Espírito para viajar até a estrada para Gaza. Ali, um oficial africano, retornando para casa após uma peregrinação a Jerusalém, passa em uma carruagem. Filipe se aproxima dele e o ouve ler uma passagem do profeta Isaías que fala de um servo misterioso levado à morte. Inspirado pelo Espírito Santo, ele lhe explica que o texto, na verdade, se refere a Jesus.

Alexandre Sauli Bispo, Santo 1530-1592

Barnabita milanês, bispo na Córsega.
luminar da Igreja, modelo de Pastor 
No século XVI surgiram grandes santos, como Santo Alexandre Sauli, Superior Geral dos Barnabitas, Bispo de Aléria, na Córsega, e de Pavia, na Itália, que levaram avante a Contra-Reforma. Eles não só combateram os erros de Lutero e seus sequazes, mas empreenderam uma autêntica reforma na vida da Igreja. Alexandre nasceu em 1530, em Milão, oriundo de uma das mais ilustres famílias genovesas que enriqueceram a Igreja com Cardeais e Bispos notáveis por seus talentos e piedade. O brasão de sua família existia até há pouco em facha-das de hospitas e igrejas que a ela deviam sua existência. Para cultivar sua inteligência e piedade precoces, seus pais deram-lhe hábeis preceptores e depois o enviaram a Pavia, para os estudos humanísticos (línguas e outros). Voltando a Milão aos 17 anos, Alexandre foi nomeado pajem do Imperador Carlos V, o que lhe abria as portas de um futuro brilhante na Corte Imperial. Mas as cogitações de Alexandre eram outras, e pediu para ser admitido na Congregação dos Barnabitas, fundada pouco antes na igreja de São Barnabé, em Milão.

Maria Soledade Torres Acosta Religiosa, Fundadora, Santa 1826-1887

Religiosa e fundadora da 
Congregação das Servas de Maria.
A 5 de Fevereiro de 1950 foi beatificada a venerável Madre Soledade Torres Acosta, fundadora das Religiosas guardas de doentes, Servas de Maria. Refere-se o nome Soledade a Maria Santíssima na Paixão do seu Divino Filho. Nasceu em Madri, a 2 de Dezembro de 1826, e morreu também em Madrid, a 11 de Outubro de 1887. Viveu numa Espanha perturbada pelos conflitos entre absolutistas e liberais, que produziram às vezes para a Igreja anos custosos. Os pais, Francisco Torres e Antónia Acosta, eram pequenos comerciantes. A criança foi batizada como Bibiana-Antónia-Manuela. Quando, chegando aos 25 anos, pensava na vida dominicana, Dom Miguel Martínez, sacerdote do bairro populoso de Chamberi, conquistou-a para a sociedade de religiosas, guardas de doentes, que projetava organizar. A 15 de Agosto de 1851, a jovem, que teria como religiosa o nome de Maria da Soledade, entrou no grupo das sete primeiras servas de Maria. Embora chegando tarde, depressa foi promovida a superiora. Mas Dom Miguel partiu para as missões no estrangeiro. O novo diretor espiritual julgou acertado mudar a superiora: Soledade foi despachada para Getafe, no Sudoeste de Madrid, para um hospitalzinho.

Angelo José Roncalli Papa João XXIII, Santo 1881-1963 papa de 1958 à 1963

Cardeal e Papa. 
Eleito a 28 de Outubro de 1958, 
faleceu, depois de ter convocado
 o Concílio do Vaticano II, 
no dia 3 de Junho de 1963.
Nasceu no dia 25 de Novembro de 1881 em Sotto il Monte, diocese e província de Bérgamo (Itália), e nesse mesmo dia foi baptizado com o nome de Angelo Giuseppe; foi o quarto de treze irmãos, nascidos numa família de camponeses e de tipo patriarcal. Ao seu tio Xavier, ele mesmo atribuirá a sua primeira e fundamental formação religiosa. O clima religioso da família e a fervorosa vida paroquial foram a primeira escola de vida cristã, que marcou a sua fisionomia espiritual. Ingressou no Seminário de Bérgamo, onde estudou até ao segundo ano de teologia. Ali começou a redigir os seus escritos espirituais, que depois foram recolhidos no "Diário da alma". No dia 1 de Março de 1896, o seu director espiritual admitiu-o na ordem franciscana secular, cuja regra professou a 23 de Maio de 1897. De 1901 a 1905 foi aluno do Pontifício Seminário Romano, graças a uma bolsa de estudos da diocese de Bérgamo. Neste tempo prestou, além disso, um ano de serviço militar.