(*)Belém, século I d.C.
(✝︎)Roma, ano 105
(Papa de 97 a 105).
Embora conheçamos a famosa carta aos cristãos de Corinto de seu predecessor Clemente, nada veio de Evaristo. Tudo o que se sabe está no Liber Pontificalis e nos escritos de Irineu e Eusébio: ele parece ter sido um grego de Antioquia nascido em Belém e se tornou o quarto ou talvez o quinto sucessor de Pedro por volta do ano 100. Ele governou por 9 anos. Lendárias são as notícias de que ele morreu como mártir, que está sepultado perto de São Pedro e que dividiu Roma em 25 paróquias e instituiu 7 diáconos para ajudá-lo na liturgia, como testemunhas de sua ortodoxia e como "estenógrafos" de seus sermões. Os relatórios, em todo o caso, não chegaram até nós.
Etimologia: Evaristo = aquele que é agradável
Emblema: Palma
Martirológio Romano: Em Roma, Santo Evaristo, papa, que governou a Igreja de Roma quarto depois do bem-aventurado Pedro, sob o imperador Trajano.
Ele nasceu em Belém. Como chefe da Igreja de Roma, ele ordenou sete diáconos, instruindo-os, entre outras coisas, a ouvir e transcrever seus sermões ao povo: eles eram seus "estenógrafos". Mas não sabemos uma palavra desses sermões.
A escassa informação que chegou até nós sobre o Papa Evaristo está contida no Liber pontificalis, que é uma coleção cronológica de biografias de papas do século VI. De Evaristo ele diz apenas que ordenou esses diáconos e consagrou dezessete padres e quinze bispos.
Estamos, portanto, diante de um "papa sem voz". Não sabemos uma palavra sobre ele, enquanto um documento muito importante chegou até nós de seu predecessor Clemente I: a famosa carta aos agitados cristãos de Corinto, com a solene afirmação da autoridade que pertence ao bispo de Roma. Mas essa autoridade de Clemente começou a ser irritante para os líderes do império. E no ano 97, sob o imperador Nerva, ele foi preso e depois levado para o exílio no Quersoneso Táurico (Crimeia). Ele, portanto, teve que deixar o governo da Igreja para outros, e sua escolha recaiu sobre Evaristo. Que, portanto, deve ser uma figura de destaque na comunidade cristã de Roma; um homem em quem o Papa Clemente deve ter a máxima confiança.
Isso é mais do que provável, de acordo com a lógica: no entanto, como já foi dito, nenhum documento nos fala sobre Evaristo e nos diz quem ele era e o que estava fazendo antes do chamado para essa responsabilidade. E então, além dessas nomeações de bispos, padres e diáconos, nada se sabe sobre seu trabalho como papa. Uma tradição muito antiga afirma que Evaristo morreu como mártir sob o imperador Trajano, e que eles então enterraram seu corpo perto do túmulo do apóstolo Pedro. Mas não há confirmação confiável disso.
Também foi questionado se Evaristo deveria ser considerado verdadeiro papa (ou seja, não "deputado", "tenente") a partir do ano 97, quando Clemente foi para o exílio; ou apenas a partir de 101, ano em que Clemente morreu mártir na Crimeia, segundo Eusébio de Cesaréia (século IV) em sua História Eclesiástica. Para Eusébio é claro: Clemente, depois de nove anos de pontificado (88-97) "transmitiu o ministério sagrado a Evaristo". Nenhuma delegação, em suma. Investidura completa. E mesmo em nossos tempos, o Anuário Pontifício indica Evaristo como papa por direito próprio já em 97.
Autor: Domenico Agasso
Fonte:
Família Cristã
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