sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Paz que se constrói”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
A realidade é a base
 
Vimos na reflexão anterior, “O fruto da paz”, paz não é sossego. É necessário paciência e dar tempo ao tempo. Só conseguiremos paz se houver unidade. O que queremos para mundo vá além da política e dos interesses econômicos. Ela está no coração curado de todo ódio e discriminação e aberto para acolher o diferente e fazer corpo na procura do bem de todos. Quem está bem consigo supera muitos obstáculos para criar unidade e ter paciência para esperar que os tempos amadureçam. O texto do Papa Francisco encanta. Por isso é bom lê-lo por completo e não só nos comentários. O Papa se mostra sempre pastor que conhece o rebanho e tem muita prática em lidar com realidades difíceis, por isso coloca como o terceiro princípio para “orientar o desenvolvimento da convivência social e a construção de um povo onde as diferenças se harmonizem dentro de um projeto comum” (Evangelii Gaudium –EG – 221). Este princípio é a relação entre idéia e realidade. A realidade simplesmente é; a idéia elabora-se. Somos convidados a estabelecer um diálogo constante para evitar separar a idéia da realidade. É perigoso viver só de idéias. O Papa afirma com firmeza: “A realidade é superior à idéia. Isso supõe evitar várias formas de ocultar a realidade”. E define quais são essas formas: “Os purismos angélicos, os totalitarismos do relativo, os nominalismos declaracionistas, os projetos mais formais que reais, os fundamentalismos anti-históricos, os eticismos sem bondade, os intelectualismos sem sabedoria”(EG 231). Vemos como esses nomes trazem em si grupos que os vivem e praticam, passando sobre os mais simples ensinamentos do Evangelho e da razão humana. 
A idéia que constrói
A idéia está a serviço da compreensão e condução da realidade. A idéia desligada da realidade dá origem a idealismos que não empenham. O Papa reconhece que o que empenha é a realidade iluminada pelo raciocínio. Às vezes o povo não compreende o que pregamos, ou pior, pode-se criar um espiritualismo que não transmite a Verdade. É de se perguntar se a culpa não está em nós que não conhecermos a realidade do povo. O motivo é que não falamos sua língua. A Igreja não é museu nem lugar de shows de fogos de artifício como diz Papa Francisco. A realidade é superior à idéia (EG 233). Partimos da compreensão da Encarnação. Encarnar-se é essencial à evangelização. Jesus fala de não construir sobre a areia. É preciso ter os pés no chão, não no abstrato. O Papa convida a também não ficarmos presos a questões limitadas, mas termos uma perspectiva mais ampla. Não se trata de aniquilar a identidade, mas integrar-se na comunidade. As muitas faces se integram guardando sua originalidade que contribui para sua beleza e riqueza. 
O Evangelho como escola 
O Evangelho de Jesus é o modelo acabado para esse novo modo de vida no qual as partes se formam e se enriquecem por um todo que as assume. O Evangelho é todo para todos. A “mística popular” acolhe, a seu modo, o Evangelho inteiro e o encarna em expressões de oração, fraternidade, de justiça, de luta e de festa (EG 237). É o que lemos na parábola da ovelha perdida que é procurada por ser parte de um rebanho. Deus não quer que se perca nenhum e seja reintegrado no seu rebanho. O Papa continua com o frescor do Evangelho: “Ele é o fermento que leveda a massa e a cidade que brilha no cimo do monte iluminando todos os povos. O Evangelho possui um critério de totalidade... e fecunda e cura as dimensões do homem... ” até reunir todos à volta da mesa do Reino (EG 237).
ARTIGO PUBLICADO EM SETEMBRO DE 2015

EVANGELHO DO DIA 31 DE JANEIRO

Evangelho segundo São Marcos 4,26-34. 
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «O Reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra. Dorme e levanta-se, noite e dia, enquanto a semente germina e cresce, sem ele saber como. A terra produz por si, primeiro a planta, depois a espiga, por fim o trigo maduro na espiga. E quando o trigo o permite, logo se mete a foice, porque já chegou o tempo da colheita». Jesus dizia ainda: «A que havemos de comparar o Reino de Deus? Em que parábola o havemos de apresentar? É como um grão de mostarda, que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes que há sobre a terra; mas, depois de semeado, começa a crescer e torna-se a maior de todas as plantas da horta, estendendo de tal forma os seus ramos que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra». Jesus pregava-lhes a palavra de Deus com muitas parábolas como estas, conforme eram capazes de entender. E não lhes falava senão em parábolas; mas, em particular, tudo explicava aos seus discípulos. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Vicente de Paulo 
(1581-1660) 
Presbítero, fundador de comunidades religiosas
Entrevistas; conselho a A. Durand 
«A que havemos de comparar o Reino de Deus?» 
Não tenhais a paixão de parecer superior, nem mestre. Não estou de acordo com uma pessoa que me dizia há uns dias que, para bem dirigir e manter a autoridade, tinha de fazer ver que era superior. Meu Deus! Não foi assim que Nosso Senhor Jesus Cristo nos falou, pelo contrário: Ele ensinou-nos, com a palavra e com o exemplo, que Ele próprio não veio para ser servido, mas para servir os outros, e que aquele que quiser ser o primeiro deve ser o servo de todos (cf Mc 10,44-45). Por isso, entregai-vos a Deus e falai segundo o espírito humilde de Jesus Cristo, confessando que a vossa doutrina não é vossa, mas do Evangelho. Imitai a simplicidade das palavras e das comparações que Nosso Senhor fazia na Sagrada Escritura, falando ao povo. Que maravilhas não podia Ele ensinar ao povo! Que segredos não teria Ele sido capaz de desvendar sobre a divindade e as suas admiráveis perfeições, Ele que era a Sabedoria eterna do Pai! No entanto, vede como fala de forma inteligível, como recorre a comparações familiares: um trabalhador, um vinhateiro, um campo, uma vinha, um grão de mostarda. Assim é preciso que faleis vós também, se quiserdes fazer-vos entender pelo povo a quem anunciais a palavra de Deus. Outra coisa à qual deveis dar uma atenção muito particular é ter uma grande dependência em relação à conduta do Filho de Deus; antes de agir, fazei esta reflexão: «Isto está de acordo com as máximas do Filho de Deus?». Se achardes que está, dizei: «No momento certo, fá-lo-ei»; se não, dizei: «Não o farei nunca». Mais, quando tiverdes oportunidade de fazer uma boa obra, dizei ao Filho de Deus: «Senhor, se estivésseis no meu lugar, como faríeis nesta ocasião? Como instruiríeis o povo? Como consolaríeis este doente do espírito ou do corpo?» Procuremos fazer que Jesus Cristo reine em nós.

Santa Marcela de Roma Viúva Festa: 31 de janeiro

† 410
 
Pertence a uma das famílias romanas mais ilustres: os Marcelli. Nascida por volta de 330, ela ficou órfã de pai. Tendo se casado jovem, ela ficou viúva depois de sete meses e o espírito ascético a conquistou e ela recusou um segundo casamento. Seu palácio se torna um lugar onde outros nobres romanos, como Sofrônia, Asella, Principia, Marcelina e Lea se reúnem. O próprio bispo de Alexandria, Pedro, foi seu convidado em 373. E logo depois de 373, a casa de Marcela se tornou um centro de propaganda monástica. Privacidade, penitência, jejum, oração, estudo e vestimentas modestas caracterizam a vida cotidiana, como pode ser visto nas cartas de São Jerônimo, que se tornou o diretor espiritual do grupo ascético em 382. Virgens e viúvas, padres e monges entravam na domus de Marcela para conversar sobre as Sagradas Escrituras. Perto do final do século IV. ele se mudou para um lugar isolado perto de Roma, para onde retornou em 410 por medo da invasão goda. Ele morreu no mesmo ano.
Etimologia: Marcella, diminutivo de Marco = nascido em março, sagrado para Marte, do latim 
Martirológio Romano: Em Roma, comemoração de Santa Marcela, viúva, que, como atesta São Jerônimo, depois de ter desprezado as riquezas e a nobreza, tornou-se ainda mais nobre pela pobreza e pela humildade.

Beata Candelária de São José (Susanna Paz-Castillo Ramirez) Fundadora Festa: 31 de janeiro

(*)Altagracia de Orituco, Venezuela, 11 de agosto de 1863
(+)Cumaná, Venezuela, 31 de janeiro de 1940 
A Serva de Deus Candelária de São José nasceu em 11 de agosto de 1863 em Altagracia de Orituco, na diocese de Caracas, Venezuela, filha de Francisco de Paula Paz Castillo e María del Rosario Ramírez. Ela foi batizada em 27 de fevereiro de 1864 e confirmada em 13 de junho de 1870. Aos 16 anos, recebeu sua Primeira Comunhão. Desde menina, a Serva de Deus, dirigida espiritualmente pelo pároco Dom Alberto González, era muito devota de Nossa Senhora da Candelária, a quem recorria com intensa piedade. Sentindo a vocação à vida consagrada, a Serva de Deus, em 1906, junto com quatro companheiras, vestiu o hábito religioso no Instituto das Irmãs dos Pobres de Altagracia de Orituco, tomando o nome de Candelária de São José. Ele fez sua profissão religiosa em 31 de dezembro de 1910 e em 31 de dezembro de 1916 emitiu seus votos perpétuos. A Serva de Deus dedicou-se intensamente ao serviço dos pobres e doentes, destacando-se pelo seu incansável zelo no apostolado.

MARTINHO DE COIMBRA Sacerdote, Mártir, Santo + 1147

Sacerdote português, cativo dos Mouros
 e martirizado em Córdova.
Martinho nasceu em Arouca, nos fins do século XI, de pais pouco afortunados, mas cheios de probidade e piedade. Seu pai chama-se Arrius Manuelis e sua mãe Argia. Os primeiros cuidados que estes santos pais tiveram para com filho, foi de o educarem cristãmente e de lhe inculcarem os princípios evangélicos no mais profundo do seu juvenil coração, o que resultou, visto que a criança se mostrou receptiva e que os seus progressos eram contínuos, o que não significa que fosse como todos as crianças da sua idade. Assim, procurando a sua própria felicidade espiritual, os pais de Martinho, souberam alicerçar a do filho. Os primeiros preceptores nas verdades da religião reconheceram nele disposições para as ciências, as-sim como outras qualidades que pareciam contrariar a sua vocação para o estado eclesiástico. Todas estas conclusões foram explicadas aos pais de Martinho assim como o desejo que estes conselheiros acalenta-vam de o guardarem e de lhe oferecerem um ensino adequado às suas possibilidades naturais: estudos de ordem superior. Movidos pelo amor a Deus, os pais de Martinho sentiram-se felizes de oferecerem a Deus o fruto do seu amor e aceitaram que ele fosse estudar, o que logo a seguir aconteceu: começou a estudar filosofia e teologia.

Pedro Nolasco Sacerdote, Fundador, Santo 1182-1258

Além da humildade, caridade, amor ao próximo e fé irrestrita em Cristo e Maria, virtudes inerentes à alguém que é declarado Santo, Pedro Nolasco se notabilizou também pela luta em favor da libertação de cristãos tornados escravos sempre movido pelos ensinamentos do Cristianismo, num período conturbado para a humanidade, nos idos dos séculos XII e XIII. Procedente de uma cristã e nobre família francesa, Pedro Nolasco nasceu num castelo no sul da França, próximo de Carcassone, próximo ao ano 1182. Desde pequeno demonstrou grande solidariedade com os pobres e desamparados. Todos os dias fazia os pais lhe darem dinheiro para as esmolas e até a merenda que levava quando estudante era dividida com eles. Assim cresceu, vivendo em intima comunhão com Jesus Cristo e a Virgem Maria, de quem era um devoto extremado. Aos quinze anos de idade, quando seu pai morreu, foi com a família para Barcelona, Espanha, onde se estabeleceram. E ali ingressou na vida religiosa. Na juventude, quando acompanhou a tragédia dos cristãos que caíam nas mãos dos muçulmanos, devido à invasão dos árabes sarracenos, empregou toda sua fortuna para comprar os escravos e, então, libertá-los.

Beata Ludovica Albertoni, Franciscana Terciária - Festa: 31 de janeiro

† 1533
 
De família nobre romana, foi somente depois de viúva que Ludovica Albertoni pôde realizar sua vocação. Tendo se tornado uma terciária franciscana, ela se preocupou particularmente com a educação de jovens mulheres em situação de risco. Roma é lembrada pela esplêndida escultura que Bernini lhe dedicou. 
Martirológio Romano: Em Roma, a beata Ludovica Albertoni, que, depois de ter educado os seus filhos na fé cristã, após a morte do seu marido, entrou na Ordem Terceira de São Francisco e levou auxílio aos pobres, escolhendo tornar-se muito pobre desde muito jovem, mulher rica. 

Francisco Xavier Maria Bianchi Sacerdote, Santo 1743-1815

Francisco Xavier Maria Bianchi nasceu no dia 2 de dezembro de 1743, na cidade de Arpino, França, e viveu quase toda a sua vida em Nápoles, Itália. Era filho de Carlo Bianchi e Faustina Morelli, sua família era muito cristã e caridosa. Francisco viveu sua infância num ambiente familiar, de doação ao próximo e que o influenciou durante toda sua existência religiosa. Aos doze anos entrou para o "Colégio dos Santos Carlos e Felipe" da ordem dos Barnabistas e em 1762, para o seminário onde jurou fidelidade a Cristo e fez seus votos perpétuos de pobreza, castidade e obediência. Completou os estudos de direito, ciência, filosofia e teologia em Nápoles e Roma. Foi ordenado sacerdote aos 25 de janeiro de 1767. Tendo em vista sua alta cultura, seus Superiores o enviam de volta para lecionar no Colégio de Belas Artes e Letras de Arpino e, dois anos depois, ao Colégio São Carlos em Nápoles, para ensinar filosofia e matemática. Em 1778 foi chamado para ensinar na Universidade de Nápoles. No ano seguinte recebe o título de "Sócio Nacional da Real Academia de Ciências e Letras".

São João Bosco Festa: 31 de janeiro

Presbítero, fundador da Congregação Salesiana 
de São Francisco de Sales. 
(*)Castelnuovo d'Asti, 16 de agosto de 1815 
(+)Turim, 31 de janeiro de 1888 
Giovanni Bosco tinha apenas nove anos (nasceu em 16 de agosto de 1815 em Castelnuovo d'Asti, hoje Castelnuovo Don Bosco) quando teve o sonho que lhe mostrou seu caminho: em um pátio, entre um grupo de meninos, ele primeiro viu Jesus e depois Nossa Senhora, cercados por animais selvagens mais tarde transformados em cordeiros. A partir daquele momento, João se tornou um apóstolo para seus colegas, capaz de fasciná-los com brincadeiras e companhias alegres, mas também de ajudá-los a crescer na fé por meio da oração. Tornou-se sacerdote em 1841 e no mesmo ano iniciou efetivamente a obra que mais tarde se tornaria a Sociedade Salesiana, fundada em 1854. Em 1872, com Santa Maria Domingas Mazzarello (1837-1881), fundou o Instituto das Filhas de Maria. Ajuda dos cristãos. Ele morreu em 1888. 
Patrono: Educadores, Escolares, Jovens, Estudantes, Editores 
Etimologia: João = o Senhor é beneficente, dom do Senhor, do hebraico 
Martirológio Romano: Memória de São João Bosco, presbítero: depois de uma infância difícil, ordenado sacerdote, dedicou todas as suas forças à educação dos adolescentes, fundando a Sociedade Salesiana e, com a colaboração de Santa Maria Domingas Mazzarello, o Instituto das Filhas de Santa Maria Auxiliadora, para a formação da juventude no trabalho e na vida cristã.

Beato Luís Talamoni, Presbítero e Fundador.

Luís Talamoni nasceu em Monza, em 02 de outubro de 1848, segundo de seis filhos de um modesto chapeleiro. Frequentou o oratório de Carrobiolo, guiado pelo barnabita Luís M. Villoresi, e foi um dos primeiros alunos do Instituto para Clérigos Pobres, fundado pelo mesmo padre. Ordenado sacerdote em 04 de março de 1871 e licenciado em ciências históricas e filosóficas, Padre Luís ensinou no Colégio São Carlos de Milão, de 1875 até sua morte, no Seminário de bacharelado de Monza. Seus alunos, entre os quais o futuro Papa Pio XI, o viam como um grande mestre, exemplo de ativa vida sacerdotal. Sua frequente pregação foi sempre frutuosa, porque em seu coração teve muito amor por Deus e pelos homens. Na catedral de Monza confessou por muito tempo, cada dia, por 50 anos; foi um verdadeiro “mártir” do confessionário. Sempre acolheu com admirável paciência às pessoas aflitas que pediam conselho e consolo; suas bênçãos obtiveram graças do Senhor. Quis muito bem aos enfermos, especialmente aos mais necessitados espiritualmente. Sua caridade era imensa: era tudo para todos. A opinião pública sempre o considerou como o melhor dos cidadãos de Monza.

ORAÇÕES - 31 DE JANEIRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 – Sexta-feira – Santos: João Bosco, Marcela, Luísa Albertoni
Evangelho (Mc 4,26-34)O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra. Ele vai dormir e acorda ... e a semente germina e cresce, mas ele não sabe como.”
Reino de Deus é a salvação, a vida na paz, amor e alegria que ele faz acontecer em nós.  Não conseguimos entender seus caminhos, seu jeito de guiar os corações, seus prazos e ritmos. Podemos, porém, confiar nele, na sua sabedoria e seu imenso amor. Ele conseguirá o que decidiu, apesar de tudo e de todos. Devo repetir sempre o pedido que Jesus nos ensinou: seja feita vossa vontade.
Oração
Senhor meu Deus, sei muito pouco e só vejo perto. Não compreendo vossos projetos nem os caminhos por onde nos levais. Às vezes tenho a impressão que no mundo e na minha vida tudo piora, e é inútil meu esforço por melhorar. Tenho, porém, a certeza que me dais, a fé que me leva a confiar em vós, em vossa sabedoria e em vosso amor. Entrego-me a vós, calmo de dia e de noite. Amém.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “A liberdade do Espírito Santo”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Ninguém é dono de Jesus
 
Onde está o Reino de Deus? Está onde age o Espírito. Na liturgia desse domingo temos dois momentos diferentes com o mesmo ensinamento. O primeiro, no Livro dos Números, quando os setenta anciãos convocados por Moisés para partilhar de sua missão, receberam o Espírito e começaram a profetizar. O segundo, estavam fora do grupo e profetizavam. Foram avisar a Moisés que respondeu a Josué: “Quem dera que todo o povo do Senhor fosse profeta e que o Senhor lhe concedesse o seu espírito” (Nm 11, 25-29). O mesmo fato se repete com Jesus. Havia um homem que fazia milagres em seu nome não pertencia ao grupo dos discípulos. João diz que o proibiu. Jesus respondeu: “Não o proibais, pois ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim. Quem não é contra nós, é a nosso favor” (Mc 9,38-39). Aprendamos destes dois fatos um ensinamento sobre o Reino de Deus e a ação do Espírito Santo. Ninguém é dono do Espírito. O Reino é maior que nossas estruturas eclesiais. A Igreja tem uma missão recebida de Jesus com toda autoridade para anunciar o Reino e reconhecer onde está sua ação. Há quem diga na Igreja que, quem não é como sou não está no Reino de Deus e não pertence à Igreja. Às vezes não é nem por causa de dogmas de fé, mas de tradições criadas, políticas eclesiásticas, culturas que envolveram a Igreja. O dinamismo do Reino é incontrolável. Ninguém é dono do Espírito Santo. Quem busca Deus na sinceridade de seu coração, pratica a justiça e quer a paz, vive o Evangelho de um modo diverso, às vezes melhor que nós. Não podemos confundir a instituição com o Reino. Temos toda a doutrina e a verdade, mas se não as vivermos, podemos nos colocar fora. Muitos fiéis que ousaram renovar a Igreja, foram excluídos e até mortos. E temos ainda muito destes entraves na Igreja. 
Reino em pequenos gestos 
Os judeus esperavam um Messias diferente do pensamento de Jesus. Valiam os grandes gestos, as belas manifestações... Jesus diz que um copo d’água não perderá sua recompensa. O Reino se manifesta nos gestos que fazemos. Há gestos que destroem os pequeninos do Reino: o escândalo. Jesus usa um termo forte: “Seria melhor que fosse jogado no mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço” (Mc 9,42). Aqui vemos os tantos escândalos que são dados aos pequenos e fracos. Uma rede de televisão disse que não era religiosa e, por isso, podia passar o que quisesse. Assim perverte a mente e o coração. Melhor seria jogá-la no mar. Todos têm obrigação de evitar tudo que possa fazer mal ao outro. Os membros da Igreja, com seus escândalos, devem olhar a pedra de moinho. E Jesus vai mais longe. O que em nós for causa de pecado, seja a mão, o pé ou o olho, significando as ações más, os maus caminhos e o desejo de coisas perniciosas que impedem o Reino, devem ser cortados. Não o membro, mas a atitude que conduz à morte.
As lágrimas do Reino 
O Reino de Deus esteve sempre encharcado das lágrimas dos sofredores que deram a vida como o Cristo e das lágrimas dos que comem o pão da amargura e da exploração dos poderosos. Jesus dizia: “Como é difícil ao rico entrar no Reino de Deus” não por ser rico e ter poder, mas por não ter a sabedoria e não deixar agir o Espírito de Deus. Tiago é duro com os ricos que não cumprem suas obrigações de pagar os salários e vivem luxuosamente. Isso é uma desgraça. O Espírito age onde quer, mas desde que seja a favor de Cristo. Ninguém é dono e não queira fazer uma igrejola para si.
Leituras: Números 11,25-29;Salmo 18; 
Tiago 5,1-6; Marcos 9,38-43.45.47-48 
1. A liturgia apresenta dois casos que nos ensinam que ninguém é dono do Reino de Deus e de Jesus. O Reino de Deus é maior que a instituição Igreja que tem a missão de anunciar e proclamar onde Ele se encontra. Ninguém é dono do Espírito. Quem busca Deus com sinceridade de coração está no Reino. A Igreja tem toda a doutrina e graça. É preciso viver, para não ficar fora do Reino, como Jesus fala no Evangelho. 
2. Jesus mostra que o Reino acontece nos pequenos gestos, não nas manifestações gloriosas. O gesto de dar um copo d’água tem sua recompensa. Mas também todo escândalo é condenado. Vemos como os meios de comunicação primam por escandalizar. Jesus diz em cortar a mão, o pé e arrancar o olho. Isso significa que as más ações, os maus caminhos e o desejo de coisas perniciosas devem ser eliminados. Não o membro, mas a atitude conduz à morte. 
3. O Reino de Deus está encharcado das lágrimas dos sofredores que deram a vida por Cristo, como também dos explorados. Tiago não condena a riqueza, mas a exploração. O Espírito age onde quer, mas desde que seja a favor de Cristo. 
Dieta de emagrecimento espiritual 
Às vezes queremos ser donos de Deus e controlar quem está com Ele. Jesus é modelo também aqui, pois não exige que só possa fazer o bem quem está com Ele. Quem faz o bem, o faz sempre com Jesus e para o Pai. Isso aconteceu porque tinha gente fazendo milagres usando o nome de Jesus. Deus age onde quer. Será recompensada qualquer pessoa que tenha atenção para com os outros, como dar um copo de água a um pequenino. Religião não é um compartimento, é um modo de vida. Se fizer bem dá tanto resultado, fazendo o mal, o resultado é também grande. Escandalizar, isto é, mostrar o caminho do mal aos pequenos, é um crime hediondo. Devemos evitar para valer fazer qualquer tipo de mal. Jesus até explica que é melhor perder a parte de nosso corpo que leva para o mal do que viver com ela e ser condenado. É preciso desbastar em nós tudo o que engorda o mal. Vai bem uma dieta espiritual. Tiago cita a condição dos que são ricos à custa do sofrimento dos outros. É uma situação de pecado. O que ofende o povo humilde, ofende a Deus. É dura e real a frase: “O salário dos trabalhadores que ceifaram vossos campos, que deixastes de pagar, está gritando, e o clamor dos trabalhadores chegou aos ouvidos do Senhor todo poderoso”. 
Homilia do 26º Domingo Comum (27.09.2015)

EVANGELHO DO DIA 30 DE JANEIRO

Evangelho segundo São Marcos 4,21-25.
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Quem traz uma lâmpada para a pôr debaixo do alqueire ou debaixo da cama? Não se traz para ser posta no candelabro? Porque nada há escondido que não venha a descobrir-se, nem oculto que não apareça à luz do dia. Se alguém tem ouvidos para ouvir, oiça». Disse-lhes também: «Prestai atenção ao que ouvis: Com a medida com que medirdes vos será medido e ainda vos será acrescentado. Pois àquele que tem, dar-se-lhe-á, mas àquele que não tem, até o que tem lhe será tirado».
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Máximo, o Confessor 
(580-662)
Monge, teólogo 
Pergunta 63 a Talássio; PG 90, 667-670 
A vela no candelabro 
A vela no candelabro de que falam as Escrituras é Nosso Senhor Jesus Cristo, luz verdadeira do Pai, «que, vindo ao mundo, ilumina todo o homem» (Jo 1,9). E o candelabro é a santa Igreja, pois é na sua proclamação que está a Palavra luminosa de Deus, que ilumina os homens de todo o mundo como habitantes da sua casa, e preenche todos os espíritos com o conhecimento de Deus. A Palavra não quer permanecer escondida; deseja ser posta em evidência, bem no topo da Igreja. Oculta e dissimulada sob a letra da Lei, a Palavra teria privado os homens da luz eterna; não teria possibilitado a contemplação espiritual àqueles que procuram libertar-se das seduções dos sentidos, que são promotores de ilusões e estão voltados para a perceção das coisas materiais e passageiras. Mas, colocada no candelabro que é a Igreja, isto é, fundada sobre o culto em espírito e em verdade (cf Jo 4,24), ela ilumina todos os homens.Porque a letra, se não for compreendida pelo espírito, tem apenas um valor material e limitado; só por si, não permite à inteligência captar o alcance do que está escrito. Não escondamos pois, por pensamentos ou ações, a vela acesa, isto é, a Palavra de Deus que ilumina a inteligência; não dissimulemos sob a letra a extraordinária força da Sabedoria divina. Pelo contrário, coloquemos a Palavra no candelabro que é a Igreja, no topo da verdadeira contemplação, que faz brilhar para todos a luz da revelação divina.

30 de janeiro - Beato Bronislao Markiewicz

Bronislao Markiewicz nasceu em 13 de julho de 1842 em Pruchnik, na Polônia, sexta das onze crianças de Juan Markiewicz, prefeito da cidade e Marianna Gryziecka. Ele recebeu uma sólida formação religiosa em sua família. Mais tarde, durante seus estudos, ele experimentou uma certa hesitação na fé devido, em grande parte, à atmosfera fortemente antirreligiosa que reinava na escola. Conseguiu, no entanto, superá-la logo recuperando a serenidade e a paz interior. O jovem Bronislao, que obteve um diploma de bacharel , sentiu-se chamado por Deus para o sacerdócio, em 1863, entrou no Seminário Maior de Przemyśl. Depois de completar seus estudos, foi ordenado sacerdote em 15 de setembro de 1867. Após seis anos de pastoral, como vigário, na paróquia de Harta e na Catedral de Przemyśl, com o desejo de se preparar ainda mais para trabalhar coma juventude, durante dois anos estudou pedagogia, filosofia e história na Universidade de Lviv e em Cracóvia. Em 1875 foi nomeado pároco em Gac e em 1877 em Blazowa. Em 1882, lhe foi confiado o ensino da teologia pastoral no Seminário Maior de Przemyśl. Sentindo-se também chamado à vida religiosa, no mês de novembro de 1885, partiu para a Itália e entrou nos Salesianos, onde teve a alegria de conhecer São João Bosco, em cujas mãos fez os votos religiosos em 25 de março de 1887.

30 de janeiro - Beata Maria Bolognesi

Com alegria recordo que ontem, em Rovigo, foi proclamada Beata Maria Bolognesi, fiel leiga, nascida em 1924 e morta em 1980. Passou toda a sua vida a serviço dos outros, especialmente dos pobres e doentes, suportando grande sofrimento em profunda união com a paixão de Cristo. Demos graças a Deus por este testemunho do Evangelho! 
Papa Francisco – Angelus 08 de setembro de 2013 
A história de Maria Bolognesi é de uma mulher muito simples chamada a ser, de uma maneira singular, sinal de presença de Deus. Nasceu em 1924 em Bosaro, na província de Rovigo, no nordeste da Itália, de uma família pobre e numa situação difícil. Frequentou as escolas até o segundo ano primário; mas através da avó aprendeu a sabedoria da fé e o amor pela oração. Por isso desde menina sua assiduidade à missa cotidiana, ao catecismo, à Ação católica, enquanto ajuda a família no trabalho da terra. A 21 de junho de 1940, porém, acontece, algo misterioso: para Maria começa um período de trevas, que se caracteriza por um profundo mal-estar. Existe nela uma força que lhe impede de colocar o pé na paróquia de são Caseiro onde era de casa; as amigas contaram que “é como se uma força poderosa a arrastasse longe da igreja e de qualquer sacerdote”.

São David Galván Bermúdez

O México, um dos países com maior numero de católicos, sofreu uma grande perseguição religiosa no inicio do século XX. Milhares de cristãos foram martirizados, de modo especial podemos contar a história de São David Galván Bermúdez, sacerdote, perseguido pela defesa de uma jovem e pelo zelo pelos moribundos por quem deu a vida dizendo: "Não haverá maior glória do que morrer salvando uma alma que eu consiga absolver!" David nasceu em Guadalajara, no México em 1881, quando tinha apenas 3 anos de idade, sua mãe faleceu e David ficou aos cuidados de seu pai e seus irmãos. Mais tarde tendo seu pai casado novamente, passou a ser cuidado também por sua madrasta Victoriana Medina. Logo manifestou a seu pai o desejo de ingressar no Seminário, tendo ele aceitado levá-lo para matricular-se em outubro de 1895. Ali cursou como aluno aplicado e sempre obtendo boas notas os cinco anos de latim e humanidades. Terminados os estudos, saiu do Seminário. Os três anos em que esteve fora do Seminário, trabalhou numa sapataria, além de dar aulas como professor de escola primária. Teve uma conduta um tanto desregrada nesse tempo, ao ponto de ter sido detido numa briga com sua namorada.

Santa Alda (Aldegonda) Abadessa Festa: 30 de janeiro (18 de outubro)

(*)Cousolre, França, por volta de 639
(+)Maubeuge, França, 684 
Lembrada em 18 de outubro no Próprio de Meaux (1854), como virgem e freira, deve ser claramente identificada com s. Aldegonda de Maubeuge, cuja tradução aí é comemorada no mesmo dia. 
Etimologia: Alda = extremamente bela, do celta 
Emblema: Lírio, Palma 
Martirológio Romano: Em Maubeuge, na Nêustria, na atual França, Santa Aldegonda, abadessa na época do rei Dagoberto. 
Aldegonda de Maubeuge foi uma religiosa franca que se tornou abadessa do mosteiro de Maubeuge que ela fundou. Ela é venerada como santa pela Igreja Católica e celebrada no dia 30 de janeiro. Ela era filha de Waldeberto, regente de Clotário II na região de Sambre e Mosa, e de Bertila da Turíngia. Saiu da casa paterna e converteu-se ao cristianismo graças a Santo Amando. Em 656, Aldegonda fundou o mosteiro de Maubeuge, dedicado a São Martinho de Tours. O mosteiro logo se tornou um importante centro de espiritualidade e cultura, e Aldegonda era uma guia iluminada para as suas freiras. Ela era uma mulher de grande caridade e compaixão. Dedicou-se a cuidar dos pobres e doentes e fundou um hospital para os necessitados.

Bem-aventurada Virgem Aberila - Festa: 30 de janeiro

Século 12
 
No século XII, Aberilla, uma mulher de Bregenzerwald, foi para o mosteiro Mehrerau, no Lago Constança, para iniciar a vida monástica. Segundo a tradição, Aberilla foi presa na cela de Santa Viborada, mas o mais provável é que fosse freira. O seu culto, inicialmente local, difundiu-se rapidamente e o seu nome foi incluído nas litanias da diocese de Constança. Seu corpo foi sepultado na Basílica de SS. Apóstolos Pedro e Paulo, onde permaneceu até finais do século XVIII, altura em que foi transferida para a cripta dos abades. Ela ficou confinada no mosteiro de Mehrerau, no Lago Constança, e provavelmente floresceu no início do século. XII. A lenda segundo a qual Aberilla foi nomeada abadessa de Mehrerau por s. Gallo, e portanto teria vivido no séc. VII, parece não ter nascido antes do séc. XVI em apoio às pretensões do mosteiro que se vangloriava de ser fundação de s. Colombano ou de São Galo.

Santa Martina, Mártir - Festa: 30 de janeiro

Não temos informações biográficas certas sobre Santa Martina, ainda que a antiguidade do culto ateste a sua historicidade. Segundo a tradição, Martina foi uma diaconisa que viveu no século III, filha de nobres. Presa por sua fé e levada ao tribunal do imperador Alexandre Severo, ela se recusou a fazer um sacrifício ao deus Apolo. Além disso, as estátuas dos deuses romanos caíram em pedaços diante dela. Sua coragem lhe custou a vida: levada ao quilômetro 10 da Via Ostiense, foi decapitada. As primeiras notícias históricas do seu culto remontam ao século VII, quando o Papa Honório I lhe dedicou uma igreja. A data de sua memória foi fixada no século XVII pelo Papa Urbano VIII como 30 de janeiro. 
Etimologia: Martina = dedicada a Marte 
Emblema: Palma 
Martirológio Romano: Em Roma, comemoração de Santa Martina, sob cujo título o Papa Dono dedicou uma basílica no fórum romano.

Santa Savina Matrona Festa: 30 de janeiro

Viúva. Morreu enquanto orava em Milão 
sobre os túmulos de São Nabor e São Félix. 
Milão, (*)260/267 - (+)311/317 
Nobre milanesa, foi uma cristã fervorosa que se dedicou às obras de religião e de caridade, especialmente em favor dos perseguidos durante a perseguição de Diocleciano. Após a morte do marido, Savina mandou enterrar os corpos dos mártires Nabore e Félix, decapitado em Lodi Velho, em sua casa. Cessada a perseguição, mandou trazer os corpos dos dois mártires para Milão, onde foram colocados na nobre capela dos Valérios. Savina morreu e foi enterrada ao lado de “seus” mártires. Em 1798, suas relíquias e as dos Santos Nabore e Félix foram transferidas para a Basílica de Sant'Ambrogio, em Milão. Segundo a tradição, Savina transferiu as relíquias dos mártires da legião tebana de Lodi para Milão, escondidas num barril. Santa Savina nasceu em Milão na nobre família Valeri em 260/267. Já adulta, casou-se com um patrício de Lodi, talvez da família Trissino. Logo viúva, Ir. Savina dedicou-se, sendo cristã fervorosa, às obras de religião e de caridade, especialmente em favor dos perseguidos durante a última perseguição de Diocleciano aos cristãos. Santa Savina mandou decapitar os corpos dos mártires Nabore e Félix, soldados da legião tebana, em Laus Pompeia (Lodi Vecchio) por volta de 300-304, secretamente enterrados em sua casa.

Santa Batilde Rainha dos Francos Festa: 30 de janeiro

(+)Chelles, Paris, 680
 
De origem anglo-saxónica, Batilde foi capturada por alguns piratas durante uma viagem e vendida em França, em 641, a Erchinoald, dignitário da corte da Nêustria, que, depois de ficar viúvo, quis casar com ela. O ex-escravo recusou, concordando então em se casar com Clóvis II, rei da Nêustria e da Borgonha. Ele teve três filhos, Clotário III, Tierrico III e Childerico II. Em 657 Batilde ficou viúva e portanto regente do reino em nome do seu filho Clotário; sob a orientação do Abade Genésio, dedicou-se às obras de caridade, ajudando os pobres e os mosteiros. Ele lutou arduamente contra a simonia e contra a escravidão, que era proibida para os cristãos, enquanto com seu próprio dinheiro restaurou a liberdade de muitos escravos. Quando o seu filho Clotário III atingiu a maioridade, Batilde retirou-se para o mosteiro de Chelles, na diocese de Paris, que ela própria restaurou em 662. Ela morreu lá em 680. Foi sepultada em Chelles, ao lado de seu filho Clotário III, falecido em 670. (Avvenire) Martirológio Romano: Em Chelles, perto de Paris, na França, Santa Batilde, rainha: fundou mosteiros sob o governo de São Bento segundo o costume de Luxeuil; após a morte do marido Clóvis II, assumiu o governo do reino dos francos e, durante o reinado do filho, viveu os seus últimos anos em absoluta observância da regra da vida monástica.

Santa Giacinta(Jacinta) Marescotti,Virgem - Festa: 30 de janeiro

Religiosa franciscana, durante dez anos não deu bom exemplo a suas irmãs de hábito, pois não quis observar o espírito de pobreza e viveu num quarto decorado com luxo. Dando-se conta do escândalo que causara, Jacinta arrependeu-se sinceramente 
e pediu perdão a toda a comunidade. 
(*)Vignanello, Viterbo, 1585
(+)Viterbo, 30 de janeiro de 1640 
Clarice Marescotti era uma menina que sonhava alto, queria um casamento bonito para se firmar, queria, enfim, uma vida digna de sua linhagem. Mas no final encontrou a sua maior nobreza na pobreza absoluta e na oferta de si mesmo pelos marginalizados e pelos doentes. Nasceu no castelo de Vignanello (Viterbo) em 1585; quando chegou a hora, seus pais preferiram casar-se com sua irmã mais nova, Ortensia, e enviar Clarice para o mosteiro das Clarissas de San Bernardino, em Viterbo. Era 1605 e ela assumiu o nome de Giacinta, mas não aceitou a vida de religiosa. Só depois de uma doença grave, em 1616, a jovem começou a ver a sua vida de forma diferente, abraçando a pobreza e a penitência, trabalhando arduamente pelo mínimo. Morreu em 1640, imediatamente venerada como santa pelas irmãs e fiéis. 
Etimologia: Jacinta = do nome da flor 
Martirológio Romano: Em Viterbo, Santa Giacinta Marescotti, virgem da Ordem Terceira regular de São Francisco, que, depois de quinze anos passados ​​entre prazeres vãos, abraçou uma vida muito dura e fundou confrarias para a assistência dos idosos e para a adoração dos santa eucaristia.

São Mutian Maria Wiaux Religiosa Festa: 30 de janeiro

(*)Mellet, Bélgica, 20 de março de 1841
(+)30 de janeiro de 1917 
“Tome a regra do primeiro ao último capítulo e embaixo de cada artigo escreva: O Irmão Muziano observou ao pé da letra.” Assim descreveu um irmão que o conheceu a obediência do religioso belga São Mutian Maria Wiaux ao carisma dos Irmãos das escolas cristãs. Nascido Louis Joseph - em 1841, na família de um ferreiro em Mellet - entrou à congregação aos 15 anos. Foi catequista e professor em Chimay, Bruxelas e Malonne, onde permaneceu até à sua morte em 1917. Jovem e inexperiente, corria o risco de ser afastado do apostolado escolar por incapacidade. Mas ele não desistiu e continuou, dando aulas complementares de música (tocava piano e harmônio). Recordando o carisma original da “educação cristã dos pobres”, fez com que os seus superiores o designassem para a escola gratuita para os menos favorecidos. Foi professor de vida evangélica, tanto que os meninos o chamavam de “o irmão que ora sempre”. (Futuro)
Martirológio Romano: Em Malonne, na Bélgica, São Mutian Maria (Louis) Wiaux, irmão das Escolas Cristãs, que com grande constância e preocupação assídua dedicou quase toda a sua vida à educação dos jovens.

Beato Columba (José) Marmion Abade Beneditino Festa: 30 de janeiro

Monge beneditino irlandês 
em Maredsous (Bélgica), e depois abade. 
Beatificado em 2000. 
(*)Dublin, Irlanda, 1 de abril de 1858
(+)Maredsous, Bélgica, 30 de janeiro de 1923 
Nascido em Dublin (Irlanda), foi ordenado sacerdote em 1881 em Roma e desenvolveu a sua atividade ministerial na Bélgica. Em 1886 ingressou na Abadia de Maredsous (Bélgica) onde assumiu o nome de Columba. Desde 1899 faz parte da fundação de Mont-Cesar (Leuven), iniciando uma longa série de atividades pastorais não só na Bélgica, mas também na Grã-Bretanha. Em 1909 foi eleito abade de Maredsous (conhecido pelas suas atividades humanísticas na famosa 'Revue Benedictine'). Em 1920 criou a Congregação Belga da Anunciação. 
Martirológio Romano: No mosteiro de São Bento em Maredsous também na Bélgica, o beato Columba (Giuseppe) Marmion: nascido na Irlanda, ordenado sacerdote e mais tarde tornou-se abade na Ordem de São Bento, destacou-se como pai do mosteiro e guia das almas, pela santidade de vida, doutrina espiritual e eloqüência.

Beata Carmela Garcia Moyon, Mártir - Festa: 30 de janeiro

Leiga espanhola, cooperadora Terceira Capuchinha. 
Foi queimada viva, durante a guerra civil espanhola.
 Beatificada em 2001. 
(*)Nantes, França, 13 de setembro de 1888
(+)Torrent, Espanha, 30 de janeiro de 1937 
Carmen Marie Anne Garcia Moyon, fiel leiga da arquidiocese de Valência, nasceu em Nantes, França, em 13 de setembro de 1888. Depois de se mudar para a Espanha, foi uma convicta professora da doutrina cristã. Com a eclosão da guerra civil e da feroz perseguição religiosa que varreu a Espanha, Carmen foi chamada a derramar o seu sangue e a dar a vida para defender a sua fé em Cristo, no dia 30 de Janeiro de 1937, em Torrent, perto de Valência: foi violada pela sua fé e queimado em vida. Em 11 de março de 2001, o Papa João Paulo II elevou às honras dos altares 233 vítimas da mesma perseguição, incluindo a Beata Carmela Garcia Moyon, que é celebrada no aniversário do seu martírio.
Martirológio Romano: Na aldeia de Torrent, na Espanha, a Beata Carmela García Moyón, mártir: fervorosa professora da doutrina cristã, durante a perseguição religiosa, por sua fé em Cristo foi estuprada e queimada ainda viva.

ORAÇÕES - 30 DE JANEIRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Quinta-feira – Santos: Jacinta de Mariscotti, Savina,Martinha
Evangelho (Mc 4,21-25)“Quem é que traz uma lâmpada para colocá-la debaixo de um caixote, ou debaixo da cama?”
Jesus continua a falar em parábolas. Sua palavra é luz; ele não a quer escondida debaixo da cama. Ele vem para me iluminar, para clarear minha casa e meu caminho.E ele não veio só para mim, para minha comunidade, Quer iluminar a rua, a cidade, o mundo todo. Se estou iluminado por ele, sou luz e devo ajudar outros a encontrar o caminho do bem e do amor. Não posso ficar em casa.
Oração
Senhor Jesus, sois a luz de meus olhos; assim posso ver minha realidade e a do mundo, posso ver para onde ir e o caminho a seguir. Não deixes que feche os olhos para não vos ver, mas abra portas e janelas para que entreis e ilumineis tudo. Inundai-me de vossa luz, para que eu possa ajudar meus irmãos a vos conhecer. Ajudai todos nós a levar a luz de vossa palavra para o mundo. Amém.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “O Fruto da Paz”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Paz não é sossego
 
Em Roma, depois que foram dominados todos os povos vizinhos do império, isto é, massacrados, ergueu-se um altar à paz (Ara Pacis). Ainda está lá como um belo monumento. Tudo à custa de muito sangue e muita dor. Essa não é a paz que se busca. A paz que se pede, como escreve Paulo, é fruto do Espírito: “O fruto do Espírito é amor, alegria, paz, longanimidade....” (Gl 5,22). Não se reduz à ausência de problemas; não se trata de sufocar problemas que existam em volta; não é consenso de escritório. Continuando, Papa Francisco diz que a “dignidade da pessoa humana e o bem comum estão acima da tranqüilidade de alguns que não querem renunciar seus privilégios. A paz é para todos. Quando estes valores são afetados, é necessária a voz profética” (EG 218). Paz não é ausência de guerra, fruto do equilíbrio de forças. Citando Paulo VI, escreve que a paz “se constrói dia a dia, na busca de uma ordem querida por Deus, que traz consigo uma justiça mais perfeita entre os homens” (Populorum Progressio, 76). A paz que não surja como fruto do desenvolvimento integral de todos, não terá futuro e será sempre semente de novos conflitos (EG 219). Os cidadãos são responsáveis e não uma massa arrastada por forças dominantes. Às vezes dizemos que o mundo não tem líderes. Podemos responder que o povo é menos massa dominada por líderes. Citando os bispos americanos diz: “ser cidadão fiel é uma virtude, e a participação na vida política é uma obrigação moral” (EG 220). É necessária a integração e a cultura do encontro. O Papa mostra quatro princípios apresentados na doutrina social da Igreja para a interpretação dos fenômenos sociais. 
O tempo é um mestre 
Temos vontade de chegar a uma determinada situação e temos os limites. O final nos atrai. É a utopia que não é um sonho, mas um lugar a se chegar. É preciso suportar com paciência as situações que a realidade nos impõe. Não chegamos a resultados imediatos. As árvores de cerne crescem devagar, diz a sabedoria popular. “Dar prioridade ao tempo é ocupar-se mais com iniciar processos do que possuir espaços... trata-se de privilegiar as ações que geram novos dinamismos... ”(EG 223). O Papa pergunta: “Quem no mundo atual se preocupa mais com gerar processos que construam um povo do que obter resultados imediatos?” (EG 224). O mesmo se faça para a evangelização. É preciso paciência e vencer os obstáculos pela bondade. Urge a formação do povo de Deus. 
Força da unidade 
Conflitos sempre existirão. E é bom que existam porque a unidade não vem da imposição, mas em buscar juntos a solução. Não se pode escamotear o conflito nem se afogar nele, mas... “aceitar o conflito, resolvê-lo e transformá-lo no elo de um novo processo”. “Felizes os pacificadores”, disse Jesus (EG 227). A unidade é superior ao conflito. Cristo é nossa paz (Ef 2,14). A paz é possível porque o Senhor venceu o mundo e sua permanente conflitualidade, pacificando pelo sangue de sua cruz (Cl 1,20). O primeiro conflito a ser superado é o interno. Com corações despedaçados, será difícil construir uma verdadeira paz social. É como se diz: somente dando todos os pedaços de um vaso quebrado que conseguiremos reconstituí-lo. “A diversidade é bela quando aceita entrar constantemente num processo de reconciliação até selar uma espécie de pacto cultural que faça surgir uma diversidade reconciliada” (EG 230). Ser conciliar é ter maior vitória.
ARTIGO PUBLICADO EM SETEMBRO DE 2015

EVANGELHO DO DIA 29 DE JANEIRO

Evangelho segundo São Marcos 4,1-20. 
Naquele tempo, Jesus começou a ensinar de novo à beira mar. Veio reunir-se junto dele tão grande multidão que teve de subir para um barco e sentar-Se, enquanto a multidão ficava em terra, junto ao mar. Ensinou-lhes então muitas coisas em parábolas. E dizia-lhes no seu ensino: «Escutai: Saiu o semeador a semear. Enquanto semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho; vieram as aves e comeram-na. Outra parte caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra; logo brotou, porque a terra não era funda. Mas, quando o sol nasceu, queimou-se e, como não tinha raiz, secou. Outra parte caiu entre espinhos; os espinhos cresceram e sufocaram-na e não deu fruto. Outras sementes caíram em boa terra e começaram a dar fruto, que vingou e cresceu, produzindo trinta, sessenta e cem por um». E Jesus acrescentava: «Quem tem ouvidos para ouvir, oiça». Quando ficou só, os que O seguiam e os Doze começaram a interrogá-lo acerca das parábolas. Jesus respondeu-lhes: «A vós foi dado a conhecer o mistério do Reino de Deus, mas aos de fora tudo se lhes propõe em parábolas, para que, ao olhar, olhem e não vejam, ao ouvir, oiçam e não compreendam; senão, convertiam-se e seriam perdoados». Disse-lhes ainda: «Se não compreendeis esta parábola, como haveis de compreender as outras parábolas? O semeador semeia a palavra. Os que estão à beira do caminho, onde a palavra foi semeada, são aqueles que a ouvem, mas logo vem Satanás e tira a palavra semeada neles. Os que recebem a semente em terreno pedregoso são aqueles que, ao ouvirem a palavra, logo a recebem com alegria; mas não têm raiz em si próprios, são inconstantes, e, ao chegar a tribulação ou a perseguição por causa da palavra, sucumbem imediatamente. Outros há que recebem a semente entre espinhos. Esses ouvem a palavra, mas os cuidados do mundo, a sedução das riquezas e todas as outras ambições entram neles e sufocam a palavra, que fica sem dar fruto. E os que receberam a palavra em boa terra são aqueles que ouvem a palavra, a aceitam e frutificam, dando trinta, sessenta ou cem por um». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Gregório Magno 
(540-604) 
Papa, doutor da Igreja 
«Moral sobre Jacob», Livro XI, SC 212 
«A vós foi dado a conhecer o mistério do Reino de Deus»
Job viu os acontecimentos que se seguiriam presentes naquele para quem não existe futuro nem passado, naquele que tem todos os acontecimentos simultaneamente presentes diante dos seus olhos. Tendo visto o que ia acontecer no futuro, quer em atos quer em palavras, afirmou: «Os meus olhos viram todas essas coisas e meus ouvidos ouviram-nas»; e, como as coisas ouvidas de nada servem se não forem compreendidas, acrescentou: «e entenderam-nas» (Job 13,1). De facto, quando nos é dado conhecer um acontecimento, seja pela visão, seja pela audição, se não houver compreensão, não há profecia. O faraó viu em sonhos o que ia acontecer ao Egito (cf Gn 41), mas, porque não compreendeu o que viu, não era profeta. O rei Baltazar viu os dedos de uma mão escreverem na parede (cf Dn 5), mas não era profeta porque não compreendeu o que tinha visto. É, pois, para testemunhar que traz em si o espírito de profecia que o bem-aventurado Job afirma que viu tudo, ouviu tudo e compreendeu tudo. Mas tal compreensão não o tornou orgulhoso.

Santo Aquilino Sacerdote e Mártir Festa: 29 de janeiro

+ Milão, por volta de 1018
 
Ele nasceu em Würzburg, Alemanha, em uma família nobre. Logo se aproximou da fé católica ao completar seus estudos teológicos em Colônia, onde se tornou sacerdote. No entanto, recusou o cargo de bispo que lhe foi oferecido, porque queria dedicar-se inteiramente ao ministério e à oração. Por isso fugiu para Paris, onde tratou os que sofriam de cólera, curando-os milagrosamente e, também aqui, foi-lhe oferecido o cargo de bispo, que voltou a recusar e fugiu para Pavia. A cidade, porém, estava nas mãos de seguidores do Arianismo e do Catarismo, heresias contra as quais Aquilino pregava e que lhe custaram a vida quando foi para Milão, onde, numa noite de 1015, foi esfaqueado por um grupo de hereges. Seu corpo foi retirado de um esgoto perto da Porta Ticinese por alguns carregadores, que o levaram ao oratório da vizinha basílica de San Lorenzo. Seu corpo foi então sepultado na Capela da Rainha, que recebeu imediatamente o nome da santa. Nesta capela, ainda hoje, é possível ver a urna que preserva as suas relíquias. (Futuro) 
Patrono: Facchini 
Emblema: Palma, faca

29 de janeiro - São Julião Hospitaleiro

Conta a tradição que os pais de Julião eram nobres e viviam num castelo. No dia do seu batizado, seus pais tiveram um sonho idêntico. Nele, um ermitão lhes dizia que o menino seria um santo. O menino foi educado como um nobre, apreciando a caça como esporte, e apesar do caráter violento, era caridoso com os pobres. Na adolescência, foi a vez de Julião. Ele sonhou com um grande veado negro que lhe disse: "Você será o assassino de seus pais". Impressionado, fugiu para nunca mais voltar. Ficou famoso como soldado mercenário. Casou-se com uma princesa e foi morar num castelo. Certa noite, saiu para caçar, avisando que voltaria só ao nascer do sol. Algumas horas depois, seus pais, já idosos, chegaram para revê-lo. Foram bem acolhidos pela nora que lhes cedeu o seu quarto para aguardarem o filho, repousando. Julião regressou irritado porque não conseguira nenhuma caça. Mas a lembrança da esposa a sua espera acalmou seu coração. Na penumbra do quarto, percebeu que na cama havia duas pessoas. Possuído pela cólera matou os dois com seu punhal. Ao tentar sair, viu o vulto de sua mulher na porta do quarto. Então, ele compreendeu tudo. Desesperado abriu as janelas e viu que tinha assassinado os pais. Após os funerais, colocou a esposa num mosteiro, doou os bens aos pobres e partiu para cuidar da alma.

29 de janeiro - São Gelásio II (Papa)

159º Papa da Igreja, era italiano. Foi batizado com o nome de João de Gaeta, era monge na abadia de Montecassino, conhecido pela sua sapiência e que desde o ano de 1089 exercia o cargo de chanceler pontifício. Foi eleito secretamente na igreja romana de Santa Maria de Pallara, pelos cardeais, devido a uma perigosa situação política e militar em Roma. Foi violentamente agredido e aprisionado por Cencius Frangipini, de uma família que odiava o falecido Papa Pascoal II, a quem o Papa Gelásio II era profundamente leal. Apesar de ter sido aprisionado no meio da eleição, a 24 de janeiro de 1118, a manifestação popular fez com que fosse libertado, tendo-se então refugiado em Gaeta, onde foi ordenado sacerdote (era apenas diácono quando foi eleito papa) e consagrado Bispo de Roma em 10 de março de 1118. Gelásio II não aceitou o pedido de encontro do imperador, que queria discutir a questão das investiduras – a interferência de governantes seculares na designação e posse de bispos e abades. Assim, o Imperador Henrique V declarou a Sé vacante e nomeou o antipapa, Maurício de Braga (que tomou o nome de Gregório VIII). O Papa Gelásio II excomungou o imperador e o antipapa, assim, quando o imperador saiu de Roma, Gelásio voltou, sendo, contudo, perseguido pelos partidários daquele. Fugiu então para Pisa, consagrou a nova catedral desta cidade e presidiu o sínodo de Vienne, onde se condenaram mais uma vez as investiduras. Acabou por morrer, prostrado no chão, na abadia de Cluny. O seu papado terminou a 29 de janeiro de 1119.

Santos Papía e Amaro(Mauro), soldados, mártires, na via Nomentana

Estes dois Santos soldados romanos, Papia e Mauro, que viveram na época de Diocleciano, foram sepultados ao longo da Via Nomentana, no “Coemeterium Maius”. Foram martirizados por terem-se convertido ao cristianismo. Eles são os Santos Padroeiros da Congregação do Oratório de São Felipe Neri. 
Os santos mártires Papia e Mauro eram soldados na época do imperador Diocleciano. Na primeira confissão de Cristo, Laodicius, prefeito da cidade, mandou bater-lhes na boca com pedras, depois mandou-os atirar na prisão, depois espancá-los com paus e, finalmente, com flagelos, até morrerem. 
Patronos: Congregação do Oratório de San Filippo Neri Martirológio Romano: Em Roma, na Via Nomentana, no cemitério Maggiore, os santos mártires Pápia e Mauro, soldados. 
Os restos mortais destes santos mártires de Roma - recordados nos Itinerários do século VII como sepultados no Coemeterium Maius da Via Nomentana - foram encontrados em 1590 em Santo Adriano al Foro e doados pelo Card. Agostino Cusano, proprietário da igreja, em Santa Maria in Vallicella, onde foram colocados sob o altar-mor em 23 de maio de 1599, juntamente com os de Domitilla, Nereo e Achilleo; algumas relíquias foram utilizadas no dia 16 de maio de 1725 para a consagração do altar da capela de São Filippo Neri, que com tanto fervor acolheu os santos corpos que chegavam em procissão à igreja que ele construíra e ainda recentemente rebocada.

São Constâncio, bispo de Perúgia

Constâncio foi o primeiro bispo de Perugia. Salvou-se, uma vez, do martírio, durante as perseguições de Marco Aurélio. Ao ser preso, converteu seus carcereiros e recobrou a liberdade; mas foi novamente preso e decapitado em 170. A primeira catedral da cidade foi construída no lugar da sua sepultura. 
Nascido em Foligno, foi o primeiro bispo de Perugia. Martirizado na época das perseguições do imperador Marco Aurélio. Segundo a tradição, ele foi conduzido por alguns soldados até o cônsul Lúcio e barbaramente flagelado, depois imerso em água fervente, da qual milagrosamente saiu ileso. Levado de volta à prisão, ele converteu seus tutores que o ajudaram a escapar. Tendo se refugiado na casa do cristão Anastácio, foi novamente preso e decapitado na cidade de Foligno, por volta do ano 170. O corpo do santo, após seu martírio, foi levado para Perugia e sepultado não muito longe da cidade em um lugar chamado Areola fora da Porta S. Pietro, onde foi construída a primeira catedral de Perugia.
Etimologia: Costanzo = quem tem firmeza, tenacidade, do latim 
Emblema: Pessoal Pastoral, Palma 
Martirológio Romano: Em Perugia, São Constâncio, bispo.

Santa Sabrina (Savina, Sabina) Virgem de Troyes Festa: 29 de janeiro

(*)Samos, Grécia, século III 
(+)Troyes, Gália, 288 
Convertida ao cristianismo, partiu para Roma para receber o batismo e depois rumou para a Gália em busca de seu irmão, São Sabiniano, martirizado em Troyes. Durante a viagem ele realizou muitos milagres. Uma vez em Troyes, ela soube da morte de seu irmão e morreu pouco depois. O seu culto é evidenciado pela construção de uma igreja a ela dedicada perto de Troyes no século VII e pela sua inclusão no Martirológio de Usuardo no final do século IX. 
Etimologia: Sabrina = afiado, pungente, do hebraico
Emblema: Palma 

Santa Inês de Bagno di Romagna Camaldolesa Festa: 29 de janeiro

(*)Sarsina (Forlì)
(+)Bagno di Romagna (Forlì), século XII 
Agnese da Bagno di Romagna, camaldulense. Originária de Sarsina, viveu no século XII. Etimologia: Agnes = pura, casta, do grego Há muito pouca informação disponível sobre a Beata Agnese da Bagno di Romagna, também conhecida como Agnese da Sarsina. Agnese viveu no século XII e foi companheira da beata Giovanna da Bagno († 1105), festa em 16 de janeiro, no convento camaldulense de Santa Lúcia, perto de Bagno di Romagna (Forlì). Evidentemente ela era originária de Sarsina (Forlì), daí seu nome duplo. Sabe-se que ela foi homenageada pelas comunidades de Bagno di Romagna e Pereto e seu culto foi confirmado em 15 de abril de 1823, juntamente com o da beata Giovanna da Bagno. As duas beatas camaldulenses estão representadas num afresco na Igreja de Camaldoli (Arezzo); A Beata Agnese é lembrada no dia 29 de janeiro. Autor: Antonio Borrelli

Santa Mártir Bebaia de Edessa e seu irmão, São Sarbelus.

Os Santos Mártires Sarbelus e Bebaia (Barbea) de Edessa eram irmão e irmã, sofrendo no século II sob o imperador Trajano por confessar o cristianismo. São Sarbelus era um sacerdote dos ídolos em Edessa, mas foi convertido a Cristo por um certo bispo, então ele e sua irmã foram batizados. Os pagãos torturaram os santos por um longo tempo e depois os decapitaram. Esses santos também são comemorados em 29 de janeiro. São Sarbelus pode ser o mesmo que é comemorado em 5 de setembro.