terça-feira, 1 de julho de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Amor cultivado”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Casamos... e agora?
 
Casados. Maravilha! Como dizemos: “Quem casa quer casa”, isto é, constituir uma vida nova. Toda a beleza dessa etapa da vida é a realização de um sonho tão bem cultivado e alimentado por tantas esperanças. Quando se realiza um matrimônio se ouve um sim para a eternidade. Acreditamos no casal e acreditamos que possam levar avante essa nova vida como uma missão vinda do alto. Tantos passaram pelo altar e levaram o casamento para a vida toda, mesmo não tendo as ditas preparações que são propostas. E foram felizes. Continuando a reflexão do Papa Francisco, lemos na Exortação Apostólica Amoris Laetitia - Alegria do Amor - orientações muito concretas para a vida em família, de modo particular, como refletimos agora, para a vida de noivado e dos recém-casados. Acentua que a preparação do noivado continua na vida de casal. Aliás, estamos sempre aprendendo. É sabedoria ter abertura para aprender sempre mais. Ninguém está pronto. Por isso insiste que no primeiro tempo da vida de casal há questões que merecem reflexão. Ninguém é perfeito e nem sabe tudo. A sabedoria não é saber, mas querer aprender sempre mais. O Papa Francisco insiste no acompanhamento dos noivos depois do casamento. Nas primeiras dificuldades há necessidade de acompanhamento (AL 217). Os primeiros passos precisam de outros olhos para olhar e outras mãos para orientar caminhar. É claro que sem interferência. O matrimônio, mesmo bem assumido, ainda cresce. É uma construção do dia a dia (AL 218). Ninguém trabalha sozinho. Mas... não é isso que as pessoas pensam. Para todos os problemas temos especialistas, a família é um desses. 
Força do ser diálogo 
O Papa Francisco continua mostrando sua experiência. Explica que quando um começa a ver os defeitos do outro com um olhar crítico, torna-se incapaz de se apoiarem para o amadurecimento. “O sim que deram um ao outro é o início de um itinerário cujo objetivo é superar as circunstâncias que surgirem e os obstáculos que se interpuserem”. A graça recebida e o SIM proferido não é apenas para o momento, mas se torna um impulso para esse caminho sempre aberto e seerá a força para os contornos necessários do dia a dia. É o momento do diálogo para elaborar o seu projeto concreto com os seus objetivos e detalhes (AL 218). Como o casamento é uma construção a dois, num diálogo completo de corpo, alma e potências intelectuais, o amor será sempre o controlador desse diálogo. É preciso lançar longe nossa esperança para onde ela nos atrai. O amadurecimento do amor implica em saber negociar e saber ceder para ganhar. Em cada nova etapa do casamento, urge dialogar e analisar as situações. A maior imaturidade matrimonial é não ter capacidade para conversar, colocar os problemas em comum, saber discutir e levar adiante uma reflexão que seja orientadora. Ter problemas não é um problema. Não discuti-los sim. 
Um amor que encanta 
O casamento sonhado nem sempre corresponde ao casamento vivido. Esse vai além. Cada casamento é uma história de salvação. Supõe partir de uma fragilidade que, graças ao dom de Deus e uma resposta criativa e generosa, pouco a pouco vai dando lugar a uma realidade cada vez mais sólida e preciosa. Salienta o Santo Padre que “a missão maior de um homem e de uma mulher no amor seja esta: a de se tornarem, um ao outro, mais homem e mais mulher” (AL 21). Lembramos a surpresa de Adão diante de Eva, saída das mãos de Deus: “Então o homem exclamou: Esta sim, esta sim” (Gn 2,23). Meta: ser uma eterna surpresa. A beleza continua na criação dos filhos na paternidade responsável e no respeito à vida.
ARTIGO PUBLICADO EM JANEIRO DE 2017

EVANGELHO DO DIA 1 DE JULHO

Evangelho segundo São Mateus 8,23-27. 
Naquele tempo, Jesus subiu para o barco e os discípulos acompanharam-no. Entretanto, levantou-se no mar tão grande tormenta que as ondas cobriam o barco. Jesus dormia. Aproximaram-se os discípulos e acordaram-no, dizendo: «Salva-nos, Senhor, que estamos perdidos». Disse-lhes Jesus: «Porque temeis, homens de pouca fé?». Então levantou-Se, falou imperiosamente ao vento e ao mar e fez-se grande bonança. Os homens ficaram admirados e disseram: «Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?».
Tradução litúrgica da Bíblia 
Carta a Diogneto 
(c.200) §7, 1-4 
«Quem é este homem, que até o vento 
e o mar Lhe obedecem?» 
O que foi transmitido aos cristão não tem origem terrena (cf Gal 1,12) e o que eles se esforçam por conservar com tanto cuidado não é invenção dum mortal, mas foi o próprio Deus invisível, verdadeiro Senhor e Criador de tudo, que do alto dos Céus colocou no meio dos homens a Verdade (cf Jo 14,6), o seu Verbo santo e insondável, e O estabeleceu firmemente em seus corações. Não realizou tudo isto, como alguém poderia supor, enviando aos homens um subordinado, um anjo ou um espírito dos que governam as coisas terrenas ou têm a seu cargo o cuidado das coisas celestes (cf Ef 1,21), mas o próprio Autor e Criador do Universo (cf Heb 11,10), por intermédio do qual criou os céus e encerrou o mar nos seus limites (cf Sl 104,9; Pr 8,29). Todos os elementos obedecem com fidelidade às suas leis misteriosas: o Sol, ao seguir a medida do curso dos dias; a Lua, brilhando durante a noite; os astros, acompanhando o percurso da Lua. Por Ele todas as coisas foram feitas, definidas e hierarquizadas: os céus e o que neles existe, a Terra e o que ela contém, o mar e o que nele se encontra, o fogo, o ar, o abismo, os seres que existem nas alturas, nas profundezas e no espaço intermédio. Foi Ele que Deus enviou aos homens. E não foi para exercer tirania ou incutir terror e assombro, como alguém poderia pensar, que Deus O enviou, mas com bondade e mansidão. Como um Rei que enviasse o seu filho (cf Mt 21,37), assim Deus O enviou como Deus que é. Enviou-O como Homem ao meio dos homens, para os salvar pela persuasão e não pela força, porque em Deus não há violência.

São Teodorico de St. Evroult Abade Festa: 1º de julho século XI

Ainda criança, foi confiado ao seu tio e padrinho, Teodorico, abade de Jumièges. Já adulto, tornou-se prior e reitor da escola monástica daquela abadia; mais tarde, enquanto o Abade Roberto estava lá, foi enviado à frente de alguns monges para restaurar a abadia de St. Evroult em Onche, na Normandia. Teodorico tornou-se abade em 1050 e, com seu zelo religioso e observância da regra, o mosteiro floresceu. Ele introduziu os costumes e tradições monásticas de grandes abades como Ricardo de Verdun, Guilherme de Dijon e Teodorico de Jumièges. Ele solicitou e garantiu que seus monges se dedicassem ao estudo e à meditação; particularmente dotado de inteligência e memória, dedicou-se ao cuidado da escola e do "Scriptorium", que logo se tornou de ampla e reconhecida fama. Ele enfrentou oposição dentro da própria comunidade, quanto à sua suposta negligência na administração material do mosteiro, mas o bispo e o Duque Guilherme da Normandia, tendo ouvido seus argumentos, rejeitaram sua renúncia e tudo foi esclarecido, mesmo com os poucos manifestantes. Em 1057, partiu em peregrinação à Terra Santa, chegou a Chipre e foi à igreja de São Nicolau, aos pés de cujo altar foi encontrado morto, após ter rezado por muito tempo, e ali foi sepultado.
Etimologia: Teodorico = aquele que está à frente do povo, do anglo-saxão 
Emblema: Cajado de pastor

São Teodorico de Mont-d'Or Abade Festa: 1º de julho † 533

Nascido na região de Mrna, filho de um bandido, Teodorico, após um casamento fracassado, decidiu abraçar a vida monástica a conselho do bispo São Remígio. Estabeleceu-se em Mont Or, onde sua fama de santidade cresceu, atraindo discípulos e até mesmo o rei da Austrásia, Teodorico I, que foi curado de uma doença grave. Atribuído a milagres, Teodorico morreu em 533 e foi sepultado em Mont Or. A abadia que ele fundou passou por muitas vicissitudes ao longo dos séculos, mas suas relíquias foram salvas e transferidas para a igreja paroquial em 1776. 
Etimologia: Teodorico = aquele que está à frente do povo, do anglo-saxão 
Emblema: Cajado de pastor 
Martirológio Romano: Em Reims, no território da Nêustria, na França, São Teodorico, sacerdote, discípulo do bispo São Remígio. 

01 de julho - Santo Atilano Cruz Alvarado

Atilano Cruz Alvarado nasceu em Teocaltiche em 5 de outubro de 1901. Ele tinha ascendência indígena, e sua família professava a fé católica. Quando criança, cuidou do gado até que seus pais o levaram a Teocaltiche para aprender a ler e escrever. Em 1918, ingressou no Seminário do Conselho da mesma cidade e, dois anos depois, foi transferido para Guadalajara. Foi ordenado sacerdote em 24 de julho de 1927, quando ser sacerdote era considerado o maior crime que um mexicano poderia cometer. Com uma alegria transbordante, estendeu as mãos para que fossem consagradas sob o céu azul de uma ravina de Jalisco, onde o arcebispo e o seminarista estavam escondidos. Ele exerceu seu ministério nas piores circunstâncias sem falhar; ao contrário, recebeu o crédito por seu pedido, obediência e piedade. Foram onze meses de vida aos trancos e barrancos. No dia 29 de junho de 1928 foi chamado por seu pároco, Padre Justino Orona, para uma visita pastoral. Obediente, ele foi ao rancho de " Las Cruces ", um lugar que seria sua provação. Pouco antes de partir escreveu: “Nosso Senhor Jesus Cristo nos convida a acompanhá-lo na paixão”.

01 de julho - Beatos Tullio Maruzzo e Luis Obdulio Arroyo Navarro

Padre Tullio Maruzzo nasceu em Lapio, município de Arcugnano (Vicenza), em 23 de julho de 1929, foi batizado com o nome de Marcelo. Educado em uma família profundamente cristã, em 1939, ingressou na escola dos Frades Menores de Veneto, em Chiampo. Fez sua profissão solene em 1951. Foi ordenado sacerdote em 21 de junho de 1953. Padre Maruzzo chegou à Guatemala em janeiro de 1960, procedente da Itália. Serviu em diferentes paróquias até que foi enviado à San José, que contava com 50 aldeias. O sacerdote as visitava pelo menos três vezes por ano. Era simpático, não rechaçava ninguém e passava muitas horas ouvindo os camponeses e os conhecia pelo seu nome. Sem radicalismo, sem alarde, mas de forma pacifica, humilde e serviçal, soube realizar na sua vida e sobretudo na sua morte a figura do bom Pastor.

01 de julho - Beato Inácio Falzon

O Servo de Deus Inácio Falzon também nutria uma enorme paixão pela pregação do Evangelho e pelo ensinamento da fé católica. Também ele colocou os seus inúmeros talentos e a sua formação intelectual ao serviço do trabalho catequético. O Apóstolo Paulo escreveu: "Dê cada um segundo o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento, pois Deus ama quem dá com alegria" (2 Cor 9, 7). O Beato Inácio foi um daqueles que deu em abundância e com alegria; e as pessoas encontravam nele não apenas uma energia ilimitada, mas também profunda paz e júbilo. Ele renunciou ao sucesso mundano para o qual o seu currículo o preparara, a fim de servir o bem espiritual dos outros, inclusivamente dos inúmeros soldados e marinheiros britânicos que nessa época se encontravam estacionados em Malta. Ao aproximar-se deles, de entre os quais só alguns eram católicos, antecipou o espírito ecumênico do respeito e do diálogo, que hoje nos é familiar, mas que na sua época nem sempre era predominante. Inácio Falzon hauria a sua força e inspiração da Eucaristia, da oração diante do Tabernáculo, da devoção a Maria, do Rosário e da imitação de São José.

Beata Assunta Marchetti

“A bem-aventurada Assunta foi uma mulher muito forte e empreendedora; como jovem, nada lhe faltava para ter uma boa posição na sua comunidade local, na Itália. No entanto, motivada por sua fé em Deus e pelo amor ao próximo, ela abandonou tudo, inclusive sua pátria e as seguranças que tinha, para seguir a vocação religiosa e missionária, dedicando a vida aos migrantes, sobretudo pobres e doentes, aos órfãos e desamparados… Para eles foi “mãe” solícita, que, trabalhou muito para não lhes deixar faltar nada… Sua vida foi inteiramente orientada pela caridade de Cristo, que ardia no seu coração, e que lhe ajudava a ver em cada pessoa um filho de Deus, um irmão e uma irmã, imagem e semelhança do próprio Jesus Cristo. No poema à caridade, da 1ª Carta aos Coríntios (13,1-13), São Paulo convida a buscar o caminho melhor e a virtude mais alta na vida cristã; e esse caminho e virtude consistem em amar como Jesus Cristo amou: amor de caridade, de doação sem medida e sem interesse pessoal, ao ponto de entregar inteiramente a vida pelo próximo. Este ideal alto é proposto a todos os discípulos pelo próprio Jesus, quando ele diz: “como eu vos amei, assim amai-vos também vós uns aos outros… Ninguém tem maior amor do que aquele que entrega a vida pelos amigos” (Jo 15,13). Todas as ações da nossa vida precisam ser motivadas por esse amor de caridade, à semelhança de Jesus.

01 de julho - São Justino Orona Madrigal

Justino Orona Madrigal nasceu em Atoyac, (México) em 14 de abril de 1877, era de uma família extremamente pobre. Ele completou seus primeiros estudos em Zapotlán, em seguida, entrou no seminário de Guadalajara (1894). Depois de sua ordenação (1904), serviu como pároco em Poncitán, Encarnación, Jalisco e Cuquío. Apesar de viver em uma atmosfera de anticlericalismo e indiferença religiosa, ele era um padre exemplar. Fundador da Congregação Religiosa das Irmãs Clarissas do Sagrado Coração. Sua vida foi marcada pela cruz, mas ele sempre permaneceu gentil e generoso. Em uma ocasião, ele escreveu: "Aqueles que seguem o caminho da dor com fidelidade podem subir com segurança ao céu". Quando a perseguição aumentou, ele permaneceu entre seus paroquianos dizendo: "Vivo ou morro permanecerei entre os meus ". Certa noite, depois de planejar com seu vigário e companheiro de martírio, padre Atilano Cruz, sua atividade pastoral, que era exercida em meio a inúmeros perigos, os dois sacerdotes reuniram-se para descansar em uma casa de fazenda em "Las Cruces", perto de Cuquío.

São Junípero Serra

“Hoje encontramo-nos aqui, podemos estar aqui, porque houve muitos que tiveram a coragem de responder a este chamamento; muitos que acreditaram que «na doação a vida fortalece, e enfraquece no comodismo e no isolamento». 
Somos filhos da ousadia missionária de muitos que preferiram não se fechar «nas estruturas que nos dão uma falsa proteção, nos hábitos em que nos sentimos tranquilos, enquanto lá fora há uma multidão faminta». Somos devedores duma Tradição, duma cadeia de testemunhas que tornaram possível que a Boa Nova do Evangelho continue a ser, de geração em geração, Nova e Boa.” O Padre Junipero Serra “soube deixar a sua terra, os seus costumes, teve a coragem de abrir sendas, soube ir ao encontro de muitos aprendendo a respeitar os seus costumes e as suas características” – referiu o Papa realçando que este novo santo “aprendeu a gerar e acompanhar a vida de Deus nos rostos daqueles que encontrava, tornando-os seus irmãos.

Santos Júlio e Arão, mártires da Bretanha

Parece que Júlio e Arão tenham sido assassinados, por serem cristãos, durante as perseguições de Diocleciano, em 304. Hoje, estes dois mártires são particularmente venerados em Caerleon, uma fortaleza romana, ocupada pela Segunda Legião de Augusto, de 75 a 431, na Bretanha. https://www.vaticannews.va/pt/santo-do-dia.html 
Arão e Júlio São Arão e São Júlio (ou Juliano) eram dois santos cristãos romano-britânicos que foram martirizados por volta do século III. Juntamente com Santo Albano, eles são os únicos mártires cristãos da Grã-Bretanha romana com nomes conhecidos. A maioria dos historiadores coloca o martírio em Caerleon, embora outras sugestões o tenham colocado em Chester ou Leicester. Seu dia de festa era tradicionalmente comemorado em 1º de julho, mas agora é observado junto com Albano em 20 de junho pelas Igrejas Católica Romana e Anglicana. O primeiro relato sobrevivente de Arão e Júlio vem de Gildas, um monge que escreveu no oeste da Grã-Bretanha durante o século VI. A precisão de seu relato de eventos que ocorreram três séculos antes é desconhecida. O relato de Gildas foi repetido mais tarde pelo monge anglo-saxão do século VIII, Beda.

Santa Ester, Rainha da Pérsia – 1º. de julho

Esta heroína, como também Judite, deu o nome a um dos livros das Sagradas Escrituras. Por ocasião da morte de seus pais, foi adotada por seu tio Mardoqueu. Ambos pertenciam à tribo de Benjamim. A família havia sido deportada no ano 597 a.C., no tempo do rei Nabucodonosor, e Mardoqueu nascera no exílio. Mardoqueu cuidou de Ester como se fosse a pupila de seus olhos. Depois, os hebreus foram feitos cativos pelos persas. Xerxes I, conhecido com o nome de Assuero (485-465 a.C), foi o terceiro sucessor de Ciro, rei dos persas. Ele havia repudiado sua mulher, Vasti, porque ela recusara obedecê-lo, e procurava uma nova esposa. Por conselho de Mardoqueu, Ester se candidatou, mantendo em segredo que era judia. E o rei a elegeu sua esposa favorita. Para manter viva a lembrança de seu matrimônio com Ester, concedeu indultos, distribuiu benesses e concedeu paz a todas as províncias de seu reino. Mardoqueu tornou-se agradável ao rei por ter descoberto um atentado contra a sua vida e comunicado o fato à Rainha Ester.

Aarão Sumo Sacerdote judeu, Santo (século XIII a. J. C.)

Sacerdote hebreu, santo (cerca de 1250 a. C.) 
As Sagradas Escrituras exaltam a figura de Aarão 
como um dos homens mais ilustres.
Santo Aarão era filho de Amrão e irmão carnal de Moisés. Foi escolhido por Deus para ser o primeiro Sumo Sacerdote dos hebreus. Moisés consagrou-o e ungiu-o com o óleo santo. Constituiu uma aliança perene com ele e com os seus descendentes e enquanto durar o céu há-de presidir o culto e exercer o sacerdócio e abençoar o povo em nome do Senhor. Segundo o livro das Crónicas, Capítulos 35-38, são filhos de Aarão: Eleazar, Finéias, Abisué, Boci, Ozi, Zaraías, Meraiot, Amarias, Aquitob, Sadoc e Aquimaas. Homem frágil e pecador, como todos, Aarão é, todavia o modelo de colaboração com Deus para a realização de seu desígnio de amor. O seu perfil já foi magistralmente traçado pela Bíblia, que por outra parte é a única fonte para a sua biografia. Além, é claro, do amplo e articulado desenvolvimento dos cinco primeiros livros da Sagrada Escritura (o Pentateuco) há dois trechos na carta aos hebreus e no livro do Eclesiástico. “Ninguém, pois, se atribua esta honra, senão o que foi chamado por Deus, como Aarão” (Hb 5,1-4). No Salmo 104,26 está: “Mas Deus lhes suscitou Moisés, seu servo, e Aarão, seu escolhido”. O livro do Eclesiástico enaltece a figura de Aarão inserindo-o nos primeiros lugares na galeria de Homens Ilustres, aos quais Jesus Ben Sirac dá importância singular. O sacerdócio de Aarão e dos seus sucessores, até ao contemporâneo Simeão, é dos mais qualificados. O Salmo 98-6 nos diz: “Entre seus sacerdotes estavam Moisés e Aarão e Samuel um dos que invocaram o seu nome: clamavam ao Senhor, que os atendia”.

Oliver Plunkett Bispo, Mártir, Santo 1625-1681

Oliver Plunkett, irlandês, nasceu no ano de 1625, em Loughcrew, numa família de nobres. Ele queria ser padre, mas para realizar sua vocação estudou particularmente e na clandestinidade. Devido à perseguição religiosa empreendida contra os católicos, seus pais o enviaram para completar o seminário em Roma, onde recebeu a ordenação em 1654. A ilha irlandesa pertence à Coroa inglesa e possuía maioria católica. Mas como havia rompido com a Igreja de Roma, o exército real inglês, liderado por Cromwel, assumiu o poder para conseguir a unificação política da Inglaterra, Escócia e Irlanda. Obcecado pelo projecto, mandara até mesmo assassinar o rei Carlos I. E na Irlanda não fez por menos, todos os religiosos, sem excepção, foram mortos, além de leigos, militares e políticos; enfim, todos os que fossem católicos. Por isso o então padre Plunkett ficou em Roma exercendo o ministério como professor de teologia. Em 1669, o bispo da Irlanda, que estava exilado na Itália, morreu. Para sucedê-lo, o papa Clemente IX consagrou o padre Oliver Plunkett, que retornou para a Irlanda viajando como clandestino.

ANTÓNIO ROSMINI Sacerdote, Fundador, Beato 1797-1855

Sacerdote italiano, filósofo, condenado durante algum tempo, fundador do Instituto da Caridade e das Irmãs da Providência; reabilitado pelo Papa João Paulo II e beatificado em 2007.
António Rosmini nasceu em Rovereto no dia 24 de Março de 1797 e faleceu em Stresa a 1 de Julho de 1855. Dedicou a sua vida aos estudos de filosofia, política, ascética e pedagogia. Ao terminar os estudos jurídicos e teológicos na Universidade de Pádua, recebeu a Ordenação sacerdotal em 1821. Imediatamente demonstrou grande interesse e inclinação para os estudos filosóficos, encorajado neste sentido pelo Papa Pio VIII, que lhe pedira para conduzir os homens à religião através da razão, e mais de uma vez colocou-se contra enganadores e falsos movimentos de pensamento como o sensismo e o iluminismo. Fundou o Instituto da Caridade e o das Irmãs da Providência, idealizados e queridos como ambientes propícios à formação humana, cristã e religiosa de quantos tinham partilhado o mesmo espírito, adaptando-se às contingências históricas, civis e culturais do seu tempo. Na audiência de 12 de Janeiro de 1972, Paulo VI definiu-o “profeta”, que em antecipação de um século sentiu e indicou problemas da humanidade e pastorais, debatidos depois no Concílio Vaticano II.

PRECIOSÍSSIMO SANGUE DE JESUS

O mês de julho foi estabelecido pela Igreja como o mês consagrado ao Preciosíssimo Sangue de Jesus. A piedade cristã sempre manifestou, através dos séculos, especial devoção ao Sangue de Cristo derramado para a remissão dos pecados de todo o género humano, por ocasião da Paixão e Morte de Jesus e atravessando a história até hoje com Sua presença real no Sacramento da Eucaristia. Desde tempos muito remotos, a devoção ao Preciosíssimo Sangue de Jesus sempre esteve presente e floresceu cada vez mais em meio ao clero e aos fiéis, através de solenidades, preces públicas e Ladainha própria, com o fim de pedir a Deus perdão dos pecados, afastar os fiéis dos justos cas-tigos, implorar as bênçãos do céu sobre os frutos da terra, e prover nossas ne-cessidades espirituais e temporais. No século passado, foi São Gaspar de Búfalo admirável propagador desta insigne devoção, tendo o merecimento da aprovação da Santa Sé e por isto até hoje é conhecido como o "Apóstolo do Preciosíssimo Sangue". Foi por ordem do Papa Bento XIV que foram com-postos a missa e o ofício em honra ao Sangue de Jesus para finalmente ser estendida à Igreja Universal por decreto do Papa Pio IX. O Papa João XXIII, cuja família desde a sua infância foi fiel devota ao Preciosíssimo Sangue, também perpetuou esta santa devoção, tendo logo no início de seu pontificado escrito a Carta Apostólica Inde a Primis, a fim de promover o seu culto, conforme fez menção o Papa João Paulo II em sua Carta Apostólica Angelus Domini, onde frisa o convite de João XXIII sobre o valor infinito daquele sangue, do qual "uma só gota pode salvar o mundo inteiro de qualquer culpa". Mais perto de nós, podemos e devemos lembrar a Beata Alexandrina de Balasar a quem Jesus, não só para benefício da alma, mas também do corpo frágil desta, deixava cair-lhe no coração uma gota do seu Preciosíssimo Sangue. Foi a primeira vez, na histórias dos Santos, que Jesus utilizou este “remédio” salutar para reavivar o corpo e a alma de uma das suas almas-vítimas. Sejamos, portanto, também devotos propagadores desta extraordinária e salutar prática da piedade cristã.

IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

A festa litúrgica do Coração de Maria passou por muitas vicissitudes. De acordo com a história, houve primeiramente uma devoção privada ininterrupta, que não chegou a formas públicas oficiais. Efectivamente, a primeira festa litúrgica do Coração de Maria foi celebrada a 8 de Fevereiro de 1648, na diocese de Autun (França). Em 1864, alguns bispos pedem ao Papa a consagração do mundo ao Coração de Maria, aduzindo como justificativa e motivo a realeza de Maria. O pedido decisivo partiu de Fátima e do episcopado português, após ter sido pedido por Jesus à Beata Alexandrina, em Balasar desde 1935. Importante notar igualmente que o documento enviado de Fátima para pedir ao Papa esta consagração foi redigido pelo sacerdote Jesuíta Padre Mariano Pinho, então Director espiritual da Alexandrina Maria da Costa, de Balasar. É bom saber, para que a história seja fiel aos acontecimentos, que a Beata Alexandrina de Balasar, tinha ela mesma escrito ao Santo Padre fazendo esse pedido, como consta no documento oficial da beatificação, que diz o seguinte: «No ano de 1936 [Alexandrina] pediu ao Sumo Pontífice a Consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria, o que fez Pio XII no dia 31 de Outubro de 1942.» Inesperadamente, a 31 de Outubro de 1942, Pio XII, na sua mensagem radiofónica em português, consagrava o mundo ao Coração de Maria.

ORAÇÕES - 01 DE JULHO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
1 – Terça-feira-feira – Santos: Teodorico, Aarão, Domiciano
Evangelho (Mt 8,23-27) Jesus entrou na barca, e seus discípulos o acompanharam. E eis que houve uma grande tempestade no mar...”
Jesus entrou na barca de nossa humanidade, fraca, condicionada, sofredora. Estamos na mesma barca, e sabemos como são frequentes e violentas as tempestades. A vontade é de desistir e deixar-se levar pelo inevitável. Jesus convida-nos a crer nele, confiar em seu poder e em sua bondade fiel. Estando ele na barca, podemos ficar tranquilos, mesmo quando parecer que está dormindo.
Oração
Senhor Jesus, agradeço vossa bondade corajosa, que vos pôs nesta minha barca, para participar de minhas esperanças e de meus medos quando sopra o vento forte.  Confio em vós, entrego-me em vossas mãos. Levai-me por onde quiserdes, confio que não me deixareis afundar. Apenas ajudai-me a sempre gritar por vós, como se estivésseis dormindo nesta minha frágil barca. Amém.

segunda-feira, 30 de junho de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Felizes sois vós”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Um ensinamento de vida!
 
O Evangelho de Mateus compõe-se de discursos nos quais coleta os ensinamentos fundamentais de Jesus. Temos na liturgia de hoje a leitura da introdução ao discurso da Montanha. Como Moisés que, do alto do Monte Sinai trouxe e lei de Deus, Jesus apresenta a Nova Lei. Aquela lei fora promulgada entre raios e trovões. Aí nasceu o povo. No monte das Bem-Aventuranças Jesus delineia o caminho do novo homem. Quem O ouve fica feliz. Jesus inicia propondo oito pilares desse novo povo. Basta dar estes oito passos para entrar no Reino. As bem-aventuranças são um retrato de Jesus a ser feito em nós. Jesus enfrentou inimigos fortes que O recusavam. Mas teve sempre uma palavra e um acolhimento carinhoso para com os fracos, os doentes e os pobres. A opção de Jesus para atender primeiro os frágeis, vem justamente da situação da maioria do povo que estava fragilizada de tantos modos. Desde o Antigo Testamento Deus deu particular atenção aos fracos como lemos no salmo 145. As leis protegiam os necessitados, mas não eram seguidas. As esperanças do povo se concretizaram num pequeno grupo que o profeta chama de resto de Israel. Eles colocaram sua esperança em Deus. Nele se estabelece a certeza da salvação que Deus oferece. Eles acolheram Jesus. É por isso que Jesus vai descrevê-los deste modo tão bonito: “Bem aventurados os pobres em espírito!” São eles o resto fiel. Maria, José e os primeiros discípulos pertenciam a esse grupo que tinha a esperança. 
Perfil do cristão feliz 
Cada cristão apresenta um aspecto das bem-aventuranças. A pobreza do cristão significa ser empobrecido e necessitado de Deus. Deus é a única riqueza que nos faz felizes. Nas dores sabem ter o consolo em Deus. É manso porque sabe estar bem com tudo. O que tem fome e sede de justiça Divina quer o bem de todos. O misericordioso é o que tem o coração do Pai. O puro de coração é o que vem de Deus. O promotor da paz vive a paz em si pelo contato com Deus e assim pode implantá-lo no mundo. O perseguido por causa da justiça sofre o que Ele sofreu e recebe que Ele recebeu. É o que se constata nas atitudes de Jesus e em suas palavras: pensa diferente do mundo. Com isso surge a oposição. Para o mundo a felicidade é o contrário das bem-aventuranças: riqueza, poder, despreocupação, injustiça, falta de perdão, agressividade, oposição a Cristo e seus fiéis. A salvação que Jesus oferece quer tirar o homem da situação do mal que tem seus inúmeros frutos perniciosos. Jesus cura o homem por dentro. 
Um projeto de vida 
Como realizar essas bem-aventuranças? O primeiro passo é estar unido a Cristo que é a Bem-Aventurança. Nele estão todas as virtudes, pois Ele é a Virtude. Os bons atos e o esforço pessoal são necessários. As bem-aventuranças não são bolas de Natal colocadas na árvore, mas frutos que vêm da árvore que é Cristo. É Ele quem produz fruto em nós e nós cooperamos para que sejam abundantes. O primeiro testemunho que os cristãos podem oferecer será sempre sua vida curtida no projeto de Jesus. Assim foi Jesus, assim devem ser seus seguidores. A Eucaristia é meio de nos unirmos a Cristo que é a seiva Divina que produz os frutos em nós. A educação cristã do discípulo deve passar por esses pontos fundamentais. É inútil uma fé, sem uma vivência concreta do projeto de Jesus. Nele podemos amadurecer Naquele que, por primeiro, viveu as bem-aventuranças.
Leituras: Sofonias 2,3;3,12-13; 
Salmo 145; 
1Coríntios 1,26-31; Mateus 5,1-12ª 
1. Jesus propõe as oito bem-aventuranças como o caminho para o novo povo de Deus viver o Reino. 
2. Cada cristão apresenta um aspecto das bem-aventuranças. Que não acolhe Jesus gera males que não dão produzem a felicidade. 
3. As bem-aventuranças são a seiva da árvore que é Cristo que produz frutos em nós. Acolhendo Cristo, somos o que Ele é. 
Aprendendo a ser gente 
S. Mateus, ao narrar o início da missão de Jesus, faz em poucas palavras, uma síntese de tudo o que iria ensinar. Primeiramente narra o início da vida de Jesus e no final a Paixão. Entre esses dois pólos, coloca cinco partes que englobam o ensinamento de Jesus. Iniciamos com o sermão da montanha. E neste, as bem-aventuranças. Elas são o fio que une e resume todo ensinamento de Jesus. Não são somente palavras, mas é o retrato falado de Jesus. Ele era assim. Às vezes procuramos o tipo físico de Jesus. Esse não é necessário. É bom saber seu tipo humano-espiritual. Assim como Ele foi, assim devemos ser. Gastamos muitas palavras para explicar a doutrina. Jesus com poucas frases apresentava tudo. É como vemos no texto de hoje. Primeiramente notemos que a primeira leitura nos diz quem são os humildes. Eles mantêm viva a esperança. E Deus cuida deles, como nos conta o salmo 145. Jesus enumera oito atitudes de vida que servem para orientar em nosso cotidiano. Está a dizer: Vivendo desse jeito, estão vivendo o evangelho. É curioso que procuramos tantos modos de viver e deixamos de lado aquele que Jesus oferece. O que nos ensina: Ser pobre de espírito, desapegado de tudo o que possa destruir a riqueza do Evangelho. Quem é pobre se preocupa em viver bem e que os outros vivam bem. Essa preocupação não prejudica o relacionamento, pois a mansidão cabe em qualquer lugar. Desse modo, com serenidade vai buscar a justiça em todos os sentidos, pois sem ela não se vive bem. Para não prejudicar os outros, quando vivemos procurando o bem, temos que ter misericórdia. Assim seremos entendidos. O que buscamos não tem má intenção. A pureza de o coração não é só afeto, mas é transparência dos olhos e das atitudes. Isso nos deixa em paz e não atropelamos os outros. Certamente que nem todo mundo concorda com esse nosso caminho. Daí surge a perseguição por causa de Jesus e seu ensinamento. Não há problema, pois já conquistamos o Céu e com grandes recompensas. A maior delas é ver que outros creram em Jesus e seguem o mesmo caminho. Tudo muito simples. Quanto mais fazemos como Jesus, mais gente seremos. 
Homilia do 4º Domingo Comum (29.01.2017)

EVANGELHO DO DIA - 30 DE JUNHO

Evangelho segundo São Mateus 8,18-22. 
Naquele tempo, vendo Jesus à sua volta uma grande multidão, mandou passar para a outra margem do lago. Aproximou-se então um escriba, que Lhe disse: «Mestre, seguir-Te-ei para onde fores». Jesus respondeu-Lhe: «As raposas têm as suas tocas e as aves os seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça». Disse-Lhe outro discípulo: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai». Mas Jesus respondeu-Lhe: «Segue-Me e deixa que os mortos sepultem os seus mortos». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João da Cruz 
(1542-1591) 
Carmelita descalço, doutor da Igreja 
Ditos de luz e amor, 169-175
(Obras completas, Edições Carmelo, 
2005, pp. 101-102) 
«Segue-Me» 
Quanto mais te apartas das coisas terrenas, tanto mais te aproximas das celestes e mais te unes a Deus. Quem souber morrer a tudo encontrará a vida em tudo. Foge do mal, faz o bem, procura a paz. Quem se queixa ou murmura não é perfeito, nem sequer bom cristão. Humilde é quem se esconde no seu próprio nada e sabe abandonar-se a Deus. Manso é quem sabe suportar o próximo e a si mesmo. Se queres ser perfeito, vende a tua vontade, dá-a aos pobres de espírito, aproxima-te de Cristo com mansidão e humildade, segue-O até ao Calvário e ao sepulcro.

Santos Mártires Basílides e Potamiena

Enumera-se Basílides como o sétimo dos mártires. Ele levava ao martírio a célebre Potamiena, cuja fama até hoje é decantada entre os seus compatriotas. Depois de mil combates contra homens corruptos para defender a pureza do corpo e a virgindade pela qual ela se distinguia (pois, sem falar de sua alma, a beleza do corpo era nela qual flor que desabrocha), após mil tormentos e torturas terríveis, cuja narrativa é de arrepiar, foi, com sua mãe Marcela, consumida pelo fogo. Narra-se que o juiz, chamado Áquila, depois de ter submetido seu corpo inteiro a duros tormentos, por fim ameaçou-a de entregá-la aos gladiadores para desonrá-la. Mas ela refletiu por um instante e foi-lhe pedida uma decisão. Deu tal resposta que pareceu-lhes algo de ímpio. Enquanto ela falava, foi proferida a sentença e Basílides, um dos soldados a tomou e conduziu à morte.

São Teobaldo de Provins Sacerdote e eremita Festa: 30 de junho

1017 – Vicenza, 1066
 
Filho do Conde Arnulfo de Champagne, renunciou à vida confortável para abraçar o ideal ascético, inspirado pela vida dos santos padres do deserto. Juntamente com seu companheiro Walter, retirou-se para a Floresta de Petting, dedicando-se a uma vida de oração, trabalho manual e peregrinações. Sua fama de santidade atraiu muitos devotos, levando-os a buscar um lugar mais solitário: estabeleceram-se em uma capela em ruínas em Salanico, perto de Vicenza. Após a morte de Walter, Teobaldo liderou uma comunidade de discípulos e foi ordenado sacerdote pelo bispo de Vicenza. Sua fama também chegou à França, onde seus pais, já idosos, foram vê-lo novamente. Teobaldo, exausto por uma doença debilitante, suportou seu sofrimento com paciência e morreu em 1066. Patrono: Carvoeiros e curtidores 
Etimologia: Teobaldo = capitão forte, do grego 
Martirológio Romano: Em Salanica, na província de Vicenza, São Teobaldo, sacerdote e eremita, filho dos condes de Champagne, na França, juntamente com seu amigo Walter, preferiu as peregrinações a Cristo, a pobreza e a solidão às honras e riquezas.

Santa Lucina Mártir venerada em Rosate Festa: 30 de junho

O corpo sagrado de Santa Lucina, provável mártir dos primeiros séculos da era cristã, é venerado na igreja de Santo Stefano in Rosate, na Arquidiocese de Milão,
no altar do Crucifixo. 
Outra relíquia, do mesmo corpo, é venerada na igreja de Santa Lucina em Cortereggio di São. Giorgio Canavese (TO). 
Os restos mortais deste provável mártir, das Catacumbas de São Sebastião, na Via Ápia, em Roma, foram extraídos em 1621 com a autorização do Papa Gregório XV e entregues a Massa Lubrense. No século XX, o bispo de Sorrento, sob cuja jurisdição Massa Lubrense se encontra, doou-os ao Cardeal Alfredo Ildefonso Schuster, Arcebispo de Milão, que se interessava particularmente pela arqueologia sacra e pelo culto aos mártires (Beato desde 1996). Por ocasião do extraordinário ano jubilar da Redenção, em 1933, Schuster decidiu doar a algumas comunidades de sua vasta Arquidiocese algumas relíquias de mártires, que ele próprio considerava "um instrumento para renovar a fé". Santa Lucina, portanto, coube à antiga paróquia de Santo Estêvão em Rosate, perto de Milão. Em 12 de fevereiro de 1933, o próprio Arcebispo liderou a procissão que acompanharia as relíquias até seu novo destino. Inicialmente colocados em uma capsela de estanho acompanhada dos selos do bispo de Sorrento, eles foram então recompostos, por decisão do reitor da paróquia,

30 de junho - Beato Vasyl Vsevolod Velychkovskyj

Os servos de Deus, hoje inscritos no Álbum dos Beatos, representam todos os componentes da Comunidade eclesial: entre eles, encontram-se Bispos e sacerdotes, monges, monjas e leigos. Eles foram provados de muitas maneiras por parte dos seguidores das ideologias nefastas do nazismo e do comunismo. Amparados pela graça divina, eles percorreram até ao fim o caminho da vitória. É um caminho que passa através do perdão e da reconciliação; caminho que conduz à luz resplandecente da Páscoa, depois do sacrifício do Calvário. Estes nossos irmãos e irmãs são os representantes conhecidos de uma multidão de heróis anônimos, homens e mulheres, maridos e esposas, sacerdotes e consagrados, jovens e idosos que no decurso do século XX, o "século do martírio", enfrentaram a perseguição, a violência e a morte para não renunciar à sua fé. 
Papa João Paulo II – Homilia de Beatificação – 
27 de junho de 2001 
O Beato ucraniano Vasyl Vsevolod Velychkovskyj, depois de passar por perseguições indescritíveis, morreu aos setenta anos em Winnipeg, no Canadá, em 1973. Aparentemente de morte natural; surpreendentemente, a autópsia estabeleceu que a morte ocorrera por uma dose de veneno de ação lenta, dada ao bispo antes de sua partida para o exílio, em 1972. Assim terminou sua odisseia.

30 de junho - Beato Januário Maria Sarnelli

"Santificar a Cristo como Senhor em vossos corações"
(1 Pd 3, 15)
Estas palavras da Carta de São Pedro também lançam luz sobre a intensa e frutuosa atividade apostólica que Januário Maria Sarnelli, redentorista, deixado tanto nas pregações às pessoas quanto nos seus numerosos escritos. A comunhão íntima e pessoal que teve com Cristo era a fonte constante de seu zelo pastoral incansável. Sua vida humana e religiosa, como a de Santo Afonso Maria de Ligório de quem ele era um amigo e colaborador, foi expressa de uma forma particular, em uma acentuada sensibilidade em relação aos pobres, aproximou-os à luz da sua realidade como filhos de Deus. Sua evangelização era caracterizada por grande dinamismo: ele foi capaz de conciliar o compromisso missionário com o de escritor e o ministério sacerdotal, não menos desafiador, conselheiro e guia espiritual. Enquanto prosseguia nos padrões culturais da época, o novo Beato nunca negligenciou a procurar formas renovadas de evangelização para enfrentar os desafios emergentes. E por que, apesar de ter vivido em um período histórico em muitos aspectos longe do nosso, Januário Maria Sarnelli pode ser encaminhado para a comunidade cristã de hoje, no limiar do novo milênio, como apóstolo que se abriu para receber toda inovação útil para um anúncio mais incisivo da mensagem perene de salvação. 
Papa João Paulo II – Homilia de Beatificação – 12 de maio de 1996

Santa Erentrudes, Abadessa - 30 de junho

Em Salzburgo, na Baviera, atualmente na Áustria, Santa Erentrudes, primeira abadessa do mosteiro de Nonnberg e sobrinha de São Ruperto, a quem ajudou na evangelização com obras e orações. († c. 718)     Erentrudes (ou Erentraud, também conhecida como Erendruda) era originária da região de Worms (Palatinado). Foi chamada pelo Bispo de Juvanum (atual Salzburgo, Áustria), São Ruperto de Salzburgo, seu tio e diretor espiritual, para fundar em Nonnberg um mosteiro de religiosas, do qual veio a ser a primeira abadessa. Colaborou com os trabalhos apostólicos do bispo com a oração e cuidando da educação da juventude feminina. Como abadessa introduziu a regularidade monástica, privilegiando a vida de oração, da qual era um exemplo. Estando São Ruperto à morte, Erentrudes apareceu debulhada em lágrimas: "Pedi que eu vá convosco", disse-lhe ela. "Que desejais vós que eu venha a ser, quando não estiverdes presente, e me veja destituída do meu pai espiritual?" 

Martírio dos Primeiros Cristãos de Roma

Perseguição do Imperador Nero - († 64-67).
Na primeira perseguição contra a Igreja, desencadeada pelo imperador Nero, depois do incêndio da cidade de Roma no ano 64, muitos cristãos foram martirizados com atrozes tormentos. Este facto é testemunhado pelo escritor pagão Tácito (Annales 15,44) e por São Clemente, bispo de Roma, papa, na sua Carta ao Coríntios (cap.5-6), do ano 96: “Deixemos de lado os exemplos dos antigos e falemos dos nossos atletas mais recentes. Apresentemos os generosos de nosso tempo. Vítimas do fanatismo e da inveja, sofreram perseguição e lutaram até à morte. Tenhamos diante dos olhos os bons apóstolos. Por causa de um fanatismo iníquo, Pedro teve de suportar duros tormentos, não uma ou duas vezes, mas muitas; e depois de sofrer o martírio, passou para o lugar que merecia na glória. Por invejas e rivalidades, Paulo obteve o prémio da paciência: sete vezes foi lançado na prisão, foi exilado e apedrejado, tornou-se pregoeiro da Palavra no Oriente e no Ocidente, alcançando assim uma notável reputação por causa da sua fé.

Marcial de Limoges Bispo, Santo Século III

São Marçal era bispo de Limoges no século III. Não temos informações precisas sobre suas origens, data de nascimento e morte nem dos actos de seu bispado. Tudo o que sabemos dele é de Gregório de Tours. Durante o consulado de Décio e de Grato, sete bispos foram enviados de Roma para a Gália para pregar o Evangelho. Gatien foi mandado para Tours, Trofimo para Arles, Paulo para Narbonne, Saturnino para Toulouse, Denis para Paris, Austromoine para Cler-mont e Marçal para Limoges. Marçal estava sempre acompanhado de dois padres trazidos por ele do Oriente, então pensa-se que ele também tenha vindo de lá. Ele foi bem sucedido na conversão dos habitantes de Limoges, onde foi sempre venerado. A imaginação popular, criadora de lendas, logo transformou São Marçal em um apóstolo do século I. Enviado para a Gália pelo próprio São Pedro, ele teria evangelizado não apenas a província de Limoges, mas toda a Aquitânia. Ele fez muitos milagres, incluindo trazer um morto de volta à vida, tocando-o com uma vara dada por São Pedro. A “Vida de São Marçal”, atribuída ao Bispo Aureliano, seu sucessor, mas na verdade um trabalho do século XI, desenvolve esta versão lendária. Segundo ela, Marçal teria nascido na Palestina e teria sido um dos setenta e dois discípulos de Cristo, teria assistido a ressurreição de Lázaro, estava na Santa Ceia, foi batizado por São Pedro, etc.

REFLETINDO A PALAVRA -“Pilares da Igreja”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Fé para evangelizar
 
A leitura dos Atos dos Apóstolos e da 2ª epístola a Timóteo narra o sofrimento e a fortaleza de Pedro e Paulo. Por serem discípulos de Jesus foram perseguidos. Em sua fé encontraram força na certeza da presença de Jesus. Paulo diz: “O Senhor esteve ao meu lado e me deu forças” (2Tm 4,17). Pedro tem o mesmo sentimento: “Sei que o Senhor enviou o seu anjo para libertar-me do poder de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava” (At 12,11). A fé é a garantia dessa certeza: “Tu és o Messias, Filho de Deus vivo”, diz Pedro (Mt 16,16). Paulo proclama: “Combati o bom, combate, completei minha carreira, guardei a fé” (2Tm 4,7). A missão dos dois apóstolos não é só uma obra apostólica, mas fruto de uma fé. Esta fé não é uma atitude primeiramente humana, mas vem do próprio Pai. Jesus o afirma: “Feliz és tu, Simão, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está nos céus” (Mt 16,17). O fundamento de toda a fé é o dom do Pai, acolhido pelo homem. Isto porque a fé supõe também a condição humana. Jesus afirma categoricamente: “Por isso Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la” (Id 18). Aqui tem um jogo de palavras: Pedro e pedra são a mesma palavra em hebraico – Cefas. A fé está em uma pessoa. Lembramos que Jesus se encarnou na “humanidade” e os sacramentos têm a parte material, por exemplo, o pão e o vinho, a água etc... Por isso temos a missão de Pedro que é continuada pela Igreja, tendo Pedro, o Papa, como cabeça. O modo de o Papa ser Papa, varia de acordo com os tempos. Cada Papa nos abre uma compreensão de um aspecto de seu ministério. Nenhum Papa é igual ao outro, mas todos continuam a missão de Pedro de confirmar na fé (Lc 22,32). 
Um modo de viver da Igreja
Entre os muitos ensinamentos da festa dos dois apóstolos, podemos refletir a partir de sua missão que é a unidade de fé missão de Cristo na diversidade. A unidade se faz na fé. A mesma fé em situações diferentes traz um modo de ser Igreja. Esta não se fixa nas formas, mas no dinamismo da fé. Havia uma grande questão que incomodava as comunidades: “Os cristãos provindos do paganismo deveriam praticar a lei judaica?” Foi definido pelos apóstolos que os judeus convertidos seguiriam a lei de Moisés e as tradições e crendo em Jesus como Messias. Os gentios não teriam obrigação de seguir os preceitos da tradição judaica, mesmo sendo cristãos. São dois modos de ser Igreja. O modo judeu durou algum tempo. É importante para a Igreja abrir às pessoas o conhecimento de Jesus para que lhes seja dada a fé como foi dada a Pedro. Mas deve-se estar atento à diversidade das culturas para que não se atrele a fé a uma cultura, como aconteceu por séculos. Não se nega o valor da cultura de romana, mas as culturas dos povos também têm grandes valores. Esse é o ensinamento do Vaticano II no documento Ad Gentes sobre a missão (AG nº 10 e 22). 
Viver a fé na adversidade 
A liturgia do dia lembra um resultado da pregação dos apóstolos e ao mesmo tempo indica como devemos viver: “Concedei-nos viver de tal modo na vossa Igreja que, perseverando na fração do pão e na doutrina dos apóstolos e enraizados no vosso amor, sejamos um só coração e uma só alma” (Pós-Comunhão). Viver a fé exige que a vida de comunidade seja completa acolhendo a Palavra, formando a comunidade, unindo-se na oração e na festiva fraternidade. Não existe uma fé só para si. Cremos e entramos em um corpo que é a Igreja. Pedro, por ser mais próximo de nós, é mais conhecido que Paulo. 
Leituras: Atos dos Apóstolos 12.1-11;Salmo 33; 
2 Timóteo 4,6-8.17-18; Mateus 16,13-19
1. Os apóstolos Pedro e Paulo são perseguidos, sofrem, mas sentem a força na fé em Jesus. Sua fé subsiste em sua condição humana. O Papa continua a missão de Pedro de confirmar na fé. 
2. Pedro e Paulo tiveram a mesma missão e a realizaram de modo diferente levando em conta a condição dos cristãos vindos do judaísmo e do paganismo. A Igreja deve estar atenta à diversidade de culturas como ensina o Vaticano II. 
3. A fé que recebemos nos leva a viver o espírito da comunidade primitiva que estava firme nos ensinamentos dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações. 
Dois homens e um mundo 
A festa de S. Pedro e S. Paulo, reunindo estes dois pilares da Igreja, ressalta a unidade da missão de Cristo na diversidade das situações. É uma visão ampla e aberta a todos os povos. Jesus não abandonou o povo da antiga aliança. Por isso confiou a Pedro sua evangelização. Ele proclamou para os judeus Jesus como realizador das promessas. Paulo, não abandonou a tradição dos pais, pois realizou a missão do povo de Deus anunciando o Messias. Deus fez um povo para chegar a todos os povos, e não para que todos os povos chegassem a esse povo. Ensinamento dos dois apóstolos é um caminho de espiritualidade. Mesmo no sofrimento têm a presença de Jesus, pois assumiram sua vida e sua missão, continuavam o ministério, vivendo seu mistério. Celebrar os dois apóstolos é constituir comunidades completas perseverando na fração do pão e na doutrina dos apóstolos, enraizados no amor, tendo um só coração e uma só alma (Pós-comunhão). Como colunas da Igreja, souberam equilibrar o edifício feito de pedras vivas com duas tendências diferentes. A Igreja se estabeleceu no mundo pagão e no mundo judeu Os dois apóstolos nos dão as primícias da fé (prefácio): Temos o fundamento na profissão de fé de Pedro e no combate de Paulo pela fé. Somos chamados a derrubar as barreiras e manter a unidade. E sejamos fiéis.
Homilia da festa de S. Pedro e S. Paulo (03.07.2016)

ORAÇÕES - 30 DE JUNHO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Segunda-feira – Santos: Lucina, Basílides, Teobaldo
Evangelho (Mt 8,18-22) “Então um mestre da Lei aproximou-se e disse: − Mestre, eu te seguirei aonde quer que vás.”
Fico imaginando até onde esse homem seguiu Jesus. Espero que tenha aceito a condição que ele lhe apresentou, e que apresenta a todos nós: “venha, mas não lhe prometo nem onde descansar a cabeça”. Seja qual for nosso modo de seguir Jesus, temos de estar preparados para tudo, ou melhor, para nada, para não ter garantia de nada nesta vida, a não ser a garantia da paz e do seu amor.
Oração
Senhor Jesus, sempre tivestes e tendes muitos discípulos dispostos de fato vos seguiram até o fim, mesmo nas piores condições. Admiro sua coragem, e peço que me ajudeis a ser um pouco mais corajoso e desprendido. Peço o necessário para a vida, mas também vos peço força para suportar privações. Peço ânimo e coragem, e ajuda especial nos momentos de desânimo e abandono. Amém.

domingo, 29 de junho de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Crescendo amor”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
A caminho do altar
 
É inesquecível aquela maravilhosa entrada da noiva rumo ao altar. E lá, ele, vendo-a em todo seu esplendor. Música, flores, convidados, sonhos, lágrimas e enfim a palavra mágica: “Promete amá-la”? Não querendo brincar, no momento atual a mala se torna importante no casamento. Partir... e buscar outros caminhos. Aumentam sensivelmente o número dos divórcios no Brasil. Diante desse fato, Papa Francisco sobre a preparação para o sacramento do matrimônio. Como a expectativa é para a vida, então é urgente dar vida à preparação. Casar e ajuntar são coisas diferentes. Casar-se na Igreja é um sacramento que supõe a fé e o compromisso de fidelidade e empenho total nessa causa que é a mútua entrega. Toda a preparação não é um ato isolado, mas envolve toda a vida pastoral da Igreja. O futuro da Igreja está na família. Quem tem convivência com as questões de casamento na Igreja sabe que o que menos interessa é o aspecto religioso. Tudo mais vem primeiro. Tudo isso passa. O que sobra não sustenta o casamento. Por isso há uma insistência na preparação. A comunidade participa para o bem dos noivos, pois ela “tem consciência que os que se casam são um recurso precioso, porque, esforçando-se sinceramente por crescer no amor e no dom recíproco, eles podem contribuir para renovar o próprio tecido de todo corpo eclesial” (AL 207). A preparação não significa acumular temas e textos de reflexão, mas é preparação na vivência da comunidade. É uma iniciação ao sacramento do matrimônio. É necessária muita abertura dos noivos de saber ouvir e ver a sabedoria. Casamento se aprende também. Assim resumo um pouco as palavras do Papa. 
Passos de um noivado 
O primeiro elemento rico para um futuro matrimônio é a vida da família. Por isso é bom os jovens participarem, com a família, da vida religiosa da comunidade. É um aprendizado na escola do saber amar. O tempo de namoro e noivado é tempo de aprender a conhecer a outra pessoa e ver se são capazes de se amar no modo próprio que cada um é. Não há curso para aprender a amar. O Papa lembra que a preparação para o matrimônio está em ação desde o nascimento. Digamos que já na gestação. O matrimônio dos pais é a primeira escola. A pastoral poderá e deverá criar momentos de celebração para o dia dos namorados, aniversários de namoro, benção de anéis de compromisso etc... A pastoral não se preocupa com os namorados e noivos. Na verdade não sabe o que fazer. Certo que os noivos também demonstram pouco interesse. Sempre fica a pergunta: viveram tanto tempo de namoro e noivado e se separam logo depois. Por quê? Não aprenderam a amar? Pode ser que a família não proporcione esses elementos de formação por um testemunho negativo. Temos outras famílias para testemunho. A idade dos noivos já ajuda discernir. 
Caminhando com responsabilidade 
O namoro e sua concretização em um noivado é o tempo da graça de Deus trabalhar o coração para o maior conhecimento do parceiro. É o momento de selar o conhecimento do outro. O afeto é fundamental, mas não sustenta o casamento se não estiver alimentado por um conhecimento responsável do parceiro. Os conflitos não terão como serem resolvidos. É importante que no namoro e no noivado se conheçam para não terem a decepção diante dos primeiros problemas. O afeto e o carinho são necessários. Conhecer um ao outro sustentará o afeto. É tempo de namorar, saber quem é a outra pessoa. Sem esse conhecimento está fadado ao fracasso. As durezas da vida de casal se vencem porque são sustentadas no conhecimento do amor.
ARTIGO PUBLICADO EM JANEIRO DE 2017

EVANGELHO DO DIA 29 DE JUNHO

Evangelho segundo São Mateus 16,13-19. 
Naquele tempo, Jesus foi para os lados de Cesareia de Filipe e perguntou aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do homem?». Eles responderam: «Uns dizem que é João Batista, outros que é Elias, outros que é Jeremias ou algum dos profetas». Jesus perguntou: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Então, Simão Pedro tomou a palavra e disse: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo». Jesus respondeu-lhe: «Feliz de ti, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne e o sangue que to revelaram, mas sim meu Pai que está nos Céus. Também Eu te digo: tu és Pedro; sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na Terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligares na Terra será desligado nos Céus».
Tradução litúrgica da Bíblia 
Bento XVI 
Papa de 2005 a 2013 
Audiência geral de 07/06/06 
A fé de São Pedro, pedra e fundamento para a Igreja
«Também Eu te digo: tu és Pedro; sobre esta pedra edificarei a minha Igreja. Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na Terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligares na Terra será desligado nos Céus» (Mt 16,18-19). As três metáforas às quais Jesus recorre são muito claras: Pedro será o fundamento, a rocha sobre a qual apoiará o edifício da Igreja; ele terá as chaves do Reino dos Céus, para abrir e fechar a quem melhor julgar; por fim, poderá ligar ou desligar, no sentido em que poderá estabelecer ou proibir o que considerar necessário para a vida da Igreja, que é e permanece a Igreja de Cristo. Esta posição de preeminência que Jesus decidiu conferir a Pedro verifica-se também depois da ressurreição (cf Mc 16,7). Pedro será, entre os apóstolos, a primeira testemunha de uma aparição do Ressuscitado (cf Lc 24,34; 1Cor 15,5). Este seu papel, realçado com decisão (cf Jo 20,3-10), marca a continuidade entre a preeminência obtida no grupo apostólico e a preeminência que continuará a ter na comunidade que nasceu depois dos acontecimentos pascais. O facto de vários textos essenciais relativos a Pedro poderem ser relacionados com o contexto da Última Ceia, na qual Cristo conferiu a Pedro o ministério de confirmar os irmãos (cf Lc 22,31s), mostra que a Igreja que nasce do memorial pascal celebrado na Eucaristia tem no ministério confiado a Pedro um dos seus elementos constitutivos. Esta contextualização do primado de Pedro na Última Ceia, no momento da instituição da Eucaristia, Páscoa do Senhor, indica também o sentido último deste primado: Pedro deve ser, para todos os tempos, o guardião da comunhão com Cristo; deve conduzir à comunhão com Cristo; deve evitar que a rede se rompa (cf Jo 21,11), para que a comunhão universal perdure. Só podemos estar com Cristo, que é o Senhor de todos, estando juntos. A responsabilidade de Pedro é, assim, garantir a comunhão com Cristo pela caridade de Cristo, conduzindo à realização desta caridade na vida de todos os dias. Rezemos para que o primado de Pedro, confiado a pobres pessoas humanas, possa ser sempre exercido neste sentido original querido pelo Senhor, para ser cada vez mais reconhecida no seu verdadeiro significado pelos irmãos que ainda não estão em plena comunhão connosco.

São Pedro e São Paulo, Apóstolos

"O martírio dos santos apóstolos Pedro e Paulo consagrou para nós este dia.
 Não falamos de mártires desconhecidos. 
Sua voz ressoa e se espalha em toda a terra, chega aos confins do mundo a sua palavra (Sl 18,5). 
Estes mártires viram o que pregaram, seguiram a justiça, proclamaram a verdade,
 morreram pela verdade. 
Pedro, o primeiro dos apóstolos, que amava Cristo ardentemente, mereceu escutar: Por isso eu te digo que tu és Pedro (Mt 16,19). Antes, ele havia dito: Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo (Mt 16,16). E Cristo retorquiu: Por isso eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra construirei minha Igreja (Mt 16,18). Sobre esta pedra construirei a fé que haverás de proclamar. Sobre a afirmação que fizeste: Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo, construirei a minha Igreja. Porque tu és Pedro. Pedro vem de pedra; não é pedra que vem de Pedro. Pedro vem de pedra, como cristão vem de Cristo. Como sabeis, o Senhor Jesus, antes de sua paixão, escolheu alguns discípulos, aos quais deu o nome de apóstolos. Dentre estes, somente Pedro mereceu representar em toda parte a personalidade da Igreja inteira. Porque sozinho representava a Igreja inteira, mereceu ouvir estas palavras: Eu te darei as chaves do Reino dos Céus (Mt 16,19).

Santa Ema de Gurk, Condessa e monja - Festejada 29 de junho

A vida de Ema de Gurk teve de ser rastreada pela História com o raciocínio de um pesquisador, contando com poucos traços seguros e interpretando as mais diversas e seculares tradições austríacas. Os registros afirmam que seus pais eram nobres cristãos e que ela nasceu em 980, na cidade de Karnten, Áustria. Levava o título de Condessa de Friesach-Zeltschach desde seu nascimento e foi apresentada à corte imperial de Bamberg por Santa Cunegunda. Ema contraiu núpcias com o Conde Guilherme de Sanngau, que pertencia a mais rica nobreza do Ducado da Carintia, uma belíssima região das montanhas austríacas, com quem teve dois filhos: Hartwig e Guilherme. No mesmo dia perdeu seu esposo e seus filhos, que foram assassinados. Depois disso, Ema viu-se sozinha com o patrimônio de uma família que não existia mais. Com a orientação espiritual do bispo de sua cidade, direcionou sua vida no sentido de auxiliar aos pobres e de fundar mosteiros, que colocou sob a regra dos beneditinos. Primeiro fundou o Mosteiro Feminino de Gurk e mais tarde o Mosteiro Masculino de Admont. Feito isto, em 1043 ingressou como religiosa no Mosteiro de Gurk. Entretanto não existem informações precisas se ela se tornou abadessa como outras fundadoras, ou se permaneceu uma simples monja beneditina.

Beatas Salomé e Judite de Niederaltaich, Reclusas - 29 de junho

        Beata Judite
Em Niederaltaich, a festividade de São Gotardo (Godehard) permitiu que a vida monástica florescesse de uma forma excelente por um longo tempo. Os monges não só levavam uma vida estrita e sagrada para si mesmos, mas eles levaram no caminho da santificação todos os que se voltavam para eles com confiança. Da Abadia de Waltgerus, uma virgem chamada Salomé veio aos monges deste mosteiro para ser guiada por eles no caminho da perfeição cristã.
     Salomé, parenta próxima do rei, decidiu oferecer a Deus o seu amor abandonando a corte real. A sua formosura era o reflexo das belas virtudes que lhe adornavam a alma.
     Duas empregadas dedicadas e fiéis notando na senhora mudança muito grande e querendo saber os motivos de seu recolhimento, interpelaram-na. Salomé, com suas santas argumentações, acabou despertando nelas igual desejo de pertencer só a Deus e de se afastarem do mundo. De comum acordo, e sem se despedirem de pessoa alguma, empreenderam uma viagem à Terra Santa, onde, com muita devoção, visitaram os Santos Lugares.