sexta-feira, 28 de novembro de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Filho do carpinteiro”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(✝︎)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Abertura à Palavra de Deus
 
Na história do povo de Israel há uma constante que atravessa todos os tempos: o fechamento à Palavra de Deus. O povo somente ouvia Deus quando era pressionado por profundos sofrimentos, a história nos conta pois como cobrava a obediência e recebia as recusas. É o que pudemos ver na sinagoga de Nazaré quando Jesus, que era um conterrâneo, começa a realizar sua missão. Ele era conhecido como o Filho do carpinteiro José e tem sua família ali com eles. Não acolhem o que vem de Deus só porque não corresponde a seus critérios pequenos. Esse texto é uma amostra do que aconteceu na história. É também um retrato nosso quando não acolhemos a Palavra porque não corresponde às nossas exigências e esquemas. A recusa bloqueia até a ação de Deus: “Jesus lhes dizia: ‘Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares. E, ali, não pode fazer milagre algum. Apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos” (Mc 6,4-6). Há muitos tipos de fechamento no momento atual, usando inclusive questões religiosas para ocultar as exigências de uma verdadeira conversão. É mais fácil dar mais importância às idéias políticas, sociais, tradicionalismo ou liberalismo que à mensagem de Jesus. É mais fácil uma religião que usa certos atos de piedade que assumir o evangelho como fonte de vida. É o cuidado que devemos ter com religião que encobre a verdade com roupas, ritos, fumaça etc... e não aquela ensinada por Jesus vivo e sofredor. 
Levanto os olhos para vós 
A abertura à visita de Deus através da Palavra, como o fez Jesus na sinagoga de Nazaré, é um momento de relacionamento com Deus na obediência que o próprio Jesus apresentou em sua vida. O que Jesus pregava era o que Ele vivia. Por isso vai dizer: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração” (Mt 11,29). Jesus era mais palavra viva que palavra anunciada. Ele é o Evangelho e a Redenção. Ao contrário da recusa, requer-se a abertura de buscar e estar com os olhos fitos no Senhor (Sl 122) . “Nossos olhos estão fitos no Senhor...Como os olhos dos escravos estão fitos nas mãos de seu Senhor” (Sl 122). Por isso, Nele, os profetas devem tirar força para não se abaterem quando suas palavras não são ouvidas. Não se pode perder o ânimo de continuar anunciando “quer escutem, quer não – pois são um bando de rebeldes – ficarão sabendo que houve entre eles um profeta” (Ez 22,5). Na situação em que se encontra o mundo e a situação da Igreja, tem-se vontade de deixar de lado, como muitos fazem, mas é preciso ficar de pé como sentinela sobre o povo. Haverá seu momento de graça. O mal é sempre passageiro; o bem, contudo, é eterno. O profeta é a trombeta, mas a voz é de Deus. 
Basta-te minha graça 
O sofrimento dos profetas e anunciadores da Vontade de Deus é sentir que não são ouvidos. É a experiência de Paulo em seu ministério. Sofreu muita perseguição justamente por sua pregação aos pagãos, não se deixando levar pelos judaizantes. Estes queriam que os convertidos do paganismo vivessem como judeus. Isso era um espinho em sua carne. Eles lhe moviam constante perseguição. Era como um anjo de Satanás que o esbofeteasse. Nem a oração suplicante tira esse espinho. A resposta está nas palavras de Jesus a Paulo: “Basta-te minha graça, pois é na fraqueza que a força se manifesta” (2Cor 12,9). Na fraqueza, o grito de socorro será sempre ouvido, não como queremos, mas como Deus quer. Ele é sempre maior que nosso coração, e por isso compreende o que mais necessitamos. A missão do profeta é a mesma de Jesus e vai levá-lo pelos mesmos caminhos. Sentimos que nada vai em frente. Mas é Ele quem dá o querer e o agir. 
Leituras: Ezequiel 2,2-5; 
Salmo 122; 
2Cor,12,7-10; Marcos 6,1-6 
1. Na história do povo de Deus e da humanidade encontramos a recusa da Palavra 
2. Em lugar da recusa, somos chamados termos os olhos fixos no Senhor para saber sua vontade. 
3. O profeta que sente a recusa, deve perceber que sua força está na graça 
Cabeça dura 
Conhecemos quanto são duros os ossos da cabeça. Mas dura mesmo é a cabeça de quem não quer ouvir a Palavra de Deus e pô-la em prática. Não adianta cortar a machado e por dentro as palavras. Já no Antigo Testamento encontramos as palavras de Deus: “A estes filhos de cabeça dura e coração de pedra, vou te enviar” (Ez 2,4). É a experiência que Jesus fez durante seu ministério entre seus conterrâneos e sua família (Mc 6,1-6). Essa recusa o segue durante todo seu ministério. Paulo passa pelo mesmo sofrimento da recusa a ponto de chamar isso de espinho na carne e demônio a esbofeteá-lo (2Cor 12,7). Para vencer esse sofrimento, Jesus lhe garante: “Basta-te minha graça, pois é na fraqueza que a força se manifesta” (2Cor 12,9). Na sociedade de hoje há uma profunda recusa de tudo o que vem de Deus pela Igreja. Há também na Igreja um ateísmo religioso: procura-se o religioso, a devoção, mas sem compromisso com a Palavra de Deus. Ritualismo ainda não é fé. 
Homilia do 14º Domingo Comum (08.07.2018)

EVANGELHO DO DIA 28 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 21,29-33. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «Olhai a figueira e as outras árvores: Quando vedes que já têm rebentos, sabeis que o verão está próximo. Assim também, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que está próximo o Reino de Deus. Em verdade vos digo: não passará esta geração sem que tudo aconteça. Passará o céu e a Terra, mas as minhas palavras não passarão». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Orígenes (185-253) 
Presbítero, teólogo 
Primeira homilia sobre o salmo 38
«O verão está próximo» 
«Senhor, dá-me a conhecer o meu fim 
e o número dos meus dias, para que 
veja como sou efémero» (Sl 38,5]. 
Se me permitisses conhecer o meu fim, diz o salmista, e se me desses a conhecer o número dos meus dias, poderia perceber o que me falta. Ou talvez ele queira indicar com estas palavras que todo o trabalho tem um fim. Por exemplo, o objetivo de um empreendimento de construção é fazer uma casa; a finalidade de um estaleiro naval é construir um barco capaz de triunfar sobre as vagas do mar e de suportar as investidas dos ventos; e o objetivo de cada profissão é algo semelhante, para cuja realização a própria profissão foi criada. Por isso, talvez haja também um certo objetivo na nossa vida e na existência do mundo, para o qual fazemos tudo o que fazemos na nossa vida, ou para o qual o próprio mundo foi criado ou subsiste. Também o apóstolo Paulo recorda esse objetivo quando diz: «Depois será o fim, quando Cristo entregar o Reino a Deus, seu Pai» (1Cor 15,24). É pois necessário que nos apressemos para essa meta, uma vez que o valor da obra é a razão pela qual fomos criados por Deus. Assim como o nosso organismo corporal é pequeno e reduzido quando nascemos e no entanto se desenvolve e tende para o limite do seu tamanho crescendo em idade; assim como a nossa alma recebe primeiramente uma linguagem balbuciante, que seguidamente se vai tornando mais clara, para chegar finalmente a uma forma de se exprimir perfeita e correta; assim também toda a nossa vida começa no presente, decerto balbuciante, entre os homens deste mundo e se conclui e chega ao seu auge nos Céus, perto de Deus. Por este motivo, o profeta deseja conhecer o fim para que foi criado; porque, olhando para o objetivo, examinando os seus dias e considerando a sua perfeição, vê o que lhe falta em relação a essa meta para a qual tende. É como se aqueles que saíram do Egito tivessem dito: «Senhor, dá-me a conhecer o meu fim», que é uma terra boa e uma terra santa, «e o número dos meus dias», quanto ainda me falta caminhar para chegar à terra santa que me foi prometida, «para que veja como sou efémero».

São Sóstenes, discípulo de Paulo Dia da Festa: 28 de novembro século I

Durante a longa estadia do apóstolo São Paulo em Corinto, ocorreu um evento não apenas sensacional, mas, pelo menos para nós, difícil de explicar, embora relatado com a clareza habitual por São Lucas, o cronista dos Atos dos Apóstolos. "Ora, quando Gálio era procônsul da Acaia (isto é, da região onde ficava Corinto) — lemos ali — os judeus, unanimemente, levantaram-se contra Paulo e o levaram ao tribunal, dizendo: 'Este homem persuade o povo a adorar a Deus de maneira contrária à lei'. E, quando Paulo estava prestes a falar, Gálio disse aos judeus: 'Se fosse uma questão de algum crime, alguma grave transgressão, eu, judeu, vos ouviria como é razoável; mas, como estas são questões de palavras e nomes, e dizem respeito à vossa lei, resolvam-nas vocês mesmos; não quero ser juiz destas questões'. E os expulsou do tribunal." "Então todos agarraram Sóstenes, o chefe da sinagoga, e o espancaram diante do tribunal; e Gálio não prestou atenção." A primeira parte do episódio é bastante clara: o procônsul romano, em uma cidade que, afinal, ficava na Grécia e não na Palestina, habilmente se recusa a julgar uma questão doutrinária que diz respeito, e diz respeito apenas, a uma minoria de seus súditos.

28 de novembro - Beato Eleutério Bento Prado Villaroel

Beato Eleutério Bento Prado Villaroel nasceu em Prioro (León), na Espanha e pertencia a uma família de humildes agricultores, de conduta moral inatacável e profundamente religiosa. A devoção à Eucaristia e a oração do Rosário se destacaram na família. Sua mãe, "tia Dominga", tinha a fama de uma santa e era muito conhecida não apenas em Prioro, mas também nas cidades vizinhas como apóstola e fundadora de mulheres chamada "Maríe dei Sacrari", um movimento que ainda existe e que promove a devoção a Jesus na Eucaristia. Como costumava ser chamado, Teyo sentiu-se chamado a seguir os passos de seu irmão, padre Máximo, que seria um grande missionário no Texas. Iniciou seus estudos do curso secundário no seminário menor dos Oblatos de Urnieta (Guipúzcoa). Como tivesse alguma dificuldade em estudar, optou por continuar na Congregação como Irmão Oblato e, assim, fez o noviciado como Irmão Coadjutor e fez os primeiros votos em 1928. Em 1930, foi aberta a nova casa de estudos em Pozuelo e ele foi enviado para esta comunidade. Em 1935, ele fez uma os votos perpétuos como Irmão e foi integrado para sempre na Congregação de Missionários Oblatos por quem ele sempre demonstrou grande afeição. Piedoso e afável, Teyo sempre parecia feliz, era prestativo e divertido.

28 de novembro - Santo Estevão, o jovem

Estevão, o Jovem foi um monge bizantino de Constantinopla que tornou-se um dos principais oponentes das políticas iconoclastas do imperador Constantino ele nasceu em Constantinopla no ano de 713. Seu pai, Gregório, foi um artesão. Sua mãe chamava Ana e teve duas irmãs mais velhas, Teodora e outra de nome desconhecido. Aos 15 anos foi confiado por seus pais aos monges do Monastério de Santo Auxencio, não muito distante de Calcedônia. Lá recebeu o ofício de comprar as provisões para o monastério. Quando seu pai faleceu, Estevão precisou ir à Constantinopla, quando aproveitou para vender todas as suas posses, repartindo com os pobres o dinheiro resultante da venda. Uma de suas irmãs já era religiosa. A outra partiu para Bitínia com sua mãe, retirando-se, ambas, num monastério. Ao morrer o abade João, Estevão, com apenas 30 anos, foi eleito para sucedê-lo em seu posto. O monastério era constituído por uma série de celas isoladas, espalhadas pela montanha. O novo abade se estabeleceu numa caverna localizada em seu topo. Ali, uniu trabalho e oração, ocupando-se em copiar livros e confeccionar redes. Alguns anos mais tarde, Estevão renunciou ao cargo e, num lugar ainda mais retirado construiu uma cela tão pequena que, sequer podia estar de pé em seu interior nem deitar-se sem encostar-se a uma de suas paredes.

Santa Teodora de Rossano Abadessa – 28 de novembro

Martirológio Romano: Próximo de Rossano, na Calábria, Santa Teodora, abadessa, discípula de São Nilo o Jovem e mestra de vida monástica. Teodora nasceu cerca de 910, filha de Eusébio e Rosália. Dedicou-se bem jovem às obras de caridade e para conservar sua virgindade resolveu abandonar os hábitos mundanos e entrou, aos 15 anos, no Mosteiro de Santo Opoli, colocando-se sob a direção de São Nilo o Jovem (*). Distinguiu-se por sua grande devoção, tornando-se guia natural de outras jovens que a tomavam como exemplo. Algum tempo depois, São Nilo desejou premiar tanto empenho: quando da construção do Oratório de Santa Anastásia, realizada graças à generosidade de um devoto de nome Eusébio, o Santo entregou-o a direção de Teodora, que reuniu ali todas as jovens que desejavam se consagrar a Deus e as monjas suas companheiras do Mosteiro de Santo Opoli. Teodora permaneceu ali por toda sua vida.

Santa Fausta Romana, Viúva, Mãe de família - 28 de novembro

Na Passio de Santa Anastásia se lê uma carta dirigida a um certo Crisogono, na qual está escrito: "Se bem que meu pai fosse um idólatra, minha mãe Fausta viveu sempre fiel e casta. Ela me fez cristã desde o berço”. Este é o único texto existente que menciona a Santa recordada deste dia. Nada mais resta para recordar-nos de Santa Fausta, a não ser este breve testemunho de reconhecimento filial. Façamos uma tentativa de retratá-la. É uma mãe que instrui a própria filha no Cristianismo “desde o berço”. Ela era esposa de um idólatra, mas adorava o Deus verdadeiro. Uma esposa fiel, uma mulher casta, segundo diz sua filha. Parece muito pouco para aqueles que esperam da santidade manifestações espetaculares e fatos inusitados. Mas, nos primeiros tempos do Cristianismo era um fato inusitado encontrar almas dispostas ao sacrifício e à perseguição por amor daquele Deus desprezado pelos pagãos, difamado como um vulgar malfeitor que morreu numa cruz. Para os apologistas, a primeira difusão do Cristianismo já foi um milagre. Bastaria este milagre para demonstrar a divindade de Cristo. Pela mesma razão, bastava a conversão para demonstrar a santidade dos primeiros cristãos. Era preciso muita coragem e amor de Deus para declarar-se cristão, enfrentando as perseguições, a prisão, a condenação, o suplício e o martírio.

Walsingham, a Loreto Inglesa

Estamos assistindo com grande alegria a conversão ao catolicismo de muitas personalidades do Reino Unido, bem como de grande número de anglicanos comuns, portanto convém rezarmos a Nossa Senhora de Walsingham, pelo crescimento tanto numérico quanto em profundidade desse providencial movimento. Que Ela converta a Inglaterra à Igreja verdadeira, restaure o acendrado fervor religioso da época de Santo Agostinho da Cantuária e de seus heróicos companheiros. Com efeito, Walsingham é o principal título com que Nossa Senhora há cerca de mil anos vem aspergindo suas graças naquele reino, a partir do priorado agostiniano situado na região de mesmo nome, fundado em 1016. Localiza-se ele a poucos quilômetros do Mar do Norte, numa das renomadas campinas verdejantes e ajardinadas da Inglaterra, no território de Norfolk, cujos Duques constituíram uma grande estirpe que manteve a fidelidade a Roma, em meio à generalizada apostasia anglicana. Em 1016 já vivia Santo Eduardo o Confessor, e poucos anos antes havia reinado seu tio, Santo Eduardo o Mártir. Desde o início, os insignes favores concedidos por Nossa Senhora naquele santuário tornaram-no objeto de frequentes peregrinações, que partiam de toda a Inglaterra e até do Continente europeu. Ainda no século atual é conhecido como Palmers’Way (Via dos Peregrinos) o principal caminho que conduz a Walsingham, através de Newmarket, Brandon e Fakenham.

Tiago das Marcas Franciscano, Santo 1394-1476

Franciscano, conhecido pela sua pregação 
sobre austeridade de vida.
Também conhecido como Giacomo della Marca Nasceu em Monteblandone, Marca, em 1 de setembro de 1394 como Domingos. Tomou o hábito dos franciscanos com 22 anos em 1416. Ele tomou o nome de James e da província de onde veio, assim passou a se chamar Giacomo della Marca. Nos países latinos seu nome é Tiago della Marca. Antes de ser missionário por 50 anos ele foi educado com Sã Bernardino de Sena em Fiezole, perto de Florença, Itália e foi ordenado em 1423 com 29 anos. Ele tornou-se um notável pregador. Ele pregou por todos dias durante 40 anos e era sua vocação andar por toda a Europa e pregar o Cristianismo, sempre onde ele sentisse necessário. Ele tinha a paciência de um Beneditino para reconstruir todas as suas jornadas inclusive aquelas que fez com São João Capristano através da Itália ,Alemanha, Boémia, Polónia e Hungria. Esse franciscano cheio de incrível energia andava por todos os lados. Ele apareceu na Bósnia em 1432 onde o Rei Tuerko o recebeu de braços abertos Ali ele pregou contra a heresia dos Bogomils. Em 1436 Tiago estava na Boémia, Hungria e Áustria, fundando um mosteiro por mês. Em 1437 o Imperador Segismundo iniciou uma cruzada contra os turcos e Tiago foi junto. Em 1438 ele retornou a Itália, fez um sermão em Bolonha, atendeu a um Concilio em Ferrara e voltou para a Hungria. Tudo a pé ou no lombo de cavalos ou mulas.

Catarina Labouré Religiosa Lazarista, Vidente, Santa 1806-1876

Virgem, religiosa Lazarista a quem 
Nossa Senhora das Graças apareceu 
em Paris, rua do Bac .
A VIDENTE DA MEDALHA MILAGROSA 
Por muitos anos ninguém soube como surgiu a Medalha Milagrosa. Apenas em 1876 tornou-se público que uma humilde religiosa, falecida naquele ano, é que recebera da Mãe de Deus a revelação dessa Medalha. 
Na pequena aldeia de Fain-les-Moutiers, na Borgonha, Catarina nasceu a 2 de maio de 1806, a nona dos onze filhos de Pedro e Luísa Labouré, honestos e religiosos agricultores. Quando tinha apenas nove anos, Catarina perdeu a mãe. Após o funeral, a menina subiu numa cadeira em seu quarto, tirou uma imagem de Nossa Senhora da parede, osculou-a e pediu-lhe que Ela se dignasse substituir sua mãe falecida. Três anos depois, sua irmã mais velha entrou para o convento das Irmãs da Caridade de São Vicente de Paulo. Couberam a Catarina, então com 12 anos, e à sua irmã Tonete, com 10, todas as responsabilidades domésticas. Foi nessa época que ela recebeu a Primeira Comunhão. A partir de então a menina passou a levantar-se todos os dias às quatro horas da manhã, para assistir à Missa e rezar na igreja da aldeia. Apesar dos inúmeros afazeres, não descuidava sua vida de piedade, encontrando sempre tempo pa-ra meditação, orações vocais e mortificações.

Nossa Senhora das Dores de Kibeho

 Nossa Senhora das Dores apareceu a três jovens, Afonsina Mumureke, Natália Mukamazimpaka e Maria Clara Mukangango entre 1981 e 1982, em Kibeho, Ruanda, centro da África. Foi a primeira aparição da Virgem Maria no continente africano reconhecida por autoridades da Igreja Católica.No final de 1981, Kibeho era apenas uma das pequenas aldeias pertencentes à diocese de Gikongoro. Nela havia um colégio fundado e dirigido por três Irmãs católicas, onde jovens ruandesas estudavam para serem secretárias ou professoras primárias. Como não se tratava de colégio para formação de religiosas, alí não se vivia um clima particular de devoção, pois sequer possuía uma capela. Podemos entender aí o fundamento das aparições de Maria. No almoço do dia 28 de novembro deste ano, Afonsina, de dezesseis anos, estava servindo suas colegas no refeitório quando ouviu nitidamente uma voz que a chamava: “Minha filha, venha até aqui”. A voz procedia do corredor, no fundo da sala de refeições. Afonsina foi até lá e viu, pela primeira vez, a Senhora. Assustada, Afonsina, pediu à desconhecida que fosse embora. A Santíssima Virgem então se apresentou no dialeto ruandês: “Ndi Nyina Wa Jambo”, isto é “Eu sou a Mãe do Verbo”. A estudante contou todo o ocorrido às religiosas e às colegas, mas ninguém lhe deu crédito. Como as aparições continuaram, Afonsina acabou passando por histérica. Sofrendo com essa situação, numa das visões ela pediu à Mãe que aparecesse ao menos às suas amigas, Natália e Maria Clara.

ORAÇÕES - 28 DE NOVEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
28 – Sexta-feira – Santos: Tiago das Marcas, José Pignatelli, Estêvão, o Moço
Evangelho (Lc 21,29-33)“O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar.”
Como sabemos prever o tempo, podemos e devemos também perceber os sinais que nos mostram que o Reino de Deus está acontecendo ao nosso redor. Não apenas chegando à sua realização final, mas também nas suas manifestações parciais. Jesus o prometeu, e desde agora manifesta seu poder salvador em muitos indícios, aos quais devemos estar atentos, mesmo aos menores.
Oração
Senhor, eu vos louvo e bendigo porque vosso Reino se manifesta na ação de tantas pessoas ao meu redor, pessoas guiadas pelo amor e pela verdade. Renovo minha esperança no futuro, porque vós estais sempre agindo e fazendo nossa salvação. Vosso poder é maior que o do mal, e infalivelmente a vitória final será vossa. Perdoai-me se às vezes duvido da força de vosso amor. Amém.

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Maria de Nazaré entre a Devoção Popular e o Discernimento Eclesial

Reflexões após a Nota Mater Populi Fidelis

Após a publicação e a ampla repercussão da nota do Dicastério Vaticano Mater Populi Fidelis, sigo atento aos debates que se desenvolvem intramuros da vida eclesial sobre o teor e os possíveis desdobramentos desse documento.

A intenção da Santa Sé — como se percebe no texto e nos comunicados oficiais — é promover um equilíbrio pastoral e teológico diante do expressivo crescimento das devoções marianas em todo o mundo. É visível a multiplicação de títulos, peregrinações, festas e formas de espiritualidade popular que reforçam a profunda presença de Maria, a leiga e missionária de Nazaré, no coração do povo cristão.

Esse fenômeno tem sido amplamente estudado, inclusive em trabalhos acadêmicos contemporâneos. Entre eles destaca-se o livro Maria vive, viva Maria: a magnífica devoção a Nossa Senhora em tempos de secularidade, escrito por mim como TCC de Teologia — uma obra que analisa com sensibilidade e profundidade como a devoção mariana resiste, floresce e se renova mesmo em sociedades cada vez mais marcadas pelo secularismo cultural.

REFLETINDO A PALAVRA - “O Homem que fazia”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(✝︎)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Saber amar
 
Falar da prata da casa pode ser deselegante, mas, como é para o conhecimento dos grandes homens da Igreja, vale a pena. Uma coisa impressiona é leitura dos autores muito antigos. Falam a mesma linguagem de hoje com muita profundidade. É o que chamamos de Tradição da fé e do conhecimento desta fé. A Igreja, ao longo dos séculos, teve homens e mulheres que foram capazes de mudar os rumos da sociedade. Por isso lembro nosso querido Beato Januário Maria Sarnelli que no século XVIII (1702-1744), realizou uma obra fantástica. Viveu pouco, mas intensamente para o bem dos outros. Nem a fragilidade de sua pessoa o impediu de fazer a cidade melhorar sua condição de vida. Não viveu só em questões sociais, mas fundamentava com uma literatura espiritual. Esse homem foi companheiro de Santo Afonso e, como ele, advogado, sacerdote e missionário. Esteve entre os primeiros da Congregação. Como advogado cristão tinha o compromisso de assistir doentes no Hospital dos Incuráveis, como seu amigo. Com ele e outros padres seculares se dedicava aos pobres da cidade, nas chamadas Capelas Vespertinas. Nápoles era uma cidade populosa, mas problemática. Dez da população estava na prostituição. Eram de trinta a quarenta mil prostitutas, espalhadas pela cidade, misturadas com as crianças, seus filhos. Foi missionário com Afonso e outros na grande missão das periferias de Nápoles. Ali conheceu mais ainda essa situação. Nessa missão pode se animar para entrar para a Congregação. Como a saúde era fraca, teve que sair de Scala e voltar para Nápoles onde continuou suas atividades. 
Trazendo soluções 
Januário Sarnelli, filho do Barão Sarnelli, era de família bem colocada. Apesar de ter saúde frágil trabalhava fortemente na solução dos problemas da sociedade. Quando lhe diziam de se curar e depois trabalhar, respondia que, se fosse parar, nunca iria fazer nada. Enfrentou em primeiro lugar as missões na periferia de Nápoles, dirigindo essa missão no lugar de Afonso que teve que se retirar. Depois enfrentou a questão da prostituição, conseguindo provocar leis das autoridades para a solução do problema que envolvia também a higiene, a moralidade e a educação das crianças num ambiente promíscuo. A prostituição foi isolada em uma área. Ajudava as que queriam sair da prostituição, cuidava das crianças numa educação preventiva. Não se limitou a esse problema, mas também na santificação da sociedade, implantando, por onde passava, a meditação diária, que era também preocupação de S. Afonso. Pregava missões e orientava. Trabalhou muito, tanto que temos dele, em treze anos, trinta obras publicadas, num total de quatro mil páginas. 
Cuidar da pessoa toda 
Beato Januário Sarnelli nos dá uma lição magnífica de evangelização: cuidar da pessoa como um todo. Nós vemos que trabalha no cuidado espiritual, mas ao lado está a organização política e social. Como deseja recuperar a mulher da prostituição, começa já com as meninas, dando-lhes condição de saírem de seu meio e crescerem com dignidade. Para a vida espiritual, não adiantava só pregar, mas ensina a meditação que é um meio de crescer e se fortalecer espiritualmente. Mesmo tendo que se afastar do grupo de Afonso para ficar em Nápoles, está cumpriu sua missão para com os abandonados de outro modo. Seu pai, o Barão de Sarnelli, deu a Afonso a área para construir o convento e a Igreja. Até hoje, esta casa continua a mesma missão. Ser santo tem que ser por inteiro.
ARTIGO PUBLICADO EM JULHO DE 2018

EVANGELHO DO DIA 27 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 21,20-28. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando virdes Jerusalém cercada por exércitos, sabei que está próxima a sua devastação. Então, os que estiverem na Judeia fujam para os montes, os que estiverem dentro da cidade saiam para fora e os que estiverem nos campos não entrem na cidade. Porque serão dias de castigo, nos quais deverá cumprir-se tudo o que está escrito. Ai daquelas que estiverem para ser mães e das que andarem a amamentar nesses dias, porque haverá grande angústia na Terra e indignação contra este povo. Cairão ao fio da espada, irão cativos para todas as nações, e Jerusalém será calcada pelos pagãos, até que aos pagãos chegue a sua hora. Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas e, na Terra, angústia entre as nações, aterradas com o rugido e a agitação do mar. Os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai suceder ao universo, pois as forças celestes serão abaladas. Então hão de ver o Filho do homem vir numa nuvem, com grande poder e glória. Quando estas coisas começarem a acontecer, erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Gregório Magno 
(540-604) 
Papa, doutor da Igreja 
Homilias sobre o Evangelho, nº 1,3 
«Erguei-vos e levantai a cabeça, 
porque a vossa libertação está próxima» 
«As forças celestes serão abaladas». 
As forças celestes são os anjos e arcanjos, os tronos e dominações, os principados e potestades (cf Col 1,16). Quando o Juiz vier, eles tornar-se-ão visíveis . Então, «hão de ver o Filho do Homem vir numa nuvem, com grande poder e glória». É como se disséssemos claramente: verão com poder e glória Aquele que não quiseram escutar quando veio humildemente. Isso foi dito a pensar nos condenados. As palavras que se seguem foram dirigidas aos eleitos, para os consolar: «Quando estas coisas começarem a acontecer, erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima». É como se a Verdade advertisse claramente os seus eleitos, dizendo-lhes: quando as desgraças se multiplicarem, alegrai-vos no vosso coração; quando estiver a acabar o mundo, do qual não sois amigos, aproxima-se a redenção que desejastes. Aqueles que amam a Deus são convidados a alegrar-se com a aproximação do fim do mundo, pois em breve viverão no mundo que amam, depois de ter passado aquele a que não estavam apegados. Que o fiel que deseja ver a Deus evite a todo o custo chorar pelas desgraças que atingem o mundo, pois sabe que essas mesmas desgraças conduzem ao seu fim. Com efeito está escrito: «Quem quer ser amigo do mundo torna-se inimigo de Deus» (Tg 4,4). Portanto, aquele que não se alegra ao ver aproximar-se o fim deste mundo mostra que é amigo dele, dando assim provas de ser inimigo de Deus. Não se passe isso no coração dos fiéis, daqueles que creem que existe outra vida e que provam que a amam através das suas obras. Com efeito, o que é esta vida mortal senão um caminho? E que loucura, meus irmãos, esgotarmo-nos neste caminho, sem querer chegar ao fim! Assim, meus irmãos, não ameis as coisas deste mundo que, como vemos a partir dos acontecimentos que nos rodeiam, não poderá subsistir muito tempo.

27 de novembro - Santa Bililde

Não temos informações seguras sobre vida de Santa Bililde, seu culto é atestado pela primeira vez no ano 1000 e sua legenda foi escrita por volta do ano 160. Segundo esta legenda, Bililde nasceu na Baviera, em Veitshoechheim, perto de Würzburg e era filha do Conde Iberin, da nobre família de Haganonen, e de sua esposa Matilde. No ano 672, ela casou-se com o Duque da Turíngia e estava grávida quando seu marido partiu para lutar na Guerra Santa; ela então se refugiou junto ao seu tio, Bispo de Mogúncia, Sigiberto, e, infelizmente seu filho morreu ali. Após a morte de seu marido, seu tio adquiriu algumas terras nas proximidades de Mainz e lá ela fundou, com seu apoio, um mosteiro feminino, o primeiro de Hagenmüster, ou alta Münster, chamado desde a Idade Média de Mosteiro Beneditino de Altmünster. Bililde doou ao mosteiro todos os seus bens e o governou até a sua morte. Bililde faleceu provavelmente em 734 e foi enterrada no coro da igreja do mosteiro. Em 1289, foi construído um altar para ela em um mosteiro e um santuário com as relíquias da sua cabeça. As relíquias chegaram pela primeira vez em Mainz após o bombardeio e destruição do mosteiro em 1945, e foram colocadas na sacristia da Catedral de Mainz. A relíquia da cabeça foi estudada cientificamente em 1991, e declarada genuína.

27 de novembro - São Tiago, o Interciso

São Tiago, o Interciso foi um persa que viveu no século V. Ele era um grande favorito do rei Yezdigerd I. Quando este rei começou a perseguir os cristãos, Tiago não teve a coragem de confessar sua fé, pois estava com medo de perder a amizade do rei. Então ele abriu mão de sua fé ou pelo menos fingiu. A esposa e a mãe de Tiago ficaram com o coração partido. Quando o rei morreu, elas escreveram uma carta contundente para ele, pedindo que mudasse seus caminhos. Esta carta teve seu efeito sobre Tiago. Ele tinha sido um covarde, mas no coração, ainda era bom. A partir deste momento, ele começava a ficar longe da corte, e culpou-se abertamente por ter desistido de sua fé. O novo rei mandou chamá-lo, mas, desta vez, Tiago não escondeu nada. "Eu sou um cristão", disse ele.

27 de novembro: 181 anos da Medalha Milagrosa e Primeiro Domingo do Advento

   Preparemo-nos para a Festa do Natal do Menino Jesus. Advento é tempo de oração, reflexão e renascimento espiritual. "Vinde Ó Menino Jesus!"
Palavras escritas por Santa Catarina Labouré sobre a aparição de Nossa Senhora e a revelação da Medalha Milagrosa
     Vi a Santíssima virgem à altura do quadro de São José. A Santíssima Virgem, de estatura média, estava de pé, vestida de branco, com um vestido de seda branco-aurora… com um véu branco que Lhe cobria a cabeça e descia de cada lado até em baixo.
     Sob o véu, vi os cabelos lisos repartidos ao meio e por cima uma renda a mais ou menos três centímetros de altura, sem franzido, isto é, apoiada ligeiramente sobre os cabelos.
     O rosto bastante descoberto, bem descoberto mesmo, os pés apoiados sobre uma esfera, quer dizer, uma metade da esfera… tendo uma esfera de ouro, nas mãos, que representava o globo. Ela tinha as mãos elevadas à altura do cinto de uma maneira muito natural, os olhos elevados para o Céu… seu rosto era magnificamente belo.
     Eu não saberia descrevê-lo… e depois, de repente, percebi anéis nos dedos, revestidos de pedras, mais belas umas que as outras, umas maiores e outras menores, que despediam raios mais belos uns que os outros.
     Partiam das pedras maiores os mais belos raios, sempre alargando para baixo, o que enchia toda a parte de baixo. Eu não via mais os seus pés… Nesse momento em que estava a contemplá-La, a Santíssima Virgem baixou os olhos, olhando-me.

Virgílio de Salzburgo Bispo, Santo † 784

Em 755, um ano após a morte de são Bonifácio,
Virgílio foi consagrado bispo de Salzburgo.
Continuou evangelizando a Áustria de norte a sul, inclusive uma parte do norte da Hungria.
Foi um dos grandes missionários irlandeses do período medieval e um dos maiores viajantes da importante ilha católica, ao lado dos santos Columbano, Quiliano e Gallo. Nasceu na primeira década do século VIII e foi baptizado com o nome de Fergal, depois traduzido para o latim como Virgílio. Católico, na juventude voltou-se para a vida religiosa, tornou-se monge e, a seguir, abade do Mosteiro de Aghaboe, na Irlanda. Deixou a ilha em peregrinação evangelizadora em 743 e não mais voltou. Morou algum tempo no reino dos francos, quando o rei era Pepino, o Breve, que lhe pedira para organizar um centro cultural. Mas problemas políticos surgiram na região da Baviera, agregada aos seus domínios. Lá, o duque era Odilon, que pediu a Pepino para enviar Virgílio para a Abadia de São Pedro de Salzburgo, actual Áustria. E logo depois Odilon nomeou Virgílio como bispo daquela diocese. Ocorre que, na época, são Bonifácio, o chamado apóstolo da Alemanha, actuava como representante do papa na região, e caberia a ele essa indicação e não a Odilon. O que o desagradou não foi a escolha de Virgílio, mas o fato de ter sido feita por Odilon.

António Fasani (Francisco António de Lucera) Sacerdote franciscano, Santo 1681-1742

Conhecido também como António Fasani,
sacerdote franciscano italiano. 
Promoveu a devoção a Imaculada Concepção a qual tinha grande devoção e especial amor muito antes deste dogma ter sido definido.
Nasceu em Lucera, Apúlia, Itália no dia 56 de agosto 1681. Donato António João Nicolau Fasani nasceu de um família de camponeses. Sua mãe casou-se após a morte de seu pai ainda quando Francisco era muito jovem e foi o seu padrasto que o enviou para os frades Conventuais para ser educado. Com a idade de 15 anos ele foi enviado para Monte Gargano para iniciar seu noviciado. Quando entrou para a Ordem dos Franciscanos em 23 de agosto de 1696 ele mudou seu nome para Francisco António. Em1703 foi enviado a Assis onde ele foi ordenado sacerdote em 11 de setembro de 1705. Ele completou seu mestrado em teologia no Colégio São Boaventura em Roma. Daquele tempo em diante ele passou a ser chamado de “Padre Mestre” em sua cidade natal onde ele ensinava teologia desde 1707. No Convento de Lucera ele também serviu como guardião, noviço e mestre e ministro provincial em Sant’Angelo. Embora sua escolaridade fosse notável ele era mais conhecido pelos seus sermões na cidade e no campo. Ele falava de um jeito que as pessoas podiam entender e dirigiu seus esforços para catequizar os pobres.

Nossa Senhora das Graças e a Medalha Milagrosa — 27 de novembro

 Bastidores de uma História

Intransigência dos Santos: fidelidade inarredável à sua missão

A firmeza inquebrantável de Santa Catarina Labouré na defesa do verdadeiro simbolismo da Medalha Milagrosa
     O ciclo anual das festas litúrgicas nos traz, neste mês de novembro, no dia 27, a comemoração de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa.
          Inspirado no exemplo da Igreja, Catolicismo apresenta hoje a seus leitores aspectos pouco conhecidos das admiráveis revelações da Medalha Milagrosa, com que foi favorecida Santa Catarina Labouré.  Decorridos 163 anos dessas aparições e 117 anos após a morte da santa, não há inconveniente em revelar, com o devido respeito, a luta de bastidores que a vidente teve que travar, a fim de que fossem acatadas fielmente as orientações de Nossa Senhora a respeito dessa Medalha. Essa fidelidade e firmeza de Santa Catarina Labouré revelarão a muitos leitores a verdadeira fisionomia da santidade, que só se pode encontrar na Igreja Católica.
     Conforme os tempos e os lugares, formam-se, em meio ao povo fiel, noções correntes sobre o que seja a santidade, que nem sempre correspondem à concepção autêntica da Igreja.     
     Com a vidente da Medalha Milagrosa houve muito disso. Porém, não apenas isso. Os exemplos de sua vida, e o que se seguiu após sua morte, mostram uma e outra coisa. 

NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS OU DA MEDALHA MILAGROSA 1830

A aparição de Nossa Senhora das Graças ocorreu no dia 27 de Novembro de 1830 a Santa Catarina Labouré, irmã de caridade (religiosa de S. Vicente Paulo). A santa encontrava-se em oração na capela do convento, em Paris (rua du Bac), quando a Virgem Santíssima lhe apareceu. Tratava-se de uma “Senhora de mediana estatura, o seu rosto tão belo e formoso... Estava de pé, com um vestido de seda, cor de branco-aurora. Cobria-lhe a cabeça um véu azul, que descia até os pés... As mãos estenderam-se para a terra, enchendo-se de anéis cobertos de pedras preciosas ...” A Santíssima Virgem disse: “Eis o símbolo das graças que derramo sobre todas as pessoas que mas pedem ...” Formou-se então em volta de Nossa Senhora um quadro oval, em que se liam em letras de ouro estas palavras: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. Nisto voltou-se o quadro e eu vi no reverso a letra M encimada por uma cruz, com um traço na base. Por baixo, os Sagrados Corações de Jesus e Maria ― o de Jesus cercado por uma coroa de espinhos e a arder em chamas, e o de Maria também em chamas e atravessado por uma espada, cercado de doze estrelas. Ao mesmo tempo ouvi distintamente a voz da Senhora a dizer-me: “Manda, manda cunhar uma medalha por este modelo. As pessoas que a trouxeram por devoção hão de receber grandes graças”.

A Medalha Milagrosa - 27 de novembro

 

 Pelo sinal † da Santa Cruz, livrai-nos Deus † Nosso Senhor, dos nossos inimigos.Em nome do Pai † do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Corria o ano de 1264 quando o Papa Urbano IV encomendou, aos principais teólogos da época, a composição da Sequência da Missa de Corpus Christi, festa cuja promulgação era iminente. Após cada um deles elaborar sua obra, todas deveriam ser cotizadas umas com as outras, sendo escolhida a melhor.
Chegado o dia da prova, reunidos todos os teólogos em um grande salão, o Papa determinou que São Tomás de Aquino lesse a sua composição em primeiro lugar. Os concorrentes eram grandes gênios na ciência de Deus, entre eles o famoso São Boaventura. Tal foi o encanto com que todos acompanharam as palavras do Doutor Angélico que, no fim, a uma, todos rasgaram seus trabalhos, votando assim coletivamente no conhecido e belo hino “Lauda Sion”.
Esse fato comovedor, característico dos tempos nos quais “a Religião instituída por Jesus Cristo, solidamente estabelecida no grau de dignidade que lhe é devido, em toda parte era florescente” (Leão XIII, Immortale Dei), veio-me à lembrança ao deparar com os documentos que a seguir transcreverei.

Nossa Senhora da Medalha Milagrosa – 27 de novembro

Esta invocação está relacionada as aparições da Virgem a Santa Catarina Labouré, então noviça das Irmãs da Caridade, em Paris, França, no século XIX. A primeira aparição aconteceu na noite da festa de São Vicente de Paulo, 19 de julho, quando a Madre Superiora de Catarina pregou às noviças sobre as virtudes de seu santo fundador, dando a cada uma um fragmento de sua sobrepeliz. Catarina então orou devotamente ao santo patrono para que ela pudesse ver com seus próprios olhos a Mãe de Deus, e convenceu-se de que seria atendida naquela mesma noite. Indo ao leito, adormeceu, e antes que tivesse passado muito tempo foi despertada por uma luz brilhante e uma voz infantil que dizia: 

"Irmã Labouré, vem à capela. Santa Maria te aguarda". 
Mas ela replicou: 
"Seremos descobertas!" 
A voz angélica respondeu: 
"Não te preocupes, já é tarde, todos dormem... Vem, estou à tua espera". 
Catarina então levantou-se depressa e dirigiu-se à capela, que estava aberta e toda iluminada. Ajoelhou-se junto ao altar e logo viu a Virgem sentada na cadeira da superiora, rodeada por um esplendor de luz. A voz continuou: 
"A santíssima Maria deseja falar-te". Catarina adiantou-se e ajoelhou-se aos pés da Virgem, colocando suas mãos sobre seu regaço, e Maria lhe disse: 
"Deus deseja te encarregar de uma missão. Tu encontrarás oposição, mas não temas, terás a graça de poder fazer todo o necessário. Conta tudo a teu confessor. Os tempos estão difíceis para a França e para o mundo. Vai ao pé do altar, graças serão derramadas sobre todos, grandes e pequenos, e especialmente sobre os que as buscarem. Terás a proteção de Deus e de São Vicente, e meus olhos estarão sempre sobre ti. Haverá muitas perseguições, a cruz será tratada com desprezo, será derrubada e o sangue correrá".
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ORAÇÕES - 27 DE NOVEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
27 – Quinta-feira – Nossa Senhora das Graças
Evangelho (Lc 21,20-28)“Quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, ficai sabendo que a sua destruição está próxima.”
A destruição de Jerusalém é figura do fim dos tempos. A descrição de ambos é feita no jeito de falar da Bíblia, e não precisa ser interpretada literalmente. Jerusalém e toda a realidade presente, tanto as coisas da natureza como as criações humanas, não duram para sempre. Isso não deve ser para nós motivo de medo; devemos alegrar-nos porque ainda teremos uma realidade muito melhor.
Oração
Senhor, por enquanto conheço apenas as coisas desta terra, desta minha vida presente. Fico sem saber como imaginar o futuro que me espera. Quero, porém, confiar em vós, em vosso amor e poder. Creio que preparais para mim uma outra realidade muito melhor, muito mais bela e mais feliz do que a atual. Alegro-me desde já, com a certeza que cumprireis todas as vossas promessas. Amém.

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - Duas Oliveiras

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(✝︎)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Plantadas na casa do Senhor
 
No livro do Apocalipse encontramos a figura de duas testemunhas a quem chama de as duas oliveiras e os dois candelabros que estão diante do Senhor. Elas serão perseguidas e terão seus cadáveres expostos, mas depois receberão o hálito de vida (Ap 11,3-11). Podemos ler nessas duas magníficas figuras, os apóstolos Pedro e Paulo. Anunciarão o Evangelho, mas também serão perseguidos e mortos. Contudo, permanecem vivos como mestres permanentes do povo de Deus. Paulo e Pedro são duas figuras diferentes como formação. Pedro, humilde pescador. Paulo doutor formado. Ambos zelosos pela fé judaica e convertidos ardentes ao Evangelho de Jesus. Jesus é o sentido de suas vidas. A Igreja, em seus primeiros momentos, viveu situações difíceis às quais deviam dar respostas que não estavam escritas nas “leis” que não existiam ainda. Tiveram que resolver na fé em Jesus e em seu modo de crer. Pedro, mesmo sendo muito aberto às novidades que surgiam, ainda era apegado às tradições. Paulo, mesmo sendo muito fiel, pelo contato com os povos pagãos e depois de ver o efeito da graça do Evangelho entre os pagãos, soube discernir a missão do povo hebreu aberta a todos os povos. Com isso houve, inclusive choques, entre Pedro e Paulo. Mas venceu o bom senso e a abertura ao Espírito Santo. Tivemos assim dois modos de ser cristão: Cristãos que continuavam seguindo a lei judaica, e cristãos que não a seguiam, por serem provenientes do paganismo. Paulo não aceitava que se impusesse a lei judaica aos pagãos. Ele era um judeu fiel, mas vivendo a liberdade em Cristo. 
Uma Igreja de Pedro e Paulo 
A Igreja proveniente do judaísmo não teve longa duração. A Igreja proveniente dos gentios se desenvolveu e chegou até nós. Todos nos baseamos na fé proclamada por Pedro: “Tú és o Messias o Filho de Deus vivo” (Mt 16,16). E temos a mesma fé que Paulo também professou: “Guardei a fé” (2Tm 4,7). Vivemos atualmente na igreja duas tendências. Cada uma se coloca como a única opção. A única opção é a fé em Jesus que é o definidor de nossa posição. Normalmente queremos que todos pensem do mesmo modo, ou pior, que cada um aceite minhas opções pessoais. E, o que é pior, em assuntos tão secundários. Houve muito centralismo pelos séculos afora. O mundo não é mais o mesmo. O Evangelho continua o mesmo, pronto a se implantar em qualquer cultura, como nos ensina o Vaticano II. Pedro e Paulo não eram de fé diferente, mas, fundados na fé em Cristo, souberam implantar o evangelho na herança de Israel e nas nações (prefácio). Por isso os celebramos juntos para mostrar claramente que quem os une é Cristo. A Igreja tem que ter diferenças, fora do que é da fé, para não ficar acorrentada num só modo de pensar, numa só cultura, numa só filosofia, deixando de lado a sabedoria de Deus implantada no mundo pelo seu Espírito.
Aprendendo de Pedro e Paulo 
Que lição nós podemos tirar de tão querida festa, até popular, que mostra o carinho do povo cristão por tão grandes apóstolos. Eles foram fiéis até ao sangue a Cristo. Pedro foi crucificado e Paulo decapitado. Souberam se apoiar em Cristo. Eles têm a certeza de terem o Senhor a seu lado (2Tm 4,17). Foram batalhadores da evangelização não deixando passar o momento de evangelizar. Souberam ouvir o Espírito ao qual sempre acorriam: “Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós...” (At 15.28). Por estarem sempre unidos ao Espírito sabiam o que Ele dizia. O Espírito ilumina todo aquele que sinceramente busca Cristo e o bem dos irmãos. Com Paulo e Pedro, temos responsabilidade sobre a Igreja em sua missão.
Leituras: Atos dos Apóstolos 12,1-11; 
Salmo 33; 2 
Timóteo 4,6-8.17-18; Mateus 16,13,-19 
1. Pedro e Paulo, homens diferentes, mas unidos no Espírito Santo. 
2. A Igreja soube crescer na diversidade. 
3. Na Igreja devemos ter abertura ao novo e ao diferente.
Bons de briga 
Celebrando os dois apóstolos, celebramos o povo de Deus que os venera e acolhe, mesmo sem conhecer suas vidas e realidade. O povo sabe alguns fatos mais ou menos cômicos de Pedro que se tornaram piada. Pedro é mais conhecido, pois é uma figura mais próxima do povo. Homem simples, trabalhador... não é diferente. Paulo, por outro lado é conhecido só porque caiu do cavalo, o que na verdade não aconteceu. Pedro é conhecido pelos fatos, e Paulo muito reconhecido, pelos que estudam, por suas cartas. Eram diferentes e tinham opiniões diferentes em pontos que, para a comunidade,eram centrais. Mas souberam buscar a orientação do Espírito Santo. Para chegar a isso, imaginemos quanto não tiveram que estar abertos. Só estamos abertos a Deus quando nos abrimos aos outros e temos a liberdade de ver o diferente. 
Homilia da Solenidade Pedro e Paulo (01.07.2018)

EVANGELHO DO DIA 26 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 21,12-19. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Deitar-vos-ão as mãos e hão de perseguir-vos, entregando-vos às sinagogas e às prisões, conduzindo-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome. Assim tereis ocasião de dar testemunho. Tende presente em vossos corações que não deveis preparar a vossa defesa. Eu vos darei língua e sabedoria a que nenhum dos vossos adversários poderá resistir ou contradizer. Sereis entregues até pelos vossos pais, irmãos, parentes e amigos. Causarão a morte a alguns de vós e todos vos odiarão por causa do meu nome; mas nenhum cabelo da vossa cabeça se perderá. Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Agostinho 
(354-430) 
Bispo de Hipona (norte de África), 
doutor da Igreja 
Sermão 256, 1, 3 
No meio das provações, cantemos «Aleluia!» 
No meio das preocupações deste mundo, cantemos «Aleluia!», para que possamos cantar o mesmo um dia lá no alto, em paz. Que preocupações, perguntas tu, temos neste mundo? Então não hei de falar de preocupações, quando leio: «Não vive o homem sobre a Terra como um soldado?» (Jb 7,1) Como queres que eu não tenha preocupações aqui onde as provações são tão fortes que a própria oração que nos foi prescrita inclui: «Não nos deixes cair em tentação»? Como pode o povo estar bem, quando clama comigo: «Livrai-nos do mal» (Mt 6,13)? E, no entanto, meus irmãos, mesmo no meio deste mal, cantemos «Aleluia» a Deus que, na sua bondade, nos livra do mal. Mesmo entre os perigos e as provações, que nós e os outros cantemos «Aleluia»; «pois Deus é fiel, diz o Apóstolo, e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças». Portanto, mesmo neste mundo, cantemos «Aleluia». O homem ainda é pecador, mas «Deus é fiel». O Apóstolo não disse que Ele não permitirá que sejais tentados, mas que Ele «não permitirá que sejais tentados acima das vossas forças, mas, com a tentação, vos dará os meios de sair dela e a força para a suportar» (1Cor 10,13). Entraste em tentação? Deus também te dará sair dela, para que não pereças na provação. Desse modo, és como o vaso do oleiro: moldado pela pregação e cozido pela provação. Portanto, quando entrares na provação, pensa em sair dela, pois Deus é fiel, e «Ele te protege quando vais e quando vens, agora e para sempre» (Sl 121,8).

São João Berchmans jovem seminarista, +1621

João Berchmans nasceu em Diest (Bélgica), em 1599. De família muito humilde, teve que trabalhar como criado para pagar os seus estudos. Não pôde realizar outra coisa em sua vida para além do que ser estudante. Contudo, viveu toda a vida sob o império da santidade. Cada um dos seus actos era realizado como numa competição consigo mesmo. Foi chamado o mestre do detalhe na santidade, “Maximus in minimus” era seu lema. Assim, em Berchmans o heróico ganhou um novo sentido, ou como ele mesmo escrevia: “Minha penitência, a vida diária”. Entrou para a Companhia de Jesus em 1616 e estudava Teologia e Filosofia em Roma quando adoeceu e morreu em 1621. Amorosamente fiel às regras, humilde, colega sempre alegre e gentil, estudante esforçado, tornou-se padroeiro da juventude e modelo de obediência e amor à Companhia. Canonizado por Leão XIII em 1888. www.puc-rio.br

26 de novembro - Beata Delfina de Signe

Delfina de Signe nasceu em torno de 1284 em Puy Michel (França) em uma família nobre, como era filha dos Condes de Marselha. Escreveram sobre ela: “ tinha uma santidade delicadamente feminina, que se espalhava por ela como uma linfa silenciosa e generosa, para nutrir aqueles que a rodeavam no bem ". Uma encantadora figura de mulher, que passa pelo mundo levando a todas as partes a luz de sua graça, o perfume da virtude, o calor de seu afeto. Não era uma santidade ruidosa, que tenha marcado a história de seu tempo, mas uma santidade delicadamente feminina que se difundiu a seu redor como linfa silenciosa e generosa para alimentar no bem a quantos estiveram em contato com ela durante sua vida. Desde menina sua presença foi luz e consolo para sua família. Aos 12 anos já estava prometida a um jovem não inferior a ela por sua gentileza, nobreza de sangue e beleza de alma. Elzear, o noivo, era filho do Senhor de Sabran e Conde de Ariano no reino de Nápoles. Desde o nascimento sua mãe o havia oferecido em espírito a Deus e mais tarde um austero tio o havia educado em um mosteiro. O casamento teve lugar quatro anos mais tarde. Foi um matrimônio “branco”, porque os dois jovens esposos escolheram a castidade, um meio de perfeição espiritual mais alto e árduo. No Castelo de Ansouis, os dois nobres cônjuges viveram não como castelãos, mas como penitentes; não como senhores feudais, mas como ascetas dignos dos tempos heroicos da primitiva Igreja.

Beata Caetana Sterni, Fundadora - Festejada 26 de novembro

Caetana Sterni viveu toda sua vida em Bassano del Grappa, antiga e alegre cidade da província de Vicenza (Itália). Ali chegou aos 8 anos, com sua família, vindos de Cassola, onde nasceu em 26 de junho de 1827. Seu pai, João Batista Sterni, administrava as propriedades rurais da família Mora, nobres venezianos, em “Ca’Mora de Cassola”, onde vivia bem com sua esposa Joana Chiuppan e seus 6 filhos. Em 1835 mudou-se com a família para Bassano. Algumas vicissitudes mudaram as condições de vida da família Sterni. A irmã mais velha de Caetana, Margarida, morreu aos 18 anos; depois de uma penosa enfermidade seu pai também faleceu, enquanto seu irmão Francisco deixou a família, que então passava por uma situação econômica crítica, em busca de uma carreira artística. Estes fatos marcaram a vida de Caetana, que crescia rapidamente, dividindo com a mãe os problemas de cada dia. É inteligente, se mostra sensível e madura, cheia de entusiasmo, “desejosa de amar e de ser amada”. Sua educação na fé é sólida e apoiada pelo exemplo de vida e pelos ensinamentos de sua mãe, na oração e frequência aos sacramentos. Em seu ambiente familiar adquiriu estima e apreço por sua viva personalidade e por sua delicada feminilidade. Estas qualidades humanas atraíram a atenção de um jovem empreendedor, viúvo e com 3 filhos, que quis tomá-la por esposa. Avaliando conscientemente a responsabilidade do matrimônio, Caetana, aos 16 anos, aceitou tornar-se esposa de Liberale Conte.

São Sirício Papa Festa: 26 de novembro Século IV.

Papa de 12/384 a 26/11/399
Romano, ele é considerado o primeiro Papa a afirmar a primazia e autoridade do maior Pedro sobre toda a Igreja. Ele promoveu a reconstrução da Basílica de São Paulo.
Martirológio Romano: Em Roma, no cemitério de Priscila na Via Salaria Nuova, São Sirício, papa, a quem São Ambrósio louva como um verdadeiro mestre, pois, carregando o fardo de todos que são sobrecarregados com responsabilidade episcopal, os instruiu nos ensinamentos dos Padres, que também confirmou com sua autoridade apostólica. 
A figura do Papa São Sirício foi por muito tempo ofuscada pelo julgamento negativo que emerge sobre ele das obras do grande São Jerônimo, ou seja, de caráter excepcional em muitos aspectos sobretudo por sua cultura prodigiosa, mas fácil de julgar precipitadamente, inspirado por simpatia ou antipatia pessoal, como qualquer um que tenha lido suas vivas Cartas bem sabe. Pode-se dizer que a falta de simpatia do grande estudioso pelo Papa Siricius pesou sobre esse caráter por quase quatorze séculos, pois foi apenas em 1748 que São Siricius foi recebido no Martirológio Romano pelo Papa Bento XIV. Ele era habilidoso o suficiente, como historiador e como canonista, para discordar dos preconceitos seculares de São Jerônimo! Siricius foi o sucessor de São Damaso e ocupou o pontificado de 383 a 399. Damaso havia sido o grande protetor de São Jerônimo, mas Siricius também tinha um defensor muito forte para apoiar, e sua escolha foi muito sábia, pois ele caiu sobre Santo Ambrósio, bispo de Milão. Milão agora era a capital do Império do Ocidente, e o bispo Ambrósio havia alcançado uma autoridade sem precedentes ali. Um Papa mais mesquinho e ciumento teria hesitado em fortalecer o prestígio daquela pessoa diante da qual o Bispo de Roma arriscava passar para segundo plano.