sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “O Cuidado da Casa Comum”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA AGORA AO LADO DO PAI
Acolhendo uma palavra forte
 
Quando eleito, Papa Francisco deu uma nota clara para seu pontificado, isto é, sua missão de ser o chefe da Igreja Católica a serviço do mundo. A escolha do nome já foi um susto, pois não havia Papa com esse nome. Quando é eleito perguntam-lhe: “Que nome escolhe para si?” Normalmente tomam um nome já usado por outros papas com o número da série, por exemplo: João XXIII. Ele escolheu Francisco para indicar sua missão de busca da simplicidade e cuidado com os pobres. Esperamos que com ele terminem os papas reis. Suas principais preocupações são os pequenos e pobres, o que já é conhecido de todos. Ele é muito amado também fora da Igreja. Ele nos ofereceu uma orientação sobre a evangelização que refletimos longamente chamada Evangelii Gaudium (Alegria do Evangelho). Agora vamos refletir sobre as questões quentes do momento que é o aquecimento global, clima, ecologia. Parece não ser um assunto religioso, mas é profundamente coerente com a fé e a vida de Igreja, pois dele depende o futuro bom para todas as pessoas. Ele nos deu um documento com o nome Laudato Si, que quer dizer Louvado seja Deus. Esse nome ele o tirou do canto das criaturas de S. Francisco. Mais uma vez S. Francisco domina o panorama. Este ensinamento do Papa impressionou muito o mundo. Mesmo pessoas que não são da Igreja e instituições acolheram-no e elogiaram muito. Quem não gostou foram os donos do poder do mundo que o estão destruindo para ganhar mais dinheiro. Esses disseram que o Papa não tem conhecimento da realidade. Tem até mais que eles que só pensam no dinheiro e no poder. O Papa pensa nas pessoas, sobretudo os pobres. Em seu discurso na ONU foi muito aplaudido. Vimos recentemente a Conferência sobre o clima cujas decisões foram elogiadas pelo Papa.
Alguns traços para iniciar 
Para falar desse assunto é preciso ser mais instruído, pois o tema é profundo. Então, vamos aprender juntos. Vamos enfrentar o documento. Se ao menos chegamos à conclusão que temos que aprender mais, a reflexão já deu frutos. Desde o início de seu pontificado o Papa Francisco tem, com frequência, falado sobre o meio ambiente e sobre a responsabilidade do homem diante da criação. Em sua reflexão vai além do cuidado com a natureza e diz que a pessoa humana está em perigo. A ganância por maiores bens leva as pessoas a descartarem a natureza e as pessoas. Papa Francisco crê que a cultura do encontro e a solidariedade são caminhos de solução. E se desilude com a falta de atitudes para a solução dos problemas do mundo. 
Um novo modo de viver 
Francisco apresentou a vocação de cuidar da criação. “Queria pedir a quantos ocupam cargos de responsabilidade e a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos ‘guardiões’ da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo!”. Disse também: “Pequenos, mas fortes no amor de Deus, como São Francisco de Assis, todos os cristãos são chamados a tomar conta da fragilidade dos povos do mundo no qual vivemos”. Assim, “à primeira criação devemos responder com a responsabilidade que o Senhor nos dá: ‘A terra é vossa, ocupai-vos dela’; deixai que cresça!”. Por conseguinte, “também nós temos a responsabilidade de fazer crescer a terra e bde fazer crescer a criação. Nós somos senhores da criação, não donos. Toda boa mudança vem debaixo para cima. Façamos nossa parte.
ARTIGO PUBLICADO EM JANEIRO DE 2016

EVANGELHO DO DIA 28 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo São Marcos 10,1-12. 
Naquele tempo, Jesus pôs-Se a caminho e foi para o território da Judeia, além do Jordão. Voltou a reunir-se uma grande multidão junto de Jesus e Ele, segundo o seu costume, começou de novo a ensiná-la. Aproximaram-se então de Jesus uns fariseus, que, para O porem à prova, Lhe perguntaram: «Pode um homem repudiar a sua mulher?». Jesus disse-lhes: «Que vos ordenou Moisés?». Eles responderam: «Moisés permitiu que se passasse um certificado de divórcio para se repudiar a mulher». Jesus disse-lhes: «Foi por causa da dureza do vosso coração que ele vos deixou essa lei. Mas, no princípio da criação, "Deus fê-los homem e mulher. Por isso, o homem deixará pai e mãe para se unir à sua esposa, e os dois serão uma só carne". Deste modo, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu». Em casa, os discípulos interrogaram-no de novo sobre este assunto. Jesus disse-lhes então: «Quem repudiar a sua mulher e casar com outra, comete adultério contra a primeira. E se a mulher repudiar o seu marido e casar com outro, comete adultério». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João Paulo II 
Papa(1920-2005)  
Homilia de abertura do 
Sínodo sobre a Família, 26/09/1980, §5
«Os dois serão uma só carne» 
Quando Cristo, antes da sua morte, no limiar do mistério pascal, reza: «Pai Santo, guarda em teu nome aqueles que Me deste, para que sejam um como Nós» (Jo 17,11), pede também, de certa forma, e talvez de maneira especial, pela unidade dos esposos e das famílias. Ele reza pela unidade dos seus discípulos, pela unidade da Igreja; ora, o mistério da Igreja é comparado ao matrimónio por São Paulo (cf Ef 5,32). Assim, não só a Igreja deposita na família uma grande parte dos seus cuidados, mas também considera o sacramento do matrimónio, de certa forma, como o seu modelo. No amor de Cristo, seu Esposo, que nos amou até à morte, a Igreja contempla os esposos e as esposas que prometeram amar-se durante toda a vida, até à morte. E considera que tem o dever particular de proteger este amor, esta fidelidade e esta honestidade, assim como todos os bens que dela decorrem para a pessoa humana e a sociedade. É a família que propriamente dá vida à sociedade; é na família que, pela educação, se forma a estrutura da própria humanidade, de todos os homens deste mundo. No Evangelho, o Filho fala assim ao Pai: «Dei-lhes as palavras que Tu me tinhas dado: eles receberam-nas, e acreditaram que foste Tu que me enviaste. Tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu» (8-10). Não é certo que o eco deste diálogo está patente no coração dos homens de todas as gerações? Que estas palavras constituem, em si próprias, o tecido da própria vida e da história de todas as famílias e, através da família, de todos os homens? «Eu rezo por eles, por aqueles que Me deste, pois são teus» (9).

Santo Augusto Chapdelaine

Ser missionário! Esse era o maior desejo do jovem Augusto. Partindo da França para a longínqua China no século XIX, enfrentou todos os perigos para evangelizar, anunciar Jesus. Espancado inúmeras vezes não vacilou na fé, entregou-se totalmente, dando a vida por amor ao Senhor da Vida. Santo Augusto Chapdelaine nasceu em 1814 em Coutances (França). Seus pais tiveram nove filhos e trabalhavam em uma pequena fazenda da família. Augusto desde cedo se distinguiu por sua piedade e generosidade. No trabalho de campo, ele trabalhava por quatro. A morte arrebatou dois de seus irmãos. Isso minimizou os braços no trabalho e a família foi forçada a dividir a propriedade. Então Augusto pode satisfazer seu desejo de abraçar o sacerdócio. Em 1844, foi nomeado pároco e seu zelo efetuou maravilhas no meio de seus paroquianos. Em 1851 ele se sentiu chamado a missões estrangeiras e após um curto período de preparação na Casa das Missões Estrangeiras de Paris, partiu para a China. Depois de mil aventuras perigosas, ele chegou ao local em que seus superiores lhe tinham enviado, tinha 38 anos de idade. Na China a religião cristã era proibida e era perseguida em maior ou menor intensidade dependendo do Mandarim de cada província. Em dezembro de 1854, ele foi denunciado, por ciúmes, ao Mandarim (rei) da região por um homem ter se convertido. Ele foi preso e passou alguns dias de ansiedade na prisão, mas o Mandarim se mostrou bondoso e não lhe causou dano algum.

28 de fevereiro - Beato Timóteo (Stanislaw Antoni)

Precisamente hoje estamos a celebrar a vitória daqueles que, no nosso tempo, deram a vida por Cristo, deram a vida temporal para a possuir pelos séculos na sua glória. Trata-se de uma vitória particular, porque é compartilhada pelos representantes do clero e dos leigos, jovens e idosos, pessoas de várias classes e posições. Há sacerdotes diocesanos e religiosos, que morreram porque não quiseram abandonar o seu ministério, e aqueles que morreram servindo os companheiros de prisão, doentes de tifo; há pessoas que foram torturadas até à morte pela defesa dos judeus. No grupo dos Beatos existem irmãos religiosos e irmãs, que perseveraram no serviço da caridade e na oferta dos seus tormentos pelo próximo. Entre estes Beatos mártires contam-se também leigos. (...) Hoje estes Beatos mártires são inscritos na história da santidade do Povo de Deus, peregrinante em terra polaca há mais de mil anos. Papa João Paulo II - Homilia de Beatificação – 13 de junho de 1999 Stanislaw Antoni nasceu 29 julho 1908, na aldeia de Sadlowo, na diocese de Plock, na Polônia.Sua família era muito pobre o que o levou a trabalhar desde muito jovem. Em 5 de Março de 1930 ele entrou no convento dos Frades Menores Conventuais de Niepokalanow.

28 de fevereiro - Santas Marana e Cira

A Igreja hoje recorda a memória das santas Marana e Cira, virgens, que em Beréia, na Síria, viveram em um lugar estreito e fechado sem teto, e recebiam a comida necessária através de uma janela, mantendo sempre um absoluto silêncio. Tudo o que sabemos sobre as santas vem da "História Religiosa" de Theodoreto de Ciro, que as conheceu pessoalmente. Neste trabalho, o bispo e historiador eclesiástico nos traz exemplos do que era um vasto movimento ascético monástico na Síria, do qual nossas duas santas faziam parte. Segundo o autor, embora fossem ricas e tivessem recebido educação de acordo com sua condição, ou seja, embora estivessem preparadas para viver no mundo, as duas decidiram deixar tudo para se juntar à vida penitencial que alguns homens e mulheres da região tinham. Elas então construíram uma cela estreita, com apenas uma janela para receber a comida, e sem telhado, de modo que elas foram expostas às inclemências do sol e da chuva. Theodoreto elogia a bravura dessas mulheres no combate espiritual, notando que sua força supera a dos homens, que normalmente são considerados mais fortes. Elas usavam apenas uma túnica e dedicavam seu dia à oração. Elas passaram muitos anos nesse tipo de vida (Theodoreto as conheceu quando estavam reclusas por 42 anos).

Santo Hilário, papa

Hilário tomou parte da delegação pontifícia no Concílio de Éfeso, onde defendeu a supremacia da Sé de Roma. Como Papa, preocupou-se, sobretudo, com as rivalidades das Igrejas Orientais. Deve-se a ele a decoração da Basílica de Latrão. Foi sepultado no cemitério romano de Verano. 
Hilário nasceu na Sardenha em 415 e foi eleito Papa de número 46 em 19 de novembro de 461. Após a morte do Papa Leão Magno, um arcediácono chamado Hilário, natural da Sardenha, de acordo com o “Liber Pontificalis”, foi escolhido para sucedê-lo, e com toda probabilidade recebeu consagração em 19 de novembro de 461. Seu pontificado foi marcado pela mesma política vigorosa de seu grande antecessor. Lutou pelos direitos da Igreja no Primeiro Concílio de Éfeso em 449. Estabeleceu que para ser sacerdote era necessário possuir uma profunda cultura e que pontífices e bispos não podiam designar seus sucessores. Estabeleceu um vicariato na Espanha e fundou, em Roma, vários conventos para mulheres. Em Roma, Hilário trabalhou zelosamente pela integridade da fé. O imperador Antêmio tinha um favorito chamado Filoteu, que acreditava na heresia macedônica e participava de reuniões em Roma para a promulgação dessa doutrina.

São Torcato, Bispo de Braga, Porto e Dume

Bispo que parece ter sido enviado
à Península Ibérica no I ou no II século. 
O seu corpo veio de Cádis 
a quando da invasão muçulmana 
e foi depositado na igreja duma aldeia 
perto de Guimarães, que tomou o seu nome. 
O corpo continua incorrupto.
Torcato Félix é descendente de uma nobre e antiga família dos Torcatos Romanos, originário da cidade de Toledo. Aplicou-se aos estudos das Divinas e humanas letras, e em todas se patenteou insigne e singular no exercício das virtudes, tornando-se Arcipreste daquela Imperial Cidade. Bispo de Padrão de Galiza. Bispo do Porto, por morte do Bispo Froárico. Participou ativamente no 16º Concílio de Toledo, pelos anos 693, pelo primeiro dia de maio, sendo aclamado neste local Bispo de Braga. Dominado pelos ideais da reconquista cristã dos séculos VIII e IX, partiu com seus companheiros (em número de vinte sete) ao encontro do exército muçulmano de Muça, invasor da Península Ibérica, sendo martirizado em São Torcato, Guimarães, onde o seu santo corpo veio a ser encontrado. Movido de uma fé inabalável São Torcato enfrenta o inimigo (General Muça) proferindo as seguintes palavras “Irei ao encontro do inimigo ou para o vencer com a persuasão, ou para morrer com o rebanho de Jesus Cristo”. Muça, enfurecido, com tais palavras, descarrega sobre São Torcato o golpe de morte, enquanto bárbaros sectários fazem outro tanto sobre seus fiéis e inseparáveis companheiros. 
São Torcato é considerado o primeiro dos Varões Apostólicos, bispos enviados ainda no século I para evangelizar a Península Ibérica. A sua história está envolvida em lenda. Aparentemente, terá aportado a Cádis, no sul de Espanha, onde teria morrido e sido sepultado. O seu corpo terá sido trazido para o norte da Península no século VIII, quando os cristãos de Cádis fugiram da invasão dos mouros, e depositado no mosteiro de Celanova, perto de Ourense. Mais tarde, as suas relíquias foram distribuídas por vários mosteiros da Galiza e do norte de Portugal. No ano de 1059 (cerca de cem anos antes da independência de Portugal), já existia o mosteiro de S. Torcato, perto de Guimarães, o mais célebre centro português da devoção ao santo bispo, o qual veio a dar o nome a muitas aldeias no Minho.
Santos de Cada Dia - EDitorial A.O. - Braga

Romão de Condat Ermita, Abade, Santo século V

Primeiro eremita que existiu na França, 
num lugar entre a Suíça e Borgonha, 
chamado Condat, onde foi também abade.
São Romão, que viveu no século V e foi o primeiro eremita que existiu na França. Natural de Borgonha, entrou bem cedo no célebre e mais antigo mosteiro da França, Ainay. Tendo aprendido os princípios da vida religiosa, retirou-se para a solidão, num lugar chamado Condat, entre a Suíça e Borgonha, onde mais tarde se lhe associou o irmão, Lupicino. Algum tempo viveram juntos, entregues às práticas religiosas, quando começaram a experimentar impertinentes perseguições do demónio, que procurou assustá-los de mil modos. Bastante incomodados com as artimanhas do inimigo, retiraram-se daquele lugar, em demanda de um outro. Surpreendidos pela noite, hospedaram-se na choupana de uma pobre mulher. Esta, sabendo do motivo da fuga, disse-lhes: “Fizestes mal em ter abandonado a vossa casa. Se tivésseis lutado com mais coragem e pedido sossego a Deus, teríeis vencido as insídias do demónio”.

Beato Daniel Alexis Brottier, Sacerdote - Festa: 28 de fevereiro

Sacerdote francês, da Congregação 
dos Missionários do Espírito Santo. 
Fundou uma casa para órfãos 
na região parisiense.
(*)La Ferté-Saint-Cyr, Blois, França, 7 de setembro de 1876
(+)Paris, 28 de fevereiro de 1936 
Daniele Alessio Brottier é lembrado por seu compromisso com a missão, no apostolado entre os militares e por ajudar os órfãos. Nascido em 1876 em La Ferté-Saint Cyr, diocese de Blois, França, entrou no seminário em 1890 e tornou-se sacerdote aos 23 anos em 1899. Em 1902 entrou na congregação do Espírito Santo em Orly como noviço, no ano seguinte fez seus votos religiosos e partiu quase imediatamente para o Senegal, então colônia francesa, mas retornou depois de apenas três anos por motivos de saúde. Ele se recuperou e voltou ao país africano, mas problemas de saúde o obrigaram a retornar definitivamente à sua terra natal. Em seguida, na França, fundou a obra "Souvenir Africain", com o objetivo de construir a catedral de Dakar. Capelão militar na Primeira Guerra Mundial, fundou a União Nacional de Combatentes e a Sociedade de Aprendizes de Órfãos. Ele morreu em 1936. Ele foi beatificado por João Paulo II em 1984. 
Martirológio Romano: Perto de Paris, na França, o Beato Daniel Brottier, sacerdote da Congregação do Espírito Santo, que se dedicou à realização de uma obra para órfãos.

ORAÇÕES - 28 DE FEVEREIRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
28 – Sexta-feira – Santos: Justo, Romão, Serapião
Evangelho (Mc 10,1-12) “Desde o começo da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso, o homem deixará pai e mãe e os dois serão uma só carne.”
Ao responder aos fariseus, Jesus relembra o projeto de Deus. Homem e mulher diferentes, criados um para o outro, para realização, felicidade e enriquecimento mútuos. Não só no casamento, mas em todo relacionamento entre si, nas várias situações da vida. Louvemos o Senhor que nos fez homens e mulheres, vivamos agradecidos e respeitosos e alegres essa aventura para a qual nos chama.
Oração
Senhor meu Deus, eu vos bendigo porque nos fizestes diferentes, homens e mulheres. Isso para nos realizar no encontro e na convivência, seja no casamento, seja na família ou no relacionamento social. Ensinai-nos a nos valorizar, respeitar e amar, para que nossa alegria seja amostra da vida na plena comunhão para a qual nos convidais, quando nossa união será completa. Amém

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Vimos a Estrela”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA AGORA JUNTO AO PAI
Chegaram Magos do Oriente
 
O Mistério Pascal de Cristo compreende toda sua vida e todos os acontecimentos. Deus se manifestou. Chamamos esse momento de Epifania, que significa Manifestação. Deus se manifestou na pessoa de seu Filho Eterno que tomou a carne humana no seio da Virgem Maria e Se fez Homem. O mistério de sua Manifestação é celebrado com diversos acontecimentos: Natal, Epifania, Batismo e Manifestação aos discípulos. Sua manifestação nos conduz à fé no Homem-Deus, Jesus. Estes textos foram escritos depois da Ressurreição de Jesus e são iluminados por ela. A fé dos povos é uma conseqüência da Ressurreição. A Epifania mostra que o nascimento de Jesus é para todos os povos. São Mateus quer mostrar que Jesus é o Filho de Deus prometido pelas Escrituras. A estrela é um dos elementos: “Vimos sua estrela no Oriente” (Mt 2,2). Para os antigos, o Oriente é a região de Damasco. É misteriosa essa estrela. Cristo é chamado de “Estrela da manhã” (Ap 2,28). Há estudiosos que dizem que no tempo do nascimento de Jesus aconteceram muitos fenômenos. Um astrônomo, J. Kepler, afirma que no ano sete antes de Cristo, data provável de seu nascimento, houve um fenômeno que se repete a cada 794 anos. Há também o texto do livro de Números 24,17, que diz de um astro que se levanta nos acampamentos de Jacó. O profeta Miquéias diz que o nascimento do Messias seria em Belém (Mq 5nOS). Diante dos sinais, os estudiosos resumem as esperanças dos povos e buscam o Senhor. A alegria do acolhimento da fé é a alegria da Ressurreição. É a alegria que nos sustenta na caminhada da fé. A Epifania chama todos a reconhecerem o Messias. 
Ouro, incenso e mirra 
A liturgia de hoje, na primeira leitura, apresenta a profecia da cena dos Magos vindos a Jerusalém. E, na segunda leitura, Paulo dá o sentido da visita dos Magos: a Redenção é aberta a todos os povos. “Os pagãos são admitidos à mesma herança, são associados à mesma promessa em Jesus Cristo, por meio do Evangelho” (Ef 3,6). Os Magos abriram seus presentes. Não se trata aqui de presentes para o enriquecimento do Messias, como se faziam aos reis, mas reconhecimento de sua Pessoa. Os novos magos que procuram a verdade encontram em Jesus no qual reconhecem o Senhorio, a Divindade e a Paixão. O grande presente que oferecemos a Deus é acolher seu plano de salvação em Jesus. Os novos magos, os de corações abertos para Deus procuram Jesus por todos os meios e encontram com Maria, isto, no ministério da Igreja. O progresso do mundo, não só pode encontrar Jesus, mas tem meios mais aptos ainda para ser alegrar por ver a Estrela. 
Voltaram por outro caminho 
“Os Magos, avisados em sonho para voltarem a Herodes, retornaram para sua terra, seguindo por outro caminho” (Mt 2,12). Eram homens sábios, humildes, mas não ingênuos. Souberam não fazer o jogo dos poderosos que queriam dominar e se livrar de toda renovação de vida. Voltar por outro caminho testemunha o fruto da fé. Quem crê faz o caminho de Cristo, pois Ele é o Caminho (Jo 14,6). Nesse caminho se estabelece a Vida Nova a partir de uma Verdade nova. Seguindo o sentido da festa, somos convocados e levar aos outros as maravilhas que aprendemos de nosso encontro com Cristo. A próxima celebração é o Batismo de Jesus. É sua manifestação aos Judeus como Messias conduzido pelo Espírito. Cristo se manifestará aos primeiros discípulos como o vinho novo em Caná. 
Leituras: Isaias 60,1-6;Salmo 71;
Efésios 3,2-3ª.5-6; Mateus 2,1-12. 
1. O Mistério Pascal de Cristo envolve todos os acontecimentos de sua vida. Celebrando a Epifania, celebramos a Manifestação de Deus em Cristo que culmina com sua Ressurreição e glorificação. A estrela é Jesus. A alegria que tiveram ao ver a estrela sobre o lugar do nascimento lhes deu uma grande alegria, como na Ressurreição. 
2. A festa dos Reis Magos – Epifania - quer nos ensinar que a salvação veio para todos os povos, como escreve Paulo. Os presentes ouro, incenso e mirra são a lembrança que o reconhecemos como senhor, como Deus e como Servo sofredor. O presente que oferecemos agora é acolher o plano de salvação em Cristo. Apresentamos Cristo nos braços de Maria. 
3. Os Magos voltaram por outro caminho. Não fizeram o jogo do poderoso Herodes. Voltar por outro caminho testemunha o fruto da fé. O Caminho agora é Cristo. O mistério da Manifestação continua no Batismo e na revelação de Jesus aos discípulos como em Caná.
Velhinhos do barulho 
Imaginemos a cena: uma caravana de camelos com um povo diferente, com uns homens diferentes que poderiam ser até mais velhos, pedindo o endereço de um rei que tinha acabado de nascer. Não havia GPS. Só tinham SPG (Só Perguntado à Gente). Foi um fogo que se espalhou rápido que chegou até Herodes. Os bons homens foram ter com o rei que os recebeu e conversou longamente sobre o assunto pedindo que voltassem. Foram até Belém, que era o lugar indicado para nascer o Messias. Ali adoraram o Menino. Deram presentes e voltaram a seus países por outro caminho para não voltar a Herodes. Eles eram gente de bom coração, fossem velhos, fossem mais novos, mas espertos e não fizeram o jogo do rei. Essa festa não quer somente contar uma história bonita. Como Paulo nos explica, é a manifestação do mistério de Deus que se destina a todos os povos, não somente aos judeus. Assim Jesus nasceu para os pobres pastores humildes, mas nasceu também para todos os povos, onde se encontrar um coração humilde. Esses homens lembram a maravilha da salvação da qual ninguém está excluído. 
Homilia da Epifania do Senhor (03.01.2016)

EVANGELHO DO DIA 27 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo São Marcos 9,41-50. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus díscípulos: «Quem vos der a beber um copo de água por serdes de Cristo, em verdade vos digo que não perderá a sua recompensa». Se alguém escandalizar algum destes pequeninos que creem em Mim, melhor seria para ele que lhe atassem ao pescoço uma dessas mós movidas por um jumento e o lançassem ao mar. Se a tua mão é para ti ocasião de pecado, corta-a; porque é melhor entrar mutilado na vida do que ter as duas mãos e ir para a Geena, para esse fogo que não se apaga. E, se o teu pé é para ti ocasião de pecado, corta-o; porque é melhor entrar coxo na vida do que ter os dois pés e ser lançado na Geena. E, se um dos teus olhos é para ti ocasião de pecado, deita-o fora; porque é melhor entrar no reino de Deus só com um dos olhos do que ter os dois olhos e ser lançado na Geena, onde o verme não morre e o fogo nunca se apaga». Na verdade, todos serão salgados com fogo. O sal é coisa boa; mas se ele perder o sabor, com que haveis de temperá-lo? Tende sal em vós mesmos e vivei em paz uns com os outros». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João Crisóstomo(345-407) 
Presbítero de Antioquia, 
bispo de Constantinopla, 
doutor da Igreja 
Sermão sobre o demónio tentador 
Caminhos para entrar na vida eterna 
Quereis que vos indique os caminhos da conversão? São numerosos, variados e diferentes, mas todos conduzem ao Céu. O primeiro caminho da conversão é o reconhecimento das nossas faltas. «Recorda-me o que tens contra mim e discutiremos, conta-mo para ver se tens razão» (Is 43,26); é por isso que o salmista observa: «Disse: "Vou confessar ao Senhor a minha falta", e logo me perdoastes a culpa do pecado» (Sl 32,5). Condena pois, as faltas que cometeste, e tal bastará para o Senhor te atender; pois quem condena as suas faltas tem a vantagem de não querer voltar a cair nelas. Há um segundo caminho, não inferior ao referido, que é não guardar rancor aos inimigos e dominar a cólera para perdoar as ofensas aos companheiros, porque assim obteremos o perdão das que nós cometemos contra o Mestre; é a segunda maneira de obter a purificação das nossas faltas, porque, «se perdoardes aos homens as suas faltas, também o vosso Pai celeste vos perdoará» (Mt 6,14). Queres conhecer o terceiro caminho da conversão? É a oração fervorosa e perseverante, feita do fundo do coração. O quarto caminho é a esmola, que tem uma força considerável e indizível. A modéstia e a humildade não são meios inferiores para destruir os pecados pela raiz; temos uma prova disso no publicano, que não podia gabar-se de ter praticado boas ações, mas as substituiu pela humildade, entregando assim o pesado fardo das suas faltas (cf Lc 18,9s). Acabamos de indicar cinco caminhos de conversão. Não fiques, pois, inativo, mas utiliza todos estes caminhos no teu dia a dia. São caminhos fáceis, e não podes apresentar a tua miséria como desculpa para os não percorreres.

São Besas Mártir - Festa: 27 de fevereiro

Século III. 
Durantea perseguição de Décio, o cristão Juliano e seu servo Cronio / Euno foram martirizados em Alexandria. Um soldado chamado Besas, que repreendeu a população que insultou os mártires, foi denunciado, preso e decapitado. Seu martírio foi lembrado em vários martirológios, mas com datas e nomes diferentes. 
Martirológio Romano: No mesmo lugar, São Besas, mártir, que, como soldado, tentando deter aqueles que insultaram os mártires anteriores, foi denunciado ao juiz e, permanecendo firme na fé, foi decapitado. 
Dionísio de Alexandria, em sua carta a Fábio de Antioquia, relatada por Eusébio, narrando o martírio de Juliano, um cristão de Alexandria, e seu servo Cronius ou Euno, no tempo de Décio, conta que um soldado chamado Besas (Bass) repreendeu a população que insultou os mártires enquanto eles eram carregados nas costas de camelos e açoitados pelas ruas da cidade.

27 de fevereiro - Beato Mark Barkworth

Mark Barkworth nasceu em 1572 em Searby, Lincolnshire. Ele estudou por um período em Oxford, embora não haja notícias de sua permanência lá. Ele foi recebido na Igreja Católica em Douai em 1593 por um jesuíta flamengo, o padre George, e entrou no colégio local, onde os candidatos para o sacerdócio inglês estavam estudando para retornar como missionários para sua terra natal. Por causa de uma epidemia de peste, foi enviado para Roma em 1596 e de lá para o Real Colégio de Sant'Albano em Valladolid, na Espanha, onde entrou em 28 de dezembro de 1596. Dizem que, enquanto viajava, teve uma visão de São Bento de Nurcia, que profetizou que morreria mártir com o hábito beneditino. Ordenado sacerdote no Colégio antes de julho de 1599, ele voltou como missionário na Inglaterra, juntamente com o padre Thomas Garnet. Ao longo do caminho, ele ficou no mosteiro beneditino de Hyrache em Navarra, onde seu desejo de se juntar à Ordem foi realizado: ele se tornou um Oblato Beneditino, obtendo o privilégio de emitir sua profissão no momento da morte. Fugindo dos huguenotes, ele foi preso enquanto ele estava chegando a sua cidade natal e jogado na prisão de Newgate, onde permaneceu por seis meses; de lá, ele foi transferido para a prisão de Bridewell. Nesse lugar, ele escreveu um apelo a Robert Cecil, assinando-se "George Barkworth".

27 de fevereiro - Santa Ana Line

Desde a instauração do anglicanismo pelo rei Henrique VIII, em 1531, os países da Comunidade Britânica viviam dias difíceis. Os católicos eram perseguidos, os sacerdotes ou eram expatriados ou condenados à morte. Muitos retornavam clandestinamente a Inglaterra para dar assistência religiosa aos leigos e corriam o risco de serem presos e condenados. Vários mosteiros e igrejas foram queimados. Foram anos de intensa perseguição e muitos foram os mártires da Fé católica, leigos e eclesiásticos. Tal situação perdurou ainda pelo século XVII. Ana viveu nesta época. Ela nasceu no ano de 1567 em Dunmow, no Condado de Essex, segunda filha de William Heigham de Dunmow, e de Ana Alien. Ana havia se convertido ao catolicismo junto com seu irmão William. Depois de tentar sem sucesso fazê-la apostatar, o pai, um abastado e rigoroso calvinista, deserdou-a e ao irmão, e expulsou-os de casa. Pouco tempo depois, provavelmente em 1586, Ana desposou Roger Line, ele também um jovem católico convertido, deserdado pelo mesmo motivo. Mas Ana logo ficou sozinha e sem recursos, porque seu esposo e seu irmão foram presos quando assistiam à Missa, naquele tempo uma grave transgressão. Depois de pagarem uma multa, foram banidos do país. Roger foi para Flandres onde recebia uma pequena pensão do Rei da Espanha, parte da qual enviava para a esposa em Londres. Ana pode contar com aquele auxílio até 1594, ano da morte de Roger Line.

São Leandro de Sevilha, Arcebispo de Sevilha

Nasceu em Cartagena, na Andaluzia.
 endo monge, foi nomeado bispo de Sevilha. 
Amigo de São Gregório Magno.
Nascimento:534 Cartagena 
Morte 13 de Março de 600/601 Sevilha 
Clérigo católico, santo, nasceu numa família hispano-romana influente, foi arcebispo de Sevilha. Teve três irmãos mais novos: (Fulgêncio de Ruspe, Isidoro e Florentina) todos os quais foram também canonizados. Supõe-se que a sua família fugiu de Cartagena quando da conquista bizantina (552? 555?), tendo-se estabelecido em Sevilha, onde Leandro entrou para um mosteiro. Ao seu irmão Isidoro de Sevilha atribui-lhe a conversão de São Hermenegildo ao catolicismo em 579. Depois da conversão deixou Sevilha a caminho de Constantinopla para pedir auxílio para Hermenigildo. Ascendeu a arcebispo de Sevilha necessariamente antes de 584, ano em que Leovigildo tomou a cidade durante a guerra civil que travou contra o seu filho Hermenegildo. Leandro foi por isso desterrado pelo rei visigodo para Constantinopla. Terminado o desterro em 586, voltando ao seu bispado, pela grande influência que teve na conversão de Recaredo I. Morrendo no final do século VI, em Sevilha, não sem que antes tivesse presidido ao Terceiro Concílio de Toledo, em 589, onde converteu novamente os visigodos à fé cristã. Em Espanha é considerado Doutor da Igreja. Escreveu várias regras de conduta para as freiras. Introduziu em Niceia o Credo na Missa no Ocidente.
Nascido em Cartagena, na Andaluzia, cerca do ano de 540, Leandro abraçou muito cedo o monacato e foi eleito bispo de Sevilha em 579. Enquanto era bispo, jogou-se a sorte religiosa da Península, embate em que ele teve primeiríssimo papel. O rei Leovigildo, que era ariano, desejava acabar com todos os católicos nos seus domínios. Contra os defensores do símbolo de Niceia, que definira em 325 a plena divindade de Jesus, desencadeou o soberano uma perseguição que em breve se converteu em guerra civil. Hermenegildo, herdeiro presumível do trono, fez-se católico em 570, mas foi mandado executar pelo pai (585). Ao mesmo tempo, foi Leandro desterrado. Recaredo, que abraçara o arianismo, contrário a Niceia, sucedeu ao pai como rei (586); mas procurou instrução católica e converteu-se no ano seguinte; já Leandro tinha voltado à diocese. E num concílio nacional, convocado pelo novo rei, os representantes do clero e do povo, fizeram solenemente profissão de ortodoxia. Os historiadores afirmam à uma que, depois de Deus, foi ao bispo de Sevilha que ficou a dever-se tão feliz resultado. Quase nada resta dos escritos de S. Leandro, mas conservam-se algumas cartas que lhe foram dirigidas por S. Gregório Magno. Essas traduzem grande afeição pelo seu amigo: "Envio-vos o meu último livro, escrevia-lhe o Papa; lede-o com atenção e lamentareis que eu pratique tão mal o que pareço saber tão bem". Ambos sofriam da gota; e de Roma vem uma exortação para que Leandro "considere essa doença cruel como favor do céu e como a melhor maneira de urna pessoa expiar os seus pecados". Leandro morreu em Sevilha pelo ano de 600. Era irmão de Santo Isidoro. 
Santos de Cada Dia - Editorial A.O. - Braga

SãoJoão de Vandières-

Abade em Gorze onde o seu predecessor 
o obrigou a moderar as suas penitências. 
Este Santo foi encarregado duma missão 
junto do rei muçulmano de Córdova.
† 976 
 Nascido na Lorena, ele completou seus primeiros estudos em Metz e Saint-Mihiel. Quando seu pai morreu, ele teve que cuidar dos bens da família. Ele fundou um grupo de monges regulares e recebeu a abadia de Gorze, que restaurou. Ele foi enviado em missão pelo califa de Córdoba e, com a morte de Einoldo, tornou-se abade de Gorze. Ele morreu em 976.
Etimologia: João = o Senhor é benéfico, dom do Senhor, do hebraico 
Emblema: Cajado pastoral 
João de Gorze, nascido na Lorena, filho de ricos fazendeiros, por volta de 900, completou seus primeiros estudos em Metz e Saint-Mihiel. Quando seu pai morreu, ele foi forçado a cuidar da administração da propriedade da família. Quando seus irmãos puderam assumir essa tarefa, ele foi nomeado cura de uma igreja por um cavalheiro vizinho. Mais tarde, João entrou em contato com o mosteiro feminino de São Pedro de Metz, onde ficou impressionado com a devoção de uma jovem freira vestindo uma camisa de cabelo. A partir desse momento, decidiu dedicar-se à penitência e ao estudo e, com alguns companheiros, fundou um grupo de monges regulares. Em 933, João recebeu do bispo de Metz a abadia de Gorze, que estava em estado de abandono.

São Gregório de Narek Abade e Doutor da Igreja Festa: 27 de fevereiro

(*)Andzevatsik, Turquia, por volta de 950
(+)Narek, Turquia por volta de 1005 
O monge Gregório de Narek foi um distinto teólogo, poeta e escritor religioso armênio. Suas obras incluem um comentário sobre o Cântico dos Cânticos, numerosos panegerics (incluindo um em homenagem a Nossa Senhora) e uma coleção de 95 orações em forma poética chamada "Narek" do nome do mosteiro onde ele viveu. Sua teologia apresenta aspectos importantes da mariologia, incluindo a previsão do dogma da Imaculada Conceição, proclamado mais de oitocentos anos depois. Em 12 de abril de 2015, o Papa Francisco o declarou "Doutor da Igreja Universal" com a Carta Apostólica "quibus sanctus Gregorius Narecensis Doctor Ecclesiae universalis renuntiatur". Em 2021, o mesmo Pontífice inscreveu São Gregório de Narek no Calendário Romano Geral em 27 de fevereiro com o grau de memorial opcional. 
Martirológio Romano: São Gregório de Narek, abade, doutor dos armênios e da Igreja, distinguido pela doutrina, escritos e ciência mística.

Gabriel de N. S. das Dores Seminarista passionista, Santo 1838-1862

Jovem passionista em Morrovalle (Itália). 
Morreu aos vinte anos e é o padroeiro dos 
jovens seminaristas, noviços e escolásticos.
Gabriel de Nossa Senhora das Dores, a quem Leão XIII chamava o São Luís Gonzaga de nossos dias, nasceu em Assis a 1 de Março de 1838, filho de Sante Possenti di Terni e Inês Frisciotti. No mesmo dia que viu a luz do mundo, recebeu a graça do baptismo, na mesma pia, em que foi baptizado o grande patriarca S. Francisco, na Igreja de S. Rufino. O pai do Santo, já com vinte e dois anos era governador da cidade de Urbânia, cargo que sucessivamente veio a ocupar em S. Ginésio, Corinaldo, Cingoli e Assis. Como um dos magistrados dos Estados Pontifícios, gozava de grande estima do Papa Pio IX e Leão XIII honrava-o com sua sincera amizade. A mãe era de nobre família de Civitanova d’Ancona. Estes dois cônjuges apresentavam modelos de esposos cristãos, vivendo no santo temor de Deus, unidos no vínculo de respeito e amor fidelíssimo, que só a morte era capaz de solver. Deus abençoou esta santa união com treze filhos, dos quais Gabriel era o undécimo. Este, no baptismo recebeu nome de Francisco, em homenagem a seu avô e ao Seráfico de Assis.

Beata Francisca Maria Cirer y Carbonell, Fundadora - Festa: 27 de fevereiro

Religiosa espanhola. 
Fundou, aos setenta anos uma 
nova Congregação dedicada à caridade
 e ao ensino do catecismo
(*)Sencelles, Ilhas Baleares, Espanha, 1 de junho de 1781
(+)Sencelles, 27 de fevereiro de 1855 
Na diocese de Maiorca, a espanhola Beata Francisca Ana de Nossa Senhora das Dores (nascida Francisca Maria Buenaventura Cirer y Carbonell), completamente analfabeta, incapaz de ler nem escrever, fundou a Comunidade das Irmãs da Caridade. João Paulo II a beatificou em 1º de outubro de 1989. 
Martirológio Romano: Na cidade de Sencelles, na ilha de Maiorca, a Beata Francisca Ana de Nossa Senhora das Dores Cirer Carbonell, uma virgem que, analfabeta, mas animada pelo zelo divino, dedicou-se às obras de apostolado e caridade e estabeleceu a comunidade das Irmãs da Caridade. 
A Bem-aventurada Francisca Ana é um dos exemplos mais marcantes de quanto a vontade de Deus opera entre as almas que Lhe são queridas; porque foi fundadora de um instituto religioso aos 72 anos, embora não soubesse ler nem escrever.

Bem-aventurada Maria de Jesus Deluil-Martiny Virgem, Fundadora Festa: 27 de fevereiro

Religiosa marselhesa, fundadora das 
Irmãs do Sagrado Coração de Jesus, 
para a adoração e reparação. 
Assassinada por um jardineiro, em Marselha.
(*)Marselha, França, 28 de maio de 1841
(+)27 de fevereiro de 1884 
O cardeal Dechamps, na época arcebispo de Mechelen-Bruxelas, chamou-a de "a Teresa de Ávila do nosso século". Estamos no século XIX e Maria Deluil-Martiny, nascida em Marselha em 1841, está em contato com personalidades importantes. Não apenas francês. De facto, o bispo missionário Daniel Comboni, quando está em França, recorre aos seus conselhos. Quando jovem, ela teve o Cura d'Ars como seu confessor e até o Papa Pio IX se interessou por ela. Sob a orientação do Padre Calage, ela veio - depois de ter se dedicado à castidade permanecendo na família e ajudando seus pais, os pobres e os sacerdotes missionários - para fundar com algumas irmãs, na Bélgica, o Instituto de clausura das Filhas do Coração de Jesus, dedicado à adoração eucarística e à oração pelas missões e santificação do clero. Ela toma o nome de Maria de Jesus. Ele fundou dois mosteiros em Aix-en-Provence e La Servianne (Marselha). Aqui, o jardineiro do mosteiro a matou com uma pistola em 27 de fevereiro de 1884. Ela foi beatificada por João Paulo II em 22 de outubro de 1989, após o reconhecimento de um milagre atribuído à sua intercessão. O martírio in odium fidei não foi atestado. 
Martirológio Romano: Em Marselha, França, a Bem-aventurada Maria de Jesus Deluil Martiny, virgem, que fundou a Congregação das Filhas do Coração de Jesus e, mortalmente ferida por um homem violento, terminou com o derramamento de seu sangue uma vida intimamente unida à Paixão de Cristo.

Maria Caridade Brader Religiosa, Fundadora, Beata 1860-1943

Maria da Caridade do Espírito Santo. 
Franciscana suiça que exerceu o seu 
ministério no Equador e na Colômbia. 
Fundou a Congregação das
Franciscanas de Maria Imaculada. 
Beatificada em 2003.
Maria Caridade Brader é também conhecida como Maria Josafá Carolina Brader, Madre Caritas, Maria Caridade do Amor do Espírito Santo. Nasceu em 14 de agosto de 1860 em Kaltbrunn, Suíça como Maria Josafa Carolina Brader. Filha única de José Sebastião Brader e Maria Anna Carolina Zahner. Educada em uma família piedosa, ela era conhecida como uma menina muito inteligente e recebeu a melhor educação que os seus pais podiam dar. Seus pais tinham grandes planos para o seu futuro, mas em vez de continuar os estudos ela sentiu um forte chamado para a vida religiosa e entrou para o convento franciscano em Maria Jilf, Alstatten em 1º de Outubro de 1880, tomando o nome de Maria da Caridade do Amor de Espírito Santo, e fez seus votos definitivos em 22 de Agosto de 1882. Ela foi inicialmente designada como professora. Quando foi possível para as irmãs em clausura se tornarem missionárias, irmã Caritas, como era conhecida, foi voluntária com outras 5 irmãs para trabalhar em Clone, no Equador em 1888.

ORAÇÕES - 27 DE FEVEREIRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
27 – Quinta-feira – Santos: Leandro de Sevilha, Valdomiro, Besas
Evangelho (Mc 9,41-50) “Se alguém escandalizar um desses pequeninos que creem, melhor seria que fosse jogado no mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço.”
Marcos lembra um cuidado que, na comunidade ou na família, devemos ter com os que de algum são mais frágeis na fé. Não podemos ser mau exemplo para eles, nem desrespeitar suas ideias e seus costume tradicionais. Nossas palavras devem serde ajuda e esclarecimento, nunca para lhes levar dúvidas e inquietações.É pecado muito grave levar um irmão ao pecado, ao erro ou à dúvida.
Oração
Senhor Jesus, vós me obrigais a um exame de consciência.Preciso olhar para o passado, e ver se alguma vez fui ocasião de pecado para alguém.E para o futuro, tenho de ser mais cuidadoso com meus atos e palavras. Peço perdão por minhas falhas, mas também por nossos pecados como igreja. Ajudai-nos a ser luz mais clara para o mundo,demonstração mais firme do evangelho. Amém.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Deus nos dê sua bênção”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Chamando Deus de Pai
 
No Natal abrimos os presentes. No início do ano temos a sensação de começar uma vida nova. É um grande presente que é dado a todos. Que significa a passagem de ano? Só um movimento de ponteiros do relógio? Vivemos de símbolos que não são só fruto da imaginação, mas nascem da vida. Por isso podemos dizer: Feliz Ano Novo. Nova vida! Que tudo vá bem! A primeira certeza de um ano feliz é a consciência de termos Deus como Pai. Jesus nasceu para que recebêssemos a adoção filial. Paulo continua: “E porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: Abbá – Ó Pai” (Gl 4,5-6). Não só Pai, mas Papai, por ter nos amado ternamente. Do Deus Santo dos hebreus, isto é, o totalmente Outro, Jesus nos introduz em um novo relacionamento: Filiação Divina e amorosa, porque somos filhos adotivos por sermos irmãos de Jesus na raça humana e na adoção. Jesus foi circuncidado, isto é, entrou para o povo de Deus como membro; nascido de uma mulher que era hebréia, por isso é hebreu, povo da espera e da esperança; Nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sujeito à lei. Ele salva também seu povo. Ele é a bênção de Deus. Convém a nós levarmos a efeito os benefícios dessa bênção; Que ela faça brilhar sobre nos a sua face. Jesus manifesta o rosto do Pai: “Quem me vê, vê o Pai” (Jo 14,9). “Volte para ti o seu rosto e te dê a paz!”. Jesus é nossa paz (Ef 2,14). Realiza a reconciliação com Deus, conosco mesmos e com os outros. Estabelece um modo de ser durante este ano: sermos construtores da paz: “Bem aventurados os construtores da paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5,9). Podemos criar um ano novo. Ele não vai cair do Céu pronto. Nós o faremos, sendo para os outros uma face de Deus. 
Tempo de contemplação 
A leitura do evangelho nos dá também um caminho rico para o novo ano: contemplar as obras de Deus. Diz o evangelho: “Todos os que ouviram os pastores ficaram maravilhados com aquilo que contavam. Quanto a Maria, guardava todos esses fatos e meditava sobre eles em seu coração” (Lc 2,18-19). A curiosidade das coisas de Deus provoca em nós a contemplação. Esta não se refere a um sair de si e viver num mundo diferente. Não é ter atitudes estranhas. Maria contemplava a realidade que tinha diante de seus olhos, procurando nelas o sentido de Deus. É isso que Deus quer de nós em cada situação. Contemplar é ver o mundo como Deus o vê, isto é, como lugar de traduzir em caminho de salvação as realidades e acontecimentos. Deus os vê com olhos de amor. Por isso enviou seu Filho, nascido de uma mulher. Maria é a imagem completa do caminho que Deus nos dá. Ela é a escolhida que respondeu com totalidade ao amor de Deus ao enviar o Filho. 
Um projeto para um ano 
No início do ano desejamos Feliz Ano Novo. Quando ele será feliz? Quando eu o fizer. A Palavra de Deus nos dá uma indicação prática. Maria disse que sua alma se alegrava em seu Deus porque olhou para a humildade de sua serva. O que fez Maria? Abriu-se ao Espírito Santo. Diz o Arcanjo Gabriel: “O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com sua sombra; por isso, o Santo (Deus) que nascer de ti será chamado de Filho de Deus (Lc 1,35). Projetar bem o ano é deixar-se guiar pelo Espírito Santo. Por isso Maria diz: “Eis a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38). Ouvir as inspirações da Palavra de Deus e colocar em prática dará encanto ao Ano Novo. Feliz Ano Novo, sob a sombra do Espírito Santo, vivendo a Palavra.
ARTIGO PUBLICADO EM DEZEMBRO DE 2015

EVANGELHO DO DIA 26 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo São Marcos 9,38-40. 
Naquele tempo, João disse a Jesus: «Mestre, nós vimos um homem a expulsar os demónios em teu nome e procurámos impedir-lho, porque ele não anda connosco». Jesus respondeu: «Não o proibais; porque ninguém pode fazer um milagre em meu nome e depois dizer mal de Mim. Quem não é contra nós é por nós.» 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Concílio Vaticano II 
Constituição dogmática sobre a Igreja 
«Lumen gentium», § 16
Eles andam connosco? 
Finalmente, aqueles que ainda não receberam o Evangelho estão, de uma forma ou de outra, orientados para o Povo de Deus. Em primeiro lugar, aquele povo que recebeu a aliança e as promessas, e do qual nasceu Cristo segundo a carne (cf Rm 9,4-5), povo muito amado segundo a eleição «por causa dos seus pais, porque os dons e o chamamento de Deus são irrevogáveis» (Rm 11,28-29). Mas o desígnio da salvação estende-se também àqueles que reconhecem o Criador, entre os quais vêm em primeiro lugar os muçulmanos, que professam seguir a fé de Abraão e connosco adoram o Deus único e misericordioso, que há de julgar os homens no último dia. E o mesmo Senhor não está longe daqueles que buscam, na sombra e em imagens, o Deus que ainda desconhecem, já que é Ele quem a todos dá vida, respiração e tudo o mais (cf At 17,25-28); e, como Salvador, quer que todos os homens se salvem (cf 1Tim 2,4). Com efeito, aqueles que, ignorando sem culpa o Evangelho de Cristo e a sua Igreja, procuram, contudo, a Deus com coração sincero, e se esforçam, sob o influxo da graça, por cumprir a sua vontade, manifestada pelo ditame da consciência, também esses podem alcançar a salvação eterna. Nem a Divina Providência nega os auxílios necessários à salvação àqueles que, sem culpa, não chegaram ainda ao conhecimento explícito de Deus e se esforçam, não sem o auxílio da graça, por levar uma vida reta. Tudo o que de bom e verdadeiro neles há é considerado pela Igreja como preparação para receberem o Evangelho, dado por Aquele que ilumina todos os homens, para que possuam finalmente a vida.

São Faustiniano, bispo de Bolonha

Segundo a tradição, Faustiniano foi o segundo Bispo de Bolonha. Com suas pregações corajosas, fortaleceu e desenvolveu a Igreja, apesar das perseguições desencadeadas pelo imperador Diocleciano, no início do século IV. Exortou os cristãos a professar a sua fé, a custo de pagar com a vida. 
Bolonha, século IV 
Segundo Bispo de Bolonha. Com a sua pregação corajosa, ele fortaleceu e fez crescer a Igreja, não obstante as perseguições desencadeadas pelo imperador Diocleciano no início do século IV. Ele exorta os cristãos a professar sua fé, mesmo que isso signifique pagar pessoalmente.
Etimologia: Faustiniano = (como Fausto) propício, favorável, do latim 
Emblema: Palma 
Martirológio Romano: Em Bolonha, São Faustiniano, bispo, que fortaleceu e fez crescer a Igreja oprimida pela perseguição, com a palavra da pregação. 
São Faustiniano, de acordo com a lista mais antiga de bispos da arquidiocese de Bolonha, ou seja, a chamada "Lista do Reno" anterior ao século XIV, é colocado em segundo lugar; Esta informação também é apoiada por uma inscrição em caracteres góticos, antes de 1494, onde lemos que São Zama foi o primeiro bispo e São Faustiniano o segundo.

Santa Paula de São José de Calazans, Fundadora - 26 de fevereiro

     A vida de Santa Paula de S. José de Calazans, fecunda e profética, quase centenária, decorreu em um amplo contexto histórico (1799-1889), um período de crises do agitado século XIX espanhol, que se debatia entre os postulados do Antigo Regime e as novas correntes liberais, com repercussões sociopolíticas, culturais e religiosas muito peculiares.
     Paula Montal Fornés nasceu na vila de Arenys de Mar, perto de Barcelona, Espanha, em 11 de outubro de 1799, e no mesmo dia recebeu o batismo. Passou a infância e a juventude em sua cidade natal, trabalhando desde os 10 anos de idade, quando seu pai morreu. O seu lazer era a vida espiritual da sua paróquia, onde se destacou por sua devoção à Virgem Maria.
     Durante este período, Paula constatou, por sua própria experiência, que para as mulheres as possibilidades de acesso à instrução e à educação eram quase nenhuma. Um dia, quando estava em profunda oração, se sentiu iluminada por Deus para desenvolver este dever. Decidiu deixar sua cidade natal para fundar um colégio inteiramente dedicado à formação e educação feminina. Junto com mais três amigas de espiritualidade mariana, especialmente sua fidelíssima amiga Inês Busquets, Paula se transferiu para a cidade de Figueras (Gerona), uma cidade de fronteira com a França e bastião militar com o seu famoso castelo de armas, e iniciou sua obra.

São Nestor (Bispo de Magido, Mártir) 26 do fevereiro

Bispo de Magidos, na Pamfília. 
Foi condenado à morte e 
crucificado como o Mestre.
Pólio, governador de Panfilia e Frígia durante o reinado de Décio, a fim de cair nas graças do imperador, aplica cruelmente seu edito de perseguição aos cristãos. Nestor, bispo de Magido, gozava de grande estima entre os cristãos e os pagãos, e compreendeu que era necessário buscar lugares de refúgio para seus fiéis. Recusando-se se ocultar, o Bispo esperou tranqüilamente sua hora de martírio, e quando estava em oração, oficiais da justiça foram a seu encontro. Após um extenso interrogatório e ameaças de tortura, o Bispo foi enviado ao governador, em Perga. O governador tratou de convencer o santo -primeiro com elogios e depois com ameaças- de que renegasse a religião cristã, mas Nestor manteve-se firme no Senhor, sendo enviado ao potro, onde o carrasco desgarrava a pele das costas com o garfo. Diante da firme negativa do santo de adorar aos pagãos, o governador o condenou a morrer na cruz, onde o santo ainda teve forças para incentivar e exortar aos cristãos que o rodeavam. Sua morte foi um verdadeiro triunfo porque quando o Bispo expirou suas últimas palavras, tanto cristãos como pagãos se ajoelharam para rezar e louvar a Jesus.

ALEXANDRE DE ALEXANDRIA Bispo, Santo 250-328

Bispo que com o seu diácono Atanásio, 
denunciou os erros do arianismo que veio 
a ser condenado no Concílio de Niceia.
Entre os numerosos santos com este nome, o patriarca Alexandre, que nasceu no ano de 250, merece lugar de honra especial. Alexandre que nasceu em 250. Homem de profunda cultura, unida ao zelo e bondade, Alexandre foi eleito bispo em 312, para a importante sede da Igreja em Alexandria, no Egipto. Um dos primeiros cuidados, deste bispo de sessenta anos, foi o da formação e da escolha dos religiosos entre homens de comprovada virtude. Deu início à construção da igreja de são Theonas, a maior da cidade e foi um dos protagonistas da luta contra a heresia de Ário, chamada ariana. Ário, que tinha sido ordenado sacerdote pelo bispo Aquiles, parece ter sido o responsável pela indicação e divulgação do nome de Alexandre para a nova eleição. Foi considerado um homem arrojado para a época, pois usava todos os meios possíveis de comunicação para a divulgação de suas ideias. Até que começou a espalhar entre os fiéis e religiosos uma doutrina que não concebia a divindade de Cristo. Considerava apenas o Pai como Deus, enquanto que Cristo não era divino, mas apenas um ser humano, superior aos demais.

Porfírio de Gaza Bispo, Santo + 421

Nasceu em Tessalónica da Macedónia. 
Ermita em Scété e depois na Palestina. 
Bispo de Gaza.
São Porfírio, o vigoroso destruidor da idolatria, nasceu em Tessalónica, na Macedónia. Instruído nas ciências, tendo a idade de 25 anos, retirou-se para a solidão de Scete, onde passou cinco anos numa gruta, nas proximidades do Jordão. A insalubridade do lugar causou-lhe grande mal à saúde, e doente chegou a Jerusalém, onde teve a notícia da morte dos pais. Em sua companhia achava-se um jovem de nome Marco. A este incumbiu de receber a herança e distribuir o dinheiro entre os pobres, o que se fez. Porfírio, não tendo reservado nada para si, viveu sempre pobre. Na visita diária aos Santos Lugares teve uma vez um desmaio que se transformou em visão. Apareceu-lhe Nosso Senhor na Cruz e com ele o Bom Ladrão. Jesus Cristo deu a este um sinal de ajudar Porfírio a levantar-se do chão. O Bom Ladrão estendeu-lhe a mão e disse: “Agradece a teu Salvador tua cura”. No mesmo momento Jesus Cristo desceu da Cruz e entregou-lhe a mesma, com a recomendação de guardá-la bem. Quando o Santo voltou a si, notou que estava perfeitamente curado. O sentido das palavras de Cristo, porém ficou-lhe enigmático, até que o Bispo de Jerusalém o ordenou e o nomeou guarda do santo Lenho.

Paula Montal Fornés Religiosa, Fundadora, Santa 1799-1889

Religiosa espanhola. 
Fundadora da Congregação das Filhas de Maria. 
Canonizada em 2001.
Na vila de Arenys de Mar, perto de Barcelona, Espanha, nasceu Paula Montal Fornés em 11 de Outubro de 1799, que no mesmo dia recebeu o baptismo. Paula passou a infância e a juventude em sua cidade natal, trabalhando desde os 10 anos de idade, quando seu pai morreu. O seu lazer era a vida espiritual da sua paróquia, onde se destacou por sua devoção à Virgem Maria. Paula Montal, durante este período, constatou, por sua própria experiência, que as possibilidades de acesso à instrução e educação para as mulheres eram quase nenhuma. Um dia quando estava em profunda oração, se sentiu iluminada por Deus para desenvolver este dever. Decidiu deixar sua cidade natal para fundar um colégio inteiramente dedicado à formação e educação feminina. Paula Montal se transferiu para a cidade de Figueras, junto com mais três amigas de espiritualidade Mariana, e iniciou sua obra. Em 1829, ela abriu a primeira escola para meninas, com amplos programas educativos, que superavam o sistema pedagógico dos meninos. Era uma escola nova. Assim, Paula Montal com o seu apostolado totalmente voltado à formação feminina, se tornou a fundadora de uma família religiosa, inspirada no lema de São José de Calazans: "piedade e letras".

Piedade da Cruz Ortiz Real Religiosa, Fundadora, Beata (1842-1916)

Religiosa espanhola. 
Fundadora da Congregação das Terceiras de 
Nossa Senhora do Carmo, para catequizar os pobres. 
Beatificada em 2004.
Nasceu em Bocairente, Valência (Espanha), no dia 12 de Novembro de 1842, sendo baptizada no dia seguinte com o nome de Tomasa. Recebeu a Primeira Comunhão aos dez anos, sacramento que despertou nela o desejo de pertencer do Senhor e viver para Ele. Completou a sua formação humana e espiritual no Colégio de Loreto, pedindo sucessivamente para ingressar no noviciado desse Instituto, mas seu pai, considerando a situação política da época e a pouca idade da menina, obrigou-a a voltar para a casa. Esta etapa da sua vida em Bocairente foi caracterizada por três aspectos: o espírito de piedade e de oração, a sua dedicação a fazer o bem às crianças pobres, aos idosos e aos doentes e o empenho em dar uma resposta àquilo que sentira no seu íntimo no dia da Primeira Comunhão. Tomasa, então, pensou que podia realizar o sonho da sua vida: consagrar-se ao Senhor num convento de Carmelitas de clausura em Valência. Contudo, uma enfermidade obrigou-a a abandonar o noviciado e a voltar para a a casa paterna. Uma vez restabelecida, tentou novamente entrar num convento de clausura e, mais uma vez, aconteceu o mesmo facto.

ORAÇÕES - 26 DE FEVEREIRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
26 – Quarta-feira – Santos: Deodoro, Porfírio, Nestor
Evangelho (Mc 9,38-40) “João disse: ─ Mestre, vimos um homem que expulsa demônios em teu nome. Mas nós lhe proibimos, porque ele não nos segue."
Diz a tradição que, muitos anos depois, já muito velho, João era totalmente outro: cheio de compreensão, tolerância e amor para com todos. O ponto central de sua pregação era sempre a caridade. Não sei quanto tempo o apóstolo levou até chegar a esse ponto. O que sei é que para mim ainda falta bastante caminho a percorrer, para pelo menos não querer ser dono de Deus e de Cristo.
Oração
Senhor, iluminai meu coração para que eu saiba ver tanto bem que é feito por muitos que, como dizia João, “não nos seguem”. Eu vos bendigo pelo bem que fazem, ajudados por vossa graça, mesmo sem vos conhecer. Ajudai-os a continuar no caminho certo, levai-os para a felicidade por esses caminhos que só vós conheceis. Bendito sejais por todo bem e amor que há no mundo. Amém.