sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Alegrias da Salvação”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Dimensão pascal do Natal
 
O terceiro domingo do Advento, como o quarto domingo da Quaresma, são domingos da alegria. São as primeiras luzes que anunciam a festividade que se aproxima como rezamos: “Dai-nos chegar às alegrias da Salvação e celebrá-las com intenso júbilo na solene liturgia” (Oração). A alegria é o primeiro sinal da grande experiência de Deus que fazemos na celebração. O convite à alegria tem sua razão: “O Senhor revogou a sentença que tinha contra nós e está no meio de nós” (Sf 3,15.17). O Mistério Pascal de Cristo penetra todos os momentos da salvação desde a Encarnação até a Glorificação. Está presente em tudo o que fazemos de bom em todas as celebrações. Havia uma saudação antiga na Espanha que dizia: “Felizes Páscoas de Natal”. Natal e Páscoa se unem pelo fio dourado da alegria: A alegria dos pastores diante do Recém Nascido é a mesma dos discípulos diante do Ressuscitado. Ali está o Salvador que nos dá a Salvação, isto é, a libertação de todo mal e a comunhão com a Vida Divina. Rezamos no cântico de Isaías: “Bebereis com alegria no manancial da salvação” (Is 12,3). Se não nos voltarmos para o sentido de salvação de cada celebração, perdemos sua finalidade. A celebração não é uma lembrança de um acontecimento que foi muito importante. É uma presença, de modo sacramental, isto é, através de símbolos que explicam e realizam o que explicam. Por isso, a alegria da Vinda do Senhor é justificada pela fé e pelo sacramento. Não há diferença de conteúdo da celebração e do fato acontecido. Só que, na celebração, pela fé, participamos do mistério como salvação. Só ver, não dava a salvação. Pela fé entramos em comunhão com o Mistério celebrado. Por isso podemos nos alegrar e festejar. 
Renovação como projeto 
O aparecimento de João Batista suscitou a esperança da chegada do Messias. Lucas constata: “O povo estava na expectativa e todos se perguntavam se João não seria o Messias” (Lc 3,15). Já temos o Messias, mas as Palavras de João são um caminho para a constante renovação. Assim podemos nos preparar para bem celebrar o Mistério do Natal. Com o coração sincero perguntam: “Que devemos fazer?”. O que João responde refere-se aos problemas que se viviam no momento: exagero das riquezas, a corrupção, abuso do poder e a violência. Para tanto sugere a partilha dos bens, a exatidão nos negócios e o respeito ao povo. São as tentações permanentes do povo. João dá testemunho de saber que sua missão era preparar a vinda do Senhor. Celebrando a festa do Natal, recebemos a missão de anunciar a salvação que recebemos em Jesus. Ele é nossa alegria e nossa paz.
Preparação para as festas 
A preparação para o Natal do Senhor é um processo de redenção orientado por João Batista e levado a efeito pelos múltiplos exercícios recomendados pela Palavra de Deus: Alegria, mudança de atitudes, acolhimento da obra da redenção tão fortemente apresentada pelo profeta Sofonias: “O Senhor está perto de ti, o valente guerreiro que te salva” (Sf 3,17). Nós não podemos deixar de lado o Mistério da Encarnação. Deus veio morar entre nós. E o Verbo Eterno, Filho de Deus, assumiu a natureza humana e se fez um como nós para que pudéssemos participar da Vida Divina. Precisamos meditar e ver as consequências desse gesto de Deus para conosco. Por isso a liturgia desse terceiro domingo nos fala da alegria. A sociedade quer acabar com o Natal porque não tem capacidade de viver a simplicidade de Deus que nasce numa estrebaria e tem por berço um cocho.
Leituras: Sofonias 3,14-18ª; 
Cântico de Isaias 12, 2-6;
Filipenses 4,4-7; Lucas 3,10-18 
1. O terceiro domingo chama-se domingo da alegria pela proximidade do Natal. Anuncia a salvação. Natal se une à Páscoa pela Alegria Divina. O Mistério Pascal atravessa todos os acontecimentos da vida de Jesus que celebramos. Cada celebração é um momento de felicidade. A celebração é uma presença, na fé, do acontecimento. Podemos festejar. 
2. O povo estava na expectativa. As palavras de João são um caminho para constante renovação. Perguntam: que devemos fazer? João responde às três categorias de pessoas: partilha dos bens, exatidão nos negócios e respeito ao povo. João sabe que veio para preparar o caminho. 
3. Preparamos o Natal acolhendo a redenção através dos múltiplos exercícios recomendados pela Palavra de Deus: Alegria, mudança de atitudes, acolhimento da obra da redenção. É tempo de meditar o Mistério da Encarnação. A sociedade quer acabar de vez com o Natal. Um Deus nascendo como homem numa estrebaria, colocado num cocho, deve nos levar a adorar com alegria. 
O homem que falava grosso 
Dizemos que o melhor da festa é a preparação. Por isso a liturgia de hoje nos convida a nos alegrar porque o Senhor está para chegar. É um domingo chamado da alegria. É como os primeiros raios da aurora que anunciam o dia. Nesse contexto estamos diante da maravilhosa personalidade de João Batista, primo de Jesus. Já havia tempo que não apareciam profetas. João então impressiona o povo por ser um grande profeta e por trazer uma pregação que corresponde às profecias: “O Senhor está no meio de ti, valoroso guerreiro que te salva” (Sf 3,17). João tinha uma pregação forte e sua sinceridade atraia a todos: Ele dá respostas ao vários setores da sociedade: o povo, os homens do poder econômico, o poder militar. Ele se dirige ao povo e aos que têm o relacionamento direto com o povo. Seus conselhos são o cuidado com as pessoas: saber partilhar, não explorar nem roubar o povo e respeitá-lo não o maltratando e tomando dinheiro pela extorsão . João tem a humildade de saber qual é a sua missão e não faz do sucesso uma glória para si, mas endereça ao Messias que ele anuncia. Jesus o apreciava muito e Ele próprio irá receber esse batismo preparando-se para sua missão. 
Homilia do 3º Domingo do Advento (13.12.2015).

EVANGELHO DO DIA 21 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo São Marcos 8,34-38.9,1. 
Naquele tempo, Jesus chamou a multidão com os seus discípulos e disse-lhes: «Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me. Na verdade, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; mas quem perder a vida por causa de Mim e do Evangelho salvá-la-á. Na verdade, que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua vida? Que daria o homem em troca da sua vida? Portanto, se alguém se envergonhar de Mim e das minhas palavras no meio desta geração infiel e pecadora, também o Filho do homem Se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, com os santos anjos». Jesus declarou-lhes ainda: «Em verdade vos digo: alguns dos que estão aqui presentes não morrerão sem terem visto chegar o Reino de Deus com o seu poder».
Tradução litúrgica da Bíblia 
Isaac o Sírio(século VII) 
Monge perto de Mossul 
Discursos Ascéticos, 1.ª série, n.º 4 
«Quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; 
mas quem perder a vida por causa de Mim 
e do Evangelho salvá-la-á» 
O caminho de Deus é uma cruz quotidiana. Nunca ninguém chegou ao Céu por uma via cómoda; bem sabemos aonde nos leva essa via do conforto. Deus não priva de inquietações quem se consagra a Ele de todo o coração, mas concede-lhe a inquietação da verdade. É aliás nisso que se percebe que Deus guarda esse homem: no facto de o conduzir através de aflições. A Providência não deixa cair na mão dos demónios aqueles que passam provações na vida; sobretudo se beijam os pés dos seus irmãos, se ocultam as suas faltas (cf 1Pd 4,8) e as escondem como se fossem as suas próprias faltas. Quem deseja estar no mundo sem inquietação, quem tem esse desejo e, ao mesmo tempo, procura trilhar o caminho da virtude, esse saiu do caminho. É que os justos lutam com todo o empenho por fazer boas obras, mas lutam também contra si próprios nas tentações; é assim que se comprova a sua paciência.

21 de fevereiro - São Robert Southwell

Robert Southwell nasceu no final de 1561, em Horsham, muito perto de Norwich, na Inglaterra. Era uma época de perseguição aos católicos, no entanto os Southwell mantêm, em seu castelo, um padre católico, pelo menos nos primeiros anos de Robert. Não sabemos o porquê, talvez, porque sua mãe fosse católica. A infância de Roberto é muito calma. Ele é o mais novo de uma família de oito filhos, cinco mulheres e três homens. Em tudo é semelhante aos outros filhos nobres da região. Em 1571 sua mãe Bridget passou muito tempo na casa de seu irmão Thomas Copley. Robert tem dez anos e vai com ela. Na costa sul da Inglaterra, o catolicismo é forte e a fé é praticada em muitas casas. Os padres chegam, celebram as missas, instruem e confessam. Pouco a pouco, Roberto começa a praticar a fé de sua mãe. Já se fala dos sacerdotes que estão sendo formados no continente, no Seminário fundado em Flandres por Sir William Allen, que foi exilado pela fé. Bridget, quando ele retorna a Horsham, deixa Roberto na casa da tia. Lá ele pode garantir a fé que você encontrou. Logo depois, Thomas Copley e sua família decidiram se exilar. Por fé é mais seguro viver no continente. Roberto se muda para morar com seu primo John Cotton localizado em uma enseada ao largo da costa de Warblington. A família Cotton é muito católica. O filho mais velho, Ricardo, é aluno de um colégio jesuíta na Bégica. Em 1576, Robert e seu primo John atravessam o Canal e passam para a França. De Paris, o agente leva-os a Flandres e entrega-os em segurança a Sir William Allen. Na Escola de Inglês existem cento e vinte meninos de diferentes idades, entre 15 e 25 anos de idade. Todos eles vêm da Inglaterra e têm bons estudos.

Santo Eustáquio de Antioquia Bispo Festa: 21 de fevereiro

Bispo de Bereia e depois de Antioquia. 
Um dos heróis do combate contra o arianismo. 
Morreu no exílio.(†)Trajanopolis, Trácia, c. 338 
Santo Eustáquio, bispo de Antioquia na época do imperador ariano Constâncio, por sua postura em defesa da fé católica, foi exilado em Traianópolis, na Trácia, onde morreu por volta de 338. 
Etimologia: Eustathius = quem está bem, do latim Eustathius, tirado do grego Eystàtios 
Martirológio Romano: Comemoração de Santo Eustáquio, bispo de Antioquia, que, ilustre por sua doutrina, sob o imperador ariano Constâncio foi enviado ao exílio em Tuzla, na Trácia, por ter defendido a fé católica e aqui descansou no Senhor. 
Natural de Sida na Panfília, Eustáquio era um homem eloqüente, erudito e virtuoso, de acordo com o que nos foi transmitido. Nomeado bispo da cidade síria de Beréia, ele mereceu por volta de 324 ser elevado à sé de Antioquia, que então ainda ocupava o terceiro lugar mais importante na hierarquia da Igreja universal, depois de Roma e Alexandria. No ano seguinte, ele foi recebido com todas as honras no Concílio de Nicéia, onde se destacou por sua total oposição ao arianismo. Como chefe da Igreja de Antioquia, ele também tinha jurisdição sobre as dioceses vizinhas, nas quais instalou bispos dignos de instruir e guiar seus rebanhos.

Santa Irene, Virgem

Jovem espanhola, irmã do Papa São Dâmaso. 
Virgem consagrada em Roma. 
Santa Irene era irmã do Papa São Dâmaso (vide abaixo). Quando Irene morreu em Roma aos 20 anos, e foi sepultada no cemitério de Calisto, na Via Ápia, o irmão dedicou-lhe o seguinte epitáfio, que julgamos poder traduzir do latim desta maneira: “Descansam agora neste túmulo os restos de quem se consagrou a Deus. Esta é irmã de Dâmaso: se perguntas o seu nome, chamava-se Irene. Estando em vida consagrou-se a Cristo, para que até o exterior patenteasse o mérito da virgindade. Não chegou a completar 20 invernos, mas à idade adiantaram-se insignes costumes, e a piedade veneranda da jovem antecipou-se ao propósito do espírito. Deu magníficos frutos nos mais belos anos. A ti me refiro, irmã, agora certificada de quanto te amei. Ao saíres do corpo, deixaste-me um rico penhor, tu que, ao conseguires a melhor parte, a pátria do céu, longe te temeres a morte, livremente entraste nos céus. Eu, porém, senti dor, ao ver partir tal companhia da vida. Mas agora, ao vir Deus ao teu encontro, lembra-te de nós, tu virgem, a fim de a recordação de ti me trazer luz mediante o Senhor”. 
Fonte: Santos de cada dia, Pe. José Leite, S.J., 3ª. Ed. Editorial A. O. Braga 

Pedro Damião Prebítero, Doutor da Igreja, Santo 1007-1072

Bispo, Cardeal e Doutor da Igreja. 
Grande devoto da Virgem Maria.
Pedro nasceu em Ravena, em 1007. Teve uma infância muito sofrida, ficou órfão muito cedo e foi criado de forma improvisada pelos irmãos que eram em grande número. Mesmo assim, o irmão mais velho, Damião, acabou por se responsabilizar sozinho por seus estudos. Estudou em Ravena, Faenza e Pádua e depois de ter ensinado em Parma, ingressou no mosteiro camaldulense de Fonte Avelana, na Úmbria, que se tornou o centro de suas atividades reformadoras. Pe-dro, em retribuição à seu irmão Damião, assumiu também o seu nome ao se ordenar sacerdote. Pedro Damião, aos vinte e um anos, então na Ordem Camaldulense, por seus méritos logo tornou o supe-rior diretor. As regras da Ordem já eram duras, mas ele as tornou mais rígidas ainda. Passou a criticar severamente conventos onde não havia pobreza e sua influência se estendeu por mosteiros da Itália e da França, entre eles Montecassino e Cluny, que passaram a seguir seus conceitos. Com seu reformismo, trabalhou incansavelmente para devolver à vida religiosa seu sentido de consagração total a Deus, na austeridade da solidão e da penitência. Pedro Damião era um sacerdote contemplativo, de vida simples, adepto à vida monástica e desse modo singular atacava o luxo dos cardeais. Citava os apóstolos Pedro e Paulo como exemplos, pois percorreram o mundo para evangelizar, sendo magros e andando descalços, ou seja, para levar a Palavra de Deus, era necessário sobretudo se despojar dos apegos materiais.

21 de fevereiro - Beato Natal Pinot

Sacerdote francês que exerceu 
o seu apostolado em Angers. 
Ali foi guilhotinado durante a 
terrível Revolução francesa. 
Antes que lhe cortassem a cabeça,
disse ainda: “Introibo ad altare Dei”.
Beato Natal Pinot, presbítero francês que durante a revolução francesa, foi preso enquanto se preparava para celebrar a Santa Missa. Em meio às zombarias, foi revestido com suas vestes litúrgicas e assim conduzido ao patíbulo, como ao altar do sacrifício. O último de 16 filhos, que nasceu na casa de um casal piedoso em Angers (oeste da França) em 19 de dezembro de 1747, na véspera do Natal, recebeu no batismo um nome que deveria se lembrar do Natal: "Noël" (Em latim seria "Natalis" e em "Natale" italiano). Esta criança trouxe não só alegria de Natal para a sua família numerosa, mas também para a Igreja a honra de um novo mártir da Santíssima Eucaristia. Com os Oratorianos em Angers, o menino recebeu uma boa educação; em dezembro de 1770, a ordenação sacerdotal tornou-o um devoto e gentil sacerdote da diocese que desenvolveu um trabalho precioso em sua paróquia. Nos primeiros 10 anos trabalhou como capelão em Bousse (Sarthe) e em Corze. Em junho de 1781, ele retornou à cidade do bispo de Angers para terminar seus estudos de teologia, que culminaram com um grau acadêmico. Durante este tempo, Natal foi um capelão no Hospital dos incuráveis de Angers. Em 6 de fevereiro de 1788, recebeu o título de "Magister Artium". Pouco depois foi nomeado pároco de Saint-Aubin em Lauroux-Béconnais, uma paróquia relativamente grande, que tinha 3.000 fiéis. Ali ele trabalhou como um bom pastor, mas apenas por dois anos, pois ele logo entrou na tempestade da Revolução Francesa que começou.

21 de fevereiro - Beata Maria Enriqueta Dominici(Ana Catarina)

Religiosa e depois superiora das 
Irmãs de Santa Ana e da Providência. 
Beatificada em 1978.
Toda a Igreja está em festa hoje, porque pode apresentar à veneração e imitação de seus filhos e filhas uma nova Beata: Maria Enriqueta Dominici das Irmãs de Santa Ana e da Providência. À primeira vista, a vida terrena da Beata Maria Enriqueta parece a vida normal de uma freira que viveu na segunda metade do século XIX, e, portanto, vinculada e condicionada por uma mentalidade que atualmente pareceria superada. Mas logo que nos adentramos no aprofundamento e contemplação da sua alma, descobrimos uma riqueza, fertilidade e modernidade que nos fascinam e nos atraem. Neste levantamento nos ajudam tanto os testemunhos de pessoas que conheceram e viveram por anos ao seu lado, como a Autobiografia e Diário, escrito por ordem do diretor espiritual, e suas muitas cartas que estão preservadas. Maria Enriqueta Dominici foi principalmente uma mulher, uma freira que tinha experimentado de maneira forte a sensação de fragilidade essencial do ser humano e do senso de grandeza absoluta e transcendência de Deus. É a mensagem fundamental que já no Antigo Testamento, encontrada no Livro do Profeta Isaías uma de suas maiores expressões teológicas e poéticas: "Toda a carne é erva e sua beleza como flor campestre... A erva seca, e caem as flores, mas a palavra de nosso Deus permanece para sempre ... o Senhor é o Deus eterno e criou os confins da terra" (Is 40, 6. 8. 28; cf. 1 Pd 1, 24) 
Mostra a grandeza de Deus, e ao contrário, a pobreza essencial do homem.

ORAÇÕES - 21 DE FEVEREIRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
21 – Sexta-feira – Santos: Pedro Damião, Sérvulo, Fortunato
Evangelho (Mc 8,34-9,1)Pois, quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; mas quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho vai salvá-la.”
Entendo que perder a vida por causa de Jesus e do Evangelho significa também não colocar minharealização e felicidade completa nos bens de agora, ainda que sejam dons de Deus. Se quero ganhar a vida, chegar a ser o que Deus quer de mim, preciso abrir-me à proposta de Cristo, assumir os valores evangélicos, e rejeitar todas as ilusões. Não posso perder a vida plena que me é oferecida.
Oração
Senhor Jesus, aceito a oferta e o desafio que me fazeis. Movido pelo dom da fé, entrego-me a vós e quero seguir-vos em tudo. Creio que me podeis fazer feliz e dar-me uma vida que dura para sempre. Agradeço todos os bens desta terra, dons de vosso amor para me agradar. Mas não quero esquecer que a felicidade plena está em participar de vossa vida já agora. Guardai-me das ilusões. Amém.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Maria, a Imaculada”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Redenção de todos
 
Na preparação para a vinda do Senhor no Natal celebramos a Imaculada Conceição de Maria. Celebramos uma verdade da fé: Desde o primeiro instante, a Virgem Maria foi preservada de todo o mal porque seria a Mãe do Salvador: Rezamos: “Ó Deus, que preparastes uma digna habitação para vosso Filho, pela imaculada conceição da Virgem Maria, preservando-a de todo o pecado, em previsão dos méritos de Cristo” (Oração). A data de 8 de dezembro já é muito antiga. Já desde os séculos X e XI temos a celebração da festa. Por que somente em 8 de dezembro de 1854 foi proclamado dogma? Havia discussão sobre essa doutrina. O Papa Pio IX quis definir, isto é, dizer com segurança que Maria, desde o primeiro instante de sua existência, foi preservada do pecado original e de todo pecado. Essa doutrina coloca Maria como modelo do que a Redenção realizará em nós. Ela é o primeiro fruto bendito da Redenção. O pecado, provocado pela tentação de que foram vítimas Eva e Adão atinge toda a humanidade, não atingiu Maria por um dom especial de Deus. Ela foi preservada em vista dos méritos de Cristo. Quer dizer que a Redenção atingindo todos os tempos aconteceu em primeiro lugar em Maria. Deus não falhou no seu desígnio de salvação, pois nela, temos a certeza que todos podemos ser redimidos. Celebramos nesse dia não tanto um dom que Maria recebeu, mas a Graça generosa de Deus que nos salva. Maria está no coração da Redenção. Mostra que a Redenção está em seu pleno vigor e se estende a todos os tempos e a todas as pessoas. 
A cheia da Graça 
O Anjo diz que ela é repleta de toda a graça de Deus. Por Maria não estar sujeita ao mal, pode ser a Mãe do Filho de Deus. Mãe em todos os sentidos. Ela não gera Deus, mas Aquele que ela gera é o Filho de Deus. Tudo isso por obra do Espírito Santo, que é presença de Deus do qual ela concebe. “O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. O Filho que nascerá de Ti será chamado Santo, Filho de Deus” (Lc 1,31-32). Por isso, Imaculada, Virgem, é Mãe de Deus, pois seu Filho é Deus. A narrativa do pecado de Adão e Eva não quer mostrar como aconteceu, mas que o mal entrou no mundo por opção do homem e da mulher. Mas a graça de Deus vence no mundo por Jesus e por Maria que representa toda a humanidade que opta por Deus e pela graça. Deus fez prodígios. Maria reconhece: “Grandes coisas fez em mim o todo poderoso” (Lc 1,49). Não foi mérito seu ter recebido esse dom, mas ter colaborado com a Graça dizendo: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38). 
Ser santos e irrepreensíveis 
Celebrar Maria Imaculada é celebrar também nossa vitória sobre o mal com a graça de Deus. É também um compromisso nosso para com Deus de por nosso esforço para acolher o dom de Deus, como Maria acolheu e Nele perseverou. O dom da graça, para o mal é um veneno. O diálogo com o mal levou Eva à desgraça. O diálogo com Deus nos dá a graça e nos introduz no Paraíso fechado pelo pecado dos primeiros pais. Nele temos o fruto bendito da Virgem Maria Imaculada, Jesus Cristo. Podemos tomar do fruto da árvore da Vida que é Jesus Cristo na Eucaristia. Rezamos na oração de ação de graças: “Que a comunhão na vossa Eucaristia, cure em nós as feridas do pecado original do qual Maria foi preservada de modo admirável ao ser concebida sem pecado”. Comungando somos curados. A certeza de nossa devoção a Maria é a busca de vencer todo o mal com sua poderosa intercessão.
ARTIGO PUBLICADO EM DEZEMBRO DE 2015

EVANGELHO DO DIA 20 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo São Marcos 8,27-33. 
Naquele tempo, Jesus partiu com os seus discípulos para as povoações de Cesareia de Filipe. No caminho, fez-lhes esta pergunta: «Quem dizem os homens que Eu sou?». Eles responderam: «Uns dizem João Batista; outros, Elias; e outros, um dos profetas». Jesus então perguntou-lhes: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Pedro tomou a palavra e respondeu: «Tu és o Messias». Ordenou-lhes então severamente que não falassem dele a ninguém. Depois, começou a ensinar-lhes que o Filho do homem tinha de sofrer muito, de ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos escribas; de ser morto e ressuscitar três dias depois. E Jesus dizia-lhes claramente estas coisas. Então, Pedro tomou-O à parte e começou a contestá-lo. Mas Jesus, voltando-Se e olhando para os discípulos, repreendeu Pedro, dizendo: «Vai-te, Satanás, porque não compreendes as coisas de Deus, mas só as dos homens». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João Crisóstomo(345-407) 
Presbítero de Antioquia, 
bispo de Constantinopla, 
doutor da Igreja 
Homilias sobre o Evangelho de São Mateus, n.° 54 
«Não compreendes as coisas de Deus, 
mas só as dos homens» 
Pedro considera os sofrimentos e a morte de Cristo de um ponto de vista puramente natural e humano, e esta morte parece-lhe indigna de Deus, vergonhosa para a sua glória. Cristo repreende-o e parece dizer-lhe: «Não, o sofrimento e a morte não são indignos de Mim. As ideias mundanas baralham e confundem a tua capacidade de ajuizar. Afasta essas ideias humanas; ouve as minhas palavras como expressão dos desígnios de meu Pai e compreenderás que esta morte é a única que convém à minha glória. Julgas que é uma vergonha para Mim sofrer? Pois quero que saibas que é vontade do diabo que Eu não cumpra assim o plano da salvação». Que ninguém se envergonhe dos sinais da nossa salvação, que são tão dignos de veneração e de adoração: a cruz de Cristo é a fonte de todos os bens, é através dela que vivemos, que somos regenerados e salvos. Carreguemos a cruz como uma coroa de glória. Ela põe a sua marca em tudo o que nos conduz à salvação: quando somos regenerados pelas águas do batismo, a cruz lá está; quando nos aproximamos do altar para receber o corpo e o sangue do Salvador, lá está; quando impomos as mãos sobre os eleitos do Senhor, lá está. O que quer que façamos, ela aparece, como sinal de vitória para nós. É por isso que a pomos em nossas casas, nas nossas paredes, nas nossas portas; que fazemos esse sinal na testa e no peito; que a trazemos no coração: porque ela é o símbolo da nossa redenção e da nossa libertação, e da misericórdia infinita de Nosso Senhor.

São Zenóbio Sacerdote e mártir - Festa: 20 de fevereiro

Zenóbio, sacerdote da Igreja de Sidon, é comemorado no 'Martirológio Romano' em 20 de fevereiro em uma única celebração junto com os bispos e mártires Tiranião, Silvano, Peleu e Nilo, todos da Fenícia. Eles sofreram o martírio durante a perseguição de Diocleciano, mas em diferentes épocas e lugares: Silvano, bispo, foi alimentado com animais selvagens em Emesa, Tiranião, bispo de Tiro, foi jogado no rio Orontes em Antioquia e transportado para o mar, e Zenóbio, um padre e médico famoso, morreu enquanto seus quadris foram despojados de sua carne. 
Etimologia: Zenóbio = poder de Júpiter, do grego 
Emblema: Palma 
Martirológio Romano: Comemoração dos cinco bem-aventurados mártires que, sob o imperador Diocleciano, foram mortos em Tiro, na Fenícia, hoje no Líbano: primeiro dilacerados por todo o corpo com açoites, depois despidos e colocados na arena e expostos a animais de vários tipos, eles mostraram em seus corpos juvenis uma constância firme e imóvel; um deles em particular, nem mesmo vinte anos, não constrangido por correntes, abriu os braços em forma de cruz, dirigiu orações a Deus; todos, a princípio intocados pelas feras, embora instigados, foram finalmente perfurados pela espada.

São Francisco Marto vidente de Fátima, +1919

São Francisco Marto, vidente de Fátima Francisco, nascido numa povoação chamada Aljustrel, pertencente à paróquia de Fátima, em Portugal, no dia 11 de Junho de 1908, era filho de Manuel Pedro Marto e de Olímpia de Jesus Marto, modestos agricultores e bons cristãos; no dia 20 do mesmo mês, recebido o baptismo, tornou-se membro do povo da nova aliança. De carácter dócil e condescendente, recebeu com fruto a boa educação que os pais lhe deram. Em casa, começou a conhecer e a amar a Deus, a rezar, a participar nas sagradas funções paroquiais, a ajudar o próximo necessitado, a ser sincero, justo, obediente e diligente. Viveu em paz com todos, quer adultos quer da mesma idade. Não se irritava quando o contrariavam e nos jogos não encontrava dificuldades em se adequar à vontade dos outros. Era sensível à beleza da natureza, que contemplava com sensibilidade e admiração; deleitava-se com a solidão dos montes e ficava extasiado perante o nascer e pôr do sol. Chamava ao sol «candeia de Nosso Senhor» e enchia-se de alegria ao aparecerem as estrelas que designava «candeias dos Anjos».

20 de fevereiro - Beata Júlia Rodzinska

No dia 13 de junho de 1999, João Paulo II beatificou em Varsóvia, durante sua sétima viagem apostólica a Polônia, 108 mártires vítimas da perseguição contra a Igreja polonesa durante a ocupação alemã nazista de 1939 a 1945. O ódio racial forjado pelo nazismo provocou mais de cinco milhões de vítimas entre a população civil polonesa, muitos deles eram religiosos, sacerdotes, bispos e leigos católicos. Compilando informações e testemunhos foi possível abrir vários processos de beatificação. O primeiro foi aberto pelo bispo de Wloclawek, onde um grande número de vítimas padeceu o martírio. A este processo confluíram outros e o número de Servos de Deus, que inicialmente era de 92, paulatinamente chegou a 108. Dentre estes nomes se destaca no dia de hoje o da religiosa professa dominicana Maria Júlia Rodzinska, que nasceu em 16 de março de 1899 em Nawojowa, Malopolskie, Polônia e que na pia batismal recebeu o nome de Estanislava Maria José. Ela cresceu em um ambiente familiar muito religioso, seus pais eram ativos na paróquia, colaborando nas missas e no coral. Com oito anos de idade perde sua mãe e seu pai morre quando ela completa dez anos. Ficando órfã, ela e sua irmã foram acolhidas pelas irmãs dominicanas. Iingressou na Ordem Dominicana no ano de 1916 e realizou sua profissão solene em 5 de agosto de 1924. Durante vinte e dois anos desempenhou o papel de educadora, sendo muito próxima de seus alunos, seja como babá do orfanato ou como professora de música, bordado e outras disciplinas. Ficando então conhecida como a “mãe dos órfãos”, além disto, era também chamada “a apóstola do Rosário”.

20 de fevereiro - São Leão de Catânia

 São Leão viveu entre os anos 720 e 789. Era natural da região de Ravena, na Itália. Seus pais buscavam lhe dar uma educação enciclopédica, em que fosse possível conciliar vários conhecimentos. Acreditavam que tanto a criança quanto sua educação só eram frutuosas se estivessem baseadas no que a Palavra de Deus dizia: “Criem vossos filhos, educando-os e aconselhando-os segundo os preceitos de Nosso Senhor Jesus Cristo”. Assim Leão foi educado. Estudou ciências com esmero e dedicação e nelas sempre se destacava. Sua formação cristã o ajudou a conservar sua humildade, protegendo-o da vaidade e do orgulho. Tinha forte desejo de servir a Deus e a Igreja, decidindo-se, por isso ser ordenado sacerdote.Serviu a Igreja nos três graus do sacerdócio, e em cada etapa cumpriu perfeitamente suas obrigações religiosas. Suas preciosas virtudes o elevaram ao grau do episcopado, tornando-se bispo de Catânia. Em seu apostolado como bispo, trabalhou incansavelmente, ensinando e preocupando-se não só com as almas, mas acolhendo e alimentando os órfãos.Deus lhe deu a graças de operar milagres. Deixou serenamente este mundo e seu santo corpo foi sepultado na Igreja de Santa Lúcia que foi ele havia edificado.

COISAS DE SANTOS: 20 de fevereiro - São Leão de Catânia


São Serapião Mártir Festa: 20 de fevereiro

Martirizado em Alexandria. 
Deslocaram-lhe os membros e 
depois foi atirado duma janela.
Alexandria, Egito, século III. 
Nascido no século III d.C., Serapião era um cristão de Alexandria, no Egito, que, durante a perseguição de Décio, foi submetido a torturas cruéis. De acordo com o Martirológio Romano, Serapião foi primeiro submetido a tortura que quebrou todas as articulações de seus membros. Então, ele foi jogado dos andares superiores de sua casa. 
Martirológio Romano: Em Alexandria, Egito, comemoração de São Serapião, mártir, que, sob o imperador Décio, foi submetido a torturas tão cruéis, que primeiro todas as articulações de seus membros foram quebradas e depois ele foi jogado dos andares superiores de sua casa. 
Em 20 de fevereiro, a Igreja celebra a memória de São Serapião, mártir alexandrino que sofreu o martírio sob o imperador Décio, no século III. Serapião era um jovem cristão que morava em Alexandria, Egito. Durante a perseguição de Décio, ele foi preso e levado perante o juiz. O juiz insistiu com ele para abjurar a fé cristã, mas Serapião recusou firmemente. O juiz então o submeteu a torturas cruéis. Todas as juntas de seus membros foram quebradas e então ele foi jogado dos andares superiores de sua casa. Serapião morreu pouco depois, nunca negando sua fé. 
ORAÇÃO Ó São Serapião, mártir da fé, que deste testemunho de Cristo com coragem e firmeza, interceda por nós junto do Senhor. Ajudai-nos a viver a nossa fé com alegria e determinação, mesmo nas dificuldades. Obtende-nos do Senhor a força para nunca negar a nossa fé, mas para a testemunhar sempre com coragem e amor. Amém. 
Autor: Franco Dieghi

Santo Eleutério de Tournai

Bispo de Constantinopla. 
Martirizado pelos adversários
 que combatia heroicamente.
Eleutério – cujo nome significa Libertador – nasceu no ano de 456 na cidade de Tournai, França. São Gregório de Tours, que foi um dos primeiros historiadores da Igreja da França, narrou que na infância enquanto Eleutério brincava com os amiguinhos, um deles lhe disse que iria chegar a ser um bispo. Não foi um aviso profético. Certamente foi um gracejo maldoso, pois na sua época, as responsabilidades desta função geralmente incluíam ameaças de morte. Ele viveu num período conturbado da história da França, que ainda estava sendo evangelizada, e sentia o domínio dos povos do norte europeu. Foi alvo de sucessivas invasões, ora dos visigodos ora dos burgundis, ainda pagãos, que só obedeciam à força militar, identificada na pessoa do rei ou dos generais. Assim, tornou-se, em parte, um território dos Francos, cujo rei era Clodoveo, também pagão. Eleutério seguiu a carreira eclesiástica, desenvolvendo sua ação pastoral neste campo. Chegou de fato a ser eleito bispo, o primeiro da diocese de Tournai, da qual foi o desbravador, que com imenso sacrifício, mas vencendo as dificuldades, fixou as bases para a futura grandeza daquela diocese. Somou-se ao incessante esforço da Igreja da França pela conversão dos povos recém-migrados, começando com o rei Clodoveo e a rainha Clotilde, que ele conseguiu converter com ajuda do amigo, também santo, bispo Remígio, de Reims.

Euquério de Orleans Bispo, Santo † 738

Monge em Jumières (França) 
e depois Bispo de Orleães. 
Foi exilado em Colónia e depois em Liège, 
por causa de calúnias. 
Morreu em Saint-Trond (Bélgica).
A França foi a terra deste grande Santo, que nasceu de pais virtuosíssimos, que deram ao filho uma educação esmerada, sobre a base de princípios cristãos. Antes de dar à luz o menino, a mãe já o dedicara a Deus. De boa inteligência, Euquério ocupou sempre um dos primeiros lugares entre os condiscípulos. Cedo se acostumou a ler um ou outro trecho da Escritura. Certa vez leu as palavras de S. Paulo (I. Cor. 7, 29, 31.) “O tempo é breve! O que resta é que, não só os que têm mulheres, sejam como se as não tivessem, mas também os que choram, como se não chorassem; e os que usam deste mundo, como se dele não usassem; porque a figura deste mundo passa”. Impressionado e iluminado por estas palavras, conheceu a vaidade do mundo e resolveu dizer-lhe adeus, entrando numa ordem religiosa. Fez-se religioso no convento de Jumièges, na diocese de Rouen. Chegou a um grau tão alto de virtude e santidade que foi eleito sucessor do Bispo, quando este, seu tio do lado paterno, morreu. Prevendo, porém, os eleitores que recusaria aceitar esta dignidade, mandaram uma comissão a Carlos Martelo, com o pedido de aprovar e continuar a eleição.

Beata Amata (de Qur'an) de Assis Religiosa - Festa: 20 de fevereiro

Sobrinha de Santa Clara. 
Religiosa clarissa em Assis.
(†)Assis, 1254
Sobrinha de Santa Clara, Amata nasceu em Assis no final dos anos 1200, destinada a se casar com um nobre da cidade. Orgulhosa de sua beleza, ela levou uma vida frívola, até que visitou sua tia e foi iluminada pela pobreza humilde e serena dos damianitas. Ele mudou ideais, renunciou ao casamento e em 1213 entrou no mosteiro de São Damião. A pureza de vida e o amor fervoroso por Cristo fizeram dela uma das filhas mais eminentes de Santa Clara, que a curou da hidropisia com um simples sinal da cruz. Presente na morte da santa, a pergunta foi feita a ela: "Você vê, filha, o rei da glória que eu vejo?"

Jacinta de Jesus Marto Virgem, vidente de Fátima, Beata 1910-1920

A mais jovem dos videntes de Fátima. 
Beatificada a 13 de Maio de 2000.
Jacinta de Jesus Marto nasceu em Aljustrel, Fátima, a 11 de março de 1910. Foi baptizada uma semana depois. Á ela junto com o irmão Francisco e a prima Lúcia, três simples crianças pastoras analfabetas, foi dada a graça de presenciar as aparições de Nossa Senhora, na sua pequenina aldeia. Além das cinco aparições da Cova da Iria e uma dos Valinhos, Nossa Senhora apareceu à Jacinta mais quatro vezes em casa durante a doença, uma grave pneumonia que a acometeu junta-mente com seu irmão Francisco. Nessa primeira aparição, quando ambos já estavam acamados, assim descreve a pequenina: "Nossa Senhora veio nos ver e diz que vem buscar o Francisco muito em breve. E a mim perguntou-me se queria ainda converter mais pecadores. Disse-lhe que sim". De fato, logo de-pois Francisco morreu santamente. Nessa ocasião, ao aproximar-se o momento da partida de Francisco, Jacinta recomenda-lhe: "Leve muitas saudades minhas a Nosso Senhor e a Nossa Senhora e diz-lhes que sofro tudo quanto Eles quiserem para converter os pecadores". Jacinta ficara tão impressionada com a visão do inferno durante uma das aparições da Virgem em Fátima, ocorrida em 13 de julho de 1917, que nenhuma mortificação e penitência era demais para salvar os pecadores. A vida da pequena Jacinta foi caracterizada por esse extremo espírito de sacrifício, o amor ao Coração de Maria, ao Santo Padre e aos pecadores. Sempre levada pela preocupação da salvação dos pecadores e do desagravo ao Coração Imaculado de Maria, de tudo oferecia um sacrifício a Deus, dizendo sempre a oração que Nossa Senhora lhes ensinara: "Ò Jesus, é por Vosso Amor, pela conversão dos pecadores e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria".

Santos Jacinta e Francisco Marto, mensageiros de Na. Sra. de Fátima – 20 de fevereiro

Rezem, rezem muito e façam sacrifícios pelos pecadores, pois muitas almas vão ao inferno porque não há quem se sacrifique e peça por elas”, foi o que pediu a Virgem de Fátima a Lúcia, Francisco e Jacinta. E, neste dia 20 de fevereiro, a Igreja recorda a memória de dois desses videntes, os Santos Francisco e Jacinta.
     Francisco nasceu em 1908 e Jacinta, dois anos depois. Desde pequenos aprenderam a tomar cuidado com as más companhias e, por isso, preferiam estar com sua prima Lúcia, que lhes falava sobre Jesus. Os três cuidavam das ovelhas, brincavam e rezavam juntos.
     De 13 de maio a 13 de outubro de 1917, a Virgem lhes apareceu em várias ocasiões na Cova de Iria (Portugal). As três crianças suportaram com valentia as calúnias, injúrias, más interpretações, perseguições e a prisão. Eles diziam: “Se nos matarem, não importa, vamos ao céu”.
Logo depois das aparições, as crianças seguiram sua vida normal. Lúcia foi para a escola, tal como pediu a Virgem, e era acompanhada por Jacinta e Francisco. No caminho, passavam pela Igreja e saudavam Jesus Eucarístico.
     Francisco, sabendo que não viveria muito tempo, dizia a Lúcia: “Vão vocês ao colégio, eu ficarei aqui com o Jesus Escondido”. À saída do colégio, as meninas o encontravam o mais perto possível do Tabernáculo e em recolhimento.

ORAÇÕES - 20 DE FEVEREIRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
20 – Quinta-feira – Santos: Eleutério, Zenóbio, Leão de Catânia, Nilo
Evangelho (Mc 8,27-33) E começou a ensiná-los, dizendo que o Filho do Homem devia sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos... devia ser morto, e ressuscitar.”
Nos evangelhos vemos como havia muitas opiniões sobre Jesus. Era compreendido ou malinterpretado, acolhido ou rejeitado, odiado ou amado. Jesus quis que seus seguidores mais próximos se definissem. Pedro, em nome de todos, reconheceu-o como o salvador esperado. Jesus disse-lhes que não seria salvador como esperavam, poderoso, dominador, glorioso. Tudo seria muito diferente.
Oração
Senhor Jesus, minha reação seria como a de Pedro.Imagino o torvelinho na cabeça de todos, a dúvida, o esforço para continuar confiando em vós, aindasem compreender por onde Deus os levava.Eu também preciso de vossa ajuda, muita ajuda, para continuar acreditando em vós quando não veja claro o que quereis. Senhor, apesar de tudo, agarro-me a vós, segurai-me bem firme. Amém.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Verão a salvação de Deus”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Conversão remove montanhas
 
Estamos ainda no clima da Vinda de Cristo no final dos tempos, como lemos no prefácio. Mas já rezamos também a vinda de Cristo para o anúncio do Reino. Assim nos preparamos para sua vinda na carne, no Natal: “Revestido de nossa fragilidade, Ele veio a primeira vez para realizar seu eterno plano de amor e abrir-nos o caminho da salvação. Revestido de sua glória, Ele virá uma segunda vez para conceder-nos em plenitude os bens prometidos que vigilantes esperamos”. Para anunciar a Vinda Gloriosa temos João Batista, profeta-sacerdote. O texto é grandioso e coloca sua mensagem num tempo bem determinado da história. Está quase a dizer: esses não resolveram o mundo. Deus resolverá. João está no deserto, onde ouve a Palavra de Deus. É um homem fiel a Deus. Ali se mostra a fidelidade ao Senhor. Foi no deserto que Deus falou a seu povo. Ali mostrou sua fidelidade e cobrou fidelidade. Distante da cidade está longe das infidelidades que se praticam. João prega o batismo de conversão para o perdão dos pecados (Lc 3,3). Para ele, que significa pecado? Significa fechamento nos egoísmos que não abrem caminhos para Aquele Que Vem. Sua pregação mostra simbolicamente onde atuará a conversão: sua palavra gira em torno do caminho: endireitar as veredas, pois os caminhos tortuosos levam ao mal; abaixar as montanhas do orgulho e da prepotência e aterrar os vales das ausências da obediência a Deus. Assim todas as pessoas verão a salvação de Deus (6). Tudo para que chegue a salvação de Deus. Esta será cantada pelo ancião Simeão que tomou o Menino nos braços e disse: “Agora, Senhor, podeis deixar ir em paz o vosso servo porque meus olhos viram a salvação” (Lc 2,29-32). João prepara o caminho para que essa salvação chegue a todo Israel e, por meio dele, a todos os povos. 
Maravilhas fez o Senhor 
O salmo nos mostra as maravilhas que Deus realizou na libertação do povo no cativeiro. Realizou e continuará realizando. Nas dificuldades podemos clamar: “Mudai, ó Senhor, nossa sorte, como torrentes no deserto. Os que lançam a semente entre lágrimas, ceifarão com alegria” (Salmo 125). Em cada Eucaristia fazemos memória do Mistério Pascal de Cristo. Fazemos memória para que os mistérios de Cristo se realizem entre nós. Mas fazemos memória também a Deus como que lembrando a Ele para que renove novamente para nós as maravilhas que realizou a um tempo. “Lembrai-Vos das maravilhas que realizastes outrora”. Cada Eucaristia é uma ação de graças por tudo o que fez por nós. João é a expressão mais forte do Antigo Testamento que mostra o Deus que age por seu povo. 
Deus leva à perfeição 
Deus nos conduz à perfeição por sua misericórdia e nos deixa à responsabilidade fazer opções coerentes. Contamos com a misericórdia de Deus para “que nenhuma atividade terrena nos impeça de correr ao encontro de vosso Filho” (Oração). “E aprendamos a julgar com sabedoria os valores terrenos e colocar nossas esperanças nos bens eternos” (Pós-Comunhão). Deus nos salva, mas quer que tenhamos coragem de abaixar as montanhas e encher os vales de nosso coração. João Batista é muito necessário para nos preparar para a vinda do Senhor. Paulo nos assegura: “Tenho certeza de que Aquele que começou em vós uma boa obra, há de levá-la à perfeição no dia de Cristo Jesus” (Fl 4,6). 
Leituras: Baruc 5,1-9; Salmo 125; 
Filipenses 1,4-6.8-11; Lucas 3,1-6 
1. Estamos no clima das três vindas de Cristo. João Batista, num clima de solenidade, anuncia a vinda gloriosa Daquele que Vem. Os grandes não resolveram, Deus resolverá. João está no deserto onde Deus é fiel. Esta longe das infidelidades. Prega o batismo para a conversão. Vai ajeitar os caminhos. 
2. O Salmo nos mostra que Deus realizou maravilhas e continua realizando. Fazemos memória na Eucaristia e pedimos que Deus renove as maravilhas de outrora. Fazemos ação de graças. 
3. Deus nos conduz à perfeição por sua misericórdia e nos deixa a responsabilidade de sermos coerentes. Aprendamos a julgar os valores terrenos e colocar nossas esperanças nos bens eternos. Deus nos conduzirá à perfeição. 
O homem que era arado 
Quando morei na África, Ir. Paulo, religioso negro, contou-me que teve alguém da Igreja africana que o fazia a puxar arado junto com o animal. Triste pensar que isso aconteceu. Temos também caso de um homem trator que arou as terras de Deus, preparando os caminhos para a vinda do Senhor. A narrativa do início da pregação de João Batista se reveste de solenidade. Entre as personalidades do tempo está o João, o homem arado. João se coloca como sendo ele o citado na profecia de Isaias para preparar os caminhos para o Senhor. Clama no deserto, pregando a conversão dos pecados. Essa pregação é preparação para a vinda do Messias. Conversão é endireitar os caminhos, abaixar as montanhas do mal que amontoamos e nivelar os vales do mal que temos dentro de nós. Assim poderemos ver a salvação que vem de Deus. Hoje temos tantos meios para nivelar as montanhas, encher os vales, fazer as estradas por melhores lugares. São maravilhosas. Mas, o coração não encontra um trator capaz de nos ajeitar para a vinda de Deus. Por isso a conversão é necessária. Só ela que pode nos preparar para a vinda do Messias no Natal e no fim dos tempos. A conversão é o trator que Deus usa para prepararmos os caminhos do Senhor. 
Homilia do 2º Domingo do Advento (06.12.2015)

EVANGELHO DO DIA 19 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo São Marcos 8,22-26. 
Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos chegaram a Betsaida. Trouxeram-Lhe então um cego, suplicando-Lhe que o tocasse. Jesus tomou o cego pela mão e levou-o para fora da localidade. Depois deitou-lhe saliva nos olhos, impôs-lhe as mãos e perguntou-lhe: «Vês alguma coisa?». Ele abriu os olhos e disse: «Vejo as pessoas, que parecem árvores a andar». Em seguida, Jesus impôs-lhe novamente as mãos sobre os olhos e ele começou a ver bem: ficou restabelecido e via tudo claramente. Então Jesus mandou-o para casa e disse-lhe: «Não entres sequer na povoação». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Teófilo de Antioquia
Bispo(186) 
Primeiro discurso a Autólico 
«Bem-aventurados os puros de coração, 
porque verão a Deus» (Mt 5,8) 
O homem deve ter uma alma pura, qual espelho bem polido. Quando o espelho começa a ter ferrugem, deixamos de poder ver nele o reflexo do nosso rosto. Assim também, quando há pecado no coração do homem, deixa de lhe ser possível ver Deus. Mas, se quiseres, podes ser curado. Confia-te ao médico; Ele abrirá os olhos da tua alma e do teu coração. Quem é o médico? É Deus, que cura e vivifica pelo Verbo e pela sabedoria. Foi pelo seu Verbo e pela sua sabedoria que Deus criou o Universo. « A palavra do Senhor criou os céus, o sopro da sua boca os adornou» (Sl 33,6). A sua sabedoria é omnipotente: «O Senhor fundou a terra com sabedoria e ordenou os céus com inteligência» (Pr 3,19). Se isto souberes, ó homem, e se levares uma vida pura, santa e justa, poderás ver a Deus. Se a fé e o temor de Deus tomarem lugar no teu coração, compreendê-lo-ás. Quando tiveres abandonado a condição mortal e revestido a incorruptibilidade, então serás digno de ver a Deus. Porque Deus terá ressuscitado a tua carne, tornada imortal como a tua alma. E então, tornado imortal, verás o Imortal, desde que agora deposites nele a tua fé.

19 de fevereiro - Beato Álvaro de Córdoba

O Beato Álvaro de Córdoba, é um frade dominicano do século XIV que promoveu a reforma religiosa ao fundar o Convento de Scala Coeli em Córdoba. Nesse local, ele estabeleceu a primeira "Via Crucis" localizada conhecida. Álvaro nasceu em Zamora e em 1368 e entrou na Ordem dos Pregadores. Formado em Salamanca, ele estava inicialmente destinado a ensinar as Escrituras Sagradas, mas suas habilidades extraordinárias foram reveladas quando a obediência lhe confiou o ministério da pregação. Ele foi por muitos anos professor em San Pablo de Valladolid e depois professor de teologia de Salamanca e confessor do rei Juan II de Castela. Depois de uma peregrinação à Terra Santa e à Itália (1418-1420) para aprender sobre a reforma da Ordem realizada pelo Beato Raymond de Cápua, iniciou o mesmo trabalho de reforma na Espanha, fundando o convento de Scala Coeli (Córdoba), berço da reforma. Ansioso para viver uma existência em solidão e perfeição, onde temperar o espírito por um apostolado mais lucrativo, com o favor do rei Juan II de Castela, ele foi capaz de fundar as famosas e observadoras três milhas de Córdoba, onde havia vários oratórios que reproduziam o “caminho doloroso”, venerado por ele em Jerusalém. Essa representação sagrada foi imitada em outros conventos, dando origem à bela devoção da "Via Crucis", muito apreciada na piedade cristã. A devoção popular o chamou de santo. Ele morreu em 19 de fevereiro por volta do ano de 1430 e seu corpo é venerado no convento de Scala Coeli. Seu culto foi confirmado em 22 de setembro de 1741.

19 de fevereiro - Beata Isabel Picenardi de Mântua

Em Mântua, na Lombardia, venera-se a beata Isabel Picenardi, uma virgem que, tendo usado o hábito da Ordem dos Servos de Maria, consagrou-se a Deus na casa de seu pai, recebendo frequentemente a comunhão eucarística, dedicando-se à celebração da Liturgia das Horas, à meditação das Sagradas Escrituras e à devoção à Santíssima Virgem . Ela provavelmente nasceu em Cremona, seu pai era um cavalheiro a serviço da família reinante dos Gonzagas e, assim, eles foram morar em Mântua. Isabel foi educada nesta cidade e viveu perto da Igreja de São Barnabé, que era então governada pelos Servos de Maria da Congregação da Observância, motivo de frequente encontros com os frades desta Ordem; esta circunstância não deixaria de influenciar a formação espiritual da jovem Isabel. Seu pai queria casa-la, mas ela recusou-se e afirmou que queria se consagrar-se a Deus. Após a morte de sua mãe, entrou como terciária dos Servos de Maria (mantelata). Primeiro Isabel morava na casa paterna à maneira de uma freira; então, quando seu pai morreu, ela foi morar com sua irmã Orsina, casada com o aristocrata Bartolomé de Gorno. Lá, em uma sala isolada, ela passou o resto de sua vida, não muito longe da Igreja dos Servos. A fama de sua santidade se espalhou, o povo vinha até ela para consultá-la, porque a consideravam um oráculo divino; e porque muitas vezes recebia favores celestiais para seus concidadãos através da intercessão de Nossa Senhora, Isabel recebeu o nome de "Confidente da Mãe de Deus".

19 de fevereiro - Beato John Sullivan

O sacerdote jesuíta John Sullivan é um exemplo de uma vida virtuosa dedicada à pobreza e à obediência, convidando todos a conversão para o bem. 
Cardeal Angelo Amato 
John Sullivan nasceu em 8 de maio de 1861 em uma família proeminente. Edward, seu pai de fé protestante, era um advogado brilhante que mais tarde se tornaria Lord Chanceler da Irlanda. Sua mãe, Elizabeth Bailey, uma católica, fazia parte de uma família de proprietários de terras. Como era costume do tempo, os meninos da família foram batizadas na fé protestante do pai e as meninas foram batizadas como católicas. Em 1872, John foi enviado para a Portora Royal Scholl, em Enniskillen, Irlanda do Norte. O excelente aluno então frequentou o Trinity College, em Dublin, onde estudou os clássicos. Finalmente ele estudou direito e por um tempo ele praticou como advogado. Edward Sullivan morreu de repente em 1885. O que John recebeu como herança lhe deu independência financeira. Ele gostava de se vestir bem e chegou a ser considerado o homem mais bem vestido em Dublin. Durante este período, fez longas jornadas pela Europa, especialmente fazendo passeios a pé pela Macedônia, Grécia e Ásia Menor. Passou vários meses em um dos mosteiros ortodoxos do Monte Athos, até mesmo contemplando a ideia de entrar lá como um monge. Para a surpresa de sua família, John Sullivan foi convertido na Igreja Católica em 1896. Sua decisão de ser católica levou-o a mudar seu estilo de vida, como despojar seu quarto de qualquer coisa que pudesse ser considerada um luxo.

19 de fevereiro - Beato José Zaplata

Precisamente hoje estamos a celebrar a vitória daqueles que, no nosso tempo, deram a vida por Cristo, deram a vida temporal para possuí-la pelos séculos na sua glória. Trata-se de uma vitória particular, porque é compartilhada pelos representantes do clero e dos leigos, jovens e idosos, pessoas de várias classes e posições. Entre eles estão D. Antoni Julian Nowowiejski, Pastor da Diocese de Plock, torturado até à morte em Dzialdowo; e D. Wladyslaw Goral de Lublim, torturado com particular ódio somente porque era Bispo católico. Há sacerdotes diocesanos e religiosos, que morreram porque não quiseram abandonar o seu ministério, e aqueles que morreram servindo os companheiros de prisão, doentes de tifo; há pessoas que foram torturadas até à morte pela defesa dos judeus. No grupo dos Beatos existem irmãos religiosos e irmãs, que perseveraram no serviço da caridade e na oferta dos seus tormentos pelo próximo. Entre estes Beatos mártires contam-se também leigos. Há cinco leigos jovens, formados no oratório salesiano; um ativista zeloso da Ação Católica, um catequista leigo, torturado até à morte pelo seu serviço, e uma mulher heroica que deu livremente a sua vida em permuta daquela da sua nora, que esperava um filho. Hoje estes Beatos mártires são inscritos na história da santidade do Povo de Deus, peregrinante em terra polaca há mais de mil anos. Se hoje nos alegramos pela beatificação de 108 Mártires clérigos e leigos, fazemo-lo antes de mais porque eles são o testemunho da vitória de Cristo, o dom que restitui a esperança. Enquanto realizamos este ato solene, num certo sentido revive em nós a certeza de que, independentemente das circunstâncias, podemos obter a vitória plena em tudo, graças Àquele que nos amou.

Santa Lucia Yi Zhenmei

O Cristianismo foi anunciado na China do século V ao inicio do século VII, quando foi ereta a primeira igreja. Graças ao profundo espírito de religiosidade dos chineses, o Cristianismo floresceu naquele imenso país. No século XIII constituiu-se a primeira missão católica com sede episcopal em Belfin. 
A partir do século XVI, quando a comunicação entre o Oriente e o Ocidente passara a ser mais freqüente, a Igreja Católica pretendeu intensificar a evangelização e enviou vários missionários escolhidos com cuidado, entre os quais o jesuíta Mateus Ricci, para instaurar relações religiosas e também sociais e científicas.
Em 1591, o excelente trabalho destes pioneiros levou o imperador “filho do céu” K'ang Hsi a assinar o primeiro decreto de liberdade religiosa, que permitia aos súditos aderirem ao Cristianismo. Os missionários podiam pregar por toda parte, alcançando milhares de conversões e chineses batizados.
Mas, a partir da primeira década do século XVII as coisas mudaram. A penosa questão dos “ritos chineses” irritou o imperador e a forte influência do vizinho Japão, hostil ao Cristianismo, deram margem às perseguições que aberta ou veladamente, em sucessivas ondas até a metade do século XIX, resultaram na morte de muitos missionários e de inúmeros fieis leigos chineses, e a destruição de várias igrejas.

Gabino da Dalmácia Presbítero, Mártir, Santo † 296

Sacerdote romano, que dizem parente de Dioclesiano. 
Era irmão do Papa Caio, foi senador e pai de Santa Suzana.
Gabino nasceu na Dalmácia, actual Bósnia , numa família da nobreza romana cristã, radicada naquele território. Na idade adulta, ele foi viver em Roma com a intenção de se aproximar da Igreja, mesmo sabendo dos sérios riscos que correria. Nesta cidade, ele se tornou senador e se casou. Com a morte da esposa, Gabino decidiu ser padre. Transformou sua casa numa igreja, consagrou a jovem filha Suzana, à Cristo, e a educou com a ajuda do irmão Caio, que já era sacerdote. Juntos, eles exerciam o apostolado em paz, convertendo pagãos, ministrando a comunhão e executando a santa missa, enfim fortificando a Igreja neste período de trégua das perseguições. Segundo os registros encontrados, Gabino e os familiares, eram aparentados do imperador Diocleciano. Assim, quando o soberano desejou ter a filha de Gabino como nora, não conseguiu. Enviou até mesmo um emissário para convencer a jovem, que não cedeu, decidida a se manter fiel à Cristo, sendo apoiada pelo pai e o tio Caio, que fora eleito papa, em 283. O imperador ficou mais irritado do que já estava, devido as tensões que circundavam o Império Romano em crescente decadência. Decretou a perseguição mais severa registrada na História do Cristianismo, apontado como causador de todos os males. O parentesco com o soberano de nada serviu, pois o final foi trágico para todos. Quando começou esta perseguição, verificamos pelos registros encontrados que o padre Gabino, não mediu esforços para consolar e amparar os cristãos escondidos.

Beato Bonifácio de Lausanne Bispo Festa: 19 de fevereiro

Belga. Bispo de Losana, preferiu demitir-se 
e viver na clausura, em La Cambre. 
Beneficiou de aparições da Virgem Maria. 
(*)Bruxelas, 1180/1181
(+)La Chambre, 19 de fevereiro de 1260 Médico e Bispo Católico Belga. Distinguiu-se pelo zelo na reforma da moral dos fiéis e do clero, e pela defesa dos direitos da Igreja, que lhe valeu a perseguição dos poderosos. Em 1231 foi nomeado bispo de Lausanne, mas foi forçado a renunciar em 1239 devido a ameaças do imperador Frederico II. Ele então se retirou para La Chambre, onde morreu em 1260. Foi beatificado em 1702 pela Ordem Cisterciense. 
Etimologia: Bonifácio = quem tem boa sorte, do latim 
Emblema: Cajado pastoral 
Martirológio Romano: Em La Chambre, perto de Bruxelas, em Brabante, na atual Bélgica, deposição do Beato Bonifácio, ex-bispo de Lausanne, que levou uma vida ascética entre os monges cistercienses do lugar. 
Nascido em Bruxelas em 1181 ou 1182, Bonifácio, de 1222 a 1229, lecionou teologia na Universidade de Paris, onde se formou na mesma disciplina. Após a greve de seus alunos, que protestavam porque alguns deles haviam sido mortos pela polícia, Bonifácio deixou Paris e foi para Colônia para ensinar teologia novamente. Em 11 de março de 1231, foi nomeado bispo de Lausanne, e o zelo que colocou na reforma da moral dos fiéis e do clero, mas especialmente a fortaleza com que defendeu os direitos da Igreja, valeu-lhe a perseguição dos poderosos.

Beato Conrado Confalonieri de Placência

Nobre. Responsável dum incêndio pelo qual 
um inocente esteve prestes a ser condenado. 
Fez-se depois terceiro franciscano e retirou-se 
para Noto (Itália), onde morreu. 
Na mudança de vida do Beato Conrado, vemos espelhada a misericórdia e o cuidado do Pai para com todos os seus filhos. Conrado, com as atitudes que tomou para corrigir seu erro, fez o que era agradável a Deus. Por isso sua vida e de sua esposa se tornaram fonte de virtudes. Tocados pela luz divina, eles passaram por uma mudança radical de vida. Pois como diz a Palavra em Ezequiel 18, 21-23: “Mas se o ímpio se arrepender de todos os pecados cometidos e guardar todas as minhas leis e fizer o que é direito e justo, viverá com certeza e não morrerá. Nenhum dos crimes cometidos será lembrado contra ele. Viverá por causa da justiça que praticou. Acaso tenho prazer na morte do ímpio? – oráculo do Senhor Deus. Não desejo antes que mude de conduta e viva?” Conrado nasceu em Piacenza, ao sul de Milão, por volta do ano 1290, da nobre família dos Confalonieri. Quando jovem, tornou-se soldado e se casou com a jovem Eufrosina de Lodi. Seus divertimentos eram os torneios, as armas e as caçadas a lebres e javalis. Certo dia, para emboscar uma presa, acabou provocando um incêndio em todo um bosque. O fogo provocou estragos também em culturas de campos vizinhos. Os colonos se revoltaram porque tiveram muitos prejuízos.