domingo, 23 de fevereiro de 2025

EVANGELHO DO DIA 23 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo São Lucas 6,27-38. 
Naquele tempo, Jesus falou aos seus discípulos, dizendo: «Digo-vos, a vós que Me escutais: amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, abençoai os que vos amaldiçoam, orai por aqueles que vos injuriam. A quem te bater numa face, apresenta-lhe também a outra; e a quem te levar a capa, deixa-lhe também a túnica. Dá a todo aquele que te pedir, e ao que levar o que é teu, não o reclames. Como quereis que os outros vos façam, fazei-lho vós também. Se amais aqueles que vos amam, que agradecimento mereceis? Também os pecadores amam aqueles que os amam. Se fazeis bem aos que vos fazem bem, que agradecimento mereceis? Também os pecadores fazem o mesmo. E, se emprestais àqueles de quem esperais receber, que agradecimento mereceis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, a fim de receberem outro tanto. Vós, porém, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai sem nada esperar em troca. Então, será grande a vossa recompensa e sereis filhos do Altíssimo, que é bom até para os ingratos e os maus. Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados. Não condeneis e não sereis condenados. Perdoai e sereis perdoados. Dai e dar-se-vos-á; deitar-vos-ão no regaço uma boa medida, calcada, sacudida, a transbordar. A medida que usardes com os outros será usada também convosco». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Charles de Foucauld 
(1858-1916) 
Eremita e missionário no Saara 
Sobre o Evangelho 
«Não julgueis e não sereis julgados» 
Quanto amas os homens, meu Deus, Tu que nos proíbes de os julgarmos e reservas esse julgamento para Ti, seu único Pai, seu único Mestre, seu único Juiz! Quanto amas os homens, Tu que queres que eles sejam tão amados uns pelos outros, e lhes dás este mandamento tão apropriado para manter entre eles a estima mútua, que é mãe do amor, levando-os assim a amarem-se uns aos outros! Como és bom, Tu que queres tanto prendê-los a Ti e desenvolver neles o teu amor que lhes dás este mandamento tão apropriado para estabelecer neles o teu amor, mandamento que, suavizando-lhes o coração para que não seja amargo com os homens, o torna, por esse mesmo facto, mais doce para contigo (pois só temos um coração, que será amargo com todos ou doce com todos); e também porque, desviando a sua atenção das ações dos outros homens, proibindo-os de os julgar, lhes facilitas dedicarem toda a sua atenção, o seu olhar, a sua contemplação, o seu amor só a Ti! Não julguemos; em obediência a estas palavras de Jesus e a tantas outras semelhantes, porque não temos o direito de o fazer: «Quem és tu para julgares o criado de um outro?» (Rm 14,4) Por bondade, tenhamos um coração manso, doce, desprovido de amargura; um coração indulgente, que não julga, que desvia os olhos do mal. A caridade não reflete sobre o mal: tudo crê, tudo espera (cf 1Cor 13,7).

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