PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR vice-Postulador da Causa Venerável Padre Pelágio CSsR |
Ao assumir certa paróquia, o novo pároco pensou que estava entrando num cemitério. Era aquele marasmo espiritual. Nas missas vinha tanta gente, que caberia na palma da mão. Como remediar esta situação? Vejamos: Na missa vespertina do sábado ele comunicou às três ou quatro pessoas que estavam na igreja:
- Meus irmãos, acaba de morrer uma mulher nesta cidade, chamada “dona igreja”. Convidem todos os paroquianos para vir à missa de corpo presente, amanhã, domingo, na missa das 9 horas.
Foi aquele fru-fru na cidade. Quem seria a mulher com esse nome? O jeito era ir à igreja para saber.Todos acorreram curiosamente. No corredor central, estava o caixão mortuário, fechado. Terminada a missa o padre vigário mandou abrir o caixão e fazer fila para todos se despedirem de dona igreja. Muito silêncio. Muita expectativa. Cada um que passava diante do caixão aberto, levava um susto e voltava todo compenetrado para o seu lugar.
O que havia dentro do caixão? Simplesmente um grande espelho no qual cada um via-se a si mesmo. O padre explicou o significado do caixão e do espelho: A igreja somos nós. Sem membros atuantes não existe igreja, nem comunidade. Morreu e foi sepultada pelo nosso egoísmo e individualismo.
Depois pegando o grande espelho, mostrou para a assembléia. Vejam quanta gente reunida. Assim deve ser a nossa comunidade,
A lição valeu. A comunidade se transformou.
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