sexta-feira, 17 de novembro de 2017

JORGINHO QUER AJUDAR

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO
REDENTORISTA
O pequeno Jorge estava assentado na escada da cozinha, e olhava para o quintal, como quem procura prestar algum favor. Nisto chegou o vovô com as ferramentas e encaminhou-se para o jardim, e começou a arrancar tiririca com as mãos.O menino levantou-se e foi ajudar o vovô. 
-"Arrancar erva daninha, eu também sei", pensava o pequerrucho. 
Mas o vovô aproximou-se com a enxadinha e ocupou o espaço do menino. Ele olhou assustado para o avô: 
-Vovô, deixa que eu faço. 
-Eu sei que você sabe. Mas com a enxada vai mais depressa. Não tenho muito tempo. 
O menino levantou-se contrariado. Ali perto seu irmão mais velho estava lavando o carro. Jorginho reparou que as rodas ainda não tinham sido lavadas. Molhou a esponja no balde e ativamente começou a esfregá-las. Quando ia passar para a segunda roda, disse o irmão: 
-Obrigado, pequeno. Mas pode parar. Não tenho tempo para esperar você terminar.
Saiu resmungando: 
-Ninguém confia na gente. 
Escutou a mãe lidando na cozinha, e correu para lá, esperando ser útil. Ficou espiando um bom tempo, sentado numa cadeira. Reparou que a mãe não tinha mais batatinhas. Alguém teria de ir à despensa. Pegou a cesta e encaminhou-se para lá: 
-Mamãe, vou buscar mais batatas. 
-Deixe para mim, meu filho. Eu mesma vou correndo. Estou com pressa. 
Pegou a cesta das mãos dele e saiu. Ao voltar, tentou consolar o menino tristonho e frustrado: 
-Você compreende. Às vezes o tempo é dinheiro. 
-Mamãe, eu acho que a gente vale mais que o dinheiro. Foi isso que papai disse uma vez. 
Para refletir: — A resposta do menino foi profética. Além do mais, precisamos aprender a repartir as tarefas.
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