terça-feira, 5 de novembro de 2024

Guido Maria Conforti Bispo, Beato 1865-1931

Bispo de Parma, Itália. 
Fundou a Pia Sociedade 
de São Francisco Xavier.
Guido Maria Conforti nasceu no dia 30 de março de 1865, em Ravadese, província de Parma, norte da Itália. Filho de pais piedosos, foi educado no amor a Deus e ao próximo. Concluiu o estudo elementar com irmãos das escolas cristãs. Nessa oportunidade, seu pai compreendeu que o sonho de ver o filho dirigindo os negócios agrícolas da família jamais seria realizado. Guido tinha vocação para a vida religiosa. Assim, ingressou no seminário, estimulado pelos pais. Lá, após ler a biografia de são Francisco Xavier, foi a vez de Guido abraçar um sonho: ir para a China, continuar a missão do santo. Aos dezassete anos de idade, enfrentou dificuldades de saúde, o mal da epilepsia, que quase o impediu de continuar. Rezou para Nossa Senhora com muita fé e obteve a graça para superar a doença. Em 1888, recebeu a ordenação sacerdotal. Mas foi designado para professor do seminário e depois nomeado vice-reitor. O que fez o sonho das missões no Oriente permanecer adormecido no seu coração. Aos vinte e oito anos, quando Guido Conforti já era cónego da catedral de Parma, decidiu que era hora de executar seu sonho. Dois anos depois, em 1895, devido à falta de recursos, fundou a Congregação dos Missionários Xaverianos para a Evangelização dos não-cristãos, hoje chamado apenas de Instituto Xaveriano. Nessa época, seu pai morreu e toda a herança que recebeu aplicou na sua Obra. Comprou uma casa, onde abrigou os primeiros dezassete seminaristas. Não precisou aguardar muito, pois em março de 1899 os dois primeiros xaverianos seguiram em missão para a China. Pouco depois, em 1902, o próprio fundador emitiu os votos religiosos e recebeu o hábito dos xaverianos, em Roma, para dedicar-se só às missões. Entretanto qual não foi sua surpresa ao ser nomeado arcebispo de Ravena. Obediente, Guido Conforti assumiu o posto. Um ano depois, por motivos de saúde, pediu à Santa Sé para poder renunciar o cargo. Voltou para Parma, onde trabalhou na consolidação da sua Obra. Ocorre que o carisma do Instituto atendia plenamente os anseios da Igreja, que nesse período estava instalando a prefeitura apostólica de Honan, na China. Foi então que a Santa Sé confiou essa administração ao Instituto Xaveriano, em 1906. Desde então, pequenos grupos de missionários xaverianos começaram a seguir para o Oriente. Em 1907, Guido Conforti foi novamente solicitado para o serviço episcopal. Agora, como auxiliar do bispo de Parma, depois como seu sucessor. Administrou a diocese por vinte e cinco anos, numa intensa actividade: foram dois sínodos e cinco visitas pastorais nas trezentas paróquias. Enquanto isso o Instituto também se expandia por toda a Itália. A alegria estampava o rosto do fundador, quando, em 1912, na condição de bispo de Parma, ele consagrou, naquela catedral, o primeiro bispo xaveriano, Luigi Calza, nomeado para Cheng-Chow, na China. O Instituto consolidava-se cada vez mais no mundo. Mas para que a Obra ficasse completa, ele criou, junto com padre Paulo Manna, a União Missionária do Clero, sendo eleito o primeiro presidente. Guido Conforti viajou só uma vez para a China, em 1928, para visitar e encorajar os seus filhos xaverianos. Depois de algum tempo, morreu, com apenas sessenta e seis anos, no dia 5 de novembro de 1931. Mas a sua Obra floresceu em 1945, quando foi fundado o Instituto das Missionárias de Maria, ou xaverianas, pelo padre Giacomo Spagnolo e a leiga Celestina Bottego. Em 1996, o papa João Paulo II proclamou-o bem-aventurado. Actualmente, os xaverianos e as xaverianas dirigem e trabalham em vários países de todos os continentes, inclusive no Brasil. A festa do bem-aventurado Guido Maria Conforti ocorre no dia de sua morte. 
"O missionário jamais deixe de fazer, diariamente, antes da celebração do divino Sacrifício, pelo menos meia hora de meditação; jamais deixe de fazer o exame de consciência, a visita ao Santíssimo Sacramento, a recitação do Rosário e o Ângelus…” 
Nasceu em Parma, na Itália, aos 30 de março de 1865. Faz seus primeiros estudos junto aos Irmãos das Escolas Cristãs. No breve trajeto rumo à escola, o pequeno Guido para frequentemente numa igrejinha para olhar o Crucifixo que domina o altar. Aos pés daquele crucifixo, brota a vocação missionária. Entra no seminário com 10 anos de idade. Logo se apaixona pela vida e pela obra de São Francisco Xavier e planeja continuar-lhe a missão: ir para a China. Sua saúde muito frágil, porém, não permite realizar seu sonho. Somente uma graça de Nossa Senhora possibilita a sua ordenação sacerdotal, em 1888. Então, em 1895, Conforti, com apenas 30 anos de idade, decide fundar os Xaverianos. Com a herança recebida após a morte do pai, compra uma casa onde reúne um grupo de 17 seminaristas. Para o bom êxito do projeto, que ele mesmo julga temerário, Guido está disposto a dar o melhor de si mesmo. Os primeiros Xaverianos foram para a China em 1899. A missão foi afogada no sangue pelo Levante dos Boxers (um movimento antiocidental e anticristão na China), mas não parou. Em 1902, é nomeado arcebispo de Ravenna e, dois anos mais tarde deixou essa tarefa por motivos de saúde. Após melhorar, o Papa o enviou como bispo para Parma, diocese da qual já tinha sido vigário e que dirigiu por 25 anos, realizando cinco visitas pastorais às suas 300 paróquias. Conforti torna-se pastor de dois rebanhos: a diocese e a Congregação Xaveriana. Ele é um guia exemplar e incansável de sua igreja, mas nunca esquece de ser bispo para o mundo todo. Dedica-se com todas as forças à formação de seus missionários, ao envio deles para a China e ao crescimento da consciência missionária além-fronteiras no clero de toda Itália. Com o Padre Paulo Manna, funda a União Missionária do Clero. Em 1928, vai à China visitar os seus missionários. Peregrina por todos os postos mais avançados onde os seus filhos trabalham. Depois de uma vida dedicada inteiramente à missão, Conforti é chamado à Casa do Pai em 5 de novembro de 1931, data em que celebramos a festa do santo. Aos 17 de março de 1996, o Papa João Paulo II o proclama bem-aventurado. Aos 23 de outubro de 2011, o Papa Bento XVI o proclama santo.

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