Virgílio foi consagrado bispo de Salzburgo.
Continuou evangelizando a Áustria de norte a sul, inclusive uma parte do norte da Hungria.
Foi um dos grandes missionários irlandeses do período medieval e um dos maiores viajantes da importante ilha católica, ao lado dos santos Columbano, Quiliano e Gallo.
Nasceu na primeira década do século VIII e foi baptizado com o nome de Fergal, depois traduzido para o latim como Virgílio. Católico, na juventude voltou-se para a vida religiosa, tornou-se monge e, a seguir, abade do Mosteiro de Aghaboe, na Irlanda. Deixou a ilha em peregrinação evangelizadora em 743 e não mais voltou.
Morou algum tempo no reino dos francos, quando o rei era Pepino, o Breve, que lhe pedira para organizar um centro cultural. Mas problemas políticos surgiram na região da Baviera, agregada aos seus domínios. Lá, o duque era Odilon, que pediu a Pepino para enviar Virgílio para a Abadia de São Pedro de Salzburgo, actual Áustria. E logo depois Odilon nomeou Virgílio como bispo daquela diocese.
Ocorre que, na época, são Bonifácio, o chamado apóstolo da Alemanha, actuava como representante do papa na região, e caberia a ele essa indicação e não a Odilon. O que o desagradou não foi a escolha de Virgílio, mas o fato de ter sido feita por Odilon. Ambos nutriam entre si uma profunda divergência no campo doutrinal e Virgílio participava do mesmo entendimento de Odilon. Essa situação perdurou até a morte de são Bonifácio, quando, e só então, ele pôde ser consagrado bispo de Salzburgo.
Mas Virgílio era homem de fé fortalecida e de vasta cultura, dominava como poucos as ciências matemáticas, ganhando, mesmo, o apelido de “o Geómetra” em seu tempo. Viveu oito séculos antes de Galileu e Copérnico e já sabia que a Terra era redonda, o que na ocasião e em princípio era uma heresia cristã. Foi para Roma para se justificar com o papa, deixou a ciência de lado e abraçou integralmente o seu apostolado a serviço do Reino de Deus como poucos bispos consagrados o fizeram. Revolucionou a diocese de Salzburgo com o seu testemunho e converteu aquele rebanho para a redenção de Cristo, aproveitando-se do interesse político do rei.
Em 755, um ano após a morte de são Bonifácio, Virgílio foi consagrado bispo de Salzburgo. Continuou evangelizando a Áustria de norte a sul, inclusive uma parte do norte da Hungria. Fundou e restaurou mosteiros e igrejas, com isso construiu o primeiro catálogo e crónica dos mosteiros beneditinos.
Morreu e foi sepultado na Abadia de Salzburgo, Áustria, em 27 de novembro de 784, em meio à forte comoção dos fiéis, que transformaram essa data a de sua tradicional festa. Séculos depois, suas relíquias foram trasladadas para a bela Catedral de Salzburgo. Em 1233, foi canonizado, e o dia de sua festa mantido. São Virgílio foi proclamado padroeiro de Salzburgo.
Fonte: http://www.paulinas.org.br/
Virgílio, de origem irlandesa, exerceu grande parte das suas atividades como bispo de Salzburg, na Caríntia, a convite de Pepino o Breve, com a missão de evangelizar e pacificar o recém-conquistado Ducado da Baviera.
Em sua terra natal, Virgílio viveu como monge, até ser nomeado Abade em um importante mosteiro.
Embora fosse um homem de grande cultura teológica e científica, a sua nomeação como Bispo não teve o consentimento de São Bonifácio, legado papal na Alemanha, apenas porque o imperador não teve a sensatez de consultá-lo. Todavia, este não foi o único motivo do atrito entre Bonifácio e Virgílio: entre eles havia também muita divergência em campo científico-cosmológico, com implicações no âmbito doutrinal. Repreendido pelo Papa Zacarias, Virgílio obedeceu com humildade, deixou de lado as disputas teológicas e dedicou-se com zelo à organização da sua Diocese. Ele se dedicou, incessantemente, à educação religiosa do povo e à assistência aos pobres. Em 774, inaugurou a primeira Catedral de Salzburg, para a qual transferiu as relíquias do primeiro Bispo da cidade, São Ruperto.
Enfim, acompanhou a fundação de numerosas abadias, como a de São Cândido, e estendeu suas atividades missionárias até Estíria e Panônia. São Virgílio faleceu em 784, mas a sua santidade foi reconhecida, oficialmente, apenas em 1233.
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