sexta-feira, 29 de novembro de 2024

EVANGELHO DO DIA 29 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 21,29-33. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «Olhai a figueira e as outras árvores: Quando vedes que já têm rebentos, sabeis que o verão está próximo. Assim também, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que está próximo o Reino de Deus. Em verdade vos digo: não passará esta geração sem que tudo aconteça. Passará o céu e a Terra, mas as minhas palavras não passarão». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São John Henry Newman 
(1801-1890) 
Teólogo, fundador do Oratório em Inglaterra 
 «The Invisible World» » PPS, t. 4, n.°13 
«Olhai a figueira» 
A terra que vemos não nos satisfaz, pois é apenas um começo, a promessa dum porvir; nem quando está no auge da sua alegria, quando se cobre de flores e mostra os seus tesouros escondidos da forma mais atrativa, nem então nos basta. Sabemos que há nela muito mais coisas do que as que conseguimos ver. Um mundo de santos e de anjos, um mundo glorioso, o palácio de Deus, a montanha do Senhor Sabaoth, a Jerusalém celeste, o trono de Deus e de Cristo: todas essas maravilhas eternas, preciosíssimas, misteriosas e incompreensíveis se escondem por trás do que vemos. O que vemos não é senão a camada exterior do reino eterno e é nesse reino que fixamos os olhos da nossa fé. Mostra-Te, Senhor, como no tempo da tua natividade, em que os anjos visitaram os pastores; que a tua glória se expanda como as flores e a folhagem se desenvolvem nas árvores. Pelo teu poder, transforma o mundo visível nesse mundo mais divino que ainda não vemos. Que aquilo que vemos seja transformado naquilo em que cremos. Por mais brilhantes que sejam o sol, o céu e as nuvens, por mais verdejantes que sejam as folhas e os campos, por mais suaves que sejam os trinados das aves, sabemos que isso não é tudo, e não queremos tomar a parte pelo todo. Essas coisas procedem dum centro de amor e de bondade que é o próprio Deus, mas não são a sua plenitude; falam do Céu, mas não são o Céu. São apenas, digamos, raios dispersos, um ténue reflexo da sua imagem; são apenas migalhas que caem da mesa.

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