quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Tiago das Marcas Franciscano, Santo 1394-1476

Conhecido pela sua pregação 
sobre a austeridade de vida.
Também conhecido como Giacomo della Marca Nasceu em Monteblandone, Marca, em 1 de setembro de 1394 como Domingos. Tomou o hábito dos franciscanos com 22 anos em 1416. Ele tomou o nome de James e da província de onde veio, assim passou a se chamar Giacomo della Marca. Nos países latinos seu nome é Tiago della Marca. Antes de ser missionário por 50 anos ele foi educado com Sã Bernardino de Sena em Fiezole, perto de Florença, Itália e foi ordenado em 1423 com 29 anos. Ele tornou-se um notável pregador. Ele pregou por todos dias durante 40 anos e era sua vocação andar por toda a Europa e pregar o Cristianismo, sempre onde ele sentisse necessário. Ele tinha a paciência de um Beneditino para reconstruir todas as suas jornadas inclusive aquelas que fez com São João Capristano através da Itália ,Alemanha, Boémia, Polónia e Hungria. Esse franciscano cheio de incrível energia andava por todos os lados. Ele apareceu na Bósnia em 1432 onde o Rei Tuerko o recebeu de braços abertos Ali ele pregou contra a heresia dos Bogomils. Em 1436 Tiago estava na Boémia, Hungria e Áustria, fundando um mosteiro por mês. Em 1437 o Imperador Segismundo iniciou uma cruzada contra os turcos e Tiago foi junto. Em 1438 ele retornou a Itália, fez um sermão em Bolonha, atendeu a um Concilio em Ferrara e voltou para a Hungria. Tudo a pé ou no lombo de cavalos ou mulas. Em 1440 ele ficou doente em Chipre e, em um raro evento ele em 1444, ficou três dias descansando no mosteiro de Trasimene onde se encontrou com São João Capristrano e São Bernardino de Sena, que morreu no mês seguinte. Sucedendo São João Capristrano como Legado Papal em 1456 ele foi para a Áustria e Hungria para combater os Hussites. A ele foi oferecido o bispado de Milão mas ele recusou porque preferia continuar pegando. Em 1462 como resultado de um sermão em Brescia, no qual ele deu sua opinião teológica sobre o "Precioso Sangue de Cristo", ele tornou-se sujeito a uma inquisição local. O caso era controvertido e Tiago recusou-se a comparecer ante a Inquisição e recorreu a Roma. Um silencio sobre o assunto, foi imposto aos inquisidores Dominicanos e aos Franciscanos e nenhuma decisão foi jamais alcançada. E assim ele estava sempre indo de um lugar para o outro, sempre pregando e lutando uma boa causa até que em 28 de novembro de 1476 ele deixou Nápoles seguindo para o Céu em sua última jornada, onde temos razão para acreditar que o incansável franciscano ainda esteja. Ele era magro e só dormia 3 horas por noite e usava um hábito feito de pano grosso. Ele jejuava dia sim, dia não. No final o papa proibiu que ele jejuasse porque sua saúde era de interesse público. O bom senso do Papa Sixto IV foi notável para a época ao recomendar ao santo que cuidasse de sua saúde. Mas o bom frei comia apenas pão, feijão, alho e cebola. Dizia que o Espirito Santo o inspirava a grandes sermões com grande poder e ferocidade e com sucesso incrível, mesmo com o estômago vazio. E era verdade. Em Camerino, certa vez seu discurso quase fez com que a plateia queimasse seu adversário. Em Aquila, 40.000 pessoas aguardavam ele descer do púlpito para dar o que seria hoje uma espécie de autógrafo. Queriam que ele escrevesse o nome de Jesus em um pedaço de pergaminho. Para conseguir satisfazer a demanda, os frades do mosteiro produziam milhares desses pergaminhos e Tiago colocava sua mão neles abençoando a todos os pergaminhos. Diz a tradição que a sua benção curava várias doenças. Ele era também um grande pacificador. Nos turbulentos anos do 15° século, onde a paz parecia desaparecer por todos os cantos, ele conseguiu com seu dom especial, reconciliar lados opostos de franciscanos que tinha interpretações diferentes sobre o verdadeiro espirito do seu fundador, São Francisco de Assis, com o seu notável raciocínio teológico. Ele reconciliou católicos de todos os lados. Por exemplo: ele moderou a oposição aos Hussites da Hungria oferecendo no Concílio de Basle a prática das Comunhões em ambos os credos. Ele participou em 1438 do Concílio de Florença e da Reunião das Igrejas Orientais e Ocidentais. E acima de tudo ele reconciliou o homem com Deus, o que sem duvida é o melhor meio de reconciliar o homem com o homem. Em 1473 ele foi para Nápoles, onde veio a falecer em foi enterrado na Igreja de Santa Maria Nuova. Seu túmulo se tornou local de peregrinação e vários milagres foram creditados a sua intercessão. Papas e reis chamavam por ele, porque queriam ouvir a voz de Deus. Cada manhã ele pregava diferente porque, segundo ele, a noite havia respirado o Espirito Santo. Na arte litúrgica da Igreja, São Tiago della Marcha é representado com um cálice e uma serpente saindo do cálice, as vezes com um cálice e um véu, e outras vezes com um báculo e um lírio apontando para IHS. Ele é venerado em Ancona e é o padroeiro de Nápoles. Foi beatificado em 1624 pelo Papa Urbano VIII e canonizado em 1726 pelo Papa Benedito XIII.

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