Evangelho segundo S. Lucas 6,43-49.
Naquele
tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não há árvore boa que dê mau fruto, nem
árvore má que dê bom fruto. Cada árvore conhece-se pelo seu fruto: não se
colhem figos dos espinheiros, nem se apanham uvas das sarças. O homem bom,
do bom tesouro do seu coração tira o bem; e o homem mau, da sua maldade tira o
mal; pois a boca fala do que transborda do coração». Porque Me chamais
‘Senhor! Senhor!’, mas não fazeis o que vos digo? Vou mostrar-vos a quem se
assemelha todo aquele que vem ter comigo, ouve as minhas palavras e as põe em
prática. É semelhante a um homem, que, para construir a casa, escavou,
aprofundou e assentou os alicerces sobre a rocha. Quando veio uma cheia, a
torrente irrompeu contra aquela casa, mas não a pôde abalar, porque estava bem
construída. Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é
semelhante a um homem que construiu a casa sobre a terra, sem alicerces. A
torrente irrompeu contra aquela casa, que imediatamente desabou; e foi grande a
sua ruína».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Santa Teresa de Calcutá (1910-1997),
fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
«Não há amor maior»
Se há coisa que sempre nos garantirá o Céu,
são os atos de caridade e de generosidade com que tivermos preenchido a nossa
existência. Saberemos jamais o bem que pode fazer um simples sorriso?
Proclamamos que Deus acolhe, compreende, perdoa; mas somos a prova viva disso
que proclamamos? Os outros detetam em nós esse acolhimento, essa compreensão e
esse perdão vivos? Sejamos sinceros nas nossas relações uns com os outros;
tenhamos a coragem de nos aceitar uns aos outros tal como somos. Não nos
deixemos espantar nem preocupar com os nossos fracassos nem com os fracassos dos
outros. Antes, vejamos o bem que há em cada um de nós; descubramo-lo, porque
todos nós fomos criados à imagem de Deus.
Não nos esqueçamos de que
ainda não somos santos, mas apenas nos esforçamos por sê-lo. Sejamos, pois,
extremamente pacientes com os nossos pecados e com as nossas quedas. Não te
sirva a língua senão para o bem dos outros, «pois a boca fala do que transborda
do coração». Temos de ter alguma coisa no coração para podermos dar; aqueles
cuja missão é dar têm primeiro de crescer no conhecimento de Deus.
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