PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR |
Havia uma família muito pobre que tinha o costume de ver tudo pelo lado positivo. Por isso era feliz. Uma senhora rica interessou-se em conhecê-la para ajudar no que fosse necessário. Mas alguém foi dizer a essa senhora que não precisava ajudar, não:
- Passam por pobres, mas só comem do bom do melhor. Faça primeiro uma sondagem.
Querendo constatar o que se dizia deles, foi fazer-lhes uma visita. Ao chegar à porta, antes de bater palmas, ouviu uma das meninas perguntando para a irmãzinha:
- Você vai querer purê com batatas fritas?
- Não, acho que vou querer frango assado na grelha..
- E como sobremesa, uma taça de sorvete de chocolate.
A visitante ouviu o suficiente e bateu à porta. Entrando, que surpresa! Viu as crianças sentadas junto a uma pobre mesinha com a mãe, sobre a qual havia apenas algumas fatias de pão seco, duas batatas, um jarro d’água e nada mais.
- Meninas, vim fazer-lhes uma visita. Em que posso ser útil?
- Obrigado pela visita. Quer almoçar com a gente?
- Somente uma visita. Mas... desculpem a curiosidade. Qual é o cardápio hoje?
Quando disseram que eram finos manjares assim e assim, ela retornou:
- Mas estou vendo outra coisa na mesa.
Então explicaram que, ao tomar aquela comidinha, imaginavam estar saboreando toda a sorte de manjares finos. Esse "faz de conta" transformava a comida simples, num verdadeiro festim para o paladar:
- A senhora não sabe como é delicioso o pão quando lhe damos o nome de torta de frutas.
- A batatinha é muito mais saborosa se a gente lhe dá o nome de sorvete de bola cremoso – disse a outra menina.
Lição: A senhora rica saiu levando nova definição do otimismo. Descobriu que a felicidade não está nas coisas, mas na ideia que fazemos das coisas . Não se trata de querer mudar nossa sorte, mas o modo de encarar a sorte.
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