sexta-feira, 5 de junho de 2015

EVANGELHO DO DIA 5 DE JUNHO

Evangelho segundo S. Marcos 12,35-37.
Naquele tempo, Jesus ensinava no templo, dizendo: «Como podem os escribas dizer que o Messias é filho de David? O próprio David afirmou, sob a ação do Espírito Santo: ‘Disse o Senhor ao meu Senhor: Senta-Te à minha direita, até que Eu faça dos teus inimigos escabelo dos meus pés’. O próprio David Lhe chama ‘Senhor’. Como pode ser seu filho?». E a numerosa multidão escutava com prazer o que Jesus dizia. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Catecismo da Igreja Católica 
§449-451 
«O próprio David Lhe chama Senhor»
Na versão grega dos livros do Antigo Testamento, o nome inefável com o qual Deus Se revelou a Moisés, Iahweh, é traduzido por «Kýrios» [«Senhor«]. «Senhor» torna-se desde então o nome mais habitual para designar a própria divindade do Deus de Israel. É neste sentido forte que o Novo Testamento utiliza o título de «Senhor» para o Pai, e também - e aí está a novidade - para Jesus, reconhecido assim como o próprio Deus. 
O próprio Jesus Se atribui de maneira velada este título quando discute com os fariseus o sentido do Salmo 110, mas também de modo explícito quando Se dirige aos seus apóstolos. Ao longo de toda a sua vida pública, os seus gestos de domínio sobre a natureza, sobre as doenças, sobre os demónios, sobre a morte e o pecado demonstravam a sua soberania divina. 
É muito frequente, nos Evangelhos, as pessoas dirigirem-se a Jesus chamando-Lhe «Senhor». Este título exprime o respeito e a confiança dos que se aproximam de Jesus esperando que Ele os ajude e os cure; sob a moção do Espírito Santo, ele exprime o reconhecimento do mistério divino de Jesus. No encontro com Jesus ressuscitado, transforma-se numa expressão de adoração: «Meu Senhor e meu Deus!» (Jo 20,28); assume então uma conotação de amor e afeição que se tornará  peculiar à tradição cristã: «É o Senhor!» (Jo 21,7). 
Ao atribuir a Jesus o título divino de «Senhor», as primeiras confissões de fé da Igreja afirmam, desde o início, que o  poder, a honra e a glória devidos a Deus Pai cabem também a Jesus, por Ele ser «de condição divina» (Fil 2,6) e o Pai ter manifestado esta soberania de Jesus ressuscitando-O dos mortos e exaltando-O na sua glória. 
Desde o principio da história cristã, a afirmação do senhorio de Jesus sobre o mundo e sobre a história significa também o reconhecimento de que o homem não deve submeter a sua liberdade pessoal de maneira absoluta a nenhum poder terrestre, mas somente a Deus Pai e ao Senhor Jesus Cristo: César não é «o Senhor«. A Igreja crê [...] que a chave, o centro e o fim de toda a história humana se encontram no seu Senhor e Mestre. 
A oração cristã é marcada pelo título «Senhor», quer se trate do convite à oração: «o Senhor esteja convosco», da conclusão da oração: «por Jesus Cristo nosso Senhor», ou ainda do grito cheio de confiança e de esperança: «Maran atha!» («o Senhor vem!») ou «Marana tha!» («Vem, Senhor!») (1Cor 16,22): «Amém, vem, Senhor Jesus!» (Ap 2,20). 

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