Amália Abad Casasempere nasceu em 11 de dezembro de 1897 em Alcoy, Alicante, na Espanha. Foi batizada no mesmo dia na paróquia do seu povoado; foi crismada em 6 de outubro de 1906 e recebeu a 1ª Comunhão em 22 de maio de 1907. Amália foi educada nos valores da fé e cresceu, como muitas jovens da sua geração, em meio às dificuldades políticas daquelas primeiras décadas do século XX, na Espanha. Em 6 de setembro de 1924, casou-se com o capitão do exército Luís Maestre Vidal, preocupando-se doravante em ser uma boa esposa e criar o ambiente adequado para criar os filhos que Deus lhes concederia. À alegria do nascimento de suas duas filhas, Maria e Luísa, seguiu-se a triste perda de seu esposo, que morreu na Guerra do Rif, deixando Amalia Abad viúva. Ela teve que ser forte e nos momentos de fraqueza confiava seus filhos à Virgem Maria. Sabia que a fé era o maior tesouro que poderia lhes dar e educou-os num ambiente de piedade e generosidade. Apesar da responsabilidade que implicava educar seus três filhos, Amália encontrava tempo para participar de várias atividades da Igreja, de maneira especial na Ação Católica. Sem se descuidar do seu lar, se dedicava com entusiasmo à catequese e às obras de caridade. Amália esteve presente em outras organizações católicas como Mães Católicas, Marias do Tabernáculo, Conferências de Paulo e a Confraria de Nossa Senhora do Carmo. Quanto aos estudos, em 1935 começou a cursar o bacharelado com o objetivo de obter o título de parteira.
Quando a perseguição religiosa começou na Espanha, com a consequente destruição de igrejas e conventos, e o assassinato de inúmeros católicos, Amália escondeu em sua casa duas religiosas, sabendo que esta atitude poderia custar-lhe a vida. Seu despojamento e caridade a impulsionaram a visitar dois fiéis encarcerados para dar-lhes ânimo e socorrê-los materialmente. Os perseguidores, conhecendo sua militância católica e a ajuda que prestava aos detentos, prenderam-na e submeteram-na a todo tipo de maus-tratos e fome.Finalmente, em 28 de setembro de 1936, a jovem mãe deu testemunho do seu amor a Jesus Cristo com seu próprio sangue, sendo assassinada em Benillup pelos milicianos, e seu corpo foi depositado em uma vala da estrada que liga esta cidade com Almudaina. Em 1939 seus restos mortais foram levados para o Cemitério de San Fabián de Alcoy e em 1957 para a Capela do Santíssimo Sacramento da Paróquia de San Mauro e San Francisco de Alcoy. Sua confiança na Providência de Deus frutificou: suas filhas foram ajudadas e anos mais tarde uma filha sua partiu rumo à África como missionária. O Papa João Paulo II elevou-a a honra dos altares no dia 11 de março de 2001, juntamente com outros 232 mártires da perseguição religiosa ocorrida na Espanha. Fontes: www.santiebeati
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