VAMOS PARA A DESOBRIGA
Pe. Pelágio e João Dias estão saindo para uma desobriga. Era a visita que se fazia aos moradores da zona rural, para “se desobrigarem” do preceito da confissão e comunhão pascal. Foi o apostolado que mais encantou e apaixonou o Pe. Pelágio. Mas era preciso preparar muita coisa, pois a desobriga durava semanas: Primeiramente um “camarada” de confiança para mostrar o caminho e espantar os bichos ferozes. Depois, animais bem escolhidos, de preferência mulas ou burros. Bagagem completa com os pertences litúrgicos, couro de boi como colchão de emergência, rede, apetrechos para cozinhar, etc. Seus companheiros foram o Getúlio, o Tem-tem, o Hermínio e tantos outros.
QUASE UMA TRAGÉDIA
Certa vez, por volta de 1940, Pe. Pelágio vinha voltando da visita a um doente, perto de Trindade, quando a mula Ruana caiu com ele, prendendo-lhe a perna. Ficou prensado em baixo do animal durante várias horas, em plena noite, sofrendo muitas dores, sem poder levantar-se. De madrugada passou um homem que ia para a moagem de cana. Viu o padre naquela situação dolorosa e o ajudou a se libertar do peso. Ficou mancando durante muito tempo. Quantas outras peripécias e aventuras o missionário viveu e sofreu! E as quedas de cavalo! Só Deus sabe quantas, porque muitas ficaram em segredo. (Continua).
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
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