Evangelho segundo S. Lucas 24,35-48.
Naquele
tempo, os discípulos de Emaús contaram o que tinha acontecido no caminho e como
tinham reconhecido Jesus ao partir do pão.Enquanto diziam isto, Jesus
apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Espantados e cheios de medo, julgavam ver um espírito. Disse-lhes Jesus:
«Porque estais perturbados e porque se levantam esses pensamentos nos vossos
corações? Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo; tocai-Me e vede:
um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho». Dito isto,
mostrou-lhes as mãos e os pés. E como eles, na sua alegria e admiração, não
queriam ainda acreditar, perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa para comer?». Deram-Lhe uma posta de peixe assado, que Ele tomou e começou a comer
diante deles. Depois disse-lhes: «Foram estas as palavras que vos dirigi,
quando ainda estava convosco: ‘Tem de se cumprir tudo o que está escrito a meu
respeito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos’». Abriu-lhes então o
entendimento para compreenderem as Escrituras e disse-lhes: «Assim está
escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro
dia, e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos
pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois testemunhas
disso.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São João Paulo II (1920-2005), papa
Entrai na esperança
Temos, mais do que nunca, necessidade de
ouvir estas palavras de Cristo ressuscitado: «Nada receeis!» (Mt 28,10). É uma
necessidade para o homem dos nossos dias […], que não cessa de ter medo no seu
foro íntimo, e tem razões para isso […]. Como é uma necessidade para todos os
povos e para as nações do mundo inteiro. É preciso que, na consciência de cada
ser humano, se reforce a certeza de que existe Alguém que tem nas mãos o destino
deste mundo que passa, Alguém que detém as chaves da morte e do inferno (Ap,
1,18), Alguém que é o Alfa e o Ómega da história do homem (Ap 22,13), quer da
individual, quer da coletiva; e, sobretudo, a certeza de que este Alguém é Amor,
o Amor encarnado, o Amor crucificado e ressuscitado, o Amor incessantemente
presente no meio dos homens! Ele é o Amor eucarístico. Ele é uma fonte
inesgotável de comunhão. Ele é o único em quem podemos acreditar sem a menor
reserva quando nos pede: «Nada receeis»
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