Na última edição do Martirológio romano Santo Habib é recordado no dia 2 de setembro. Seu nome, proveniente do sumério, significa “pai”. De fato, ele viveu na cidade de Edessa, no que era o território da Síria. Nessa cidade ele desempenhava o ministério do diaconato. Por volta do ano 305 uma dura perseguição contra os cristãos começou a mando do imperador do Oriente Galério. Apenas no ano 311 houve uma trégua, com a promulgação de um edito de tolerância religiosa por parte do imperador. Narra-se, no entanto, que durante os duros anos de perseguição foram muitos os mártires cristãos. Dentre estes, no ano 306, há o testemunho da passio dos santos mártires Guria e Samona, amigos e compatriotas de Habib. Com o advento da abertura por parte das autoridades, a comunidade cristã de Edessa refloresceu. O diácono Habib pôde exercitar por bons anos seu ministério junto com os demais membros do clero local, mas com a chegada de um novo imperador – Licínio Valério –, outra perseguição se abateu sobre a comunidade cristã. Nessa onda persecutória, no ano 322, Habib foi preso. Num primeiro momento foi liberto, mas a recordação de seus amigos mártires e o desejo de receber a palma da vitória, moveram Habib a se entregar espontaneamente às autoridades. Um dos oficiais romanos da província da Síria o submeteu a violento interrogatório. Por fim, veio a condenação: por ser cristão, seria queimado vivo. A sentença foi executada logo em seguida, mas, milagrosamente seu corpo ficou intacto, resistindo ao calor da fornalha. Logo depois da morte, os cristãos tomaram o corpo e o embalsamaram, sepultando-o posteriormente junto dos outros dois mártires, Guria e Samona, seus amigos.
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