Papa (230-235) e santo da Igreja Cristã de Roma nascido em Roma, sucessor de Urbano I e que pois fim ao cisma iniciado com Calixto I e que continuava durante o seu pontificado.
Eleito papa ainda durante o período do cisma, ordenou o canto dos Salmos, a recitação do confiteor Deo e o uso do Dominus vobiscum e pôs fim à heresia de Hipólito.
Em cinco anos de pontificado, de grande ação pastoral, de oposições, de luta contra a heresia, apesar das pressões do seu irredutível opositor Hipólito (217-235), sacerdote romano, antipapa, personalidade de destaque na Roma cristã do 3º século, teólogo do clero de Roma, mas uma figura controversa pelas suas atitudes de intransigência e oposição à autoridade do pontífice, inclusive já entrara em contraste com o papa São Calisto (217-220), pelo seu rigorismo em relação aos adúlteros, aos quais recusava a reconciliação e o perdão, que por sua vez eram concedidos pelo papa.
Foi vítima do Imperador Maximiniano, que iniciou uma era de perseguições, que o aprisionou, condenou e deportou (235) para a Sardenha para cumprir trabalhos forçados nas pedreiras da Sardenha. Demitiu-se do pontificado pouco depois de ter chegado à ilha, sendo esta a primeira vez que isso aconteceu na história dos papas.
Sua renúncia tinha o magnânimo objetivo de não criar dificuldades à Igreja de Roma para a reconciliação com os seguidores de Hipólito, que chegou mesmo à ruptura total, autordenando-se bispo e fundando uma igreja própria, arrastando no cisma parte do clero e do povo de Rom. Hipólito, que também tinha sido condenado ao exílio e ao trabalho forçado nas minas, e o seu grupo foi reconduzido à Igreja de Roma, pondo fim ao cisma que durou vinte anos, e o papa morreu martirizado de sofrimentos na ilha de Tavolara, Sassari.
O papa de número 18 foi sucedido pelo papa Santo Antero (235-236), de origem grega, que permaneceu na prisão durante seu brevíssimo pontificado.
Fonte: www.dec.ufcg.edu.br
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