segunda-feira, 24 de maio de 2021

EVANGELHO DO DIA 24 DE MAIO

Evangelho segundo São Marcos 10,17-27. 
Naquele tempo, ia Jesus pôr-Se a caminho, quando um homem se aproximou correndo, ajoelhou diante dele e Lhe perguntou: «Bom Mestre, que hei de fazer para alcançar a vida eterna?». Jesus respondeu: «Porque Me chamas bom? Ninguém é bom senão Deus. Tu sabes os mandamentos: "Não mates; não cometas adultério; não roubes; não levantes falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe"». O homem disse a Jesus: «Mestre, tudo isso tenho eu cumprido desde a juventude». Jesus olhou para ele com simpatia e respondeu: «Falta-te uma coisa: vai vender o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu. Depois, vem e segue-Me». Ao ouvir estas palavras, o homem ficou abatido e retirou-se pesaroso, porque era muito rico. Então Jesus, olhando à sua volta, disse aos discípulos: «Como será difícil para os que têm riquezas entrar no Reino de Deus!». Os discípulos ficaram admirados com estas palavras. Mas Jesus afirmou-lhes de novo: «Meus filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus». Eles admiraram-se ainda mais e diziam uns aos outros: «Quem pode então salvar-se?». Fitando neles os olhos, Jesus respondeu: «Aos homens é impossível, mas não a Deus, porque a Deus tudo é possível». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Teresa de Calcutá
(1910-1997) 
Fundadora das Irmãs 
Missionárias da Caridade 
«Não há amor maior» 
«Retirou-se pesaroso, 
porque era muito rico» 
Não nos arrogamos o direito de julgar os ricos. O que desejamos não é uma luta de classes, mas um encontro entre as classes, um encontro no qual o rico salva o pobre e o pobre salva o rico. A pobreza é a nossa maneira humilde de admitirmos e aceitarmos o estado de pecado, de impotência e de extremo vazio em que nos encontramos diante de Deus; é a maneira de reconhecermos o nosso estado de miséria, mas que se exprime como esperança nele, como espera para tudo recebermos dele, que é o nosso Pai. A nossa pobreza deve ser uma autêntica pobreza evangélica – amável, terna, feliz, vivida de coração aberto, sempre pronta a dar um sinal de amor. A pobreza é amor antes de ser renúncia. Para amar, é necessário dar. Para dar, é necessário estar liberto de todas as formas de egoísmo.

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