S. Sotero foi o 12º papa entre 166 e 174.
De origem grega, Sotero nasceu em Nápoles. Conhece-se muito pouco deste papa, a não ser que seu pontificado foi marcado por seu zelo pela doutrina e pelas obras sociais.
Tradicionalmente é lembrado pelos católicos por ter enviado esmolas para muitas igrejas em todas as cidades onde os cristãos eram perseguidos.
O pontificado de Sotero coincide com o governo romano de Marco Aurélio, o “imperador filósofo”, sob o qual foram cruelmente perseguidos os cristãos. Datam dessa época os martírios de Felicidade e Perpétua, de Justino, de Policarpo de Esmirna — todos estes canonizados pela Igreja — e de milhares de fiéis.
De uma carta de Dionísio, bispo de Corinto: “precisamos e apreciamos hoje a grande caridade do papa Sotero para com os perseguidos, seus cuidados paternais em época tão difícil”.
Durante o seu pontificado, opôs-se com rigor aos hereges montanistas, cuja expansão representava um perigo iminente para a verdadeira fé. Atacando um abuso que, por influência herética, se ia introduzindo nas comunidades, proibiu que as mulheres tocassem nos vasos e ornamentos sagrados e que oferecessem incenso durante as cerimónias.
No corrente do mês de Dezembro do ano que precedeu o seu martírio, ele tinha ordenado, segundo o costume dos seus antecessores, dezoito sacerdotes, nove diáconos e onze bispos.
As suas cartas às demais Igrejas eram guardadas e lidas com veneração.
O Papa Sotero foi sepultado no cemitério que mais tarde veio a chamar-se de São Calixto.
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