segunda-feira, 26 de maio de 2014

EVANGELHO DO DIA 26 DE MAIO

Evangelho segundo S. João 15,26-27.16,1-4a.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, e que Eu vos hei-de enviar da parte do Pai, Ele dará testemunho a meu favor. E vós também haveis de dar testemunho, porque estais comigo desde o princípio.» «Dei-vos a conhecer estas coisas para não vos perturbardes. Sereis expulsos das sinagogas; há-de chegar mesmo a hora em que quem vos matar julgará que presta um serviço a Deus! E farão isto por não terem conhecido o Pai nem a mim. Deixo-vos ditas estas coisas, para que, quando chegar a hora, vos lembreis de que Eu vo-las tinha dito. Não vo-las disse, porém, desde o princípio, porque Eu estava convosco.» 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja - Sermão 108; PL 52, 499 
Oferecer um sacrifício a Deus
«Rogo-vos, pois, irmãos, pela misericórdia de Deus, que ofereçais o vosso corpo como hóstia viva, santa e agradável a Deus» (Rom 12,1). Através deste pedido, o apóstolo Paulo ensina todos os homens a participarem no sacerdócio. […] O homem não procura no exterior o que vai oferecer a Deus, antes traz consigo e em si o que vai sacrificar a Deus para seu próprio bem. […] «Rogo-vos pela misericórdia de Deus.» Irmãos, este sacrifício é à imagem de Cristo, que imolou o seu corpo e ofereceu a sua vida pela vida do mundo. Na verdade, Ele fez do seu corpo um sacrifício vivo, Ele que vive ainda, após ter sido morto. Neste tão grande sacrifício, a morte é aniquilada, é conquistada pelo sacrifício. […] É por isso que os mártires nascem no momento da sua morte e começam a sua vida quando a terminam; vivem quando são mortos e brilham no céu quando, na terra, se pensa que morreram. […] 
O profeta cantou: «Não desejais sacrifícios nem oblações – abristes os meus ouvidos – não pedis holocaustos nem vítimas» (Sl 39,7). Sê simultaneamente o sacrifício oferecido e aquele que o oferece a Deus. Não percas aquilo que o poder de Deus te ofereceu. Veste o manto da santidade. Toma o cinto de castidade. Que Cristo seja o véu da tua cabeça; a cruz, a protecção da tua testa que te dá perseverança. Conserva no teu coração o sacramento das Escrituras divinas. Que a tua oração arda sempre como incenso agradável a Deus. Toma «a espada do Espírito» (Ef 6,17); que o teu coração seja o altar onde poderás, sem temor, oferecer toda a tua pessoa e toda a tua vida. […] 
Oferece a tua fé para punir a descrença; oferece o teu jejum para pôr fim à voracidade; oferece a tua castidade para que a sensualidade morra; sê fervoroso para que a maleficência acabe; faz obras de misericórdia para pôr fim à avareza; e, para suprimir a futilidade, oferece a tua santidade. Deste modo a tua vida tornar-se-á a tua oferenda, se ela não tiver sido ferida pelo pecado. O teu corpo vive, sim, vive, todas as vezes que, ao fazeres o mal morrer em ti, ofereceres a Deus virtudes vivas.
http://www.evangelhoquotidiano.org/

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