Para escrever sobre
espiritualidade temos que entender o sentido da palavra. É um termo que está
muito em voga no momento atual. Há muitas “espiritualidades”, por exemplo, as
espiritualidades das diversas religiões como judaica, muçulmana, hindu,
espiritismo etc... Vamos tratar da espiritualidade cristã, sob o prisma
católico, assim mesmo sem entrar pelo rico veio da espiritualidade das igrejas
orientais. Há elementos que são comuns, saudáveis e construtivos, dos quais
podemos aprender tantas coisas. Não desmerecemos as riquezas de outros
caminhos, mas queremos refletir sobre a nossa espiritualidade que nasce do
batismo através de uma renovada profissão de fé, na Igreja. Devemos
inicialmente distinguir espiritualidade de espiritualismo. Espiritualismo é
modismo e não atinge o interior da pessoa, por exemplo, uma técnica espiritual
de concentração. Pode ser aplicada ao nosso caminho, mas como instrumento. O que é espiritualidade cristã?
“Espiritualidade é a vivência do Evangelho guiada pelo Espírito Santo, na
Igreja. Trata-se de nossa vida religiosa guiada pelo Espírito Santo.
2.
O Espírito e a pessoa.
A espiritualidade envolve toda a
pessoa com sua realidade individual e na situação em que vive. A pessoa
responde ao Espírito com adesão da inteligência e ações exteriores
correspondentes à opção de fé em Jesus e às condições humanas. Exige um caminho
pessoal de acordo com o tipo próprio de ser de cada um. Por isso a
Espiritualidade não é igual para todos, ainda que seja a mesma. Depende das
diferenças de sexo, idade, temperamento, cultura, dons, aptidões, situações
pessoais, estado civil (casado ou solteiro), profissão, doenças, história pessoal,
história em que se vive, teologia dominante e mesmo a região geográfica (por
ex. um lugar de muito sol pode dar um tipo diferente relativamente um lugar
mais sombrio). É diferente a espiritualidade de um homem e a de uma mulher
etc... Errado seria se fosse tudo igual. O Espírito é o mesmo, mas diferentes
serão os modos. Cada um será diferente do outro no caminho da espiritualidade,
mesmo que o passado tenha querido igualar e nivelar. Jesus dizia: “Na casa do
meu pai há muitas moradas”. O Espírito Santo ilumina e guia a todos, mas cada
um a seu modo. Que bela critiatividade do Espírito! Houve uma uniformidade que
afastou o povo da espiritualidade, como sendo uma coisa para poucos e, mesmo,
só para os antigo.
3. Caminho a seguir.
Neste caminho de formação que
iniciamos, pretendo procurarmos os fundamentos da espiritualidade, sua
estrutura teológica e as dinâmicas que a impulsionam. Assim nos orientamos para
a vivência. Há muitas maneiras de nos aproximarmos desta temática. Uma não
exclui a outra. Vamos assim, lentamente, entrando neste tema. Qualquer dúvida
ou acréscimo, escrevam-nos. Teremos uma numeração seguida. Se alguém perde
algum número, pode nos escrever pedindo. Nosso desejo não é tanto ensinar como
fazer nossa espiritualidade pessoal, mas, sobretudo mostrar como funciona. A
partir destes dados poderemos caminhar para a prática pessoal. Nos artigos vou
tratar somente deste assunto.
http://padreluizcarlos.wordpress.com/
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