André pertencia à nobre linhagem Conti de Segni, mas nasceu em Anagni em 1240. Essa família já tinha dado à Igreja vários papas, bispos e sacerdotes. Ele era parente próximo dos papas Inocêncio III, Gregório IX, Alexandre IV e Bonifácio VIII, dos dois últimos ele foi respectivamente tio e sobrinho.
Sentindo-se desde a juventude atraído pelo espírito franciscano, renunciou a todos os bens e ingressou no convento de São Lourenço de Anagni, fundado pelo próprio São Francisco. Não lhe pareceu suficiente a austeridade de vida que ali reinava, e por isso pediu e obteve permissão para se retirar a uma gruta nas rochas dos Apeninos – uma gruta estreita e tão baixa, que lá dentro só podia estar inclinado e de joelhos. A sua vida girava entre a contemplação e a austeridade.
Quando era assaltado pelo demônio com tentações, afugentava-o com o sinal da cruz e também libertava do tentador outras pessoas que vinham ter com ele em busca de libertação do inimigo.
As honras que pretendia evitar perseguiram-no até no seu inóspito eremitério, onde acorria muita gente, atraída pela sua fama de santo e sábio teólogo. Escreveu um tratado sobre a Santíssima Virgem. O papa Alexandre IV, seu tio, foi pessoalmente ter com ele para lhe oferecer as insígnias de cardeal, mas André devolveu-lhes, dizendo que o único privilégio que aceitava era o de o deixarem sossegado na sua gruta de oração, meditação e estudo.
Mais tarde recusou novamente e com energia o mesmo gesto do seu sobrinho Bonifácio VIII, que alimentava a esperança de sobreviver ao tio para o elevar à honra dos altares. Mas nem essa graça o Senhor lhe concedeu, pois tio e sobrinho morreram num intervalo de poucos meses.
A sua vida santa, mais angélica do que humana, foi avalizada por Deus com prodígios e milagres. Voou para o Céu a 1 de fevereiro de 1302, com 62 anos de idade.
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