Os
textos evangélicos referentes à Ressurreição de Jesus são unânimes em proclamar:
Ele esta vivo, nós O vimos e somos testemunhas. Não importa o modo como se
expressam para dizer que O viram. As aparições de Jesus tinham a característica
de mudança. É o mesmo, pois até comeu um pedaço de peixe assado diante deles (Lc 24,41-43). É o
mesmo que fora crucificado. Os discípulos sentem dificuldades para crer.
Primeiro pensam que é um fantasma e depois a alegria é tanta que nem acreditam.
Jesus insiste; “Tocai em mim e vede. Um fantasma não tem carne nem ossos como
vedes que Eu tenho. Dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés ... Eles
não podiam acreditar, porque estavam surpresos e alegres. Então Jesus disse:
‘Tendes alguma coisa para comer’?. Deram-Lhe um pedaço de peixe assado. Ele o
tomou e comeu diante deles” (Lc 24,39-43).Pareceu-lhes diferente, pois não O reconhecem
imediatamente. Diante do diferente torna-se necessário que Jesus lhes abra a
inteligência para entenderem as Escrituras “Assim está escrito: ‘O Cristo
sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia e no seu nome, serão
anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por
Jerusalém”’ (Lc
24,46-48). Somente Ele pode nos fazer compreender sua Paixão, Morte e
Ressurreição. A partir desta compreensão podem entender sua missão de anunciar
a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações. Jesus é solene: “Vós
sereis testemunhas de tudo isso” (Lc 24,48). O vigor missionário dos apóstolos e dos discípulos
depois da Ascensão provém da experiência pessoal com Cristo vivo. Os que crerem
em Jesus, sem tê-Lo visto poderão dar o mesmo testemunho a partir de sua
experiência de fé, pois o Espírito é dado a todos. Podemos notar que esse vigor
apostólico continua presente na Igreja que anuncia o Cristo vivo e denuncia os
lugares de morte existentes por falta de fé.
Convite
à conversão
O
perdão é garantido por Jesus que em sua obra redentora expiou nossos pecados. Ele
continua a ser nosso Defensor contra o mal. Os apóstolos, liderados por Pedro, anunciam
com coragem e sabedoria tudo o que aconteceu com Jesus. Dizem que se cumprem as
profecias. O erro dos chefes do povo foi por ignorância, como diz Pedro: “Eu
sei que vós agistes por ignorância, assim como vossos chefes” (At 3,17). Agindo
assim, cumpriram as profecias. Pedro põe os ouvintes como culpados da morte de
Cristo e beneficiários da redenção prometida aos antepassados. Seu pecado é
perdoado. Pedro é firme no propósito de ser testemunha: “Arrependei-vos,
portanto, e convertei-vos, para que vossos pecados sejam perdoados”.
Caminho
de todos
As
orações litúrgicas pascais afirmam a destinação de todos: “Dai aos que
renovastes pelos sacramentos a graça de chegar um dia à glória da ressurreição
da carne” (Pós-Comunhão).
Ou, na oração sobre as oferendas lembra que a Igreja em festa pede a eterna
alegria. A oração da missa estimula a esperar com plena confiança a
ressurreição da carne. Como Cristo ressuscitou, todos nós ressuscitaremos. É um
motivo para viver a alegria e a plena experiência da fé. Renovados, recuperamos
a condição de filhos de Deus, merecemos exultar de alegria. Pelo amor a Deus
correspondemos ao grande dom da Ressurreição. Somente ama Deus quem guarda seus
mandamentos. “Naquele que guarda sua
palavra, o amor de Deus é plenamente realizado” (1Jo 2,1-5).
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