Evangelho segundo S. Mateus 19,27-29.
Naquele
tempo, disse Pedro a Jesus: «Nós deixámos tudo para Te seguir. Que recompensa
teremos?». Jesus respondeu: «Em verdade vos digo: No mundo renovado, quando
o Filho do homem vier sentar-Se no seu trono de glória, também vós que Me
seguistes vos sentareis em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou
terras, por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá como herança a
vida eterna.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Venerável Pio XII (1876-1958), papa
Homilia em São Paulo Extra-Muros, 18 de Setembro de 1947
São Bento é o pai da Europa. Quando o
Império Romano se afundou, consumido pela vetustez e pelos vícios, e os bárbaros
investiram sobre as províncias, este homem a quem já chamaram o último dos
grandes romanos (na expressão de Tertuliano), aliando a romanidade ao Evangelho,
extraiu destas duas fontes o auxílio e a força que lhe permitiram unir
fortemente os povos da Europa sob o estandarte e a autoridade de Cristo. […] De
facto, do mar Báltico ao Mediterrâneo, do oceano Atlântico às planícies da
Polónia, legiões de monges beneditinos adoçaram as nações rebeldes e selvagens,
por meio da cruz, dos livros e da charrua.
«Oração e trabalho»: não é
certo que esta divisa dos beneditinos contém, na sua majestosa brevidade, a lei
principal da humanidade e a sua regra de vida? […] Orar é um preceito divino;
como o é trabalhar: não é certo que temos de cumprir um e outro, para glória de
Deus e aperfeiçoamento do nosso espírito e do nosso corpo? […] Atualmente [na
sequência da II Guerra Mundial], a Europa geme sujeita a calamidades e misérias.
[…] No meio desta tempestade, que faz cair a Europa no desastre e na
infelicidade, não é inoportuno nem inútil recordar que se estabeleceram na
Europa, como fundamento de grande solidez, poderosas forças interiores e uma
longa excelência de civilização.
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