A Igreja, pelo ministério do Papa
Pio XII, no dia 01 de novembro de 1950, proclamou como um dogma que a Virgem Maria “ao concluir o
curso de sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma para a glória celestial”.
Esta verdade foi conhecida pela Tradição que a fundamentou na Escritura,
celebrou na liturgia, foi conhecida e proclamada pelos Santos Padres e
teólogos. O povo de Deus sempre acreditou nesta verdade. O fundamento está na
ressurreição de Cristo: “Como todos morrem em Adão, assim também em Cristo,
todos reviverão, porém, cada qual segundo uma ordem determinada. Em primeiro
lugar Cristo, como primícia; depois os que pertencem a Cristo por ocasião de
sua vinda” (1Cor,
15,22-23). Por ser a Mãe do Filho de Deus, recebeu este dom: “Pois
preservastes da corrupção da morte aquela que gerou de modo inefável vosso
próprio Filho feito homem”(Prefácio).
Isabel proclama: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito pe o Fruto do teu
ventre” (Lc 1,42).
A fé de Maria está em acolher a Palavra de Deus e por isso acolheu o Filho que
é a Palavra (Jo 1,14).
Está unida ao Filho que gerou. Paulo disse: “Todos reviverão, cada um segundo a
ordem determinada”. Ela recebeu a glorificação após Cristo, pois esteve unida a
Ele em sua Ressurreição. Assim reconhece: “Grandes coisas fez em mim o todo poderoso” (Lc 1,49). Sua Assunção é o destino de
toda a Igreja. “Pois ela é aurora e esplendor da Igreja triunfante; Ela é
consolo e esperança para o vosso povo ainda em caminho” (Prefácio). Ser elevada em corpo e alma
é conseqüência de sua imaculada concepção e sua maternidade divina. E convinha que
não conhecesse a corrupção, quem é Mãe da Vida.
Atentos
às coisas do alto
A
Assunção de Maria é um dom para toda a Igreja que vê nela a realização de sua
fé. Torna-se modelo dos membros do Corpo de Cristo e, na caridade, intercessora
suplicante. Ela atrai, acompanha, intercede e acolhe todo o povo de Deus, como
fez com os discípulos que foram seu pequeno rebanho após a Ascensão de seu
Filho. Ela está presente em sua vida, como esteve presente na vida de Jesus.
Agora ela é a Rainha, como rezamos no salmo 44: “À vossa direita está a rainha
com veste resplendente. Que o rei se encante com tua formosura”. O que foi
Maria na terra, o continua no Céu. Como entender as contradições ao culto a
Maria? Ela participa da recusa que fazem a Jesus, pois cortar a planta é
decepar o Fruto, como lemos no Apocalipse: Perseguiram a mulher porque queriam
lhe devorar o Filho (Ap
1,4). Amar Maria é buscar as coisas do alto. Contemplando a Mãe assunta
ao Céu, pedimos: “Acendei o desejo de chegar ao Céu” (oferendas).
Nossa
missão com Maria
Maria
encarna os pobres de
Javé na dimensão de confiança, de doação e de amor. Ela é nossa irmã como criatura e nossa irmã no
destino glorioso. Vamos continuar sua missão como ela o fez: Proteger o filho
contra o dragão do mal, como nos narra o (Ap 12,1-4) é proteger os filhos da Igreja.
Como visita Isabel, continua visitando o seu povo na obra da misericórdia que
Deus manifestou nela (Lc
1,54). Por isso nós a chamamos de
Mãe da Misericórdia que é Cristo. E pedimos: “Dai-nos pela intercessão de Maria
chegar à glória da ressurreição” (Pós-Comunhão). Perdeu o Filho e lhe é apresentado o homem: “Eis
o teu filho”. Perde o corpo do Filho e recebe os filhos com o Filho no Corpo
Místico.
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