Evangelho segundo S. Lucas 19,45-48.
Naquele
tempo, Jesus entrou no templo e começou a expulsar os vendedores, dizendo-lhes: «Está escrito: ‘A minha casa é casa de oração’; e vós fizestes
dela ‘um covil de ladrões’». Jesus ensinava todos os dias no templo. Os
príncipes dos sacerdotes, os escribas e os chefes do povo procuravam dar-Lhe a
morte, mas não encontravam o modo de o fazer, porque todo o povo ficava
maravilhado quando O ouvia.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos
Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da
Igreja
Sermão sobre o Salmo 130, § 3
«Todo o povo ficava maravilhado quando O ouvia.»
Rezamos no templo de Deus quando rezamos na
paz da Igreja, na unidade do Corpo de Cristo, porque o Corpo de Cristo é
constituído pela multidão dos crentes espalhados por toda a terra. [...] Para
sermos atendidos, é neste templo que temos de rezar, «em espírito e verdade» (Jo
4,23), e não no Templo material de Jerusalém. Este era «uma sombra das coisas
que hão-de vir» (Col 2,17), e por isso caiu em ruínas. [...] Este Templo que
caiu não podia ser a casa de oração da qual foi dito: «A minha casa será chamada
casa de oração para todas as nações» (Mc 11,17; Is 56,7).
Terão os que a
transformaram num «covil de ladrões» sido realmente os causadores da sua queda?
Pois os que levam na Igreja uma vida de desordem, os que procuram fazer da casa
de Deus um covil de ladrões, estando ela em seu poder, também não poderão
destruir este templo. Virá o tempo em que serão expulsos sob o chicote dos seus
pecados. Esta assembleia de fiéis, templo de Deus e Corpo de Cristo, tem apenas
uma voz e canta como um só homem. [...] Se quisermos, essa voz será a nossa; se
quisermos escutar o cântico, cantá-lo-emos também no nosso coração.
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