Nicodemos foi um fariseu, membro do Sinédrio, mestre da Lei, que, segundo o Evangelho de João, mostrou-se favorável a Jesus. Ele aparece três vezes nesse evangelho: na primeira, visita Jesus uma noite para ouvir seus ensinamentos (João 3:1-21); na segunda, afirma a lei relativa à detenção de Jesus durante a Festa dos Tabernáculos (João 7:45-51); e na terceira, após a crucificação, ajuda José de Arimatéia na preparação do cadáver de Jesus para o enterro (João 19:39-42).
O debate com Jesus é a fonte comum de várias manifestações do cristianismo contemporâneo, especificamente a frase descritiva do “nascer de novo”, utilizada para descrever a experiência de crer em Jesus como o Salvador, e o versículo “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16, frequentemente citado para descrever o plano de Deus a respeito da salvação.
O livro apócrifo Evangelho de Nicodemos, foi provavelmente produzido entre os séculos II a V, e é, em grande parte, uma narrativa dos atos de Pilatos.
Embora não haja nenhuma fonte de informação clara sobre Nicodemos fora do Evangelho de João, muitos historiadores identificam-no com Nicodemos Ben Gurion, mencionado no Talmude como um homem rico, figura respeitada, generosa e popular, com a reputação de ter tido poder milagroso.
A tradição cristã também afirma que foi martirizado no primeiro século. A igreja católica venera-o como São Nicodemos. A Ordem Franciscana ergueu uma igreja que tem o seu nome e o nome de São José de Arimatéia em Ramla, Israel.
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