Nasceu em Bréscia em 4 de outubro de-1687, filha de Leopardo, Conde Martinengo de Barco, e Margarida, da família dos condes Secchi de Aragão. Ficou órfã de mãe com um ano. Foi educada pela madrinha e por uma humilde mulher, empregada da casa, que teve uma grande influência sobre ela, principalmente sobre sua vocação religiosa. Aplicou-se com grande paixão aos estudos de maneira a poder ler o latim e recitar o breviário com apenas 10 anos.
Completou a sua educação nos melhores colégios de Bréscia, No seu amadurecimento, no entanto, uma firme vocação religiosa com acentuada propensão para a ascética e a mística. Com 13 anos fez voto de virgindade, mas depois padeceu um período de aridez espiritual e fortes tentações, que só superou em 1709. Venceu a resistência paterna e a sua própria oscilação entre o Carmelo e a ordem das capuchinhas, decidindo-se por esta última, e em 1705 vestiu o hábito franciscano no Mosteiro de Santa Maria das Neves. No ano seguinte, ao fazer a profissão religiosa, trocou o nome de baptismo de Margarida por Maria Madalena.
Viveu 32 anos na clausura. No convento fez de tudo, e também foi mestra das noviças e vice-abadessa. Mas o que caracterizou a sua vida foram os fenómenos místicos como a impressão dos estigmas, êxtases, aparições, ciência infusa, telepatia, profecia, milagres, luminosidade e outros. Só por esse elenco pode-se perceber que a sua vida não deve ter sido compreendida por confessores e superioras. De fato, sofreu fortes perseguições por parte dos confessores e das outras freiras, todos admirados desse acúmulo de fenómenos inexplicáveis para o senso comum e quase que quotidianos. Escreveu uma autobiografia, que é uma obra-prima de espiritualidade e de vida mística. Deixou também, outros escritos. Morreu em Bréscia em 27 de julho de 1737 e logo foi tida como santa pelas demais freiras e pela população da cidade.
Foi beatificada por Leão XIII em 1900.
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