Filho de um camponês do Artois (França), Bento nasceu em 1748, sendo o mais velho de 15 filhos, e, aparentemente, fracassou em tudo o que desejava. Apesar disso, conseguiu manter sempre a paz no seu coração.
As portas fechavam-se diante dele, uma após outras, mas ele nunca desesperou. Recomeçava o seu caminho, dormindo onde calhava, vivendo do que lhe davam, continuando a procurar novos caminhos para atingir o seu Objectivo.
Submisso a todos, primeiro a seus pais, depois, no seu apelo interior, aos responsáveis dos mosteiros a cujas portas batia, aos seus confessores, aos acontecimentos, à vontade de Deus que, continuamente, lhe ia mudando os caminhos, Bento continuou a avançar humildemente, silenciosamente.
Sem dar nas vistas, atravessou a Europa com o seu saco e o seu crucifixo ao peito, percorrendo 30.000 quilómetros, pasando de mosteiro em mosteiro, de santuário em santuário, até se estabelecer em Roma, donde sairia várias vezes para ir até Loreto, antes de morrer no despojamento total.
Deste modo, S. Bento José Labre, em pleno "século das luzes", pobre e desprendido de tudo e principalmente de si mesmo, considerado um peregrino ou mesmo como um mendigo entre tantos outros, sujo e cheio de parasitas, foi aclamado como santo quando morreu em Roma, com 35 anos.
Bento Labre foi declarado "beato" em 1860 e "santo" em 1881. É o patrono dos deslocados e das pessoas desadaptadas.
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