PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR |
A luz
de uma presença
Os
textos evangélicos referentes à Ressurreição de Jesus são unânimes em proclamar:
Ele esta vivo, nós O vimos e somos testemunhas. Não importa o modo como se
expressam para dizer que O viram. As aparições de Jesus tinham a característica
de mudança. É o mesmo, pois até comeu um pedaço de peixe assado diante deles (Lc 24,41-43). É o
mesmo que fora crucificado. Os discípulos sentem dificuldades para crer.
Primeiro pensam que é um fantasma e depois a alegria é tanta que nem acreditam.
Jesus insiste; “Tocai em mim e vede. Um fantasma não tem carne nem ossos como
vedes que Eu tenho. Dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés ... Eles
não podiam acreditar, porque estavam surpresos e alegres. Então Jesus disse:
‘Tendes alguma coisa para comer’?. Deram-Lhe um pedaço de peixe assado. Ele o
tomou e comeu diante deles” (Lc 24,39-43).Pareceu-lhes diferente, pois não O reconhecem
imediatamente. Diante do diferente torna-se necessário que Jesus lhes abra a
inteligência para entenderem as Escrituras “Assim está escrito: ‘O Cristo
sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia e no seu nome, serão
anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por
Jerusalém”’ (Lc
24,46-48). Somente Ele pode nos fazer compreender sua Paixão, Morte e
Ressurreição. A partir desta compreensão podem entender sua missão de anunciar
a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações. Jesus é solene: “Vós
sereis testemunhas de tudo isso” (Lc 24,48). O vigor missionário dos apóstolos e dos discípulos
depois da Ascensão provém da experiência pessoal com Cristo vivo. Os que crerem
em Jesus, sem tê-Lo visto poderão dar o mesmo testemunho a partir de sua
experiência de fé, pois o Espírito é dado a todos. Podemos notar que esse vigor
apostólico continua presente na Igreja que anuncia o Cristo vivo e denuncia os
lugares de morte existentes por falta de fé.
Convite
à conversão
O
perdão é garantido por Jesus que em sua obra redentora expiou nossos pecados. Ele
continua a ser nosso Defensor contra o mal. Os apóstolos, liderados por Pedro, anunciam
com coragem e sabedoria tudo o que aconteceu com Jesus. Dizem que se cumprem as
profecias. O erro dos chefes do povo foi por ignorância, como diz Pedro: “Eu
sei que vós agistes por ignorância, assim como vossos chefes” (At 3,17). Agindo
assim, cumpriram as profecias. Pedro põe os ouvintes como culpados da morte de
Cristo e beneficiários da redenção prometida aos antepassados. Seu pecado é
perdoado. Pedro é firme no propósito de ser testemunha: “Arrependei-vos,
portanto, e convertei-vos, para que vossos pecados sejam perdoados”.
Caminho
de todos
As
orações litúrgicas pascais afirmam a destinação de todos: “Dai aos que
renovastes pelos sacramentos a graça de chegar um dia à glória da ressurreição
da carne” (Pós-Comunhão).
Ou, na oração sobre as oferendas lembra que a Igreja em festa pede a eterna
alegria. A oração da missa estimula a esperar com plena confiança a
ressurreição da carne. Como Cristo ressuscitou, todos nós ressuscitaremos. É um
motivo para viver a alegria e a plena experiência da fé. Renovados, recuperamos
a condição de filhos de Deus, merecemos exultar de alegria. Pelo amor a Deus
correspondemos ao grande dom da Ressurreição. Somente ama Deus quem guarda seus
mandamentos. “Naquele que guarda sua
palavra, o amor de Deus é plenamente realizado” (1Jo 2,1-5).
Leituras: Atos 3,13-15.17-19; Salmo 4; 1Jo
3,1-5;Lucas 24,35-48
1.
Os textos
evangélicos proclamam: Ele está vivo, nós o vimos e somos testemunhas. Ele é o
mesmo, mas é diferente. Mostra as mãos e os pés (sinais dos cravos) e come um
pedaço de peixe. Como tivessem dificuldades para compreender, abriu-lhes a
inteligência para entenderam as Escrituras que anunciava seu sofrimento e sua
ressurreição. Seria anunciada a conversão e o perdão dos pecados. Seu vigor
apostólico se baseia nessa experiência. É o mesmo que o Espírito dá aos que
crêem.
2.
O perdão é garantido por Jesus em sua obra redentora.
Os apóstolos anunciam com coragem e sabedoria o que aconteceu com Jesus. Pedro
acusa a ignorância dos chefes e do povo e acentua que assim se cumpriram as
profecias. Seu pecado é perdoado. Pedro anunciava a conversão para o perdão dos
pecados.
3.
As orações da liturgia afirmam a destinação de todos:
renovados pelos sacramentos possam chegar à glória da ressurreição da carne.
Renovados recuperamos a condição de filhos e merecemos exultar de alegria. Pelo
amor a Deus correspondemos ao dom da ressurreição da carne. Somente ama Deus
quem guarda seus mandamentos.
Peixe nadou com Jesus
É simpático que um pedaço de peixe assado tenha entrado como prova que
Jesus estava vivo e não era um fantasma. Comer é sinal de vida. Jesus se faz
presente. O evangelho vence a tendência de acabar com a recusa da Ressurreição.
A morte de Jesus e sua ressurreição são fatos reais e têm uma finalidade muito
clara que é de levar à conversão, como lemos também nos Atos dos Apóstolos
quando Pedro lembra ao povo que os chefes levaram Jesus à morte, mas por
ignorância. Mas insiste no arrependimento e na conversão.
Crer em Jesus é guardar seus mandamentos. Não é possível crer em Deus
se não existe a coerência de praticar seus mandamentos. Guardar sua palavra é
condição para que o amor seja perfeito.
Jesus é nosso
defensor contra o pecado e é vítima de expiação. Pagou por nossos males. Se o
peixe foi a prova que era Jesus mesmo que estava com eles, seremos também testemunho se acreditarmos e formos
coerentes.
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