Evangelho segundo S. João 3,16-21.
Naquele
tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Deus amou tanto o mundo que entregou o seu
Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n’Ele não pereça, mas tenha
a vida eterna.Porque Deus não enviou o Filho ao mundo para condenar o mundo,
mas para que o mundo seja salvo por Ele. Quem acredita n’Ele não é
condenado, mas quem não acredita já está condenado, porque não acreditou no nome
do Filho Unigénito de Deus. E a causa da condenação é esta: a luz veio ao
mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque eram más as suas
obras. Todo aquele que pratica más ações odeia a luz e não se aproxima dela,
para que as suas obras não sejam denunciadas. Mas quem pratica a verdade
aproxima-se da luz, para que as suas obras sejam manifestas, pois são feitas em
Deus».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos
Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Clemente de Alexandria (150-c. 215), teólogo
«Quem pratica a
verdade aproxima-se da luz»
O Pedagogo 1, 6
No instante em que somos baptizados, somos
iluminados; iluminados, tornamo-nos filhos; tornando-nos filhos, tornamo-nos
perfeitos; e, tornados perfeitos, recebemos a imortalidade. Eu disse, palavra do
Senhor: «Vós sois deuses, todos vós sois filhos do Altíssimo» (Sl 82,6; cf Jo
10,34).
A esta acção baptismal dão-se diversos nomes: chamamos-lhe
graça, iluminação, banho, compleição. Banho, porque somos purificados das nossas
faltas; graça, porque o castigo devido pelos nossos pecados foi levantado;
iluminação, porque contemplamos a santa luz da nossa salvação na qual
vislumbramos as coisas divinas; compleição, pois já não é preciso mais nada. Com
efeito, que poderia faltar àquele que conheceu Deus? E como poderíamos chamar
«graça de Deus» a uma coisa que não fosse perfeita? Pois, sendo Ele próprio
perfeito, Deus só pode dar coisas perfeitas. […]
Logo que alguém é
regenerado fica, tal como o nome indica, «iluminado»: ei-lo liberto das trevas
e, ao mesmo tempo, cheio de luz. […] Somos desembaraçados dos nossos pecados
que, como nuvem, cobriam o Espírito divino, e eis que se liberta o olho do nosso
espírito, ficando descoberto e luminoso, esse olho que nos permite contemplar as
coisas divinas.
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