terça-feira, 17 de junho de 2014

EVANGELHO DO DIA 17 DE JUNHO

Evangelho segundo S. Mateus 5,43-48.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem. Fazendo assim, tornar-vos-eis filhos do vosso Pai que está no Céu, pois Ele faz com que o Sol se levante sobre os bons e os maus e faz cair a chuva sobre os justos e os pecadores. Porque, se amais os que vos amam, que recompensa haveis de ter? Não fazem já isso os cobradores de impostos? E, se saudais somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos? Portanto, sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste.» 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Juliana de Norwich (1342-depois de 1416), mística inglesa 
«Revelações do amor divino», cap. 35 
«Ele faz com que o Sol se levante sobre os bons e os maus»
Tudo acabará em bem: a plenitude da alegria consiste em ver Deus em tudo. Através do mesmo poder, sabedoria e amor benditos com que criou todas as coisas, Ele conduz tudo continuamente para o mesmo objectivo e encaminhará tudo para Ele. Quando chegar a altura, vê-lo-emos claramente. […] Tudo o que Nosso Senhor faz é justo; tudo o que permite contribui para o seu desígnio – o bem e o mal. Porque tudo o que é bom é obra de Nosso Senhor; e o que é mau, Ele o permite. Não digo com isto que o mal seja válido; digo que aquilo que Nosso Senhor permite contribui para o seu desígnio. Deste modo, a sua bondade será conhecida para todo o sempre, bem como as maravilhas da sua humildade e da sua doçura nesta obra de misericórdia e de graça. […] 
O próprio Deus é a rectidão por excelência; todas as suas obras são justas, ordenadas que estão desde toda a eternidade pelo seu grande poder, a sua grande sabedoria, a sua grande bondade. Tal como estabeleceu tudo da melhor maneira, assim opera sem cessar com rectidão e conduz todas as coisas até ao seu fim. […] Nós estamos protegidos maravilhosamente e para sempre nesta rectidão, mais do que qualquer outra criatura. 
E a misericórdia é uma obra que provém da bondade de Deus; ela manter-se-á enquanto for permitido que o pecado atormente as almas justas. […] Deus permite as nossas quedas; mas protege-nos pelo seu poder e a sua sabedoria. Pela sua misericórdia e a sua graça, eleva-nos a uma alegria infinitamente maior. É assim que Ele quer ser conhecido e amado: na retidão e na misericórdia, agora e para sempre.

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