domingo, 29 de setembro de 2024

EVANGELHO DO DIA 29 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Marcos 9,38-43.45.47-48. 
Naquele tempo, João disse a Jesus: «Mestre, nós vimos um homem a expulsar os demónios em teu nome e procurámos impedir-lho, porque ele não anda connosco». Jesus respondeu: «Não o proibais; porque ninguém pode fazer um milagre em meu nome e depois dizer mal de Mim. Quem não é contra nós é por nós. Quem vos der a beber um copo de água por serdes de Cristo, em verdade vos digo que não perderá a sua recompensa. Se alguém escandalizar algum destes pequeninos que creem em Mim, melhor seria para ele que lhe atassem ao pescoço uma dessas mós movidas por um jumento e o lançassem ao mar. Se a tua mão é para ti ocasião de pecado, corta-a; porque é melhor entrar mutilado na vida do que ter as duas mãos e ir para a Geena, para esse fogo que não se apaga. E, se o teu pé é para ti ocasião de pecado, corta-o; porque é melhor entrar coxo na vida do que ter os dois pés e ser lançado na Geena. E, se um dos teus olhos é para ti ocasião de pecado, deita-o fora; porque é melhor entrar no reino de Deus só com um dos olhos do que ter os dois olhos e ser lançado na Geena, onde o verme não morre e o fogo nunca se apaga». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Juliana de Norwich 
(1342-depois de 1416) 
Mística inglesa 
Revelações do amor divino, cap. 35-36 
Face à misericórdia de Deus, 
reconhecer plenamente o nosso pecado 
Deus é, em Si próprio, a justiça por excelência. Todas as suas obras são justas, e estão ordenadas, desde toda a eternidade, pelo seu elevado poder, a sua elevada sabedoria, a sua elevada bondade. Da mesma maneira que fez tudo pelo melhor, Ele trabalha sem cessar, conduzindo cada coisa ao seu fim. A misericórdia é obra da bondade de Deus; e continuará a operar enquanto o pecado puder atormentar as almas justas. Quando essa permissão for retirada, tudo será estabelecido na justiça, para assim permanecer eternamente. Deus permite que caiamos. Mas protege-nos, pelo seu poder e a sua sabedoria, elevando-nos, pela sua misericórdia e a sua graça, a uma alegria infinitamente maior. É assim que Ele quer ser conhecido e amado: em justiça e misericórdia, agora e para sempre. Eu nada mais farei que pecar. Mas o meu pecado não impedirá que Deus opere. A contemplação da sua obra é uma alegria celeste para uma alma cheia de temor, e que deseja, sempre e cada vez mais amorosamente, fazer a vontade de Deus, com a ajuda da graça. Esta obra começará aqui na terra. Será gloriosa para Deus e enormemente vantajosa para aqueles que O amam na terra. Quando chegarmos ao Céu, seremos testemunhas disso, numa alegria maravilhosa. Esta obra prosseguirá até ao último dia. A glória e a beatitude que daí virão subsistirão no Céu, diante de Deus e de todos os seus santos, para sempre. Essa será a maior alegria: ver que o próprio Deus é o seu autor, pois o homem não é senão pecado. Parecia-me que Nosso Senhor me dizia: «Não tens aqui matéria para ser humilde? Não tens aqui matéria para amar? Não tens aqui matéria para te conheceres a ti própria? Não tens aqui matéria para te alegrares em Mim? Então, por amor de Mim, alegra-te em Mim. Nada Me pode agradar mais».

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