Evangelho segundo São Marcos 2,13-17.
Naquele tempo, Jesus saiu de novo para a beira-mar. A multidão veio ao seu encontro, e Ele começou a ensinar a todos.
Ao passar, viu Levi, filho de Alfeu, sentado no posto de cobrança, e disse-lhe: «Segue-Me». Ele levantou-se e seguiu Jesus.
Encontrando-Se Jesus à mesa em casa de Levi, muitos publicanos e pecadores estavam também à mesa com Jesus e os seus discípulos, pois eram muitos os que O seguiam.
Os escribas do partido dos fariseus, ao verem-no comer com os pecadores e os publicanos, diziam aos discípulos: «Por que motivo é que Ele come com publicanos e pecadores?».
Jesus ouviu e respondeu-lhes: «Não são os que têm saúde que precisam do médico, mas os que estão doentes. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores».
Tradução litúrgica da Bíblia
Abadessa beneditina e doutora da Igreja
Orações de Santa Hildegarda
Dirige os nossos passos no caminho da justiça!
Ó Fogo do Espírito Santo,
Louvado sejas, Tu que operas ao som dos tamborins e das cítaras.
Quando inflamas o espírito dos homens,
O tabernáculo das almas enche-se do teu poder.
Então, a vontade ergue-se e suscita o apetite da alma
E o desejo de Deus torna-se o seu guia.
A inteligência invoca-Te com doces cantos
E constrói-Te templos de sabedoria
Que exalam obras-primas.
Tu trazes a espada que corta
Aquilo que o fruto do pecado marca com o seu crime.
Quando a vontade e os desejos se perdem na névoa,
E a alma voa e rodopia,
O Espírito permanece, segurando a vontade e o desejo.
Quando a própria alma se prepara para ver a pupila do mal
E atingir o âmago da devassidão, Tu a provas pelo fogo,
Porque essa é a tua vontade.
Quando a razão se deixa deslizar pela ladeira do mal,
Tu a agarras e a seguras, fazendo-a regressar com toda a espécie de provações,
Porque essa é a tua vontade.
E, se o mal ousa levantar contra Ti sua espada,
Tu lha viras em cheio ao coração,
Como fizeste ao primeiro anjo caído,
Cuja torre de orgulho atiraste para o fundo do inferno.
Mas ergueste aqui outra torre para os publicanos e os pecadores
Que Te confessam os seus pecados e as suas obras.
Todas as criaturas Te louvam, vida de todas as coisas,
Bálsamo preciosíssimo que transfiguras as nossas feridas abertas e sujas
Em pedras preciosas!
Digna-Te agora reunir-nos todos em Ti,
E dirigir os nossos passos no caminho da justiça. Ámen.
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