quarta-feira, 28 de julho de 2021

EVANGELHO DO DIA 28 DE JULHO

Evangelho segundo São Mateus 13,44-46. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido num campo. O homem que o encontrou tornou a escondê-lo e ficou tão contente que foi vender tudo quanto possuía e comprou aquele campo. O Reino dos Céus é semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas. Ao encontrar uma de grande valor, foi vender tudo quanto possuía e comprou essa pérola». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Ireneu de Lyon(130-208) 
Bispo, teólogo, mártir 
«Contra as heresias»,IV,26 
 O tesouro escondido no campo das Escrituras 
Cristo estava presente a todos aqueles a quem Deus, desde o início, comunicou a sua Palavra, o seu Verbo. Quem ler a Escritura nessa perspetiva encontrará expressões que falam de Cristo e prefiguração do novo chamamento. Pois é Ele o tesouro escondido no campo, isto é, no mundo (Mt 13,38), é o tesouro escondido nas Escrituras, pois foi assinalado por símbolos e parábolas que, humanamente falando, não podiam ser compreendidas antes do cumprimento das profecias, ou seja, antes da vinda do Senhor. Por isso foi dito ao profeta Daniel: «Guarda isto em segredo e conserva selado este livro até ao tempo final» (12,4). E Jeremias também disse: «Compreendê-los-eis plenamente no futuro» (23,20). Lida pelos cristãos, a Lei é um tesouro que foi escondido no campo, mas que a cruz de Cristo revelou e explicou: ela manifesta a sabedoria de Deus, dá conhecer os seus desígnios com vista à salvação do homem, prefigura o Reino de Cristo, anuncia antecipadamente a Boa Nova da herança da Jerusalém santa, prediz que o homem que ama a Deus progredirá até chegar a vê-lo e a escutar a sua palavra, e será glorificado por essa palavra. Foi assim que o Senhor explicou as Escrituras aos seus discípulos depois da ressurreição, provando-lhes, através delas, que «o Messias tinha de sofrer essas coisas para entrar na sua glória» (cf Lc 24,26). Portanto, quem ler as Escrituras desta maneira será um discípulo perfeito «semelhante a um pai de família, que tira coisas novas e velhas do seu tesouro» (Mt 13,52).

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