Quinta de dez filhos de uma família modesta, mas de profunda religiosidade, nasceu em Bienno, Brescia, Itália, a 18 de janeiro de 1847. No batismo recebeu o nome de Catarina. Desde pequena sentiu grande atração por Jesus Cristo presente na Eucaristia. Passava horas em silêncio diante do sacrário a pensar, como ela dizia. Começou a confessar-se aos cinco anos e aos sete, sem prevenir ninguém, aproximou-se da Sagrada Comunhão. Movida pelo Espírito Santo, fez voto de virgindade perpétua, dizendo a Nosso Senhor: “Juro um milhão de vezes que serei sempre vossa, Senhor. Se algum dia Vos hei-de ser infiel, levai-me imediatamente”.
Aos 15 anos entrou no Instituto das Irmãs de Caridade de Lovere, fundado por Santa Bartolomea Capitanio, mas deixou-o espontaneamente ao cabo de seis meses, por falta de saúde.
Em 1867, para aliviar as carências da família, foi para Chiari como empregada doméstica do arcipreste, Padre João Batista Rota, futuro Bispo de Lodi, indo depois para S. Gervásio d’Alda (Cremona) como dama de companhia da Condessa Fé-Vitali.
Foi ali que, em 1879, se encontrou pela primeira vez com o Padre Francisco Spinelli. Os dois tinham os mesmos ideais: fundar uma congregação que tivesse por fim a adoração perpétua ao Santíssimo Sacramento e a educação cristã de meninas pobres.
Em 1880, tendo estado em Roma, entrevistou-se com o Papa Leão XIII a quem falou de seu projeto. Este pontífice apoiou sua obra, mas além da adoração ao Santíssimo Sacramento enfatizou a educação das jovens operárias.
Depois da morte dos pais e de conseguir separar-se da família Fé-Vitali, que a estimava como filha, foi para Bérgamo onde, sob a orientação espiritual do Padre Spinelli, com sua irmã Bartolomea e uma outra companheira, deu início ao novo Instituto, a 15 de agosto de 1882.
Decorrido dois anos, a 15 de dezembro de 1884, com a bênção e consentimento do Bispo, D. Camilo Guindani, cinco Adoradoras ou Sacramentinas vestiram o hábito, e Catarina Comensoli, que tomara o nome de Irmã Gertrudes do Santíssimo Sacramento, foi eleita Superiora da comunidade, de que faziam parte outras nove religiosas que haviam professado anteriormente.
O Instituto difundiu-se rapidamente por várias cidades e povoações. Tudo parecia correr pelo melhor quando uma grande tempestade desabou sobre a Congregação. Por razões nada fáceis de apurar, as casas e bens do Instituto foram confiscados, sem culpa dos fundadores. Por outro lado, entre eles tinha havido já um certo desentendimento: a Irmã Gertrudes desejava que o Instituto desse primazia à adoração ao Santíssimo, ao passo que o Padre Spinelli era de opinião que as obras de caridade deviam ocupar o primeiro posto. Quando o caso da falência se veio juntar a esta divergência, o desfecho natural era cada um seguir o próprio caminho.
A Irmã Gertrudes, por conselho do Bispo Guindani, afastou-se temporariamente de Bérgamo, levando consigo um grupo de religiosas, que tomaram o nome de Sacramentinas. Foram para Lodi, onde o Bispo João Batista Rota as acolheu favoravelmente e em 8 de setembro de 1891 lhes concedeu a aprovação diocesana.
No ano seguinte, a 28 de março, puderam regressar à casa de Bérgamo já resgatada da hipoteca. Foi ali que a Madre Gertrudes passou os últimos anos de vida. Aproveitou-os para dar consistência e desenvolvimento ao Instituto e sobretudo para lhe incutir o carisma próprio da adoração e reparação ao Santíssimo Sacramento.
A Santa Sé concedeu-lhes o Breve laudatório a 11 de abril de 1900 e a aprovação definitiva a 14 de dezembro de 1906, quando a fundadora já havia partido para a eternidade. Com efeito, Madre Gertrudes havia falecido aos 56 anos, no dia 18 de fevereiro de 1903.
O solene funeral bem mostrou de quanta veneração ela gozava entre todos. Em 9 de agosto de 1926, o venerado cadáver foi transportado do cemitério para a Casa Mãe, onde permanece numa capela apropriada, contígua à Igreja da Adoração.
A sua fama de santidade confirmou-se no processo canônico, que levou à declaração das virtudes heroicas a 26 de abril de 1961.
Deus corroborou com um milagre, aprovado no dia 13 de maio de 1989, quanto foi preciosa aos Seus olhos a vida e morte de Madre Gertrudes Comensoli, que finalmente recebeu as honras da beatificação no dia 1º de outubro do mesmo ano.
Em 26 de abril de 2009, Bento XVI a inscreveu no livro dos Santos.Fontes: Santos de Cada Dia, Pe. José Leite S.J., 3ª ed. Ed. A. O. – Braga; http://www.vatican.va/.
Em 1867, para aliviar as carências da família, foi para Chiari como empregada doméstica do arcipreste, Padre João Batista Rota, futuro Bispo de Lodi, indo depois para S. Gervásio d’Alda (Cremona) como dama de companhia da Condessa Fé-Vitali.
Foi ali que, em 1879, se encontrou pela primeira vez com o Padre Francisco Spinelli. Os dois tinham os mesmos ideais: fundar uma congregação que tivesse por fim a adoração perpétua ao Santíssimo Sacramento e a educação cristã de meninas pobres.
Em 1880, tendo estado em Roma, entrevistou-se com o Papa Leão XIII a quem falou de seu projeto. Este pontífice apoiou sua obra, mas além da adoração ao Santíssimo Sacramento enfatizou a educação das jovens operárias.
A Santa na juventude |
Decorrido dois anos, a 15 de dezembro de 1884, com a bênção e consentimento do Bispo, D. Camilo Guindani, cinco Adoradoras ou Sacramentinas vestiram o hábito, e Catarina Comensoli, que tomara o nome de Irmã Gertrudes do Santíssimo Sacramento, foi eleita Superiora da comunidade, de que faziam parte outras nove religiosas que haviam professado anteriormente.
O Instituto difundiu-se rapidamente por várias cidades e povoações. Tudo parecia correr pelo melhor quando uma grande tempestade desabou sobre a Congregação. Por razões nada fáceis de apurar, as casas e bens do Instituto foram confiscados, sem culpa dos fundadores. Por outro lado, entre eles tinha havido já um certo desentendimento: a Irmã Gertrudes desejava que o Instituto desse primazia à adoração ao Santíssimo, ao passo que o Padre Spinelli era de opinião que as obras de caridade deviam ocupar o primeiro posto. Quando o caso da falência se veio juntar a esta divergência, o desfecho natural era cada um seguir o próprio caminho.
A Irmã Gertrudes, por conselho do Bispo Guindani, afastou-se temporariamente de Bérgamo, levando consigo um grupo de religiosas, que tomaram o nome de Sacramentinas. Foram para Lodi, onde o Bispo João Batista Rota as acolheu favoravelmente e em 8 de setembro de 1891 lhes concedeu a aprovação diocesana.
No ano seguinte, a 28 de março, puderam regressar à casa de Bérgamo já resgatada da hipoteca. Foi ali que a Madre Gertrudes passou os últimos anos de vida. Aproveitou-os para dar consistência e desenvolvimento ao Instituto e sobretudo para lhe incutir o carisma próprio da adoração e reparação ao Santíssimo Sacramento.
A Santa Sé concedeu-lhes o Breve laudatório a 11 de abril de 1900 e a aprovação definitiva a 14 de dezembro de 1906, quando a fundadora já havia partido para a eternidade. Com efeito, Madre Gertrudes havia falecido aos 56 anos, no dia 18 de fevereiro de 1903.
Adoração ao Santíssimo |
A sua fama de santidade confirmou-se no processo canônico, que levou à declaração das virtudes heroicas a 26 de abril de 1961.
Deus corroborou com um milagre, aprovado no dia 13 de maio de 1989, quanto foi preciosa aos Seus olhos a vida e morte de Madre Gertrudes Comensoli, que finalmente recebeu as honras da beatificação no dia 1º de outubro do mesmo ano.
Em 26 de abril de 2009, Bento XVI a inscreveu no livro dos Santos.Fontes: Santos de Cada Dia, Pe. José Leite S.J., 3ª ed. Ed. A. O. – Braga; http://www.vatican.va/.
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