Ensinamento com autoridade
O ministério na Galiléia reflete o texto de Mateus no início da pregação de Jesus (Mt 4,16), citando Isaias 9,2.: “O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz”. Os milagres de Jesus davam autoridade. Ele faz o milagre no coração da vida espiritual do povo, durante a celebração da sinagoga. Ele anuncia e tira a maldade do meio do povo, simbolizada na expulsão de um demônio que dominava um homem. Ali satanás reconhece quem é Jesus: “Sei quem tu és: Tu és o santo de Deus”. Santo de Deus se dizia do Sumo Sacerdote que introduzia o povo no Lugar Santo. Jesus, pelo seu ministério leva o povo para Deus, pois Ele tem poder também sobre os demônios que o reconhecem. No evangelho de Marcos vemos tantas vezes expulsando o demônio. Jesus expulsa o demônio para dar lugar ao Espírito Santo. “Se expulso demônio pelo dedo de Deus, é que chegou a vós o Reino de Deus” (Lc 11,20). A autoridade de Jesus está em sua adesão plena ao projeto redentor do Pai. Guiado pelo Espírito anuncia o Reino para a conversão fundamental. O povo identifica em Jesus o profeta anunciado por Moisés no Deuteronômio: “Farei surgir para eles, do meio de seus irmãos, um profeta semelhante a ti. Porei na sua boca minhas palavra e ele lhe comunicará tudo o que eu lhe mandar (Dt 18,18). A pregação de Jesus vai ser acompanhada de milagres que a comprovam. Ele liberta o homem do demônio que amarra e destrói seu ser humana. Agora pode ouvir Jesus com liberdade. Assim, no mundo, há necessidade de tirar o demônio que deixa as pessoas presas, sem poder ouvir e optar.
Não fecheis o vosso coração
A palavra quer sempre a resposta obediente de um coração aberto a Deus; “Não fecheis os vossos corações como no deserto, em outrora vossos pais me provocaram, apesar de terem visto minhas obras” (Sl 94). O fechamento do coração impede o conhecimento do projeto apresentado por Jesus, obscurece a mente e impede a ação de Deus em nós. O profeta é mediador entre Deus e o povo. Jesus fez mediador. É a Ele que devemos ouvir. Não podemos buscar nosso futuro ou o sentido de nossa vida em pessoas que não buscam em Jesus como fonte primeira e última da vontade de Deus. Basta pensar em horóscopos, outras religiões que se dão o direito de ler futuro por meios escusos, longe da Palavra de Deus. Pensemos a um horóscopo, cartas, visões e outros. A fé nos manda ouvir Jesus e sua Palavra. Quem diz as palavras de Deus sem vivê-las não está apto a discernir onde Deus age. O profeta deve falar em nome de Deus, o que Deus quer. Diz Deus a Moisés: “O profeta que tiver a ousadia de dizer em meu nome alguma coisa que não lhe mandei... esse profeta deverá morrer” (Dt 18,20). Os anunciadores da Palavra de Deus, podemos “vender” a verdade. Não é esse o projeto de Deus a nosso respeito.
Agradar o Senhor
Quando falamos em fazer a vontade de Deus, podemos entrar por um só de obediência a coisas que nos são mandadas. Mas somos chamados a fazer a vontade de Deus nas coisas da vida. Havia no tempo de Paulo a idéia da volta próxima do Senhor. Então ensina que se deveria ficar preocupado primeiramente com essa volta, deixando de lado tudo o mais. Quer que tudo seja secundário. E diz, sobretudo, com respeito ao casamento. Não é contra, mas, quem está casado tem outros compromissos. Certamente Paulo, no atual contexto poderia muito bem dizer: “Viver bem casado é uma excelente maneira de preparar a vinda do Senhor.”
Leituras Deuteronômio 18,15-20;
Salmo 94; 1Coríntíos 7,32-35; Marcos 1,21
Ficha nº 2036
Homilia do 4º Domingo Comum (31.01.21)
1. A autoridade de Jesus está em sua adesão plena ao projeto redentor do Pai.
2. O fechamento do coração impede o conhecimento do projeto apresentado por Jesus.
3. Paulo diria: “Viver bem casado é uma maneira de preparar a vinda do Senhor.
No BEABÁ de Jesus
Quando fomos à escola aprendemos a ler. Ainda se aprendia o Beabá. É belo o aprendizado. Jesus passou por esse caminho. Seguiu o caminho de todo o menino que aprendia a ler. Jesus tinha um professor muito bom antes de entrar na escolinha de José e Maria. Seu Pai do Céu. Ele ensinava a conhecer seu coração, livro aberto, e tirar dele as belas palavras que nos animam. O povo ficava dependurado em seus lábios.
Essa sabedoria ele transmite com palavras tão simples e explica com gestos tão bonitos que chamamos de milagres.
Não dava o braço a torcer a quem não lia o mesmo livro que Ele. Esse era o diabo que confundia as pessoas. Jesus o manda embora e continua dando seu ensinamento.
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