PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA REDENTORISTA 50 ANOS CONSAGRADO 43 ANOS SACERDOTE |
Paulo
convida os efésios a aprenderem de Deus como viver o dia a dia: “Tornai-vos
imitadores de Deus, como filhos amados, e andai no amor, assim como Cristo nos
amou e se entregou por nós a Deus” (Ef 5,1-2). A atitude de quem pretende ser humano, maduro e um
cristão adulto, é a imitação de Deus. Em sua reflexão que toca o nó de todos os
problemas do mundo, Papa Francisco diz quem são os pobres, os carentes e os
necessitados. Vê que o modelo é Jesus: “Jesus que é o evangelizador por
excelência e o Evangelho em pessoa, identificou-se especialmente com os mais
pequeninos” (Mt 25,40).
Jesus se identifica de tal modo que, tem como feito a Ele, o que fazemos ou
deixamos de fazer aos necessitados. A lista dos itens sobre os quais seremos
julgados incide sobre os problemas do mundo atual: fome, sede, migração,
doentes, bens necessários e sistema carcerário. O sistema social e político em
vigor não veem vantagens em investir na promoção dos necessitados. Eles não dão
lucro. O Papa alerta sobre novos tipos de pobreza e fragilidade que são outras
faces do Cristo Sofredor: os sem teto, os dependentes químicos, os refugiados,
os povos indígenas, os idosos, as crianças carentes e tantos outros
necessitados. Todo oprimido é endereço amor de Deus. O Papa tem uma preocupação
muito grande com os migrantes. Ele se diz responsável por ser o Pastor de uma
Igreja sem fronteiras que se sente mãe de todos (EG 210). É grave a situação dos que fogem
das guerras, da destruição de suas culturas por causa de cor ou raça. Presenciamos
tanta imigração na Europa. Vemos igualmente tantos que chegam ao Brasil. Não é
um problema distante. Lembramos a migração interna no país.
Pessoas
objeto
Há
também a situação de pessoas que são objeto das diferentes formas de tráfico. O
Papa enumera mais situações onde há outro tipo de explorados no trabalho
escravo, fábricas clandestinas, rede de prostituição, crianças usadas para
mendigar, trabalhador não regularizado. Ao lado de nossas casas, nos lugares de
onde nos chegam tantas mercadorias, há sofredores. “Em nossas cidades está instalado
este crime mafioso e aberrante, e muitos têm as mãos cheias de sangue devido a
uma cômoda e muda cumplicidade” (EG 211). Não se preocupar é ser culpado também. Lembra também a
situação da violência e exploração das mulheres (EG 212). Dentre os frágeis estão os
nascituros inocentes sem direitos. As leis promovem seu assassinato e chama a
Igreja de atrasada. O ser humano é sagrado em todos os momentos de sua vida. Se
nossa sociedade perde a garantia de futuro, podemos buscar aqui a causa: usar a
pessoa como objeto. Não é ser progressista eliminar uma vida humana (EG 214). É preciso
também acompanhar com atenção os frutos da violência e da pobreza que sofrem
tantas mulheres.
Frágeis
que não são humanos.
Quem ama o ser humano, ama e promove
o mundo que o rodeia. O Papa lembra que não somos meramente beneficiários, mas
guardiões de outras criaturas. No meio de tanto progresso há uma destruição de
nossa fonte de vida. A consciência do dever de preservar a natureza não dará
resultados se não houver uma política de controle de todas as armas de
destruição que acabam com as fontes, os rios, as matas. Progredir não é
destruir. Os donos do mundo como escravizam as pessoas na miséria, destroem a
vida para que tenham mais força econômica. Vejamos a Amazônia. Heródoto dizia
que o Saara foi um jardim florido. É o que podemos ver nas pinturas rupestres.
Seremos também assim? Os que virão depois de nós não nos perdoarão por ter-lhes
entregue um mundo moribundo.
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