No tempo da
Quaresma nos preparamos para a celebração do Mistério Pascal de Cristo que
envolve toda sua vida, mas principalmente o momento de sua Paixão, Morte e
Ressurreição. Estamos acostumados a ver o crucificado, falar dos sofrimentos de
Jesus, mas perdemos a dimensão profunda porque tudo isso aconteceu. Acentuamos a dor, e não chegamos ao amor. Como
a humanidade caiu pelo pecado, em Jesus recebeu o remédio para sua cura. Jesus
dá o exemplo do pecado do povo de Israel no deserto que provocou a praga da
serpente e a morte. Como Moisés fez uma serpente de bronze e levantou num poste
para que todo o que olhasse para ela seria salvo, assim Deus deu seu Filho para
a cura e salvação de nossos pecados. Jesus foi pregado também no “poste” da
cruz. Todo aquele que olha, quer dizer, O aceita como salvador, é salmo. Esta
morte de Jesus aconteceu “porque Deus amou tanto o mundo que enviou seu Filho
para que não morra todo aquele que nele crer, mas tenha a vida eterna” (Jo
3,14-15).
Como isso o Pai nos ensinou também que nossa salvação está quando somos capazes
de amar como Deus ama, dando o que nos é precioso. Ele deu seu Filho. Temos
muito a entregar para a vida Deus aconteça em nossa vida e nós a levemos para
os outros. Jesus usa também a comparação da luz. Quem pratica o mal não quer
Jesus, pois Ele ilumina nossa maldade e exige mudança. Jesus foi rejeitado porque
sua palavra e sua vida são testemunho contra o mal. Quem pratica o mal odeia a
luz e não se aproxima da luz para que suas ações não sejam denunciadas (20). O mal que
fazemos tem um preço, como vimos na primeira leitura: o povo pecou e teve como
resultado o exílio. Não ouviram a voz dos profetas que chamavam à conversão.
Deus trouxe Ciro que foi um salvador do povo. Deus o fez por pura bondade.
É pela graça que
sois salvos
Nesse tempo de
Quaresma e Páscoa somos colocados diante do mistério da salvação em nossa vida.
Infelizmente ficamos nos ritos e celebrações. É necessário torná-lo vivo em
nossa vida esse amor que vem de Deus que é rico em misericórdia (Ef
2,4).
Paulo diz que tudo foi pura graça: “É pela graça que sois salvos, mediante a
fé. E isso não vem de vós; É dom de Deus” (Ef. 4,8). Essa bondade
de Deus é a causa de nossa salvação. É necessário cultivar um profundo
agradecimento por esse amor. A Eucaristia, que significa ação de graças –
agradecimento é o ato oficial de agradecimento. Rezamos no prefácio: “Demos
graças ao Senhor nosso Deus! Respondemos: É digno e justo”. Damos graças
através de Jesus em sua obra de salvação, fruto do amor de Deus. Nós colocamos
nossa resposta a Deus, nas obras que fazemos e nos dá o direito de exigir.
Nosso dever é agradecer e manifestar esse agradecimento através das obras que o
amor produz em nós.
O
amor de Deus em nossa vida
O
amor não é somente um sentimento bom do coração, mas penetra nossas atitudes
tornando-as semelhantes ao amor de Cristo que ama como o Pai ama. Rezamos no
prefácio: “Libertando-nos do egoísmo e das outras paixões desordenadas,
superamos o apego às coisas da terra”. Paulo confirma que a salvação “não vem
das obras, para que ninguém se orgulhe. Pois é Ele quem nos fez; nós fomos
criados em Jesus Cristo para as obas boas, que Deus preparou de antemão, para
nós as praticássemos”(Ef
2,9-10). A fé não é só dizer, mas fazer. Jesus realizou
a salvação com sua Vida, Paixão e Morte. Por isso o Pai o conduz à
Ressurreição. Queremos pensar sempre o que vos agrada.
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