segunda-feira, 21 de julho de 2025

EVANGELHO DO DIA 21 DE JULHO

Evangelho segundo São Mateus 12,38-42. 
Naquele tempo, alguns escribas e fariseus disseram a Jesus: «Mestre, queremos ver um sinal da tua parte». Mas Jesus respondeu-lhes: «Esta geração perversa e infiel pretende um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta Jonas. Assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim o Filho do homem estará três dias e três noites no seio da terra. No dia do Juízo, os homens de Nínive levantar-se-ão com esta geração e hão de condená-la, porque fizeram penitência quando Jonas pregou; e aqui está quem é maior do que Jonas. No dia do Juízo, a rainha do Sul erguer-se-á com esta geração e há de condená-la, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão; e aqui está quem é maior do que Salomão».
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Pedro Crisólogo 
(406-450) 
Bispo de Ravena, doutor da Igreja 
Sermão 3, PL 52, 303-306, CCL 24, 211-215 
O sinal de Jonas 
A fuga do profeta Jonas para longe de Deus é uma imagem profética, e aquilo que é apresentado como um naufrágio funesto torna-se sinal da ressurreição do Senhor. A história de Jonas mostra claramente que ele é uma prefiguração plena da imagem do Salvador. De facto, está escrito que Jonas fugiu «para longe da presença do Senhor»(Jn 1,3); ora, também o próprio Senhor fugiu da condição e do aspeto da divindade, para tomar a condição e o rosto humanos, como diz o apóstolo Paulo: «Ele, que era de condição divina, não Se valeu da sua igualdade com Deus, mas aniquilou-Se a Si próprio, assumindo a condição de servo» (Fil 2,6-7). O Senhor revestiu-Se da condição de servo, fugindo de Si mesmo para junto dos homens a fim de passar despercebido no mundo e vencer o demónio. Deus está em toda a parte: é impossível fugir-Lhe. Para conseguir fugir «para longe da presença do Senhor», não para um lugar determinado, mas, de certa maneira, através da aparência, Cristo refugiou-Se na imagem da nossa servidão, que assumiu totalmente. A narrativa prossegue: «Desceu a Jope, onde encontrou um navio que ia para Társis» (Jn 1,3); e Aquele que desceu: «Ninguém subiu ao Céu, senão Aquele que desceu do Céu» (Jo 3,13) – o Senhor desceu do Céu à Terra, Deus desceu à altura do homem, a omnipotência desceu à nossa servidão. Mas Jonas, que desceu em direção ao navio, teve de subir para nele viajar; da mesma forma, Cristo, descido ao mundo, subiu, pelas suas virtudes e os seus milagres, para o navio da sua Igreja.

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