quinta-feira, 27 de março de 2025

EVANGELHO DO DIA 27 DE MARÇO

Evangelho segundo São Lucas 11,14-23. 
Naquele tempo, Jesus estava a expulsar um demónio que era mudo. Logo que o demónio saiu, o mudo falou e a multidão ficou admirada. Mas alguns dos presentes disseram: «É por Belzebu, príncipe dos demónios, que Ele expulsa os demónios». Outros, para O experimentarem, pediam-Lhe um sinal do Céu. Mas Jesus, que conhecia os seus pensamentos, disse: «Todo o reino dividido contra si mesmo acaba em ruínas e cairá casa sobre casa. Se Satanás está dividido contra si mesmo, como subsistirá o seu reino? Vós dizeis que é por Belzebu que Eu expulso os demónios. Ora, se Eu expulso os demónios por Belzebu, por quem os expulsam os vossos discípulos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes. Mas, se Eu expulso os demónios pelo dedo de Deus, então quer dizer que o Reino de Deus chegou até vós. Quando um homem forte e bem armado guarda o seu palácio, os seus bens estão em segurança. Mas, se aparece um mais forte do que ele e o vence, tira-lhe as armas em que confiava e distribui os seus despojos. Quem não está comigo, está contra Mim, e quem não junta comigo, dispersa. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Amadeu de Lausana 
(1108-1159) 
Monge cisterciense, bispo 
 4.ª Homilia mariana; SC 72 
O dedo de Deus 
«Que a tua mão venha em meu auxílio» (Sl 119,173)
Chamamos mão de Deus ao Filho unigénito, por quem Deus criou todas as coisas. Esta mão interveio quando tomou a nossa carne, não causando qualquer ferimento a sua mãe, mas também, segundo o testemunho do profeta, tomando sobre Si as nossas doenças e carregando as nossas dores (cf Is 53,4). Sim, verdadeiramente, essa mão plena de curas e remédios sarou todas as doenças, afastou tudo o que conduzia à morte; ressuscitou mortos; derrubou as portas do inferno; prendeu o forte e despojou-o das suas armas; abriu o Céu; derramou o Espírito de amor no coração dos seus. Essa mão liberta os prisioneiros e dá vista aos cegos; levanta os caídos; ama os justos e protege os estrangeiros; alberga o órfão e a viúva; arranca à tentação os que estão ameaçados de sucumbir a ela; restaura, pelo conforto que dá, os que sofrem; dá alegria aos aflitos; abriga à sua sombra os atormentados; escreve aos que querem meditar sobre a sua Lei; toca e abençoa o coração dos que rezam, firmando-os no amor através do seu contacto, fazendo-os progredir e perseverar nas suas obras; por fim, condu-los à pátria, reconduzindo-os ao Pai. Pois, se Se fez carne, foi para atrair o homem por um homem, unindo a sua à nossa carne, para, no seu amor, reconduzir a ovelha perdida a Deus Pai todo-poderoso e invisível. Uma vez que essa ovelha, por ter abandonado a Deus, tinha caído na carne, era necessário que o mistério da encarnação lhe dessa mão e a conduzisse, reerguendo-a e conduzindo-a ao Pai (cf. Lc 15,4s).

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