terça-feira, 7 de março de 2023

SANTA TERESA MARGARIDA REDI, VIRGEM CARMELITA

Inspirando-se em Santa Teresa de Ávila, Ana Maria entrou para o Carmelo de Florença. Durante toda a sua existência, conjugou a vida contemplativa com a assistência às coirmãs enfermas, a ponto de ser chamada "enfermeira santa". Faleceu aos 23 anos, em 1770, e foi canonizada por Pio XI em 1934.
Ana Maria Redi nasceu em Arezzo, Itália, a 15 de Julho de 1747. Foi a segunda de treze irmãos. Com exceção do primogénito e dos cinco que faleceram na infância, todos se consagraram a Deus. Teve uma infância muito feliz. Era notável a sua inclinação para a piedade, os seus desejos de santidade e a sua compaixão para com os pobres. Com nove anos foi internada no colégio de Santa Apolónia das Beneditinas de Florência onde, de 1756 a 1763, recebeu uma esmerada educação. Aos 14 anos faz exercícios espirituais. Torna-se uma menina responsável e afável. Sentiu a chamada para a vida religiosa. Pensou ser Benedictina. Após uma conversa com uma amiga que ia ingressar no Carmelo, Ana sentiu a vocação de ser carmelita (que ela antes não apreciava). Saiu do colégio para amadurecer a sua decisão. Quando completou 17 anos comunicou a sua resolução. Entrou no Carmelo de Florencia a 1 de setembro de 1764 e tomou o hábito a 10 de março de 1765. Fez o propósito de viver a oração, a obediência e o silêncio. Professou a 12 de março de 1766 com o nome de Teresa Margarida do Coração de Jesus. Tinha um temperamento entusiasta. Aprendeu a controlar-se e, desde o início viveu uma vida de admirável fidelidade. A relação que tinha com o seu pai, de mútua ajuda espiritual, fez-se mais profunda a partir da sua entrada no Carmelo. Sabia latim. Por isso compreendia melhor os textos bíblicos e litúrgicos. Gostava de recitá-los frequentemente. Desejava viver a Regra do Carmelo meditando “dia e noite a Palavra de Deus”. Tinha especial simpatia pelos textos de São Paulo como por exemplo: “a vossa vida está com Cristo, escondida em Deus”. Tinha constante memória de Cristo Crucificado, “capitão do amor” que levanta “o estandarte da Cruz”. A partir dos exercícios espirituais de 1768, propôs-se, em todas as suas ações não ter outro fim que não fosse o amor e o unir a sua vontade com a de Deus. Foi perseverante em pequenos serviços às irmãs e não consentia murmurações nem críticas. Exclamava constantemente: “Deus é amor”. Vivia em contínua ação de graças: “Quem não acredite e não se atreva a aproximar-se a Ele faça a experiência de quão bom e generoso é o nosso amorosíssimo Deus!” Era solícita no exercício da caridade. Oferecia-se para cuidar das irmãs idosas e doentes nas quais via o próprio Jesus Cristo. Especialmente pedia para atender as mais difíceis. Havia uma irmã demente e agressiva que outras temiam, mas que ela sabia cuidar com grande paciência e sem se lamentar. No final da sua vida, teve grande aridez na oração. Experimentou repugnância, insensibilidade, temores, tentações e antipatia para a virtude. Ela redobrava a sua fé, vivia em abandono confiado a Deus e recitava salmos, frases bíblicas ou a expressão: “Pai bom!” Amante da leitura desde a infância, no final da vida só podia ler os escritos de Santa Teresa. Faleceu a 7 de março de 1770. 

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