Bispo de Aretusa no tempo do Imperador Constantino, o Grande, São Marcos salvou a vida do príncipe Juliano, depois apelidado o apóstata, mal sabendo que, tempos mais tarde, repudiando a fé cristã, o novo governante procuraria, acirradamente, restabelecer o paganismo.
Durante o reinado do imperador Constantino, Marco de Aretusa demoliu um templo pagão e construiu sem eu lugar uma igreja, convertendo muitos à fé cristã. Isto fez com que a população pagã ficasse ressentida, e queriam vingar-se dele. No entanto, como o imperador era cristão, não puderam fazê-lo tão depressa quanto pretendiam.
A oportunidade chegou quando Juliano, o apóstata, ocupou o trono e proclamou que todos os que haviam destruído templos pagãos deveriam reconstruí-los ou pagar uma pesada multa. Marco, que não podia e nem queria obedecer, fugiu da fúria de seus inimigos.
Contudo, quando soube que alguns cristãos foram presos, regressou e se entregou. Marco foi arrastado pelos cabelos pelas ruas, açoitado e preso e, posteriormente, perfurado com estiletes. Amarraram suas pernas com correntes tão apertadas que chegaram a cortar sua carne até os ossos; também teve suas orelhas decepadas. Por fim, untaram-no de mel e o suspenderam no alto, em pleno sol do verão do meio dia, para que vespas e moscas viessem picar seu corpo. Mesmo em meio aos sofrimentos, não desejava mal aos seus carrascos já que estes o elevaram ainda mais perto dos céus, enquanto eles próprios se arrastavam sobre a terra.
Aos poucos, a fúria do povo transformou-se em admiração, e deixaram Marco partir em liberdade. São Marcos, então, aproveitando-se daquela oportunidade, lançou-se de corpo e alma na conquista dos pagãos, dedicando-se todo inteiro ao árduo trabalho da conversão.
Marco viveu em paz até o fim de sua vida, e morreu durante o reinado de Joviano, o Valente, no ano de 364.
São Gregório Nazianzeno definiu São Marco de Aretusa como: "um velho notável e muito santo".
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